O Sequestro - Cobrade escrita por Keth


Capítulo 6
Estou enlouquecendo completamente!


Notas iniciais do capítulo

Amores, muito obrigada por comentarem. Fiquei muito feliz mesmo. Amei! Peço desculpas pela demora, mas estou realmente com o tempo apertado. Espero que gostem! Beijos :*



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Eu não conseguia dormir, já tinha me colocado de várias posições, mas nada de pegar no sono. Levantei-me e me deitei no chão, não sabia exatamente porque eu estava fazendo aquilo, parecia que ali eu conseguia pensar mais. Cobra, esse era o nome dele, esse era o nome do meu sequestrador. Havia um tempo que eu tinha percebido que ele não era comum, mesmo sendo muito grosso e me ameaçasse ele me protegia, ele queria que eu me mantivesse bem, ele ficou realmente preocupado quando desmaiei em seus braços.

Inferno! Era isso o que não me deixava dormir! Eu não conseguia parar de pensar no modo como ele me carregou em seus braços fortes me segurando com firmeza bem perto do seu corpo, eu não conseguia me esquecer do seu cheiro. Eu não sabia de onde vinha tanta coragem para ficar frente a frente com ele toda vez, mas aqueles olhos me hipnotizavam. Por pouco não tirei aquele pano de seu rosto, eu queria poder vê-lo, queria ver seu rosto completamente...

Coloquei minhas mãos em meu rosto, do que eu estou falando? Que tipo de coisa absurda eu estou dizendo? Ele me sequestrou, ele quer apenas o dinheiro do meu pai, nada que ele fez foi em relação a mim, eu sou apenas uma moeda de troca. E poque aquilo me doía tanto? Porque me incomodava tanto pensar que ele não pensava em nada além do dinheiro? Aquilo fez com que eu me desesperasse, eu estava confusa, cansada, e aquele lugar era claustrofóbico, provavelmente eu ficaria louca. Comecei chorar, chorei muito. Não aguentava mais aquela situação, queria voltar para casa, queria ver meus pais, queria parar de pensar em Cobra do jeito que eu estava pensando.

Não sei dizer o que houve, mas acordei sentindo braços conhecidos me carregando. Abri os olhos devagar e meu primeiro impulso foi segurar no pescoço dele. Cobra então me olhou, percebi que ele tinha me levantado um pouco mais, de modo que nossos rostos ficaram bem próximos. Ele parou de andar e nos encaramos por um longo tempo, ele alternava olhares entre meus olhos e minha boca. Maldito pano que atrapalhava tudo! Eu só podia olhar em seus olhos. Ele suspirou e voltou a andar.

– Ainda bem que você está viva -sua vós mostrava grande preocupação.

– O que houve? Pra onde está me levando? -Cobra me segurou com mais firmeza e entrou num quarto.

– Eu esperava que você me dissesse o que houve, quando fui levar sua comida você estava largada no chão e estava pálida, jurava que estava morta. Chamei seu nome e te sacudi, mas você não se mexia. Então eu decidi tirar você de lá e te trazer para um novo cativeiro.

– Não me lembro direito o que aconteceu. -Cobra me colocou numa cama confortável e colocou a mão na minha testa.

– Você não está com febre. Se sente melhor?

Ele estava bem na minha frente, me olhava preocupado e eu comecei a ficar nervosa. O que está havendo comigo? Porque estou desse jeito? Eu deveria ter medo dele, eu deveria estar assustada, mas porque eu não estava? Minha bochecha começou a esquentar, eu estava com vergonha?

–Hãm... -Cobra percebeu que eu havia corado e se afastou um pouco, eu não podia ler sua expressão, novamente aquele pano tapava tudo. Mas se ele confiou em mim para dizer seu nome, porque seria diferente com seu rosto?

– Bom, você parece melhor, não está mais pálida. -ele se levantou- Vou buscar seu café da manha. Aproveite seu novo cativeiro. -então ele fechou a porta do quarto.

Levantei-me, fui até o banheiro e lá tinha um espelho. Eu estava péssima. Meus cabelos estavam bagunçados, meu rosto sem nenhuma maquiagem estava um pouco pálido e eu me sentia muito cansada. Quando fui sair do banheiro acabei tropeçando em algo, eu tina certeza de que iria cair, mas acabei caindo nos braços dele. Ele me colocou de pé devagar e me encarou.

– Teve tonturas outra vez? -eu não tirava os olhos dele.

– Não -gaguejei- Só tropecei mesmo. -ele ainda me segurava próximo ao seu corpo e sinceramente? Eu não queria que me soltasse!

– Tome mais cuidado Jade! Consegue ir pra cama sem cair de novo?

Por um momento pensei em dizer "Não, me carregue por favor", mas não o fazê-lo , era atrevimento e loucura de mais. Andei até a cama e comecei a comer, Cobra me entregou uma sacola em seguida.

– O que é isso?

– Coisas para higiene pessoal, não quero manter uma refém suja aqui.

– Obrigada. -então ele me entregou outra sacola.

– São algumas camisetas pra que você use caso não queira mais ficar com essa roupa. -aquilo era louco, desde quando um sequestrador era tão gentil com seus reféns?

– Obrigada Cobra. Posso te perguntar uma coisa? -ele me olhou surpreso e assustado, não entendi o porque. Ele perguntou antes de responder.

– Só uma coisa.

– Porque você disse que se eu visse seu rosto estaria assinando minha sentença de morte? -eu sabia a resposta, mas queria ouvir dele.

– Porque eu teria que te matar para que você não me descreva para polícia. -olhei para ele com os olhos arregalados, ele realmente teria que me matar...

– Mais tarde vou te trazer o almoço...

– Mas eu não quero que vá embora!

Ele parou na porta, mas logo continuou seu caminho sem dizer nada. Fiquei parada na cama durante um tempo. Ele teria que me matar! Mas eu precisava ver, precisava saber como ele era... Precisava dele por perto, eu sentia a necessidade de ficar perto dele, mesmo que ele tivesse com uma arma no quadril, mesmo que ele tivesse me sequestrado e me olhasse apenas como uma moeda de troca. Eu cheguei a conclusão de que eu estava louca, mas eu estava completamente apaixonada por ele...


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