Até o julgamento escrita por Paola_B_B


Capítulo 10
Capítulo 9. Criptografia


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Finalmente capítulo novinho para vocês :D Neste capítulo temos PDV's especiais do Jasper e da Alice, no próximo capítulo farei PDV's Emmett e Rosálie também ;)Espero que gostem.



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Capítulo 9. Criptografia

PDV Detetive Whitlock

Finalmente era sábado, não que eu comemorasse todos os sábados, mas este em especial era anterior a minha folga, pois domingo não ficaria fazendo plantão na delegacia. Eu realmente precisava colocar todas as minhas investigações de lado e focar um pouquinho em minha vida pessoal.

Com um sorriso observei a tela de meu celular. Lá estava a mensagem da promotora Brandon aceitando meu convite para um jantar.

Na quinta-feira quando fui até seu escritório conversar sobre o caso Volturi as coisas fugiram completamente do meu controle. Em um momento estávamos almoçando entre risadas e flertes mal disfarçados no outro estávamos em um quarto de hotel enlouquecidos pelo prazer.

Eu não costumava ir tão rápido com as garotas, pelo menos não com aquelas que eu realmente estava interessado. Alice não merecia apenas os prazeres carnais, merecia todo o romance e comprometimento.

Então após terminar de espirrar meu perfume atrás de minhas orelhas segui para o restaurante em que havíamos combinado. Eu queria buscá-la, mas ela insistiu para me encontrar lá.

Senti-me um pouco envergonhado quando a avistei na mesa do restaurante bebericando um vinho tinto. Ela estava linda com um vestido verde escuro. Preocupado olhei novamente em meu celular para verificar o horário, eu estava vinte minutos adiantado. Será que me enganei sobre o horário?

– Boa noite promotora. Estou atrasado?

– Oh não! – ela sorriu alegremente levantando-se de sua cadeira para, com lentidão, beijar meu rosto em um cumprimento sedutor. – Na verdade estava um pouco ansiosa para o nosso encontro. Não quis me atrasar. Na verdade cheguei faz apenas cinco minutos.

Sorri.

– Eu também estava ansioso.

Ficamos nos encarando até sermos interrompidos pelo garçom nos perguntando se já estávamos prontos para pedir. Então nos sentamos trocando sorrisos cúmplices. Assim que fomos deixados sozinhos novamente eu peguei sua mão sobre a mesa.

– Como foi seu dia Alice?

Eu confesso que suas palavras ficaram em segundo plano em minha mente. Tudo o que eu conseguia pensar era em como ela era delicada, feminina e engraçada. Suas pequenas mãos gesticulavam enquanto ela tagarelava sobre os acontecimentos em seu escritório.

– E o seu dia? Como foi?

– Acho que não tão emocionante quanto o seu. – sorri de lado.

Alice revirou seus olhos.

– Bella me disse uma vez que eu transformo até mesmo a produção de um relatório em algo emocionante.

Ri em concordância.

– Mas tenho certeza que uma delegacia é muito mais agitada do que um escritório da promotoria pública.

– Depende do que você acha emocionante. Se uma louca me dizendo um monte de barbaridades no telefone for emoção suficiente para você... – dei de ombros.

Ela me olhou cheia de curiosidade.

– Quero detalhes. – exigiu brincalhona.

Gargalhei.

– Bem... Estava eu em minha sala analisando um de meus casos quando Carmen me avisa que minha ex estava no telefone querendo falar comigo. – observei com deleite, confesso, as feições de Alice se tornarem ciumentas. – Eu estranhei já que a última vez que falei com Maria ela estava noiva de um ricaço do Texas e isso faz mais de dois anos. Pensei que ela queria algum favor policial. – dei de ombros.

– E era isso que ela queria?

– Não era Maria no telefone, sequer sei quem era a louca que começou a me xingar e dizer algo sobre duendes fashionistas, cachorro com bafo e um grampeador rosa. – franzi o cenho com o olhar perdido no restaurante tentando me lembrar das outras barbaridades que escutei. – Não fez o menor sentido.

Quando voltei meu olhar para a promotora ela tinha os olhos arregalados e quicava na cadeira.

– Preciso das palavras exatas que ela falou ao telefone. Vocês gravam todas as ligações que recebem não é?

