Um amor impossível?! escrita por Maia Castillo Vargas


Capítulo 31
"Mais triste que isso o mundo não pode ser..."


Notas iniciais do capítulo

Olha quem apareceuuuuuu! Amoreeeeees, estou de férias, aleluia! Eu estou pra postar esse capítulo há muito tempooooooo. Estava em reta final na escola então não tive muito tempo para me dedicar à fic, mil perdões.
Queria agradecer a quem comentou no último capítulo. Amo vocês do fundo do meu heart! Espero que gostem do capítulo... Eu particularmente achei meio triste mas depois vai melhorar, prometo!
COMENTEM, RECOMENDEM E FAVORITEEEM!
E ENTÃO, BORA LER?



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No capítulo anterior...

– É um menininho! -- Falei, já chorando. Violetta estava tentando recuperar o fôlego e quando eu disse isso, um sorriso pequeno, mas realmente feliz, brotou em seu lábio. Me estiquei e beijei seus lábios rapidamente. Ludmila desinfetou a tesoura e por fim, cortou o cordão umbilical. Depois de alguns segundos, um chorinho foi o único som que escutávamos. Meu filho havia nascido e não tinha alegria maior nessa vida!
– É lindo, Vilu! Nasceu tão grandinho...-- Lud disse animadamente olhando para o bebêzinho, mas não recebeu respostas. Olhei para ver se estava tudo bem. Não estava.
– Vilu, você está bem? Vilu? -- Chamei mas ela não acordou. Ludmila chegou mais perto e checou o pulso.
– Ela não está dormindo, León! -- Comecei a me desesperar -- O pulso está fraco. Ela desmaiou!
– Vilu, não! Não quero perdê-la, o que vamos fazer?
...

