Um amor impossível?! escrita por Maia Castillo Vargas


Capítulo 10
" Seja bem-vinda, pequenina!"


Notas iniciais do capítulo

Que demoraaaaa, já estava com saudadeeeees! Curiosos pra saber o que vai acontecer? Será que León vai continuar dando um de paizão? Dedico esse capítulo as três pessoas maravilhosas que já favoritaram a fic :
* MissChocolate17
* Tinita Blanco
* V lovers forever
Muito obrigada! Quem não favoritou, pode favoritar que eu não mordo Okay? Se recomendar, terá até capítulo bônus na fic!
Escolhi um nome pra pequena, espero que vocês gostem!
Bora ler?



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No capítulo anterior ...

... Alguns poucos minutos depois que aplicaram a injeção, deram uma anestesia a ela e antes de a levarem para a outra sala, Violetta agarrou minha mão me olhando com receio.

— León, haja o que houver, salve minha filha! E pelo amor de Deus, fique de olho nela, o que eu te falo é sé-sério...— Ela disse chorando e fechando os olhos com o efeito da anestesia, e em nenhum momento soltei sua mão.

...

Segui os enfermeiros que levavam Vilu em uma maca e logo adentrei a outra sala, bem maior que a primeira. O movimento lá era frenético. Os enfermeiros andavam apressados ligando Violetta a alguns fios e a médica parecia um pouco séria demais enquanto higienizava suas mãos para começar. Em menos de 3 minutos, estava tudo pronto às pressas. Um novo médico havia aparecido para ajudar e logo começaram. O silêncio reinava naquela sala, ouvia-se apenas o bip da máquina e de vez em quando algumas instruções que o médico dava a algum enfermeiro. Eu estava ficando nervoso, levando meus pensamentos a uma coisa ainda martelava minha mente: o que Violetta quis dizer em ficar de olho em sua filha? Por que ela não queria ter o bebê aqui? Fui tirado dos meus pensamentos com a voz da médica.

Nasceu!–- Ela disse alto e meu coração disparou de repente. Era como se eu estivesse recebendo a melhor notícia da minha vida, mesmo ela não sendo minha filha.

Parei por um instante, estranhando. Estava tudo silencioso... Ninguém falava nada e... Cadê o choro da bebê? Comecei a me desesperar com aquela situação. Será que ela havia nascido morta? Seria tudo culpa minha! Larguei a mão de Violetta... Estava prestes a chorar e a falar algo, quando ouço algo que parecia ser a melhor melodia que eu já havia escutado em toda a minha vida: um chorinho tão fino, tão baixinho mas com tanta vida! Senti rapidamente uma lágrima descendo em meu rosto e a emoção tomar conta do meu corpo. Ela estava viva!

– Papai, quer finalmente conhecer sua linda princesinha? -- A médica perguntou sorridente depois de alguns poucos minutos de espera. Rapidamente assenti emocionado. Não era minha filha mas eu sentia algo por ela que não sabia nem explicar! Ela me entregou uma bebezinha pequenininha enrolada em uma manta verde. Era extremamente linda! Ainda restavam vestígios de sangue sobre seu singelo corpinho, mas mesmo assim tinha perfeição em cada detalhe... Eu estava tão emocionado vendo aquele serzinho tão lindo em meus braços, ainda resmungando e se mexendo desconfortável. Aproximei sua cabecinha à minha depositando um beijo em sua testa molhada.

Seja bem-vinda, pequenina!–- Sussurrei perto de seu ouvido e a mesma tratou de serenamente fechar seus olhinhos.

Alguns minutos depois, uma enfermeira a pegou do meu colo e levando ela para um canto da sala e eu a segui. Ela colocou a pequena em uma banheira e começou a banhá-la calmamente. A moça logo percebeu minha presença ao seu lado fitando a pequena.

– Que bebê linda você tem! -- Ela exclamou baixo.

– Ehr... Obrigado! -- Disse meio sem graça.

– Papai de primeira viajem?

– Sim...

– Quer aprender a dar banho nela? -- Ela perguntou e assenti com a cabeça. A enfermeira começou a me dar instruções. -- Primeiro pegue a cabecinha e segure com essa mão... Assim! Agora devagar, molhe o cabelo... Com a mão molhada apenas... Pronto, está de banho tomado! Agora o senhor vai ter que acompanhar a mamãe dela até o quarto e essa pequenina tem que ir fazer alguns exames!

Saí da sala onde todos se encontravam para conversar à sós com a obstetra.

– Doutora, Ehr...

– Você não é o pai da menina! -- Ela disse rapidamente.

– Co-como? Como sabe? -- Disse pasmo com o que eu acabara de escutar.

– Violetta me disse quem é o pai da bebê... E em uma de nossas conversas informais, ela citou seu nome. Se acalme, não vou fazer nada contra você... Só achei muito bonita a sua decisão de ajudá-la naquele momento difícil ainda se fazendo de pai da criança!