– Se ela ligou para a delegacia e não para uma linha especial. – dei de ombros em concordância. – Mas porque quer isso? Não precisa ir atrás desta louca. De certo me confundiu com outro Jasper.

– Oh! Ela não confundiu! Ela quis falaz exatamente com você. – sorriu. – Agora, sinto muito, mas nosso jantar ficará para outro dia.

Confuso e um pouco desapontado levantei-me enquanto a via cancelar os pedidos e pagar por aquilo que não consumimos.

– Não precisa... Eu... – ela me cortou com apenas o erguer de um dedo.

– Eu estraguei nossa noite. Eu pagarei por ela. Você terá muitas oportunidades de me levar a restaurantes chiques. – mandou-me uma piscadela antes de segurar minha mão e me rebocar para fora.

***

PDV Promotora Brandon

Assim que pegamos o pen drive com a gravação da ligação e um laptop com o pessoal da TI arrastei Jasper para uma sala de interrogatório qualquer. Ignorei suas perguntas e coloquei para rodar.

Escuta aqui seu babaca! Acho bom que você e aquela duende metida a fashionista parem de atrapalhar a minha vida! Eu já disse que não quero aquele cachorro com bafo de esgoto! Façam bom proveito dele! De preferência coloquem num canil junto com os seus parentes imundos! Aquelas parasitas do inferno! Se eu receber mais uma reclamação do sindico por causa daqueles latidos infernais eu mesma o jogarei pela janela e depois irei até o escritório da sua namorada e enfiarei aquele grampeador cor de rosa ridículo no meio da carinha de criança dela para em seguida fazer o mesmo com você! Babaca!

– Oh meu Deus! – exclamei excitada.

Bella era tão boa!

– Eu disse que ela era louca. – resmungou o detetive.

Senti-me um pouco mal, afinal ele estava se esforçando para me agradar romanticamente e eu o estava ignorando com o foco no caso Volturi. Teríamos tempo quando eu colocasse o mafioso atrás das grades.

– Louca e esperta. – sorri largamente. – Você não reconheceu a voz?

– Deveria?

– É Bella.

– Eu nunca namorei a agente Swan.

Quase ri com a expressão apavorada em seu rosto.

– É claro que não. Ela apenas disse isso para se certificar que a ligação seria transferida para você.

– E porque ela fez esse show sem nexo?

– Porque ela acha que estamos grampeados. – ele ainda tinha o cenho franzido então voltei ao momento inicial da gravação. – Acho bom que você e aquela duende metida a fashionista... Ela claramente está se referindo a mim. Bella sempre me chama de duende fashionista quando saímos fazer compras. Parem de atrapalhar a minha vida! Ela está com problemas e precisa da nossa ajuda. Eu já disse que não quero aquele cachorro com bafo de esgoto! Façam bom proveito dele! O cachorro é obviamente o agente Jacob Black. – não pude evitar o meu risinho com a menção de bafo. – Acho que Bella tem certeza que ele é o agente traidor e quer que nós investiguemos.

Jasper agora andava de um lado para o outro com os braços cruzados firmemente em seu peito.

– Não há como investigar um agente federal sem ajuda interna. Precisamos de alguém confiável para intervir.

– Talvez... – murmurei pensativa. – McCarty pode ser uma boa escolha. Ele tem um jeito todo idiota que talvez despiste qualquer suspeita dele. Acho que ele pode nos ajudar sem se colocar em perigo ou alertar os traidores que estamos ciente dos seus planos.

– Ele é confiável?

– Bem, ele é uma criança em corpo de halterofilista, porém já teve sua vida salva por Bella. Ele passou os seis meses seguintes a infernizando para retribuir de alguma forma. Ele só parou quando ela lhe disse que no momento certo ele a salvaria. Acho que se Emmett soubesse que há um traidor no FBI e que por causa disso a vida dela está em perigo, ele com toda a certeza se jogaria de cabeça na investigação.

– Falaremos com ele então.

Assenti e voltei a soltar a gravação.

De preferência coloquem num canil junto com os seus parentes imundos! Aquelas parasitas do inferno! Bem, canil é claramente a prisão. Porém ela usa um xingamento muito específico para outros bandidos. Parasitas do Inferno... Nunca ouvi Bella se referir a qualquer malfeitor desta maneira.

– Los parásitos del infierno! – exclamou o detetive com olhos arregalados. – É uma gangue mexicana que atua em Atlantic City. Se Aro Volturi os pagou o suficiente eu não duvido de que eles também estejam atrás da nossa testemunhas.