– Le-León, acalme-se! -- Ludmila tentou me acalmar mas eu conseguia ver muito bem que ela estava se esforçando muito para não cair no choro. -- A ambulância está a caminho, é só questão de ser forte e esperar...
– Minha Violetta... -- Falei com uma voz embargada -- Te amo tanto, meu amor! -- Acariciei sua mão esquerda e então sai de perto. Não estava aguentando. Ela não estava bem e eu sabia disso. O pior era que saber que eu não podia fazer nada para ajudá-la.
Respirei fundo tentando não chorar com tudo aquilo. Tentei só ter em mente coisas boas mas isso era quase impossível naquela situação. Olhei para a toalha em que segurava e lá estava um bebezinho, tão pequeno que eu sentia que quase podia quebrá-lo com qualquer movimento. Uma lágrima escorreu sobre o meu rosto e uma das minhas mãos acariciou a pequena mãozinha do recém-nascido prematuro. Ele, na mesma hora, agarrou meu dedo indicador com força, se remexeu dentro da toalha que o aquecia e aos poucos o vi abrir seus olhinhos devagar e ele deixou a curiosidade tomar conta de si. Ele me fitou quieto, sem piscar e nem se mexer durante um longo tempo e então aproximei minha cabeça da dele no intuito de lhe transmitir segurança.
– Que trabalhão você deu, garotão! -- Ao ouvir minha voz ele ficou estático, continuei a conversar -- A mamãe ainda não te conhece mas eu sei que quando ela melhorar, vai fazer de tudo pra que você seja a criança mais querida desse mundo!
O bebê se remexeu um pouco e um quase sorriso apareceu eu seu rostinho. Mais uma vez eu estava chorando. Ele era tão lindo e tão forte... Uma parte de mim se sentia culpado por tudo aquilo, mesmo que nada daquilo tivesse alguém como culpado.
– Ei, seja muito forte, viu? Tem muitas pessoas que te amam e querem te ver bem... Eu sou uma delas. -- Trouxe-o para mais perto ainda de mim -- Eu sou o seu papai, aquele bobo que você ouvia falar coisas sem sentido quando você ainda estava dentro da barriga da mamãe.
– E eu sou sua titia babona, aquela que vai sempre deixar seu cabelo bem penteadinho! -- Ludmila apareceu do meu lado emocionada. -- Ele é tão lindo!
– Teve a quem puxar... -- Levei um leve tapa no ombro -- Ele tem o nariz dela.
– León, tenha fé... Vai dar tudo certo, ela vai sair dessa o quanto antes. -- Ela afagou meu braço e voltou para o carro.
Voltei a olhar o bebê que dormia serenamente. Desejei que nada daquilo estivesse acontecendo pra que ninguém sofresse.
De repente ouvi os barulhos de uma sirene vindo ao longe e tive certeza que era a ambulância que Ludmila havia chamado. Me apressei para chegar ao carro sem acordar o bebê e com uma das mãos acenei. A ambulância parou e duas pessoas saíram de lá às pressas. Foram em direção ao carro e com cuidado pegaram Violetta e a colocaram na maca que a esperava do lado de fora. Uma médica apareceu e veio ao meu encontro.
– Olá, esse é o bebê prematuro, não é? -- Ela perguntou e eu fiz que sim com a cabeça.
– É o nosso filho. Sou Leonard Vargas e aquela lá é minha esposa, Violetta.
– Tudo bem, Sr. Leonard. Sou a doutora Silvana. Vou precisar levar o bebê para colocá-lo logo na incubadora que está lá dentro. -- Ela disse com pressa pegando o bebê do meu colo. -- O senhor que vai acompanhá-la?
– Sim, sou eu. -- Disse entrando na ambulância.
– León, vou ficar aqui. O pessoal já deve estar chegando e então darei a notícia e encontrarei vocês lá. Boa sorte!
– Obrigado! -- Gritei de volta e então fecharam as portas.
Olhei em volta. A médica e os dois enfermeiros estavam em cima de Violetta, fazendo exames e checando o pulso. Eu estava quase entrando em pânico com aquela situação. Vi uma coisa que mais parecia uma caixa de acrílico com um monitor piscando acima dela e lá estava o bebê, quieto. Ele não fazia ideia do que estava acontecendo à sua volta, não fazia ideia do estado de saúde de sua mãe. Ele apenas dormia, dormia um sono gostoso de um recém-nascido.
– Sr. Vargas, conseguimos estabilizá-la. Precisamos esperar e fazer alguns exames mais precisos quando chegarmos ao hospital.
– Então ela está bem?
– Ela ainda está desacordada, o coração está fraco mas estamos conseguindo controlar melhor sua respiração, que também estava fraca.
– Mas... Violetta vai ficar bem?
– Estamos fazendo o nosso melhor, Sr. Vargas. -- Um dos enfermeiros disse sorrindo, mas um pouco triste.
– E o bebê? Ele está bem? -- Perguntei e a médica parou perto da incubadora.
– Está sim. Quantas semanas de gestação sua mulher estava?
– Trinta e duas semanas.
– Ele está bem grandinho, isso é um bom sinal. Pelo que eu vejo... -- Ela disse enquanto passava o estetoscópio por dentro de uma das aberturas e pousava calmamente no peito dele e olhava o pequeno monitor acima -- Os pulmões estão funcionando bem. Acho que ele precisará ficar na encubadora por mais uns três dias, só pra termos certeza de que ele está bem e bem desenvolvido.
– Ele já nasceu com tantos obstáculos à frente. É um alívio saber que ele está bem.
– É sim. -- Ela deu um sorriso sincero -- Você e aquela mulher fizeram um parto quase perfeito. Se tivessem esperado mais alguns minutos acho que nenhum deles resistiria. Bom trabalho, Sr. Vargas!