–- Muito obrigada... Mas eu faria aquilo de qualquer maneira... Eu amo a Violetta e eu acho que acabei de descobrir que também amo aquela bebê! Mas tenho algo sério para pedir pra você...

– Diz respeito a bebê ou a Vilu?

– As duas! Violetta não me contou que estava grávida, vim fazer uma surpresa e quem se surpreendeu fui eu! -- Ri baixo -- Antes de darem a anestesia, ela me pediu para ficar de olho na bebê e antes de virmos pra cá, ela estava se negando a ter o bebê nesse hospital. Eu estou achando isso muito estranho...

– É realmente muito estranho, acompanhei a gestação dela durante três meses e ela ocultava ao máximo questões que envolviam o pai da menina, acho que ele tem alguma coisa a ver com o medo que ela está tendo...

– Eu estou preocupado. Acho que Vilu desconfia de algo ou alguém daqui e como você a conhece bem, sei que não faria mal a ela ou a bebê. Poderia ficar de olho na pequena enquanto eu não estiver presente? Questão de segurança...

– Claro, eu mesma vou fazer os exames nela agora. Violetta passa bem, então levaremos ela para um quarto e o senhor pode acompanhá-la.

– Muito obrigado!

– Por nada, León!

Levaram Violetta para um quarto particular. Era bom, além da cama, tinha um banheiro, duas poltronas, uma TV e uma pequena estante com revistas velhas. Me sentei perto de Vilu, acariciando seu rosto e agradecendo por ela estar bem depois de tudo o que ela passou naquele longo dia. Esperava ansioso para ver sua reação ao conhecer seu bebê mas sentia tristeza ao pensar que ela não pôde ver sua filha nascer... Mas o importante é que elas estão bem!

...

Pov Violetta

Acordei com uma leve dor de cabeça, ainda me lembrando que tinha falado para León antes de adormecer. Não quero perder minha filha pela ambição de um cafajeste otário. Deixei esses maus pensamentos de lado quando recobrei-me de todos os sentidos e vi uma cena linda!

León estava de costas para mim e parecia ninar a bebê, cantando docemente como ele fazia pra mim quando eu não conseguia dormir. Ele parecia não ter notado que eu tinha acordado por estar tão entretido com a bebê... Queria tanto conhecer minha filha logo mas não queria estragar aquele momento tão lindo!

De repente a pequena começou a chorar, mas seu choro era tão fininho que quase não se ouvia. Tive vontade de chorar também a ouvindo pela primeira vez, mas quase ri com León tentando acalmá-la. Ele começou a balançá-la e tentar conversar com ela!

– Ei, bebê! Sua mamãe tá cansada, pequena! Quer brincar comigo? Deixe a mamãe mimir! -- Ele disse mexendo com ela, só aumentando o choro da coitada. -- Nana neném... Nananana! -- Ri baixinho da cena mas parece que ele percebeu porque rapidamente se virou para me olhar com aquele sorriso perfeito aberto de orelha a orelha.

– León! Deixe eu conhecê-la! -- Disse animada.

– Claro! -- Sorriu -- Diz oi pra mamãe, pequena! -- Ele disse a colocando em meu colo e, imediatamente, me emocionei com algo que eu nunca senti na minha vida! Era uma sensação maravilhosa ter minha filha pela primeira vez em meus braços! Deu vontade de abraçar e nunca mais largar aquela fofura tão pequenina! Me emocionei mais ainda em perceber que ela havia parado de chorar no instante em que eu a peguei!

Parei para mirá-la melhor. Ela era tão linda, tão perfeitinha! Tinha meus traços, os cabelos cor de mel e, por incrível (e possível) que pareça, seus olhos era azuis!

– Que olhos lindos! -- Disse acariciando seu rostinho angelical. -- E puxou logo isso do seu pai... -- Disse num sussurro, rindo da minha própria ironia. Esperava que León não tivesse me ouvido. Fiquei olhando pra ela ainda não acreditando que ela estava aqui comigo, em meus braços!

– Está feliz? -- León perguntou vendo que lágrimas já escorriam pelo meu rosto.

– Isso tudo é tão maravilhoso! É mágica toda essa sensação de amor que podemos sentir por um serzinho tão pequeno!

– É verdade! -- Houve um minuto de silêncio, ele parecia estar pensando. -- Vilu, Ahn... Ah, deixa!

– O que? Diga!

– Nada não! -- Ele disse rindo fraco.

– Diga! -- Disse sem paciência.

– Ehr... Já pensou no nome da bebê? -- Ele perguntou rápido. Eu sabia que aquela não era a pergunta que ele queria fazer mas eu ainda não havia escolhido um nome pra ela!

– Pensei sim! -- Disse quando um nome perfeito veio a minha mente.

– Qual é? -- Ele perguntou curioso.

– Valentine! -- Disse animada.

– É lindo! -- Ele a olhou melhor. -- E é a cara dela! -- exclamou.

