Levo o maior susto quando vejo o careca ouvindo meu assunto com o King, e eu não tinha mais o que fazer a não ser deixar claro que o tinha visto ali.

A minha idéia era falar com ele mais tarde e esclarecer tudo, mas o cara termina de me espantar. E sai do time.

Juro que tentei me encontrar com ele, mas o ser simplesmente sumiu, abandonou a casa as moscas. Nem mesmo o faro do Chovinista o encontrou.

Encontrou, mas isso é outra historia.

Agora o foco era resgatarmos o Dc.

Minha cabeça estava em reencontrar o Cebolinha, porem esta era a minha chance de invadir os maiores locais e me focar no meu objetivo inicial, sim, aquele que tinha me trazido para este lugar e já que eu não me lembrava da turma.

Todos obedecem a Mônica cegamente sem ligar para seu grande abalo emocional, e ela era forte de mais para ficar toda mole por conta de um cara. E por conta disso estávamos todos lá.

Invadimos com facilidade aquela construção enorme pois éramos poucos e logo nos dividimos como havíamos treinado e ensaiado (ensinado pelo Careca), não vemos problemas em nos infiltrar. Havia tanta gente que nós só tínhamos que por as roupas do avesso para passar por um deles. Na verdade fiquei muito decepcionado com a falta de segurança.

Andamos por varios locas estranhos e pude notar que mesmo sendo um imenso galpão (subdividido) haviam  dezenas de salas trancadas a onde apenas pessoas especificas podiam entrar; como nos os dividimos mantínhamos um canal aberto de comunicações graças a Denise, e cada um segue o seu papel.

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Semanas antes estávamos todos no clubinho a debater e discutir sobre o tal plano de resgate. Mas a verdade é que ninguém sabia ao certo o que estava rolando e depois de muita bronca o Nimbus resolve libera o assunto e contar de uma vês o que estava rolando.

—--- Tudo bem. Eu vou resumir em poucas palavras e...

—--- Lesume o escambal! Quelemos sabel exatamente o que esta lolando aqui. ---- o careca já se pronuncia quebrando toda a coragem do coitado.

—--- Calma. Olha eu vou falar, e o que você não entende me pergunta depois. Todo bem assim? ---- Nimbus parecia nervoso, mas não nervoso de irritado; e a Mônica o faz se sentar enquanto a Magali o traz um copo d’água. Eu ainda não sei por que ela não veio falar comigo direito... ---- O David... unf. Ele veio para cá antes de todos nós e por conta disso esta com problemas.

—--- Disso já sabemos segue com o bonde. ---- é a vez do Tinm se pronunciar, se mostrando cansado do lenga -lenga.

—--- Calma gente! Não estão vendo que esta difícil para ele contar? O Do Contra pediu sigilo oras! ---- e logo a própria Mônica bronqueia pondo as mãos na cintura como uma mãe ao nos dar um sermão.

—--- Ele esta sendo obrigado a ajudar os donos da cidade. Meio que virou brinquedo de um deles este tempo todo. ---- ele solta tudo de uma vez como um cuspe, e depois para alguns segundos antes de continuar a falar. Tremulo imaginando como poderia ter evitado o martim do irmão. ---- Eles... fazem “coisas” com ele... e o obrigam a fazer outras. ---- todos podíamos sentir o horror em seu tom de voz, ele não deixa nada claro o que seriam estas coisas; e cada um acaba por imaginar o pior que poderia. Por deus que “eu” não seja o felizardo a ter acertado. ---- Ele me disse para que não me envolve-se... na verdade ele... Mesmo ele afirmando que conseguiu juntar um bom pessoal e esta conseguindo se livrar, eu quero ajuda-lo.

—--- Mas quem esta mandando nele? ---- o careca pergunta. Serio e sem demonstrar ter se abalado com o relato. ---- O que mandam eles fazel? E o que fazem com ele? ---- ele se levanta e vai ate o Nimbus, parando bem a sua frente, e o olhando de cima. ---- Vai sel bem difícil clial um bom plano sem todos os fatos.

Mas o cara fica parado o encarando. Ele não queria mesmo falar, não podia revelar e trair mais uma vez a confiança do seu irmão.

—--- Eu não tenho o direito de revelar assim. ---- ele abaixa a cabeça.

—--- Então dane-se. ---- não posso evitar rir quando o careca da de ombros e se afasta de Nimbos.

—--- Cebolinha!

—--- Negi. Meu nome... ---- ele responde seriamente aos gritos da Mônica e logo volta a encarar o Nimbus com uma expressão de nojo. ---- Você fica ai de cú doce e nunca faz nada. Esta se sentindo mal por não tel o ajudado antes e lesolve não ajudal agola? É este o seu plano? ---- o logo Nimbus não sabe como reagir e tenta retrucar, mas antes que ele pudesse abrir a boca o careca continua sua bronca. ---- Você tem que decidil o que quel. Ajudal ele ou gualdal seu segledo. Os dois juntos não dá.

—--- Matar pessoas. Experiência para transmitir estes “dons” a outros. ---- ele responde e o encara como uma criança emburrada; sabia que ele estava certo. ---- Já é o suficiente?

—--- Não. ---- o careca volta para sua cadeira e começa a notar. ---- Quanto mais você dissel mais plepalados estalemos. Então diga tudo logo de uma vez.

