Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 5
Frustração. Dignidade abalada.


Notas iniciais do capítulo

(Eu queria segurar mais para postar. Mas como tive uma boa aceitação e criticas, resolvi por este logo, ate por que ele vai deixar todo mundo bem curioso!)



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Nada saiu confolme o planejado! De novo!

Eu tinha tudo planejado. Clalo tive anos pala isso. ClaRo PaRa. Que raios! Maldita dislalia.

=~^~ ºº~^~=

O carro estava praticamente parado por culpa do transito, mas o meu mundo estava girando mais do que nunca.

Eu segurava aquele coelhinho encardido. Ele finalmente era meu, mas ... Eu nunca quis ele.

Minha irmãzinha esta do meu lado, dormindo na cadeirinha de bebe. Que inveja; ela nem sabe o que esta acontecendo. Ela nunca vai sentir falta daqui, isso por que ela nunca conheceu.

Meus pais parecem calmos e conversam sobre o que fazer. O Floquinho meu cachorro fica nos meus pés ate boa parte da viagem. Mas depois ele sobre e deita no meu colo. Ele sempre foi muito quentinho.

Só sei que desperto tão longe que mesmo que quisesse eu não conseguiria voltar. ..........E eu tentei.

Meu pai me pega no colo e me leva para dento de uma casa estranha. Estava cansado, não liguei. Ele abre a porta de um quarto e me põe na cama. O Floquinho só o espera sair para pular em cima de mim. Parecia que ele sabia que eu estava triste.

Na manha seguinte descubro que aquela seria a nossa casa; a partir daquele dia em diante eu teria que me acostumar com esta ideia. Eles me explicam que ela estava alugada, mas o inquilino era inadimplente. Não digo nada por dias depois disso.

Fico apenas jogando o coelhinho encardido para que o Floquinho pegasse. A Monica o tinha me dado... Disse para cuidar bem dele... mas de que adiantaria se eu nunca mais iria vê-la?

Por algum motivo este bichinho de pelúcia nunca rasgou ou estragou.

~~ºº~~

Meus pais não queriam voltar ao Limoeiro. Eles já sabiam como tudo estava e repudiavam completamente a ideia. Eu não podia negar que estavam certos mas... eu prometi.

Mexi alguns palzinhos e consegui me tornar emancipado para ter minha liberdade. O clima em casa ficou tenso. Bem tenso.

Demorou, mais eles entenderam que eu iria seguir minhas convicções ate o fim. E aqui estou.

Que raiva que raiva! que raiva!

Meu plano era perfeito! Infalível!

Eu a reconheci assim que desceu do carro. Não tinha como não reconhecer. Ela manteve o mesmo penteado. Só deixou mais longo. E tinha aqueles dentes... inconfundíveis.

Ela estava triste e abalada. Pensou que ninguém havia voltado. Era para estar vulnerável... frágil como uma garota deve ser. Era o meu momento de brilhar!

Mas não. Claro que não.

Ela tinha que me salvar dos arruaceiros. Tinha que ser a Monica de sempre e acabar com a minha dignidade.

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Não tive coragem de falar com ela depois daquilo.

Ela os derrubou com um soco.

Na verdade ela derrubou a parede toda em cima deles! Estava muito mais folte que antes. FORTE!

Sai de lá antes que ela se vira-se. Antes que pudesse vir ate mim. Lógico que ela tinha me reconhecido. Dei todas as pistas. Ate mostrei o sansão... Grrrrrrrrr Como pude falar aquilo para ela? Como? Que humilhação.

Saio pelas ruas sozinho. Eu já tinha vários outros planos em andamento. Eu iria recuperara o bairro do limoeiro. A cidade destes vermes inúteis!

Tinha pesquisado bem as gangues e encontrado uma que poderia participar sem correr grandes riscos.

Por causa da minha boa aparência. Lógico! Consigo entrar fácil para a gangue da trindade a Uniflora. Lógico que usar um smoking era irritante, mas de todos os uniformes este era o melhorzinho...

Com minha vasta inteligência, demoro poucos dias para subir de posto e logo já estou a par de tudo o que ocorre de importante nesta cidade inútil.

Pelo que pude entender as sete gangues mais importantes eram: Deuses, Coven, Berserkers, Uniflora, P.E.N., Império Tratamento e Vigília. E todas elas estão no mesmo patamar. Depois delas tem mais nove que são bem inferiores e seu nível diverge. Tirando isso o restante é criado e destruído. Mas a uma que manda em todas as demais. E domina- lá é meu maior objetivo. Por que assim que eu for o líder dela! Terei dominado toda a cidade!

Minha ascensão dentro do grupo é tão rápida quanto eu imaginei! Todas as pessoas são sempre tão idiotas!

Permaneço uns dias sem ir à escola por conta do meu plano. Mas a final... quem liga para uma escola destruída e sem moral quando se esta em direção a dominar o mundo! ..............Errr... a Cidade. Salvar a cidade.

Bem... Onde eu estava? Isso! Isso!

Hoje irei finalmente conhecer os lideres deste grupo de gente esnobe e fresca. Achei estranho ter três lideres. Coisa mais errada e bagunçada.

Sou revistado para saberem se não portaria arma alguma. Francamente! A onde eu esconderia uma arma neste terno ridículo! ....... Unf!

A sala era impecável. Porcelana da mais rica linhagem, quadros de valor inestimável. Ate eu assumo que era legal.

