O Sequestro - Cobrade escrita por Keth


Capítulo 39
O casamento




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8 Meses Depois....

– Muito bem querida como iremos fazer? – perguntou Jonas.

– Não sei, me sentiria culpada se deixasse Julie com a minha mãe,
eu mesma fico louca sozinha – suspirei.

– Mas você precisa ter seu dia de noiva meu bem, precisa deixa-la com
ela, não pode ficar sem seu dia de noiva – ele me repreendeu, olhei para
a minha pequena, ela ria no tapete cheio de brinquedos, tinha aprendido a
sentar, pegar com mais firmeza os brinquedos e a engatinhar, também
aprendeu a fazer algumas gracinhas que eu e Cobra ensinamos.

– Eu sei – sorri com a cena, minha mãe me olhou.

– Querida posso cuidar dela, não precisa se preocupar, seu pai estará
comigo para me ajudar – eu sabia que podia confiar nela, mas, na
verdade, não queria deixar minha bebê.

– E se ela sentir fome mamãe? E se começar a chorar porque eu e
Cobra não estamos aqui?

– Querida, ela já esta familiarizada comigo, claro que pode sentir
sua falta mas eu e seu pai poderemos dar conta, fique tranquila – minha
mãe sorriu com ternura, vi que não havia outra opção.

– Tudo bem, se você diz... – Jonas bateu palmas.

– Ótimo, vamos para o spa e lá veremos o que fazer com essa maravilha de cabelo e a maquiagem, e ao som da rainha obviamente – Jonas tinha uma
devoção enorme pela Beyoncé, eu não o culpava, a maioria dos
homossexuais a idolatrava.

– Claro, mas, deixe que eu me despeça da minha baby sim? – Jonas
assentiu.

– Ela é uma graça, e com todo respeito querida, é linda como o pai –
dei risada, Jonas achou Cobra “um Deus grego”.

– Quem vai se casar com ele sou eu meu bem, beijos pra sua inveja –
brinquei, Jonas mostrou a língua.

Peguei Julie no colo e a enchi de beijos, minha pequena colocou uma
das mãos em meu rosto, ela estava aprendendo a fazer carinho, sorri para
ela. Ela cresceu tanto, e era uma boa mistura minha e de
Cobra: quando sorria me lembrava ele totalmente, porém, quando se
mantinha séria lembravam a mim. Os olhos saíram eram meus, mas a boca e o queixo eram de Cobra, uma mistura incrível e linda de nós dois. Eu não gostava de me separar deles em momento algum, sim, eu tinha me tornado uma mãe grudenta. Coloquei Julie no chão e finalmente pude seguir Jonas porta a fora para um carro que nos aguardava, meu pai prometera que hoje eu teria um dia de princesa.

– Eu vou voltar meu amor, mamãe promete – beijei ela novamente, por
sorte, ela gostava e estava acostumados a passar o tempo com minha
mãe, então, não choraria, mas, eu estava quase chorando por deixa-la.

Eu passaria o dia todo no spa, me preparando para o meu grande dia, o
dia que esperei por tanto tempo. Depois do nascimento do bebê começamos
os preparativos para o casamento, planejamos tudo, inclusive quando
iríamos nos casar, por causa dela. Graças a Deus tudo correu
bem, decidimos tudo em pouco tempo e conforme me recuperei bem pude ir
atrás do vestido dos sonhos, que levei dois meses para decidir. Agora eu
precisava relaxar e aproveitar o meu dia da noiva, ainda eram 8:20 da
manhã, eu ficaria no spa até as 15:45, os casamento era as 16:00 e eu
não podia estar mais ansiosa. Jonas confiscou meu celular para garantir
que eu não entre em contato com Cobra em momento algum, o que me deixou frustrada porque eu realmente gostaria de saber o que ele estava fazendo naquele momento, mas, como ele tinha dito, eu precisava relaxar...

Algumas Horas Depois..

Me sentia mais relaxada do que nunca, recebi vários tipos de massagem,
esfoliação, limpeza, tudo que se possa imaginar, eu exalava cheiro de
rosas e meus cabelos nunca estiveram tão macios e sedosos. Minha
maquiagem estava pronta, nada muito forte já que era um casamento ao ar
livre, apenas pedi que ele deixasse meus lábios levemente rosados, pois
eu sabia que Cobra gostava disso. Jonas agora terminava meu cabelo,
fazendo a última onda e colocando a coroa de flores. Finalmente era a
hora de colocar o vestido, eu usava apenas o corselet branco e estava
morrendo de vergonha, mesmo que só houvessem mulheres ali e Jonas.

