Até o julgamento escrita por Paola_B_B


Capítulo 11
Capítulo 10. Nossos Momentos


Notas iniciais do capítulo

Sim eu sei! Estou atrasadíssima! Perdão. Estou toda enrolada com a faculdade, inclusive postarei e voltarei para os meus estudos já que amanhã tenho prova. Então deverei a resposta dos comentários do capítulo passado por agora, mas prometo que amanhã, assim que chegar em casa eu responderei ;) Espero que gostem do capítulo.



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Capítulo 10. Nossos Momentos

PDV Agente Swan

Senti meus olhos arderem após tanto tempo focada na tela de computador. Meu protegido continuava a digitar furiosamente, estranhamente em silêncio. Confesso que estava sentindo falta de sua língua solta. Pela primeira vez em minha vida a quietes me incomodava.

Ele estava naquele mesmo ritmo desde a hora que cheguei ao apartamento. Depois de me avisar que havia feito um molho para comermos com um macarrão eu tomei a dianteira para terminar o nosso jantar, pensei que assim que terminasse ele já teria boas notícias.

Porém as coisas não aconteceram na velocidade em que eu esperava. Eu nos servi o macarrão e decidi por ficarmos na sala mesmo. Sentada ao sofá eu terminei meu prato enquanto Edward continuava seu trabalho. Ele estava sentado ao chão com as costas apoiadas no sofá, o laptop em seu colo e seus longos dedos... Jesus, eles eram rápidos.

Minha mente vagou para uma fantasia suja e luxuriosa por alguns minutos. Então tive que levantar e ir tomar um banho. Quando retornei ele continuava no mesmo lugar, do mesmo jeito e calado.

Suspirei e sentei-me ao seu lado focando na tela do computador. Eram tantas letras, números e símbolos organizados de uma maneira que para mim não fazia qualquer sentido que logo me entediei. Desviei meu olhar para a mesinha e notei o prato de Edward ainda cheio.

– Você quer que eu esquente sua comida? – perguntei baixinho.

– Hum?

– Sua comida. – apontei para o prato. – Já deve ter esfriado.

Só então seus dedos pararam.

– Oh! Eu não tinha reparado. – murmurou com seus lindos olhos verdes arregalados.

– Quer que eu esquente?

– Por favor, eu estou faminto.

Levantei-me e peguei seu prato indo para a cozinha. Ele me seguiu alongando-se pelo caminho.

Coloquei o prato no micro-ondas, aquilo ficaria um grude, mas o azar era o dele, quem manda ficar tão focado no computador e não reparar em mim, digo, na comida.

Revirei meus olhos internamente pelo rumo dos meus pensamentos.

– Eu pensei que seria mais rápido. – comentei simplesmente apoiando-me ao balcão.

Ele sentou-se na banqueta e sorriu preguiçosamente enquanto esticava o pescoço de um lado para o outro.

– Bem, nós não estamos em um filme. – sorriu com arrogância. – Na vida real hackear contas bancárias é muito mais difícil do que se pensa. Além do mais eu ainda nem iniciei a real invasão. Ainda estou construindo o vírus. Levando em consideração que o Volturi mantém seu dinheiro em diferentes bancos nacionais e em paraísos fiscais eu preciso atar todas as pontas para que meu vírus não seja barrado ou que sejamos descobertos.

O micro-ondas apitou indicando o final do ciclo. Peguei o prato de meu protegido e entreguei-lhe. Ele logo abocanhou uma gigantesca garfada de macarrão e me agradeceu de boca cheia.

– Desculpe. – pediu após engolir e sorrir amarelo.

Não disse nada, apenas continuei a encará-lo enquanto comia. Eu me sentia um pouco inútil no momento. Quer dizer, eu era a mulher da ação, a que carregava uma arma, mas Edward era aquele que realmente poderia cortar as asinhas de Aro. Eu deveria ter me dedicado mais a computação.

– O que foi? – me trouxe de volta a realidade.

– O que foi o que?

– Porque fez essa cara?

– Que cara?

– Essa cara.

Confesso que fiquei por dez segundos, contados, completamente paralisada olhando para a sua imitação barata da minha suposta careta. Então veio sem que eu pudesse me controlar.

PDV Edward Cullen

Senti a comida mastigada escorregando de minha boca completamente escancarada. Lá estava ela, torcendo-se de tanto rir. Com lágrimas nos olhos e tudo! Qual é? Não era to engraçado, era? Mas porque eu estava reclamando, afinal? Quer dizer, minha protetora estava leve como eu nunca a vi antes e completamente... Linda. Jesus!