Assenti e continuei a olhar para Violetta, imóvel em cima da maca. Meu coração se partia em um milhão de pedacinhos vendo ela daquele jeito. Queria ela saudável, feliz, cuidando do nosso bebê... Mas ela estava ali, desacordada e correndo risco de vida. Eu trocaria de lugar com ela, se fosse preciso. Eu faria qualquer coisa por Violetta.
Chegamos ao hospital minutos depois e tudo estava uma correria. Desceram a incubadora e depois a maca onde se encontrava Violetta. Corri ao encontro dela para acompanhá-la.
– Sr. Vargas, acho melhor o senhor esperar aqui. -- A médica respondeu calmamente.
– Mas eu quero ficar ao lado dela...
– Nesse momento não dá. Estamos levando sua esposa para exames mas voltarei quando tiver notícias sobre o estado de saúde dela. Pode preencher a papelada enquanto ela está lá dentro...
– Tudo bem... -- Respondi baixo e me voltei para a recepcionista, que deu um pequeno bolo de folhas para assinar e preencher.
Fiquei uma hora preenchendo e mais dez minutos sentado e pensando quando vozes familiares adentraram à recepção.
– Léon, como ela está? -- Gritou Ludmila ao me ver. Ela estava com Valentine no colo.
– Não tenho notícias ainda. -- Disse a abraçando. -- Por que trouxe a Tini? Aqui não é lugar para ela...
– Ela não parava de chorar por vocês. -- Ela disse eu peguei a bebê adormecida do colo dela.
– E o bebê? Ele está bem? -- Federico perguntou logo depois.
– Ele é um guerreirinho! -- Exclamei -- Está na encubadora mas não corre nenhum risco.
– Sr. Leonard Vargas! -- A médica apareceu com uma prancheta em mãos.
– Como está minha esposa?
– Sr. Vargas, é difícil... Fizemos vários exames e tentamos de tudo. Ela teve várias complicações nesse parto. Poderia me dizer se ela já engravidou antes?
– Sim, o menino é nosso segundo filho. Essa é nossa primeira filha.
– Teve algum tipo de problema no parto dela?
– Tiveram algumas complicações. Ela não podia engravidar mas aí veio o menininho...
– Entendo -- Ela anotava algo na prancheta -- Mas, não tenho boas notícias...
– O quê?! Aconteceu algo com minha mulher?
– Fizemos vários exames e tentamos todos os medicamentos e procedimentos possíveis.
– Você está querendo dizer que ela...
– Ela está estável, Sr. Vargas. Mas está em coma.
– Em coma? Como? Qu-Quando ela vai acordar?
– Não posso dizer com certeza. Pode demorar dias, semanas, meses para que ela acorde.
– Meses? Nosso filho acabou de nascer e ela nem está acordada para conhecê-lo! -- Nessa hora eu comecei a me desesperar e meu tom de voz aumentou, acordando Valentine -- Me desculpe. Shiiiu, calma que o papai está aqui!
A médica assentiu e eu continuei a balançar Tini, tentando acalmá-la.
– Se o senhor quiser ir vê-la, a visita está liberada. -- Ela disse gentilmente mexendo com as mãozinhas de Vale quando a mesma já estava mais calma. Fiz que sim com a cabeça.
– Cadê a mamãe? O tio Fran disse que meu irmãozinho já saiu da mamãe.
– Seu irmãozinho e a mamãe estão mimindo agora.
– Quando eles acordam?
– Logo logo, amor!
Senti uma mão repousar no meu ombro e me virei. Federico estava com um semblante preocupado e Ludmila não estava diferente.
– Nós ouvimos tudo. Sentimos muito, León!
– Eu também -- Respondi cabisbaixo. -- Em que quarto Violetta se encontra?
– No 315, terceiro andar. Te mostrarei onde fica.
– Agradeço.
A médica nos levou até onde se encontrava Vilu e pediu licença, saindo em seguida. Entramos todos juntos. Um aperto no coração veio de repente quando eu me deparei com ela deitada na cama desacordada. Senti uma lágrima escorrer e não escondi que estava chorando. Vale começou a se debater no meu colo e eu entendi que ela queria ficar no chão. Ela imediatamente correu para perto da mãe.
– Mamãe, acorda!
– Bebê, ela não vai acordar agora.
– Por que não, papai? -- Ela fez biquinho querendo chorar.
– Ela está muito cansada, meu amor.
– Ela tem que me mostrar o meu irmãozinho!
– Eu posso te mostrar ele.
– Pode? Pode agora, papai?
– Agora não. Ele está dormindo e está muito cansado também.
– Mas eu quero ver ele agora!
– Se você puder esperar um pouquinho até amanhã, princesinha... -- A voz da médica encheu o cômodo.
– Como assim, doutora?
– Ele sairá da encubadora amanhã mas ficará no berçário por mais um ou dois dias. Creio que ela ficará feliz em ver o irmão mesmo que atrás de um vidro, por enquanto.
– É uma ótima notícia. Queria que minha Violetta estivesse acordada para escutar essa novidade.
– Tenha fé, León. -- Ludmila disse baixo, afagando meu ombro. -- Ela sairá dessa o quanto antes e então vocês poderão ser felizes com seu novo bebezinho.
– Eu só queria que ela estivesse acordada agora, chorando de alegria ao saber que nosso bebê está bem. Eu só queria minha Violetta de volta...


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Notas finais do capítulo

Aí, meu coração tá em pedacinhos. Que dó deles... O que estão achando? Comentem! COMENTEM O NOME QUE VOCÊS QUEREM VER NO BEBÊ! COMENTEEEEE! RECOMENDEEEEM, FAVORITEEEEM KKKK
ATÉ LOGO!



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