– Vamos meu bem, você está em ótima forma! –
Jonas elogiou trazendo o vestido – Vamos lá – ele o abriu e abaixou para
que eu colocasse minha pernas, e com a ajuda de mais duas assistentes
ele subiu o vestido que entrou perfeitamente, e o fechou. As assistentes
correram para arrumar a saia do vestido e me ajudaram a colocar
o sapato, eu estava pronta.

– Estou nervosa – confessei ao me virar para encarar Jonas.

– Você está linda, uma verdadeira princesa! – Jonas parecia emocionado –
Venha, vamos ver você no espelho! – ele me puxou para o grande espelho
do spa e me colocou de frente para ele, fiquei encantada em como estava
linda, me perguntava se Cobra também acharia isso.

– Estou um arraso – gritei, ele me olhou surpreso e caiu na gargalhada.

– Mas é claro meu bem, está falando com um dos melhores do país! – ele se gabou – Oh meu Deus já está na hora! Vamos minha rainha está na hora de
ir pro seu casamento – uma das assistentes me entregou meu buquê e eu
fui conduzida até a limusine onde levei um tempo para conseguir me
arrumar por conta do vestido. A ansiedade em dominava, será que Cobra
gostaria da minha escolha do vestido? Será que choraria? Aquelas dúvidas
estavam me matando.

Em pouco tempo chegamos ao casamento, em respeito aos convidados eu não me atrasei, sabia o quanto era chato ficar esperando. Quando chegamos a mansão respirei fundo, eu não ía aquela mansão a um tempo, porém, nada havia mudado, a não ser que estava enfeitada com luzes e flores. Jonas desceu para que anunciassem que a noiva havia chegado, fiquei no carro
esperando em agonia até que finalmente pudesse descer.

– Você passará pela porta dos fundos, de lá, seu pai lhe pegará, sua mãe
entrará com cobra e Julie, e não se preocupe, ela esta bem e
ficara com sua tia – suspirei aliviada – Por favor não chore porque a
maquiagem que fiz está realmente divina! – Jonas brincou, eu mal
conseguia falar tamanha era a minha ansiedade, então somente assenti e
segurei com mais firmeza o buquê.

Entrei pela enorme porta da frente e novamente fui conduzida até o local
onde deveria esperar, a enorme porta dos fundos de vidro foi coberta do
lado de fora por uma cortina branca e espessa, me impedindo de ver
Cobra entrar com minha mãe Julie. Perto da hora de entrar,
Jonas correu a minha volta arrumando meu vestido, arrumando minha coroa e
me pedindo que relaxasse, ao sinal dele as cortinas se abriram e A
Thousand Years começou a tocar. Todos os olhares estavam dirigidos a
mim, meu pai me esperava ao pé da escadaria que levava ao quintal, ao
longe vi Cobra, mas, não pude vê-lo com clareza. Com cuidado ergui a
saia do vestido na frente para que não tropeçasse, mesmo que o vestido
não estivesse encostando no chão, e quando cheguei ao final meu pai
segurou a minha mão, já estava vermelho de tanto chorar.

Ele deu-me o braço para que pudéssemos caminhar até o altar, muitas
pessoas me olhavam, gente da imprensa, gente da família, amigos e
funcionários da empresa, sorri para todos na medida do possível,
cantarolava a música baixinho para mim mesmo, sorrindo a cada passo que
me aproximava do amor da minha vida. Ao chegar mais perto pude ver
finalmente a roupa de Cobra: combinamos que sua roupa deveria ser
clara, e ele a escolheu perfeitamente, seu cabelo estava arrumado num
topete, ao me aproximar pude ver seus olhos marejados, sim, meu marido estava chorando e me olhava completamente maravilhado, e pude perceber que ele também cantarolava a música. Quando finalmente cheguei até ele, meu pai beijou minha testa, cumprimentou Cobra e me entregou a ele, que beijou
meu rosto e sorriu.

