(NARRADO PELA DETETIVE ERIN LINDSAY)

Estavam todos prontos para a busca, entramos na casa que seria ''sede da BX9'', tentamos fazer o máximo de silêncio possível, eu estava no meio de Hank e Jay, Antônio estava na frente juntamente ao Kevin.Adam e Alvin estavam atrás de nós.Antônio fez sinal para que eu fizesse cobertura, então nós dois nos aproximamos de uma sala em que havia pelo menos três homens, e então entramos, todos seguiram atrás de nós, gritamos voz de prisão e algemamos os três ali, até que poderia dizer que foi uma busca bem ''calma'',enquanto estávamos naquele cômodo é claro, eu segui para revistar os outros quartos, Antônio veio logo atrás de mim, todos se dividiram em duplas como sempre, pois a casa até que era bem grande, escutei Antônio gritar ''Limpo'' saindo do quarto que estava a minha esquerda, então quando entrei em uma pequena sala, falei o mesmo, mas quando me virei, senti o cano de uma arma na minha cabeça:

–Larga a arma agora, ou eu explodo sua cabeça- disse um homem com voz grossa atrás de mim, não tinha o que fazer, ou eu abaixava ou ele me matava.

–Tudo bem, podemos resolver isso- disse jogando a arma no chão e chutando para a parede –Eu deixo você fugir e você não me mata, o que acha?- eu disse tentando manter a calma, não era a primeira vez que eu ficava em situações como essas, mas ainda sim eu estava apavorada.

–Não, não vai ser tão fácil, não acredito em policiais, você vai ficar quietinha agora, ou eu mato você, e sabe que não estou brincando- disse o homem que logo em seguida colocou a mão no bolso e tirou algo que eu não consigo ver, acho que era um celular, mas quando senti,tinha uma faca enfiada em meu quadril,caramba, levei uma facada, isso dói tanto, se ele não tivesse me segurando pelos cabelos, eu juro que me jogava no chão, mas tem uma arma na minha cabeça, e eu estou sangrando muito, ele puxou meu colete e tirou do meu corpo,e começou a analisar a facada, não foi tão funda, foi apenas grande, alguns pontos e eu ficaria bem, só estava doendo, então ele disse:

–Desculpa pela facada, você precisa saber do que eu sou capaz- diz ele e logo em seguida me corta de novo, do mesmo lado, eu gritei de dor, não consegui me concentrar direito em uma só coisa, eu apenas via meu próprio sangue manchando minha camisa branca gola V , era muito sangue. Quando então eu vi Antônio correndo na ponta do corredor vindo em minha direção.

–Sargento, a Erin está em perigo- disse ele com voz preocupada se comunicando com Hank pelo rádio de policia, e logo diminuiu e velocidade e entrou devagar na sala:

–André certo? - perguntou ele inseguro

–Sim, sou eu- respondeu ele grosseiramente.

–Eu sou detetive Antônio Dawson- disse ele colocando a arma no chão – Porque não deixa ela sair- ele aponta pra mim, e faz cara de preocupado quando vê a quantidade de sangue.

–Não, gostei dela, porque ela não fica conosco na festa?- retrucou

–Porque não a deixa ir? Ela está sangrando,pode mata-la não acha? - disse o detetive tentando se aproximar

–Se eu quisesse mata-la, eu matava, quer ver? - disse ele engatilhando a arma

–Não, não faça isso- Antônio gritou. Então todos já estavam ali e Hank se aproximou desesperadamente.

–Solte ela agora- disse o Sargento segurando fortemente a arma.

–Saí daqui ou ela morre- disse ele rindo. Fiquei preocupada, a expressão no rosto de Hank era de medo e preocupação, eles sabiam que o grande chefão não se deixaria ser preso assim, e era minha vida que estava em risco, quando então eu escutei um tiro e caí no chão, mas espera, não, eu não fui baleada, foi ele, Jay tinha atirado, quando então Hank se aproximou de mim e me ajudou a levantar:

–Você está bem?- perguntou ele.

–Sim, foi superficial- eu respondi enquanto ele me ajudava a levantar.

–Tire alguns dias de folga.

–Não precisa Hank, eu realmente estou bem.

