Em Busca de um Futuro Melhor escrita por Lyttaly


Capítulo 5
4


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas o/
Me desculpem pelo capítulo pequeno. Eu realmente estou muito irritada ainda pelo que aconteceu. Quem me acompanha pelo face sabe que eu perdi três capítulos dessa história e mais algumas coisas que eu tinha no celular. Minha irritação tirou totalmente minha inspiração e lembrança do que eu tinha escrito. Tentei reescrever pelo menos um pouco. Esse capítulo era para ser bem maior. Eu vou tentar escrever o próximo até domingo que era o combinado. Desculpe-me mais uma vez. E se tiver algum erro no texto me avisem por favor.
Obrigada Ju Torrent por continuar comigo e favoritar ^^
Boa leitura o/



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(... e só o que nos resta são as memórias...)

Rafael acordou sentindo sua mão ser apertada. Ele estava sentado no chão ao lado da cama de Kali, com a cabeça apoiada na beirada da colchão e segurava sua mão. A menina estava tendo um pesadelo. Ela suava e apertava cada vez mais a mão de Rafael.

Ele sentou-se ao seu lado na cama, levantando-a e a abraçando.

— Shh... Vai ficar tudo bem. – falava em seu ouvido – Eu estou aqui... Está tudo bem... É só um pesadelo...

Ficou assim por algum tempo até que Kali pareceu se acalmar. Ela ainda suava. Rafael sentiu seu corpo quente. Pegou o termômetro que estava do lado da cama, na caixinha de primeiros socorros, e mediu sua temperatura. 38,5ºC. Ele se levantou, mas foi segurado.

— Não vai. – Kali pediu.

— Eu só vou pegar um copo com água. Você precisa de um antitérmico. Está com febre.

— Não precisa... da água... Só me dê o comprimido... que eu engulo. Só... fica aqui, por... favor...

— Tudo bem. Me deixa só pegar o remédio.

Kali o soltou e ele procurou na caixinha de primeiros socorros pelo remédio. Destacou um comprimido da embalagem e entregou a ela. Kali sentou-se na cama, pegou o comprimido e o engoliu com certa dificuldade. Rafael sentou-se ao seu lado e a abraçou.

— Não lembro mais dos rostos deles, sabia? – Kali disse pensativa algum tempo depois – São só sombras cobertas de sangue agora. É como se fossem um sonho distante. Como se nunca tivessem existido fora da minha cabeça. Não tenho fotos... não tenho objetos que os lembrem... não tenho lembranças de antes do acidente... Só lembro do amor que eu sentia por eles e o deles por mim... Lembro da segurança dos braços do meu pai e o carinho dos braços da minha mãe...

Ficaram alguns instantes em silêncio.

— Meu pai me disse certa vez – Rafael falou – que você era quem meu tio mais amava. Que quando sua mãe engravidou meu pai o viu chorar pela primeira vez na vida... Eles existiram, Kah, e com certeza te amaram muito.

Kali adormeceu novamente no consolo dos braços de Rafael.

Rafael acordou algum tempo depois e ficou observando Kali que ainda estava em seus braços. Seu sono parecia mais tranquilo. Seu rosto era calmo. Provavelmente era um sono sem sonhos. Agradeceu internamente por ela conseguir dormir um pouco. Olhou as horas num relógio de pulso jogado no chão ao lado da cama. Só tinha mais duas horas até saírem de casa. Considerando o que tinham que fazer antes de sair aquele tempo se tornava ainda menor.

— Bom dia. – Kali disse ainda de olhos fechados.

— Bom dia. Achei que ainda estava dormindo.

— Acordei neste instante. Você está bem?

— Por que sempre me pergunta isso se sou eu quem deveria me preocupar com você? – Kali abriu os olhos.

— Exatamente porque você se preocupa demais. Provavelmente você ficou acordado até que eu dormisse e, como já notei, você fez questão de acordar antes de mim pra ver se eu estava bem. Deve ter dormido, se é que você realmente dormiu, em uma posição desconfortável só pra que eu ficasse confortável e está com dores no corpo que você nunca admitirá em voz alta pra mim. E também...

— Okay! – Rafael a interrompeu – Já entendi. Eu estou bem, tá? Mas e você? Tá bem?

— Eu vou ficar... vou levantar de uma vez senão vai ficar tarde.

Kali levantou rápido demais, o que a fez sentir uma forte dor no corpo e cair no chão. Rafael a ajudou a se levantar.

— Você devia continuar deitada. Por que levantou?

— Tenho que me arrumar... para a escola e... fazer o café da manhã... – disse entre gemidos de dor. Rafael a sentou na beirada da cama.

— Você não está em condições de fazer nada disso. Você precisa ficar de repouso.

— Eu não posso e você sabe disso. – Kali tentava em vão falar com a voz firme – Eu não vou ficar em casa e você não pode me ajudar. Se Célia ou Victor te pegarem vai ser pior. E você sabe que eles vão estar de olho hoje.

— Merda! – Rafael xingou baixo. A sensação de impotência se fez novamente presente.

— Você não tem culpa, Rafa.

— Eu prometi te proteger e olha o que virou sua vida. E eu... não posso fazer nada. Me perdoe, por favor, por ser um... inútil.

Rafael sentou-se na cama derrotado e Kali o abraçou. O silêncio era o único consolo para os dois. Nada podiam dizer... Nada podiam fazer... Só podiam lutar para que o futuro fosse melhor.


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Notas finais do capítulo

Se você leu até aqui #obrigada^^