– Pensei em colocar um nome forte pra ela, já que ela foi forte o bastante pra ficar oito meses e meio me aguentando sem poder falar nada! -- Rimos -- E como ela vai ter que ser forte pra conseguir conviver com uma mãe meio louca! -- Ri um pouco alto demais, sem querer acordando a pequena que se encontrava dormindo. Ela começou a chorar baixinho e eu me desesperei mais que imediatamente com o ocorrido, mas logo ouvi batidas na porta e uma enfermeira entrou vagarosamente pedindo licença. Acho que ela percebeu que eu não sabia lidar com o choro da pequena e veio me ajudar.

– Parece que tem alguém com fome aqui! -- Ela disse chegando mais perto de mim. -- Sabe como amamentar? -- Neguei ainda sacudindo levemente a bebê. -- Assim...

A enfermeira ia me explicando e eu via que León não tirava os olhos dela até que seus olhares se encontraram.

– Você é o papai que eu ensinei a dar banho na bebê, não é? -- Ela disse sorrindo.

– Sou eu sim e essa é a mãe dela, Violetta!

– Prazer Violetta! -- Ela disse gentilmente sem tirar os olhos de Valentine -- Vamos acalmar essa pequena! Segure ela assim... Agora, aproxime o rostinho dela a você. -- Ela continuou explicando até que a pequena se acalmou enquanto mamava. Era incrível a sensação de alimentá-la, de senti-la, de cheirá-la! Uma pequenina tão indefesa, tão calminha, tão linda!

A enfermeira foi embora deixando o quarto num silêncio total. A todo momento eu o pegava me fitando quieto. De vez em quando, León aconchegava Valentine em seus braços e calmamente a ninava andando pelo quarto, já que eu não podia ficar levantando e visisvelmente, conseguia perceber que a pequena já se apegara a ele. Depois de um tempo, ele sentou em uma poltrona ainda a segurando e me olhando duvidoso, se atrevendo a quebrar aquele gelo que teimava em congelar até o tempo naquele recinto.

– Vilu, sobre... Sobre o pai dela... Cadê ele? -- Fiquei alguns segundo pensando, aquela pergunta me pegou de surpresa.

– Prefiro não falar disso, León! -- Tentei evitar uma conversa desconfortável para nós dois.

– É por causa dele que você não queria ter o bebê nesse hospital?

– León! -- Suspirei -- Argh! Sim, foi por causa dele! -- Disse atropelando uma palavra na outra.

– Mas, por quê?

– É muito complicado! -- Disse percebendo que já escorria uma lágrima em meu rosto ao lembrar das palavras daquele merda.

– Você está me deixando preocupado! O que ele fez?

– "Você vai sofrer como nunca sofreu em toda a sua vida, prepare-se!" -- Repeti suas últimas palavras quase que num sussurro e León pareceu se assustar com isso.

– O que foi isso?

– Foram as últimas palavras dele antes de sumir da minha vida me deixando naquele quarto de hotel sozinha e em trabalho de parto! -- Disse sentindo calafrios de medo ao lembrar daquilo.

– Como? O que ele quis dizer com aquilo?

– Ele quer pegar a minha filha, León! -- Disse já me desesperando. -- Ele disse que vai ficar rico com ela! Ele quer vendê-la a um casal que escolheu adotá-la! -- Eu quase não conseguia falar com tanto choro.

– Você ía dar ela para a adoção? -- Ele parecia estar muito assustado com a situação.

– NÃO! Eu jamais faria isso com minha própria filha! Descobri o plano dele pouco antes de você chegar! -- Ele percebeu minha sinceridade.

– Como alguém é capaz de fazer isso?! O que aconteceu com ele?

– Sumiu... Está esperando a brecha na porta pra voltar com o plano dele de ser rico vendendo a própria filha! -- Chorei mais pensando que poderia perder minha filha para um psicopata.

– Se acalme! Eu já falei com a médica pra ficar de olho na bebê enquanto não estivermos. Eu estarei sempre ao seu lado, Violetta! Nunca se esqueça disso!

Ele tentou me confortar. Levantou de onde estava sentado, deu poucos passos parando ao meu lado e me entregando Valentine com cuidado. Aproximei meu rosto ao dela depositando um beijo em sua bochecha. Levantei meu rosto dando com o de León a poucos centímetros de mim.

Não pensei duas vezes e fechei meus olhos esperando por sua boca tocar a minha como se esperando que o tempo parasse naquele estante. Eu precisava muito dele, sentia uma saudade tão grande daqueles lábios tomando conta dos meus com tanta carência de amor... Sempre pronto para me ter novamente em seus braços! Seguimos alguns poucos minutos com um beijo calmo e muito necessitado, até que...

– Vale! Shiii, não chora princesa! -- Disse a sacudindo devagar.

– Primeiro Sebastian, Sarah e agora Valentine! -- Disse León rindo -- Da próxima vez nos beijamos sozinhos, Okay?


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Notas finais do capítulo

Valentine-> https://tulipababy.files.wordpress.com/2013/03/primeiros-testes-para-o-recc3a9m-nascido.jpg
E aí, o que acharam, hein? Comenteeeeeem! O que acham que vai acontecer no próximo cap? Dêem suas idéias!



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