Assenti pensativa.

– Se essa gangue é mesmo de Atlantic City nós descobrimos onde Bella está mantendo a testemunha. Há um apartamento no nome do pai de Bella nesta cidade. Se eu receber mais uma reclamação do sindico por causa daqueles latidos infernais eu mesma o jogarei pela janela... O que confirma minha teoria do apartamento e ainda me diz que ela pode cuidar da gangue sozinha. Então nosso foco deve ser no traidor no FBI. Depois irei até o escritório da sua namorada e enfiarei aquele grampeador cor de rosa ridículo no meio da carinha de criança dela para em seguida fazer o mesmo com você! Babaca! Essa é a parte que mais me preocupa. Bella acha que estamos sendo monitorados.

– Grampos telefônicos no seu escritório e no meu. – completou Jasper sentando-se a minha frente. – Passarei um pente fino em nossos escritórios amanhã mesmo.

– Acho que não devemos.

– Por que não?

– Talvez possamos usar as escutas a nosso favor. Despistaremos o Volturi.

Ele sorriu gostando da minha ideia.

– Então precisaremos de telefones seguros para nos comunicarmos sem medo.

– Providenciarei isso. – sorri levantando-me e seguindo até seu lado da mesa para sentar em seu colo. – E então poderemos marcar um jantar romântico ao seu gosto.

Sua expressão ficou séria enquanto ele fitava meu rosto profundamente. Seus dedos passearam delicados pela minha bochecha direita.

– Eu quero fazer tudo certo com você Alice. Quero te dar todos os encontros que você merece. Quero conhecê-la profundamente...

– Você já me conhece profundamente. – ergui minhas sobrancelhas sugestivamente fazendo-o gargalhar.

– Quero conhecê-la profundamente em todos os sentidos All, até nos mais doces.

Como não me apaixonar por este detetive?

PDV Agente Swan

Bufei irritada pela demora de Edward para abrir a porta. A droga do computador já estava pesando em meus braços sem contar as sacolas de roupas penduradas em meus pulsos quase os cortando. Perfeito!

Ergui uma sobrancelha para o olho mágico quando escutei o som de passos dentro do apartamento. Finalmente a porta se abriu. Contudo, apesar de quase não sentir minhas mãos por causa do peso, eu fiquei parada no mesmo lugar. Deus! O senhor caprichou no molde deste homem! Meus parabéns!

Lá estava Edward, todo tímido pegando as sacolas de minhas mãos enquanto eu observava as gotículas de água escorrerem de seu cabelo, seguirem pelo seu pescoço e então seu peito largo e abdome para então terminarem na toalha enrolada em sua cintura.

Acho que quem precisa de um banho agora sou eu.

Meu protegido não tinha um corpo escultural com barriga tanquinho e tudo o que pode atrair uma mulher. Friamente falando, seu corpo era bem normal. Nada de atributos exorbitantes. Era até um pouco magro demais comparando aos homens com os quais eu costumava passar a noite. Porém aquele corpo normal me atraia. Atraia-me como nenhum outro corpo masculino me atraiu pela minha vida.

Então ele reparou em meu olhar desejoso. Por um momento pensei que ele fosse se acanhar e até mesmo fugir. Porém ele abriu um sorriso matador e lentamente colocou as sacolas no chão, do lado de dentro do apartamento.

– Você demorou. – sussurrou com a voz rouca.

Meu coração estava prestes a sair de meu peito e grudar no ruivo.

– Tive que ligar para uma amiga. – murmurei sem fôlego.

Jesus! Controle-se Isabella.

Para o meu desespero ele deu um passo em minha direção e enlaçou minha cintura. Ofeguei descaradamente, nem pude me incomodar com o sorriso pretensioso que ele deu.

– Senti sua falta... – disse se aproximando de meu rosto.

Meus olhos arregalaram-se um pouco em surpresa. Não vou negar que estava adorando o que ele estava fazendo, todavia não me lembro de termos ultrapassado aquela linha invisível entre o íntimo e o profissional.

Eu estava bem atenta a sua pele molhada contra as minhas mãos. Seu peito poderia não ser cheio de músculos vistosos, mas definitivamente eram firmes. Seu tronco inteiro estava colado ao meu, seu braço direito firmemente entorno da minha cintura me deixando colada a ele. Tão colada que meus pés estavam em suas pontas no chão. E eu sentia alguém se animando perto do meu ventre.

