POV Jane

Jonathan gritava com o pobre menino e apontava pra mim ao mesmo tempo.

Precisava fazer com que ele não me tirasse de lá. Resolvi fazer um showzinho.

– Aiiiiiii, não acredito que você me bateu. Seu covarde. Aiiiiiii.

Tinha me jogado no chão com a mão na minha perna. Eles me olhavam assustados, mas logo Marcus tinha que abrir a boca.

– Eu não encostei em você seu otário. Tá se fazendo de vítima, olha isso!

Esse babaca vai me entregar.

A cara de Jonathan não estava nada boa e eu dei uma leve olhada para a janela do quarto da Teresa e ela estava observando tudo.

– Eu não quero você dentro da minha casa, nem você e nem o seu pai. Não quero você falando com a minha filha. A não ser na escola por causa daquele bendito trabalho.

Jonathan estava falando como se eu fosse igual o meu pai, mas eu não sou.

– Eu não sou igual ao meu pai Sr. Lisbon, eu juro que eu vou te provar isso. Tenho que ir. Stan, vou tentar te colocar no time. Tchau Marcus.

Me levanto e vou embora dali no mesmo momento .

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POV Marcus

Sorte a minha que o sr. Lisbon não acreditou no Patrick, que menino arrogante e falso. Logo fui embora para me arrumar e ir ao encontro. Estava arrumando meu cabelo em frente ao espelho e recebi uma mensagem de Teresa dizendo que já estava pronta.

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POV Narrador

Não muito longe dali, Patrick dava as ordens para seu amigo Wayne.

– É o seguinte: você vai ficar escondido lá e me contar tudo o que eles falam, beleza?

– O que eu ganho em troca mesmo? Wayne pergunta desconfiado.

– Meu lanche por uma semana, agora vá e faça tudo certinho. Você sabe por onde falar.

– Estou surpreso em o Jonathan deixar a Tess sair uma hora dessas.

Diz Wayne inconformado se posicionando atrás das mesas.

– Jonathan?

– O pai da Teresa! Eu posso perguntar o porquê de estarmos sabotando o encontro deles?

– Porque você quer o bem da sua amiga e eu estou te ajudando. Agora eles estão entrando. Fique quieto e me fale tudo. Se acontecer algo, interrompa!

– Ok...

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POV Lisbon

Não quis recusar o encontro do Marcus, ele era tão gentil e eu poderia cair de amores por ele. Mas estava faltando alguma coisa...

Interrompi meus pensamentos quando percebi que ele falava comigo.

– Então Teresa, eu te chamei para sair pra gente se conhecer melhor. Na escola não temos um tempo a sós e sempre somos interrompidos.

– Ah sim...

Eu sorria por simpatia. O jantar passou rápido, tive que aguentar Marcus falando sobre motos, animes e mangás. Animes são legais, mas não com Marcus. Ele estava tornando aquela conversa estressante dizendo que eu tinha que assistir com ele e blá blá blá.

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POV Wayne

Nossa nunca vi menino mais infantil. Tinha que segurar as gargalhadas enquanto o Patrick ria na ligação.

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POV Lisbon

– Eu gosto de ler.

Disse rapidamente para encerrar o assunto. Mas comecei a falar sobre todos os livros que tinha lido e me empolguei.

– Eu gosto de você.

Ele falou e eu congelei no meio da explicação do livro Divergente.

– Você poderia ser a minha Tris e eu o seu três.

– É quatro!

– Eu aceito ser qualquer número.

Ele começou a se aproximar de mim.

– O que você está fazendo ?

Ele estava muito próximo

– Estou estabelecendo a química que tem entre nós. Teresa, eu gosto de você e você gosta de mim. Não vamos dificultar as coisas.

Marcus estava tentando me beijar, só que eu não queria beijar ele. Não dava, eu fiquei travada.

– Marcus, me desculpe. Mas eu não consigo, eu não... Eu. Desculpe.

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POV WAYNE

Estava atrás de umas plantas e dava para escutar tudo. Teresa estava dando um baita fora no Marcus e eu precisava falar isso para o Patrick.

– Patrick... Patrick... Está me escutando?

– Sim estou aqui! E aí como está?

– Ele tentou beijar ela, mas ela recusou. Foi muito engraçado cara!

Patrick estava gritando de alegria, eu acho que ele está gostando da Teresa. Acabei gritando junto e gritei um pouco alto demais.