– Você está perfeitamente linda – sussurrou antes de nos virarmos ao
padre. A cerimônia seria feita embaixo de um arco de flores, o perfume
delas e do meu buquê era incrível.

O padre começou sua introdução, uma breve palavra sobre o amor, a benção e a cena básica do “aceito’’ que dissemos entre sorrisos. Foi quando
chegou o momento da alianças em que o padre nos deu a liberdade de
dizermos exatamente o que quiséssemos um para o outro, e começou por mim.

– Ricardo Cobreloa, desde os primeiros momentos em que estive com você naquele cativeiro, desde o primeiro olhar, o primeiro toque, desde o
primeiro momento que você cuidou de mim, eu soube exatamente quem era
você, soube naqueles momentos o quão bondoso, o quão maravilhoso você é.
Cobra, você é o homem da minha vida, você é o pai da minha filha,
aquele com quem eu quero viver até o meu último dia de vida, até o meu
último suspiro. Agora, eu coloco essa aliança como prova do meu amor, da
minha fidelidade e do meu compromisso – coloquei a aliança no dedo dela
trêmula, Cobra riu, olhou para mim e pegou a outra aliança.

– Jade Gardel, não há dúvidas de que você é a mulher da minha
vida, desde o primeiro momento em que a carreguei nos braços e a senti
tão perto de mim... Você me encantou, você me conquistou, você viu em
mim o que nem eu mesmo mais via, você tocou meu coração e me fez
enxergar melhor tudo a minha volta. Você – ele acariciou
levemente meu rosto enquanto a primeira lágrima escapava – Você é o
milagre que eu tanto esperava, você salvou a minha vida e eu quero
recompensá-la, fazendo-a a minha mulher e a mulher mais feliz do mundo –
ele limpou minhas lágrimas e eu soltei um suspiro apaixonado – Aceite
essa aliança como prova do meu amor, da minha fidelidade e do meu
compromisso, eu te amo – ele colocou a aliança e olhamos para o padre em
expectativa.

– Eu os declaro marido e mulher, já pode beijar a noiva – olhei para
Cobra que fez cara de malícia, ele iria aprontar.

– Cobra... – falei mas não terminei, Cobra me segurou no colo e me
beijou, ouvi os aplausos e os gritos de todos que assistiam, quando ele
me colocou no chão olhei para ele maravilhada – Você é louco – ri.

– Você queria um beijo mais tradicional?

– Também... – e novamente ele me beijou, todos gritaram ainda mais.

– Eu te amo – ele gritou, me pegou novamente no colo e me
carregou até onde eu havia entrado.

A festa tinha finalmente começado, a música foi ligada, os convidados
vieram nos cumprimentar – o que nos custou muito tempo – tiramos as
fotos para o álbum e só depois de algumas horinhas ficamos livres.
Joguei o buquê, e quando me virei, vi minha prima segurando o
buquê toda vermelha olhando para Charlie que sorria, achei a cena muito
fofa. Quando finalmente eu e Cobra fiamos livres para fazermos o que
quiséssemos fui atrás da minha mãe para ver como estava Julie, e
a encontrei junto de meu pai ainda tentando parar de chorar.

– Mamãe pare com isso! – ri da cena, ela segurava Julie, ela usava um
vestido branco de babadinhos e uma tiara, quando viu Cobra começou a
esticar os bracinhos para ele sorrindo.

– Olá meu amor – Cobra disse pegando-a no colo, Julie era um grude
com ele, quando Cobra saía mesmo que fosse para ir ao mercado ela
chorava bastante, amava o pai incondicionalmente.

– Desculpem acabar com o momento família, mas, filha vocês tem que
dançar a valsa – meu pai se pronunciou.

– Sério? – Fiz careta.

– Então quer dizer que não quer dançar valsa com o seu próprio marido? –
Cobra fez bico, eu não sabia dançar e odiava valsas, mas, aquela
carinha de cãozinho sem dono em convenceu.

– Quero, mas, eu não sei dançar – falei sem graça, Cobra entregou Julie a minha mãe, depois me puxou para a pista de dança no meio do jardim onde os convidados esperavam numa roda para ver os noivos dançarem.

– Lembra quando dançamos naquela casa? – assenti – Faremos a mesma coisa hoje – olhei intrigada.

– Tem certeza disso? Acho que todos vão rir de mim por causa disso – eu
estava realmente insegura.

