Imperfect escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 26
Monstro


Notas iniciais do capítulo

Hey! E então como vão? Como vão as aulas? Odeio poções, gente.

Enfim, prontos para o capítulo?

Boa leitura!!!



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Rose respirou fundo, tentando se controlar, ali estava a garota franzina, seus cabelos diferentemente de antes assumiam um tom azulado nas pontas, e um tom claro de verde em todo o resto, ela vestia uma calça jeans simples e uma camiseta sombria, onde estava aquela garotinha de alguns anos atrás?

— Oh meu Deus, Rose! -Ela exclamou ofegando, os olhos mais escuros que o próprio lápis de olho

— o que... -Rose perdeu as palavras, não sabia mais o que fazer, como agir.

— ele te trouxe! Você tinha que mexer com essas coisas não é, Rosália? -ela bufou se apoiando nos joelhos

— o que você queria? Que eu morresse? Continuasse presa a mim?

— não teríamos problemas tão cedo!

— estava chegando a hora de agir, as peças desenrolaram- Rose cobriu o rosto com os joelhos, claramente perturbada

— teria dado tudo certo, doce Rose

— doce Rose é?

— enfim, como ele te encontrou? Você não a libertou, não foi?

— Eu não... Eu não sei como

— céus, Rose! Você o beijou?

— beijei, mas não... Não aconteceu nada

— você errou! De novo, quantas vezes já lhe pedi para abrir os olhos?

— abrir os olhos para quê? Eu sempre gostei de Scorpius, pensei que agora seria assim

— gostou, no passado, você tem que se lembrar que agora não é mais uma criança, não é mais inocente

— como farei para libertá-la?

— preciso que você abra os olhos antes

— Ah, Lia, eu senti tanto sua falta- Rose fungou e impulsionou o corpo para frente, abraçando a amiga

— eu também senti- ela já começara a chorar, algo não havia mudado, o coração de Lia

— mas o que você está fazendo aqui? -Rose perguntou olhando ao redor, um corredor secreto

— você esqueceu? Adrian é meu irmão

[...]

Rebeca ergueu o pulso de Lily a altura de seus lábios, Lily suspirou tentando se manter imóvel

— só um pouco... -Rebeca sussurrou, Lily puxou o gatilho vagarosamente, se Rebeca não estivesse segurando seu pulso, ela teria tombado para trás

— nossa...

— forte, não? Use um pouco da sua força, baixinha- Rebeca sorriu satisfeita e caminhou até o outro lado.

A morena riu consigo mesma quando puxou uma espada do arsenal, passou o indicador pela lâmina, cortando o mesmo, sangue escorreu e ela suspirou, tão afiada que mataria alguém em um só golpe. Ela sorriu sarcástica ao ver o Potter mais velho a olhar temeroso

— você não vai me matar, vai? - ele sorriu amarelo

— não, hoje não- ela mordeu o lábio inferior empunhando a espada

Os pés equilibrados, alguns centímetros do outro, em uma linha reta invisível, ela gostava daquilo, era tão imprevisível quanto um "eu te amo".

Rebeca o olhou desafiadora, James engoliu em seco e ergueu a espada, Rebeca avançou para o lado, o chocar das lâminas era uma dança esquisita para seus ouvidos, os passos ágeis, por pouco não acertou a cabeça, os pés, as costas. James bufou bloqueando mais uma vez a outra lâmina. Quando a jovem tentou atingir o seu tornozelo, ele a bloqueou, Rebeca girou a lâmina que soltou um som irritante, a espada do moreno escapou de seus dedos e girou pelo ar, Rebeca sorriu satisfeita ao erguer a espada como um troféu

— você é boa! -James se inclinou para frente ofegando

— você já matou alguém? -ela franziu o cenho

— sim, eu acho

— por isso é tão bom, sabe que somos apenas sacos de carne e ossos

— que horrível, cadê seu espírito de garotinha?

— no mesmo lugar que o cara que você matou, precisa atacar, Sirius! Se tentar se proteger o adversário descobre seu ponto fraco- ela piscou e deu as costas, jogando a espada para o garoto, que pegou sorridente.

Rebeca observou enquanto Alvo acertava exatamente a bolinha vermelha do outro lado da sala, ela observou surpresa a faca atravessar a madeira.

— Alvo, como você consegue acertar bem...?

— eu não sei, parece fácil, as mãos apenas... Jogam- ele girou os ombros e lançou outra faca ao ar, que acertou em cheio o cabo da outra

— tem algo errado- ela se aproximou do garoto e segurou seu rosto, fitando seus olhos verdes como se tivessem completamente errados

— eu me sinto normal, obrigado -ele soltou o suspiro de sarcasmo

— Alvo, você alguma vez já mexeu com espadas? Para... Sangrar, se é que me entende

— já, quando era pequeno, mamãe disse que me encontrou cortando as asas de um passarinho, vivo

— por quê? -ela olhou com horror para ele

— é brincadeira!- ele mostrou a língua e ela bateu em seu braço

— sério, seu idiota, já cortou algo? Assim...

— me cortei, tenho uma cicatriz no braço, é um desenho- ele ergueu o braço e ela puxou a manga observando as linhas brancas na pele

— precisão, é um símbolo de precisão...

— oi? Tipo, macumba?

— magia, Alvo! Magia

— mas como é que... Eu juro que não sabia o que estava fazendo na época

— é uma coisa boa, apesar de ser um tanto proibido usar símbolos hoje em dia

— é proibido usar magia de qualquer forma em pessoas inde... Ai! - Ele rosnou quando ela passou a unha no símbolo, rasgando a pele, Alvo gritou com a dor fina, como se uma agulha estivesse passeando na sua pele.

Rebeca, embora soubesse o quanto era errado, viu o símbolo brilhar pelo sangue derramado, um símbolo renovado, aqueles acima do topo saberiam que o símbolo fora ativado em um jovem, eles sempre sabiam

— você tem uma ligação conosco

— ligação? Do que está falando? -Rebeca se inclinou para frente para poder sussurrar

— Você tem magia...

тεмpσ คтuคł

Rebeca empurrou a porta e olhou para James horrorizada, ele ainda segurava no cabo da espada, a lâmina que atravessava o corpo da ruiva

— você matou a Rose? -Rebeca esbravejou se aproximando

James puxou a lâmina do corpo, sangue jorrou do buraco deixado para trás, ele limpou a lâmina na manga da jaqueta e bufou

— não é a Rose

— como assim não é a Rose?

— Rose não sorri como uma psicopata- ele revirou os olhos.

Rebeca abriu a boca para argumentar, mas se calou arregalando os olhos, James seguiu seu olhar até o corpo. Uma mão pálida saia de dentro do buraco deixado no estômago da morta, os ossos a mostra

— ah meu Deus! -Rebeca gritou puxando o Potter mais velho para trás, ele cambaleou assustado.

O braço começou a se erguer de dentro do corpo, o sangue sujando sua pele branquíssima, os dedos esguios agarraram a tábua do chão, e assim começou a se erguer, as costas inclinadas surgiram, logo depois a cabeça, Lily gritou quando ele ergueu a cabeça, não havia boca, apenas pedaços de pele entrelaçados um ao outro, cobrindo um buraco no lugar da boca, coberto de sangue, os olhos eram dois buracos fundos, não havia nariz, mas dentes visíveis através da pele mais rasa

— o que é isso?! -James sussurrou sem ar

— um demônio- ela murmurou choramingando.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu não queria pertubar ninguém, até porque não descrevi o intestino... Mas okay.

Até o próximo :*