Seu rosto aproximou-se ainda mais do meu e por um breve momento pensei que ele fosse me beijar, mas em vez disso ele escorreu seu nariz pelo meu rosto e então mordeu minha mandíbula.

Gemi ao mesmo tempo que escutava algo quebrar e um xingo sussurrado. Pulei dos braços da testemunha e olhei para a direita. Lá estava nossa vizinha Carmen se apressando em juntar os cacos do vaso que tinha quebrado.

– Oh! Desculpem! Não quis atrapalhar. – disse ela atrapalhada.

Senti minhas bochechas corarem. Deus! Eu não lembrava da última vez em que minhas bochechas coraram em vergonha. Mas ao contrário de mim Edward não parecia envergonhado, na verdade ele parecia divertido.

– Não, eu que peço desculpas. Eu apenas senti falta de minha esposa.

Agora colado as minhas costas e com as mãos em minha cintura ele beijou minha bochecha com delicadeza.

Carmem suspirou.

– Aproveitem o começo de casamento. Os primeiros anos são os melhores. Depois vêm filhos, contas e trabalho e não terão mais a mesma paixão todos os dias... Apenas quando as crianças não tiverem em casa.

– Lembrarei de seu conselho. Tenha um bom dia. – disse meu protegido antes de me puxar para dentro e trancar a porta. – Acho que também mereço um Oscar.

Puxei o ar com força. Uma raiva insensata apoderou-se de mim. Eu queria socar o rosto bonito da minha testemunha e eu nem sabia o por quê!

– E eu mereço um banho. – resmunguei indo direto para o banheiro e ignorando o risinho irritante de Edward.

Trinta minutos depois voltei para a sala para encontrá-lo já vestindo suas roupas novas e digitando furiosamente no computador. Sentei-me ao seu lado e franzi o cenho ao ver uma janela preta em seu desktop cheia de letras, números e símbolos.

– O que você está fazendo?

Observei seu rosto tornar-se vermelho. Diverti-me por até mesmo suas orelhas parecerem vibrantes.

– Ah... Hackeando a internet da nossa vizinha.

– Não era mais fácil pedirmos a senha?

– Bem... A senha dela era 123poderoza. – sorriu divertido. – Na verdade o que estou fazendo agora é entrar no sistema para aumentar a velocidade e proteger nossa rede com alguns firewalls.

– Você está hackeando a empresa que disponibiliza a internet.

– Ah... Algo assim.

Dei de ombros.

– E porque está fazendo isso? Espero que não seja apenas para verificar as notificações de seu Facebook.

Ele sorriu antes de puxar uma longa respiração.

– Bem... Eu andei pesando Bella. Eu não quero ser apenas esse transtorno. Quero ajudar de alguma forma. E eu posso não ser bom com a ação, mas eu sou bom com isso. – apontou para a tela do computador. – Talvez aqui eu possa ajudar.

– Pensei que você trabalhasse apenas programas para empresas.

– Sim. Eu trabalho construindo e melhorando softwares de segurança, de gestão... Bem, de todos os tipos na verdade. Mas durante a adolescência e até mesmo na faculdade eu gostava de explorar a internet em todos os seus aspectos, se é que você me entende...

– Oh! Andou quebrando algumas regras Tony?

Edward sorriu constrangido.

– Algumas... Mas prometo que nunca roubei dinheiro de ninguém ou prejudiquei pessoas inocentes... Digo... Pessoas em geral.

Não pude evitar o riso.

– Temos um possível criminoso cibernético?

– Talvez... – murmurou desconcertado e eu ri mais uma vez.

Quando o riso terminou eu suspirei e pensei na proposta de meu protegido. Não fiquei muito feliz.

– Eu admiro ideia, mas não vejo como possamos melhorar nossa situação com suas habilidades de hacker.

Ele sorriu e perguntou espertamente.

– O que é um mafioso sem dinheiro?

Não pude evitar retribuir o seu sorriso.


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Notas finais do capítulo

Para quem está impaciente para que os dois se peguem de uma vez tenha paciência, quero que as coisas entre eles cresça aos poucos até que não tenha mais como um fugir do outro ;) O que posso dizer é que o momento está próximo.



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