–Tire o resto da semana de folga, não estou pedindo Erin.- ele disse com voz de autoridade

–Mas é terça feira Hank!- fala sério, eu não quero ficar a semana toda em casa

–Nos vemos na segunda- ele disse piscando e logo em seguida me deu um abraço, eu relutei no começo, mas tudo bem, alguns dias de folga nunca matou ninguém, fui ao hospital, levei alguns pontos e fui para casa, me deitei no sofá e fiquei assistindo um seriado que estava dando na TV, era 22hrs da noite, decidi fazer uma lasanha de micro-ondas, nunca imaginei que ficar o dia todo deitada me daria tanta fome, fui até o banheiro lavar o rosto, quando estava voltando, escuto alguém bater na porta, só pode ser ele, quando eu olho no olho mágico, tenho a certeza, é ele:

–Coitadinha- disse Jay entrando e me beijando, ele fechou a porta com a perna enquanto me beijava, segurei na nuca dele, coloquei as pernas entre sua cintura e ele me pegou no colo, me deitou no sofá enquanto ficava em cima de mim, paramos para pegar fôlego e então ele disse:

–Preciso de você, hoje, agora, sempre- ele falou baixinho no meu ouvido e voltou a me beijar, tirou a jaqueta e jogou no chão, me puxou e me colocou em seu colo, eu fazia cafuné em seu cabelo enquanto ele acariciava meu rosto, depois colocou a mão na minha cintura e outra na minha coxa, então escutei o barulho do macro-ondas avisando que estava pronto, eu queria Jay nesse momento, mas a fome me chamava,pode parecer engraçado,mas eu estava realmente com fome, empurrei Jay levemente:

–Que foi Er?- perguntou ele franzindo a sobrancelha.

–Porque a gente não come antes?- não achei que iria soar tão engraçado.

–Comer? - ele começou a rir

–Sim, eu estou morrendo de fome.Teremos tempo para isso- eu disse mexendo em seu cabelo.

–Ok, Erin, tudo por essa mulher- ele disse me dando um selinho, eu levantei do seu colo e fui até a cozinha, ele me seguiu, tirei a lasanha do micro, cortei dois pedaços e coloquei em dois pratos, ele pegou duas cervejas na geladeira, nos sentamos no chão da sala, conversamos e rimos muito, me levantei com a louça na mão e quando estava colocando na pia senti Jay colocando os braços na minha cintura e beijando meu pescoço:

–Você fica tão linda de costas sabia?- ele disse beijando minha nuca, fui me virando devagar até ficar de frente para ele, comecei a beija-lo com intensidade, enquanto ele tirava a camisa, ele me pegou no colo e me levou até o quarto, tirou minha camisa e ficou em cima de mim, ele me beijava intensamente, e então eu comecei a morder seus lábios, enquanto ele abria minhas calças, ele beijou meu pescoço e me deixou arrepiada, eu abri seu cinto e joguei longe, ele soltou meu sutiã e beijou meus peitos, eu tirei suas calças e ele jogou sua cueca longe,ele me beijou e então nos completamos, finalmente começamos a transar, tenho que admitir, eu precisava dele.

–Erin, eu, eu amo você- disse Jay gemendo o alto, eu não respondi, fiquei sem reação, foi simplesmente incrível ouvir aquilo pela primeira vez, eu o beijei e mordi sua orelha, tivemos um orgasmo juntos, e finalmente paramos, transar com o Jay fica cada vez melhor, é como se cada vez ficasse ainda melhor, e então finalmente pegamos no sono.

eu acordei mais cedo, Jay dormia como um anjo, reparei que ele sorri dormindo,estou tão apaixonada por ele, levantei e fiz um novo curativo, resolvi fazer um café pra ele,afinal, depois dessa noite ele merece. Levantei e fiz suco, torradas, ovos, salsichas e mini sanduíches, e então me deitei ao lado dele e comecei a fazer cafuné, e então ele foi se acordando enquanto eu enchia ele de beijos.

–Bom dia meu amor- eu disse sorrindo

–Bom dia- ele disse e me beijou – eu costumo acordar de mau humor, mas como acordar de mau humor com esse sorriso lindo.

–O seu sorriso é lindo - eu respondi subindo nele enquanto o beijava.

–Que cheirosa- ele disse enquanto beijava meu pescoço.

–Está com fome?- perguntei

–Morrendo- ele me respondeu arregalando seus olhos

–Então venha- respondi me levantando e o puxando.