Em uma mesa vi uma garota da minha idade. Era bem gata ate. Cabelos negros e estava usando uma boina vermelha, ela falava com outra que estava toda coberta. Parecia com frio, mas estava quente. Me perguntei por que me mandaram entrar ali se os lideres não estavam.

–---- Negi Júnior Menezes da Silva. ---- ela fala o meu nome completo enquanto lia uma fixa. ---- Seus talentos são excepcionais. Chegou ate a dobrar nossos lucros com suas observações rápidas. Notável admito. ---- ela fecha a ficha e me encara. Não gosto nada.

Um ser gigante para a traz de mim. Olho por sobre ombros e só posso perceber ser uma garota. Enorme, alta musculosa e com trajes que lembravam a um marinheiro.

–---- Você não mudou nada. Na verdade evoluiu muito. Sempre esperei você ser incrível mas isso... Olha só para você! Que belo cabelo. ----- Ela afirma ao sorrir de um modo bem malicioso, e fico ate com vergonha do modo que ela me analisava. Admito que fiquei bem confuso com o que ela me disse. ---- Você realmente não se lembra de mim não é. Cebolinha.

=~^~ ºº~^~=

Passaram-se messes. Estava muito irritado ainda. Me sentia traído por meus pais.

Eu tinha prometido a turma que iria voltar em nove anos. o governo falou que ia devolver nossas casa. E eles resolveram não voltar nunca mais por conta própria! Mogi das Cruzes; fui obrigado a crescer aqui. A ir a escola e fazer novos amigos...

Passei realmente muito tempo sem falar. Não por birra ou protesto. Mas eu realmente não tinha nada para dizer.

Mas os meus pais começaram a ficar muito preocupados. Me puseram ate em um psicólogo. Coisa mais inútil.

–---- Ola meu docinho. Prazer em conhece -lo sou a doutora Samers. ---- ela entra naquela sala cheia de brinquedos esperando que eu já tivesse escolhido um. Mas estou sentado no mesmo lugar.

Tinha bolas, carrinhos e muitos bonecos de ação. Tudo que eu adoraria brincar... junto com o Cascão.

–--- Por que você não me diz o que esta acontecendo? ---- depois de varias tentativas e abordagens inúteis, ela fala de modo bem doce e calmo. Tenta me convencer, mas eu já tinha ouvido ela falar com os meus pais. Afirmou a eles que iria me fazer falar e contar tudo o que estava acontecendo. Fiquei com muita raiva. Eles sabiam o que estava acontecendo perfeitamente! Era culpa deles e só deles. ---- Seus pais disseram que você não fala uma única palavra a semanas. Acha mesmo que fazer greve ira fazer com que eles mudem de ideia? ---- dava pra notar que o meu silêncio estava a incomodando. Isso me faria rir se eu não estivesse tão irritado e triste.

Ela tenta me convencer com palavras. Oferece brinquedos. Eu só fico lá calado e parado. Estava ocupado com os meus próprios pensamentos. Tudo o que tinha perdido. O que era obrigado a aceitar.

E depois de três seções assim ela desiste e chama meus pais. Ela só os diz bobagens. Sobre eu estar fazendo chilique e se forem duros e me castigarem eu entenderia quem manda. Ela só piora tudo.

Eu conversava com o Cascão por telefone. E eles me proíbem de fazer isso ate que comece a agir normalmente. Ate hoje não entendi esta atitude.

Quando a escola começa, como se fosse possível me sinto ainda pior. Sempre zombaram por conta do meu modo de falar, mas eles eram meus amigos e só estavam brincando. Ali só tinha gente estranha. Só de eu ser de fora já levei alguns trotes, imagina se eu abrisse a boca.

–--- O que esta acontecendo Cebolinha? ---- Minha mãe é a primeira a ceder e vir falar diretamente comigo. Não sei por que não fez isto antes. Os pais as vezes parecem só querer mandar e ter o controle de tudo. Não é bem mais fácil só conversar? ---- Por que esta fazendo esta greve há tanto tempo meu filho? Você sempre foi tão esperto. Não consegue entender que...

–--- Isso mesmo mãe. Eu sou espelto... não estou fazendo gleve nenhuma. Só não quelo falal nada. Não tenho nada pla falal.

–--- Mas os professores estão preocupados. Ate encaminharam para aquela psicóloga e...

–--- Aquela mulhel que deu a idéia de me castigal... Um gênio... Estou tliste polque vocês não quelem que eu veja mais meus amigos... e ela lesolve tilal meu único contato com meu melhol amigo... uma ótima medica.

–--- Então se deixarmos você falar com o Cascão você para com isso?

–--- Palal com o que?! Eu não to fazendo nada de elado! ---- me altero e fico irritado. Nunca levantei a voz para minha mãe mas... ---- Eu só quelo fical queto. Isso é clime? Eu sou espelto. Sei que não vai adiantal nada pedil pla vocês voltalem daqui a nove anos. Eu só posso aceital...

Minha mãe se cala. Ela tinha finalmente entendido.

~~ºº~~

Só sei que agora ela estava parada a minha gente, e já era óbvio que eu não havia sido promovido por meus feitos.

Aquela garota me conhecia. Eu não faço a mínima ideia de onde.



Negi Menezes da Silva


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Notas finais do capítulo

Sei que o nome do cebolinha é “Cebolácio” Júnior Menezes da Silva. Mas acho feio de mais. Negi quer dizer cebolinha. Um alimento japonês. Curiosidade! Mogi das Cruzes é a onde o verdadeiro Cebolinha que inspirou o Mauricio morava!)