Em Busca de um Futuro Melhor escrita por Lyttaly


Capítulo 30
29


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas o/
Desculpa a demora, de verdade. O tempo anda me trolando muito ultimamente. A boa notícia é que os últimos capítulos já estão escritos. O de semana que vem já esta pronto pra ser postado e os dois últimos capítulos está em processo de betagem. Assim que minha beta me estregar eu posto pra vocês, ok?
Ah, a história tah no fim, mas tem muita coisa pra acontecer ainda.
Boa leitura e bem-vindos novos leitores(fantasmas).



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(A vida é imprevisível)

Depois do almoço todos ficaram na sala conversando. Gregório contava histórias de quando Isabella era criança e aventuras de Felipe. Quando as histórias pareceram ter fim Felipe tomou a palavra:

— Acho que eu ainda devo prestar respeito a você, Rafael. Então eu quero te perguntar se você está de acordo com meu relacionamento com a Kali.

Fez-se um silêncio na sala por alguns instantes. Todos olhavam de Felipe para Rafael e depois para Felipe de novo, até que Rafael deu uma risada olhando para Felipe.

— É estranho você falando tão formalmente assim, Felipe. – O clima de tensão se dissipou e todos riram com Rafael. – Você tem que me prometer que não vai magoar minha irmã, Felipe. Ela já sofreu demais.

— Eu nunca faria isso. – Felipe disse com convicção.

— Então estamos de acordo. – Rafael levantou-se do sofá indo até Felipe que também se levantou e ambos apertaram as mãos e se abraçaram.

— Mudando completamente de assunto, – Felipe disse voltando a se sentar – Célia e Victor irão prestar depoimento hoje. Vocês querem assistir?

— Nós podemos? – Kali perguntou.

— Na verdade não podem, mas eu posso conseguir uma exceção.

— Não sei se é uma boa ideia, meu filho. – Interveio Gregório.

— Que mal há nisso, pai? Eles não podem fazer mais mal do que já fizeram aos dois.

— Eu quero assistir. – Kali disse surpreendendo a todos.

— Tem certeza, Kah? – Rafael perguntou.

— Eu quero ouvir o que a Célia tem a dizer.

— Eu tenho que lembrar vocês que ela tem direito a ficar calada. – Tentou argumentar Gregório. – Ela pode decidir se pronunciar só na frente do juiz.

— Eu quero vê-la. Eu preciso. – Kali afirmou.

Não sabia por que estava tão determinada a ver sua agressora, mas sabia que tinha que fazer isso.

Todos concordaram e alguns minutos depois partiram em direção à delegacia. Quando chegaram Felipe conversou com seus superiores e conseguiu liberar a entrada de Kali e Rafael na sala de interrogatório. Isabella ficou do lado de fora junto com Gregório, que preferiu não entrar. A sala era dividida em duas partes por uma parede de vidro. Em uma parte, havia uma mesa quadrada com duas cadeiras de um lado e duas do outro. A outra parte, em que Rafael e Kali estavam, tinha algumas cadeiras encostadas na parede. Eles conseguiam ver tudo o que acontecia do outro lado do vidro, mas quem estava do outro lado não os via ou ouvia.

Alguns minutos depois Célia entrou pelo lado da sala que havia a mesa. Ela estava algemada e acompanhada por um homem de terno e gravata e dois policiais. Célia sentou-se na cadeira que a deixava virada de frente para a parede de vidro. Quando viu seu rosto Kali segurou a respiração e pensou se estar ali tinha sido uma boa ideia.

— Ela não pode te ver, nem te ouvir. – Felipe disse segurando sua mão. – Você tá segura aqui.

Kali apenas apertou a mão de Felipe tentando se sentir segura e continuou olhando para Célia.

Um dos policiais começou a fazer perguntas para Célia que permaneceu em silêncio.

— Ela tá ficando nervosa. – Felipe observou depois de alguns minutos. – Não para de se mexer na cadeira e olhar para os lados. Ela quer sair dessa situação.

— E isso é bom ou ruim? – Rafael perguntou.

— Depende de como ela vai extravasar isso. Se ela extravasar falando vai ser bom. Caso contrário, não muda em nada o que aconteceu até agora.

— Por que você e Victor mantiveram Kali Peres e Rafael Peres como reféns? – Perguntou o policial que fazia o interrogatório.

Célia manteve-se calada.

— Victor exigiu o dinheiro que está em nome de Kali Peres. Vocês iam usar o dinheiro para fugir do país? – Célia não respondeu, mas se mexeu na cadeira, incomodada com as perguntas. – Como vocês pretendiam fugir? Iam usar os reféns como escudo? Pretendiam matá-los? Para que país iriam?

— Chega! – Célia gritou de repente. – Eu vou falar.

— Combinamos de você ficar calada, Célia. – Interveio o advogado.

— Eu já estou ferrada mesmo. De que adianta ficar calada?

— Vamos fazer um acordo? – O policial que estivera calado até aquele momento se pronunciou. – Você nos conta o que sabe e nós conseguimos uma redução da sua pena.

— Eu quero proteção a testemunhas também. A partir do momento que eu contar o que sei a minha cabeça vira prêmio.

— Conseguiremos para você redução da pena e proteção a testemunhas, mas você vai ter que responder a todas as perguntas. Estamos de acordo?

— Sim. – Célia respondeu.

— De acordo, senhor advogado?

— Se minha cliente aceita isso, então tudo bem.

— Então vamos recomeçar. – O policial que fazia o interrogatório voltou a falar. – Conte-nos o que aconteceu no dia em que a senhora foi presa.

— Eu estava descansando. Precisava fazer repouso porque tinha acabado de voltar do hospital onde fiquei alguns dias internada.

— Por que ficou internada?

— Eu sofri um acidente em casa e quebrei o braço.

— Que tipo de acidente? – O policial fazia anotações à medida que Célia falava.

— Eu caí na escada de casa.

— Você estava descendo e escorregou?

— Na verdade eu estava subindo.

— Como você caiu subindo a escada?

— Eu estava bêbada e nervosa. – Célia respondeu simplesmente.

— Por que nervosa?

— Acho que isso não está relacionado com o sequestro. – Interveio o advogado.

— Fica na sua, doutor. – Célia repreendeu-o. – Isso tem tudo a ver.  O fato é que eu tinha saído com o Victor e nós bebemos muito. Não lembro por que, mas quando cheguei em casa fiquei nervosa com aquela garota insuportável.

— Que garota?

— A Kali. Ela me irrita só de estar viva. Eu mandei o Rafa pegar o cinto, mas ele estava demorando. Daí eu ia subir as escadas pra pegar o cinto. Mas por estar bêbada acabei pisando em falso e caindo na escada.

— Isso já acontecia antes? Você bater em Kali?

— Como eu disse ela me irrita. Ela deveria estar morta.

— Como assim ela deveria estar morta?

— Isso não está relacionado com o caso. – O advogado interveio novamente. – Eu não vou ter como te defender se continuar a falar. – Ele falou baixo para Célia.

— Eu preciso saber que tipo de relação havia entre Célia e seus enteados.

— Que se dane! – Célia bufou ajeitando o corpo na cadeira. – A Kali foi morar lá em casa depois que os pais dela morreram em um acidente de carro em que ela devia ter morrido também.

Kali, do outro lado do vidro, segurou a respiração.

— Por que você diz isso? – O policial que fazia o interrogatório perguntou.

— Porque o acidente não foi um acidente. – Célia respondeu – Foi um assassinato planejado pelo Victor.


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Notas finais do capítulo

Comentem se puderem.
Se você leu até aqui #obrigada^^



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