–Nossa, você cozinhou tudo isso pra mim?

–Não, é tudo pra mim - respondi rindo, ele se aproximou e me beijou, nos sentamos e comemos, foi o melhor café da manhã.

–Eu tenho que ir, passar em casa, e ir trabalhar, eu não estou de folga, ele disse sorrindo, me deu um beijo e saiu.

(NARRADO PELO DETETIVE JAY HALSTEAD)

Saí da casa de Erin e passei em casa, troquei de roupa e fui pra unidade, não tinha checado o horário,e por incrível que pareça, eu estava quase vinte minutos adiantado, cheguei e só tinha o Sargento em sua sala, eu estava sozinho, arrumei minha mesa,e fiquei sentado, quando comecei a adiantar minha papelada, Voight saiu da sala:

–Jay, chegou cedo hoje.- disse ele surpreso

–Me perdi no horário- eu disse rindo

–Eu vim mais cedo porque tinha que receber um documento- disse Hank apontando a sala

–Sargento, aproveitando que está cedo, poderia pegar o relatório da família Pastril, eu quero dar uma olhada nas testemunhas, se não se importar é claro, á, e tem esses documentos que tenho que te entregar- eu disse segurando um envelope.

–Tudo bem, deixa na minha sala que eu já volto, vou pegar o relatório pra você- ele disse e deu de ombros, saindo para fazer o favor que eu lhe tinha solicitado, eu fui em direção á sala dele e coloquei o envelope em cima da mesa, quando então um papel que dizia ''Teste de DNA'' em cima me chamou atenção, estava sob um envelope e tinha dois papéis juntos, estavam sobre uma pasta azul de frente ao computador, eu não ia mexer em nada, mas admito, aqueles papéis me chamaram muito a atenção, eu precisava saber de quem era, peguei o papel e comecei a ler, logo meu sorriso foi desaparecendo, não podia acreditar no que eu estava lendo, fiquei parado ali, não sabia como reagir aquela situação, quero dizer, a Erin nunca tinha me dito nada sobre isso, eles tem uma relação pai e filha, mas ela nunca me contou, quer dizer, eu estou confuso, muito confuso, não sei direito, quando eu terminei de ler e peguei o envelope com os outros papéis, eu senti uma presença atrás de mim:

–Jay, o que você está fazendo?- ele me perguntou bravo

–Você é pai da Erin?Ou pelo menos 99,9% compatível com ela.- eu disse com cara de assustado

–Halstead, você não deveria ter lido isso.

–A Erin sabe disso? Porque ela nunca me contou?

–A Erin não sabe disso, e nem vai saber, não pode contar a ela!- ele disse com cara de cachorro abandonado,mas mantendo a voz brava.

–Como isso aconteceu? Como ela pode não saber? A quanto tempo você sabe?

–Calma ai ta bom, faz uma semana que eu descobri,eu me envolvi com a Bunny quando nós éramos mais jovens, é tudo muito complicado.- ele tenta explica, mas mesmo assim eu fico surpreso

–Você tem que contar a ela, ela tem que saber- eu disse bravo.

–Não se envolve nisso.

–Se você não contar, eu conto- eu disse arrogantemente.

–Me dá duas semanas, eu vou contar, eu só tenho que prepara-la, eu não sei como ela vai reagir á isso, eu te peço, deixe-me fazer isso, não vou esconder dela, eu só vou devagar, não posso estragar as coisas com ela- ele disse com um tom sincero, ele tem razão, mesmo que eu esteja surpreso, e eu não queira mentir pra ela, ele deve contar, eu só tenho que ficar na minha enquanto ele não conta, ela pode reagir mal.

–Tudo bem Hank, eu não vou mentir pra Erin. Mas eu vou deixar que vocês se resolvam, vou fingir que não sei de nada.

–Obrigado Jay, é isso que eu precisava ouvir.

–Mas, a Erin não pode saber que eu sabia ta bem? Eu vou fingir que não sei de nada, se ela souber que eu sabia, vou estragar tudo. A não ser que você não conte, aí eu vou precisar fazer isso – eu exclamei.

–Eu não sei do que você está falando- ele respondeu com ar de riso.

–Eu também não- disse rindo, quando olhei para o lado, vi Erin subir as escadas.