Fechei minha boca e engoli. A comida rasgou pela minha garganta seca e meus olhos imediatamente lacrimejaram. Porra! Arderam como o inferno. Fiquei tanto tempo sem mexer em um computador e então quando o tenho em minha frente volto com meu habito de me esquecer da vida enquanto meus dedos batem nas teclas que a consequência estava muito dolorida.

Não pude evitar que algumas lágrimas escapassem pelos cantos dos meus olhos assim que os fechei com força.

O riso de repente parou.

– Edward? Hã... Desculpe. Não quis magoar seus sentimentos. É que sua cara...

Perfeito! Ela me achava patético.

– Sua cara foi patética. – muito obrigado Isabella Swan! Você é um remédio para a autoestima!

– Não estou chorando. – retruquei irritado.

– Estou vendo lágrimas.

– Não são lágrimas de choro.

– Se você diz...

Fechei minha cara. Se fosse um cachorro eu estaria rosnando para ela agora.

– Eu apenas tenho problemas de olhos secos, ok?! – grunhi com mau humor. – Eu apenas preciso de um colírio, lágrimas artificiais, se continuarei a escrever os códigos! Caso contrário sempre que sair da frente da tela do laptop ficarei com esses olhos vermelhos de merda e lágrimas idiotas querendo lubrificá-los!

Eu sei, minha explosão não tem qualquer sentido. Mas eu estava sob muita pressão. Então...

– Edward. – minha respiração rápida de repente sumiu, pois ela suavemente tocou minha mão.

Seus grandes olhos chocolate estavam fixos em minha boca e lentamente ela deu a volta na bancada e aproximou-se de mim. Por um momento pensei que teria um ataque do coração. Pela minha visão periférica observei sua mão livre subir até meu rosto e para o meu completo desespero ela passou o guardanapo rudemente em meu queixo e começo do pescoço.

– Você se alimenta como uma criança de cinco anos.

Onde está o mafioso para atirar em minha cabeça quando eu preciso dele?

Já humilhado o suficiente resolvi chutar o balde. Com um bufo forte, ao soltar minha respiração, segurei seu pulso e puxei-a para perto. Surpresa ela cambaleou apoiando-se em meu peito. Sua cabeça ergueu-se para me fitar e seus olhos apareceram sensualmente sob seus cílios. Controlei meu extinto de gemer como se estivesse na puberdade e soprei em seu rosto suavemente.

– Não me taxe como infantil quando foi você a fazer careta quando expus minhas habilidades com tecnologia. – agora quem tinha a respiração errática era ela. – Não fique tão incomodada por eu ser bom em alguma coisa. – sussurrei me aproximando tanto de seu rosto que nossos narizes se tocaram.

Fiquei a fitando profundamente só então percebendo que eu começava a conhecê-la de uma maneira que talvez ninguém conheça. Ok, quando ela estava com aquela expressão, ou melhor, sem qualquer expressão, eu não sabia o que estava acontecendo em sua cabecinha. Mas de alguma forma eu conseguia decifrar suas microexpressões. Como a careta há pouco. Era óbvio que ela se sentia ameaçada pelo conhecimento que ela não tinha. E agora seus olhos arregalados e pupilas dilatadas me diziam claramente que eu tinha meu efeito em seu corpo.

Não consegui evitar que meu ego masculino crescesse e minha natural canalhice, segundo tia Carmem todo homem é canalha por natureza, tomasse ação e movi-me lentamente arrastando meu nariz por sua bochecha quente e encostei meus lábios em sua orelha. Propositalmente mantive meu corpo parado, apenas suavemente encostado ao dela.

– Eu sou bom em muito mais coisas Bella. – sibilei lentamente. – É só você perguntar que lhe direi... E se quiser terei toda a boa vontade em mostrar no quanto eu sou bom.

Senti seus dedos enrolando-se em minha camiseta e agindo com o espírito um pouquinho vingativo estalei um beijo rápido em sua bochecha antes de me afastar e pegar meu prato para continuar comendo na sala. Precisava terminar o vírus.

PDV Agente Swan

Quando foi que atravessamos aquela linha? Meu Deus do Céu! Se eu não tivesse segurado no balcão eu teria virado uma poça de nada. Minha nossa! Minhas pernas nunca tremeram tanto!