—--- Então você quer detalhes? Unf... Quando disse “brinquedo” você já pode imaginar tudo. Eu não vou falar. ---- ele se cala e os dois se encaram.

—---- Eu não sou a pola de um fofoqueilo que só esta culioso!

—--- Ele me disse que ela pois um tipo de feitiço nele. Não consegui entender o estado dele não deixa uma comunicação muito clara. ---- acho que um careca nervoso assusta mais que a Mônica, por que o Nimbus parou na hora de enrolar e começou a falar tu-di-nho. ---- Só sei com certeza que ela tem como piorar a situação dele e se isso acontecer... Bem ele morre. ---- ele para pra pensar, mas não por muito tempo, creio que temia receber mais do que brocas. ---- Meu irmão tem que...

—--- Esta tudo bem gato! ---- a Denise se prontifica indo ate ele e empurrando o careca da cadeira. ---- O “Negi” esta sendo exagerado, podemos dar o nosso jeito. Você já disse que não deu para entender como ela tem este controle sobre ele. Então temos que descobrir. ---- é estranho mas ela falava e ficava encarando o Xaveco e desviando o olhar; me lembro de como a Magali fazia isso comigo acabo descobrindo um sorriso bobo em minha face. Coisa que não existe a anos. ---- Por que não vamos ate lá e ele nos mostra?

—--- Não podemos. ---- Nimbus afirma com vigor. ---- Ele deixou claro pelo menos uma coisa. Todos estão de olho em nós. No nosso grupo, e se fizemos algo para chamar tanto a atenção como mexer com uma líder...

—--- Resumindo ele não pode nem pedir ajuda? ---- o Xaveco confirma debruçando sobre uma mesa qualquer. ---- Cara que saco.

—--- Isto esta muito estlanho. Esta histolia esta muito mal contada pla mim...

—--- Por que você diz isso careca? ---- sem querer o chamo pelo antigo apelido e ele me encara com um susto e depois sorri, desfazendo a carranca azeda que o tinha dominado.

—--- Ele só te contou meia histolia... depois vem o caso de não podel pedil pol ajuda. E eu não posso esquecel o modo estlanho de nos leencontlalmos. ---- ele baubucieia enquanto andava de um lado a outro. Isso já era tão característico dele, só estava esperando ele dar um salto e aparecer uma lâmpada em cima de sua cabeça. ---- A Denise esta celta. Temos que investigal dileito antes de tomalmos uma atitude.

—--- Celta? Sou brasileira fofo. ---- a Denise brinca recebendo uma advertência em foram de uma expressão que sou impossibilitado de descrever. ---- Olha! Vamos invadir e descobrir o que temos de descobrir ok? ---- ela rapidamente muda de assunto e começa a querer ajudar o careca em seu plano. ---- Do que você precisa? “Eu” sou a melhor pessoa para conseguir informações meu fofo!

Ela afiram isso retirando o próprio celular da bolsa e o ligando. E imediatamente a tela se acende e varias coisas começam a aparecer. O meu telefone toca e vibra insinuado mensagem, depois o da Marina, em seguida o do Jeremias assim por diante; todos com a mesma mensagem. [Chega de fingir. ♥ A Mônica, Marina e Cássio já mostrara o que podem fazer. S2]

~~ºº~~

Passamos por vários locais, sempre relatando usando simples aparelhos telefônicos pré pagos, que graças a Denise haviam se tornado melhor que o “Jarbas” o computador do “Homem de alumínio”, e conseguíamos mandar imagens e fazer pesquisas de toda vida das pessoas que tirávamos fotos entre outras coisas; mas por alguma obra do destino nós quatro nos encontramos na mesma sala e acabamos por ouvir a conversa toda.

—--- Eu entendo perfeitamente (como assim?). Eu fiz sem querer? (Voce fez de propósito!) ---- o Do Contra falava ao telefone, e quanto mais irritado ficava menos se concentrava em controlar seu problema. ---- Você... Foi - você - quem - trouxe - todos - de - volta... ---- ele parecia sentir extrema dor ao fazer força para falar normalmente, batendo o telefone logo em seguida.

Com isso ele se vira e nos olha, nos encara.

Parecia assustado e irritado em uma mescla de sentimentos; e claro que a besta da Monica resolveu abrir a porta e ir ate ele na maior cara lavada, estragando o resto do disfarce, nós ainda poderíamos ter fugido, podíamos ter evitado tudo aquilo. Mas acho que tinha que ter sido assim.

—--- O que esta acontecendo aqui? ---- ela grita e exige respostas e ele apenas abaixa o rosto.

—--- Você... não... deveria... ter .... vindo...

Suas mãos tremem e a porta logo se fecha atrás de nós. Posso ouvir gritos vindos lá de baixo. Gritos dos nossos amigos. A Monica derruba a porta e podemos ver todos eles no pátio cercados.

Mas o Dc estava bem a traz de nós. Parado.

A Monica se distrai e vai descer as escadas. Admito que ate eu me distrai. Queria tirar todos de lá, tinham armas apontadas para eles.

Foi quando...

O próprio Do Contra desferiu um golpe. Ele parou ao lado da Monica que o questionava e reclamava do tratamento. E lhe seu um beijo. Leve e simples.

Pude ver seu sangue jorrando e logo ela estava no chão.

Ass: Cássio Marques de Araújo >_O”