– Amor, você está deslumbrante, ninguém vai rir de você, prometo que
será bonito, só tire os sapatos – Cobra sorriu me dando toda coragem de
que precisava, fui a um canto e deixei meus sapatos ali, me aproximei
dele e esperamos a música começar.

Quando a valsa iniciou ele fez uma reverência, beijou minha mão e me
puxou para perto, pude ouvir muitos “awwnns”, Cobra passou o braço em
minha cintura, em ergueu para me colocar em seus pés, enquanto me
segurava, com o outro braço esticou e pegou minha mão e começou a
dançar, eu sorria para ele e me lembrava da primeira vez que fizemos
isso, do quanto nosso futuro era incerto, mas, nosso amor superou tudo,
nosso amor foi mais forte que tudo e agora estávamos ali, casados e
felizes, com uma filha linda e um futuro pela frente. Em determinado
momento desci para girar, porém Cobra me girou e eu fui parar com meu
pai que sorriu, mesmo que não quisesse dancei com meu pai me lembrando
dos movimentos dos pés de Cobra e acabei dançando melhor do que
imaginava, e, ao analisar a pista de dança percebi vários casais
dançando também. Quando finalmente acabou pude aproveitar a festa de
verdade, dancei com Cobra – sim eu não sei dançar valsa mas qualquer
outra eu sei – todos estavam se divertindo e a festa foi até quase o dia
amanhecer, e agora eu tinha um problema: Lua de Mel, não poderíamos ter
uma Lua de Mel por causa da Julie, talvez uma noites fora ou uma
viajem em família, mas, uma Lua de Mel mesmo não poderíamos.

– Cobra, como vamos...? – Cobra percebeu no mesmo instante.

– Só essa noite, vamos para a Disney e passaremos lá com nossa filha.
Prometo que quando estiverem mais crescidinhos nós teremos A lua de mel
– ele piscou charmoso e eu apenas concordei.

– Ela esta dormindo querida, não vai nem perceber, quando voltar eles
nem vão ter tido tempo de sentir a sua falta – dei risada e ela me olhou
sem compreender.

– Mamãe, você não conhece o Cobra – ri mais ainda enquanto minha mãe
olhava para ele surpresa e ele ficava vermelho.

– Obrigada – ele falou envergonhado.

– Tudo bem então mamãe, então... Nós vamos indo, cuida bem dela ta? – beijei minha pequena que dormia no carrinho e fui com Cobra até a
limusine que havia me trazido, entramos e apenas esperamos até chegarmos
em casa. Ao chegar Cobra me ajudou a sair do carro e ao chegar na porta
ele me pegou no colo novamente e sorriu.

– Esperei muito para fazer isso sabia?

– Porque? – ele foi entrando e ao empurrar a porta andou comigo até o
quarto.

– Porque você é a minha princesa, e eu queria te tratar como uma, e
também minha mãe disse que queria que eu fizesse isso com a minha
esposa, mesmo que ela não estivesse aqui para ver – ele se entristeceu
por um momento e me colocou na cama.

– Prometo que a encontraremos meu amor, as fotos do casamento irão se espalhar, ela saberá que é você – acariciei seu rosto e lhe dei um
sorriso encorajador.

– Será que vai se orgulhar de mim quando souber tudo o que aconteceu? – ver ele tão tristonho me cortava o coração.

– Claro que vai, quando souber a verdadeira história, ela é sua mãe, vai
amar você do mesmo jeito – beijei-o e sorri.

– Obrigada por ser essa mulher perfeita – ele colou nossas testas e
sorriu – Eu amo você.

– Eu também te amo – falei mas levei um susto ao sentir suas mãos em
minha coxa – Cobra...

– Lua de Mel amor, não vou deixar que nada estrague isso – ele falou com
uma voz sexy que me fez arrepiar no mesmo segundo – Tira Esse vestido
Jade – e depois daquilo a melhor noite de todas aconteceu, eu me
entreguei completamente a ele, nos tornamos um só, e todo o nosso amor,
nosso desejo e paixão foi mostrado em um único momento, no ato mais
perfeito, e ali eu me entreguei a ele não somente como sua namorada,
agora eu havia me entregado como Jade Garde Cobreloa esposa de Ricardo Cobreloa.


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