Não sei por quanto tempo fiquei em estado catatônico. Mas assim que me recuperei caminhei lentamente até a sala.

Edward voltou a digitar furiosamente e sequer percebeu que eu estava sentada no sofá ao lado. Eu me sentia um pouco nervosa. Eu não estava acostumada a me sentir nervosa. Eu definitivamente não gostava de me sentir assim.

– Hã... Amanhã vou comprar um colírio para você. É só me falar a marca. – sério Swan?!

Ele me olhou surpreso e então sorriu com doçura.

– Obrigado.

A falta de um olhar ou sorriso arrogante me fez sentir um pouco menos... Insegura. Eu não conseguia acreditar que estava me sentindo desse jeito por uma cara! Qual é?! Ele é apenas um garoto!

– Posso ligar a televisão?

– Claro!

Voltei a ficar em silêncio e foquei minha atenção no filme antigo que passava. Quem eu quero enganar? Minha atenção estava totalmente em meu protegido, eu só não olhava diretamente para ele.

Minha cabeça estava trabalhando tão rápido repassando várias e várias vezes todos os nossos momentos. Nossos momentos... Meus Deus eu estava até nomeando minhas memórias!

Grunhi mentalmente e tentei me focar em meu trabalho. Eu tinha que arranjar um jeito de descobrir se Alice recebera minha mensagem e falar-lhe sobre o novo plano envolvendo o Cullen e seus dedos mágicos... Puta merda! Foco Bella! Foco!

Também há o problema da gangue local. Eu tinha que dar um jeito de eliminá-los definitivamente. Eles com toda a certeza estavam muito além de motivados a nos pegar, ou melhor, pegar Edward e me apagar por ter matado seus companheiros. Com o dinheiro do Volturi eles teriam recursos para nos acharem. Câmeras nas ruas e em edifícios particulares poderiam indicar a nossa direção. Bastava que eles fossem pacientes. E por vingança eles seriam.

Apesar do incomodo com meus pensamentos acabei adormecendo no sofá. Eu estava exausta mentalmente.

Acordei no meio da noite e percebi que estava coberta com uma manta felpuda. Meu coração aqueceu-se com aquele ato ainda mais ao notar que Edward ainda digitava. No inicio da noite ele sequer havia se lembrado de se alimentar, no entanto ele preocupou-se em me proteger do frio da madruada.

Sentindo-me coberta por afeto adormeci novamente para só acordar quando o dia já estivesse claro.

[...]

– Agora mais do que nunca precisamos contatar Alice. – disse enquanto secava meus cabelos com a toalha.

Edward estava jogado no sofá tentando pingar o colírio que lhe comprei hoje de manhã. Ele finalmente havia terminado de fazer o tal vírus e me contou que bastava o e-mail de alguém ligado a Aro, seja o advogado, algum parente, funcionário, capanga... O plano era infectar o e-mail dessa pessoa que ao entrar em contato com o Volturi infectaria o computador dele, então teríamos acesso as suas informações pessoais.

– Tem certeza que esse vírus não vai parar num AVAST da vida?

Ele não se prestou a responder, apenas bufou irritado.

Sua atitude lembrou-me imediatamente de Rosálie e algo estalou em minha cabeça. Hesitei por alguns minutos. Eu não queria de jeito nenhum colocá-la nesta situação mais do que eu já tinha colocado. Todavia eu não via outra opção. Eu tinha poucas pessoas de confiança em minha volta e no momento eu estava sozinha nesta cidade. Sei que Rose nunca recusaria me ajudar, acho que ela por toda sua vida esperou este momento em que eu correria para ela.

– Você pode fazer um e-mail para mim?

O ruivo ergueu a cabeça e me olhou sem entender.

– Acha um bom momento para criar uma conta?

– Enviarei um e-mail para Rosálie. Ela será nosso meio de comunicação com Brandon e Whitlock.

– Você tem certeza?

Fiquei olhando para a sua cara, era claro que eu tinha certeza!

Com um suspiro ele levantou-se e pegou o laptop da mesa de centro da sala. Cinco minutos depois ele me entregava o computador.

– Não envie qualquer link ou imagem para que ele não vá direto para a caixa de spam. Talvez Rose tenha o hábito de simplesmente excluir qualquer coisa que vá para lá.

Assenti e disparei digitando.