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POV LISBON

Não estava conseguindo olhar na cara de Marcus. Escutei um grito.

– Olha, eu sei que está com raiva de mim. Mas também não precisa gritar!

– Eu não gritei, o grito veio de trás das plantas.

Ele não olhava para a minha cara e estava falando com frieza.

Acabei indo lá ver o que era, tomei um susto quando eu vi.

– WAYNE, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?

Wayne ficou super envergonhado com meus gritos, mas ele estava nos espionando! Wayne não faria isso, ele gosta da Grace. Será que foi meu pai que mandou? Acredito que não, ele gosta do Marcus.

– Eu não esperava isso de você Way.

Saí e deixei os dois meninos para trás, fui embora sozinha e chorando por todo o caminho.

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POV Wayne

Droga! Eu não deveria ter escutado Patrick Jane. Perdi minha única amiga além da Grace, ela precisa saber a verdade e o Patrick também precisa enfrentar a verdade. Marcus ficou me olhando desnorteado enquanto comia a sobremesa.

– Desculpa Wayne. Mas eu não mandei você se atrapalhar com as folhagens.

Ouço ele falando do outro lado da linha enquanto eu caminhava de volta para casa.

– Você precisa contar a ela Patty. Chega de se esconder!

– Wayne se eu gostasse da Teresa ou não. Tanto faz! Ela não gosta de mim mesmo. Ela me odeia.

– E você fez o Jonathan te odiar também.

– Jonathan?

– O PAI DA TESSY!

Gritei nervoso, ele sempre esquecia.

– Wayne ela vai voltar a falar com você, só dê tempo a ela. Garotas precisam de tempo.

– É! Vai nessa de tempo que você vai acabar perdendo a Teresa.

Desliguei o celular nervoso.

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POV Lisbon

Cheguei em casa e estavam todos na sala assistindo televisão. Fui direto para o meu quarto e minha mãe me seguiu. Percebi ela se sentando na ponta da cama assim que deitei.

– E então?

– Eu sei porque o pai me deixou sair de noite. Porque ele sabe que o Marcus é filho do amigo dele e pensou que eu cairia de amores por ele.

Minha mãe ficou perplexa pela minha descoberta.

– Filha... Seu pai só quer o seu bem. Eu também quero mas acho errado empurrar meninos para você sem que queira...

Eu continuei olhando pra ela em silêncio.

– Mas e aquele loirinho? Fiquei sabendo que ele veio aqui em casa sem a permissão do seu pai. Bem corajoso ele...

– Patrick é... - Parei de falar imediatamente e liguei os pontos. Wayne era amigo do Patrick também, e se ele tivesse sido mandado pelo Patrick para arruinar meu "encontro" mais do que já estava arruinado?

– Patrick é...?

Minha mãe me tirou dos meus pensamentos.

– Patrick é um menino complicado.

– E bonito.

Disse minha mãe rindo.

– E bonito!

Concordei rindo com ela.

No dia seguinte Marcus me ligou mas eu ignorei suas chamadas perdidas e fui dar atenção aos meus irmãos.

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SEGUNDA-FEIRA

Acordei com o barulho do despertador, fui para o banheiro fazer minhas higienes matinais, todo aquele ritual e logo desci para tomar café.

– Bom dia família!

Estava animada, não sei o porquê.

– Bom dia filha. Quer ir comigo para a escola?

Meu pai falou comigo mas ele não tirava os olhos do jornal de hoje.

– Hoje não dá pai, tenho que chegar mais cedo - peguei uma maçã e fui em direção à porta - Stan, o papai te leva hoje ok?

Ele fez um sinal positivo com a mão pois estava jogando alguma coisa no seu celular.

Sai de casa e fui direto para a escola.

Cheguei lá e logo fui pega de surpresa com um grito da Grace.

– TERESA O DIRETOR NOS CHAMOU LÁ NA SALA DELE NESSE MOMENTO.

Ela estava falando como se algo horrível estivesse para acontecer.

– Calma, respira e vamos até la ver o que ele quer.

Enrosquei meu braço no dela e fomos andando até a sala dele.

Entramos direto e ele olhou para nós e pediu para nós sentarmos.

– Então meninas - ele começou - Vou direto ao assunto... Gostaria que vocês entrassem para a equipe de torcida do time.