PDV Edward Cullen

Jesus! A agente parecia estar catando milho no teclado! Aquilo estava me dando nervoso. Ok, ela não era tão lenta, mas cada vez que precisava digitar uma acentuação ela se perdia.

– Hã... Você quer que eu digite?

Ela apenas me ignorou e finalmente enviou o e-mail. Para o nosso espanto ele foi respondido imediatamente.

“Se você é mesmo a Bella então mostra sua carinha na webcam!”

– Ela é sempre desconfiada? .

– Ela é inteligente. Como faremos isso?

– Deixe-me enviar uma solicitação no Skype. – tirei-lhe o laptop e me exibi digitando rapidamente.

Mas ela não ligou para a minha infantilidade, apenas aguardou que sua amiga aparecesse na tela.

OH MEU DEUS! BEEE...

– Shhiii! – a agente ordenou de cara feia e logo enviou uma mensagem escrita.

“Não sei se você tem escutas em sua casa então não fale meu nome!”

Baybe! – gritou ela rapidamente com o tom emocionado. – Não tem problema meu amor, estou com saudades de sua voz, mas eu aguardarei com ansiedade você comprar um novo microfone. – ela fez uma pausa dando uma risadinha maliciosa. – Oh não! Não gosto apenas da sua voz máscula... Você sabe do que mais eu gosto.

Olhei para minha protetora assustado e para o meu espanto aumentar ainda mais Bella revirou seus olhos lentamente.

“Vá até um lugar público com wifi, chame Alice e o namorado dela. Preciso falar com vocês três.”

Sério?! Eu o encontrarei lá meu amor! – riu novamente. – Sim você irá me contar tudinho sobre esse sonho. Você pode até me mostrar se quiser.

Ela era boa. Muito boa.

– Rosálie sempre teve talento para a dramaturgia.

– Eu percebi.

Quase uma hora depois tínhamos na tela do computador duas cabeleiras loiras e uma morena. Depois do escândalo da advogada a agente explicou o que estava acontecendo e o nosso plano.

– Não se sei conseguiremos pará-lo apenas lhe tirando o dinheiro. – argumentou o detetive. – Mafiosos como Aro não vivem apenas pagando e recebendo dinheiro, eles fazem muitos favores e estes favores são cobrados quando eles precisam.

– Tenho consciência disso, mas a falta de dinheiro irá atrasá-lo e até ele descobrir quem foi que roubou seu dinheiro o julgamento estará acontecendo. – argumentou a morena ao meu lado.

– Edward? – a promotora me chamou com o olhar sério. – Não deixe rastros. Isso não pode aparecer no tribunal de jeito nenhum.

– Não se preocupe com isso. – sorri espertamente.

Ela estreitou seus olhos.

– Você já fez isso não é?

– Eu não sei do que você está falando. – retruquei sorrindo.

Bella riu ao meu lado.

– Tudo bem... Eu preciso de informações sobre a gangue. Tenho que desligá-los do esquema para que nosso esconderijo não seja descoberto.

Houve uma longa pausa silenciosa. Rose e Alice olhavam para nós com olhos arregalados. Jasper tinha o cenho franzido.

– Algum problema? – perguntei imaginando que alguma mensagem havia aparecido na tela do computador deles e desaparecido com a nossa imagem.

– Hã... Não. – respondeu o detetive, mas as duas mulheres estranhamente continuaram em silêncio. – Bem, pelas informações que consegui reunir sobre Los parásitos del infierno eles estam atuando em Atlantic City há cerda de três anos. A polícia local ainda não conseguiu desarticular a quadrilha. Ao que parece eles lavam o dinheiro em uma boate chamada La Hermosa Mexicana. Mas cada vez que a polícia faz uma batida eles estão limpos. Creio que não é apenas o FBI que tem problemas com seus funcionários.

– Falando nisso... Eu coloquei McCarty para cuidar dessa história. – avisou a promotora.

Rosálie olhava para ela com olhos ainda mais arregalados. Swan apenas assentiu em meu lado.

– Me mantenha informada. Tchau. – e dito isso Isabella apenas abaixou a tela do laptop e me olhou. – Acho que sairei para dançar.


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Notas finais do capítulo

Está boate terá muita história para contar e o momento em que os dois finalmente vão dar o passo final no relacionamento acontecerá no próximo capítulo *podem vibrar* hahahahah Mas também se preparem que as coisas vão esquentar, mas não apenas no romance dos dois ;)



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