Imperfect escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 24
Sangue


Notas iniciais do capítulo

Hey, Hey, Hey, quem disse que eu demorei? Haha, eu estou muito empolgada! Então nada melhor que um capítulo.

Vocês sabem que eu amo todo mundo né, então... Não me matem!

Boa leitura!!!



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A ruiva se virou instantaneamente, lá estava ele, com a arma apontada em sua cabeça, ela prendeu a respiração, ela morreria. Ele girou a perna, a derrubando em um só chute no calcanhar, ela arregalou os olhos se apoiando nos cotovelos, a poeira no chão incomodava seus olhos, ela tentou puxar o vestido azul que cobria suas pernas por inteiro, porém ele pisou no tecido.

Estava pronto para puxar o gatilho, quando o disparo atrás dele foi escutado, ele arregalou os olhos por um momento e tombou para o lado, morto. A ruiva ergueu os olhos para os dois que acabavam de entrar na sala, uma Lily com uma arma em mãos, o cabelo preso em uma trança até a altura do cotovelo, e uma veste que a fazia parecer uma agente policial, mais atrás um James com uma espada em mãos, a jaqueta escura que não devia ter tirado a uns dois dias, a blusa cinza que parecia um tanto suja e a calça jeans preta, cheia de terra. Mas onde estavam os outros?

— ande logo com isso, James! -Lily exclamou virando para a porta, vigiando o lado de fora.

Ele se aproximou da jovem ainda jogada ao chão e perplexa, ele esticou a mão para ajudá-la, porém antes de mais nada ela sorriu com gratidão, ele encarou seu sorriso por alguns instantes e recolheu a mão, ele esticou a espada na direção da ruiva.

— o que você está fazendo? -Lily perguntou estridente - pirou? Vai matar a Rose também?

Lily quase correu para arrancar a espada de sua mão, mas ele a encarou como se pedisse perdão.

— não é a nossa Rose- ele sussurrou, e em um movimento único cravou a espada no peito da ruiva.

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Rose abraçou a mãe mais uma vez, às lágrimas deixando sua bochecha rosada, Hermione sorriu com carinho, Rony gritou mais uma vez do carro, pedindo para a mesma se apressar, a mãe com o coração apertado agarrou os dois filhos em um abraço, e só então se foi. Os dois esperaram com paciência o carro se afastar, quando já estava longe o bastante, Rose encarou Hugo com certa animação.

— ah não! Eu não vou com você- o garoto reclamou cruzando

— ah vamos lá! Deixe de ser chato, você sabe tudo que aconteceu, não sabe?

— o que? Você ter fugido pelo menos umas dez vezes em três dias? Três dias, Rosália!

— vai colocar lição de moral agora, maninho? Eu sei o que estou fazendo! Lily vai estar lá e...

— tudo na sua vida é Lily, quando não está falando de Lily está falando de Rebeca!

— estou?

— Rose, vá fazer sanduíches pra mim que você ganha mais

— vá à merda

— me mostre o caminho

— por que você não quer ir?

— pra ficar ouvindo papo de menina? Sem chance!

— você era legal sabe...

— Era, a muito tempo atrás

— não comece, vamos, vamos, vamos, eu deixo você ficar lá com o Lorcan, Fred...

— Alvo vai estar com você de novo?!

— o Al sempre está comigo

— vocês não estão, tipo, namorando, estão?!

— não! Credo, de onde você tirou isso?

— sei lá, do seu primeiro beijo talvez...

— como é que você sabe disso? -Rose olhou indignada para o irmão

— todo mundo sabe, vai...

— eu nunca beijei Alvo, aliás, eu... beijei?! -a própria estava confusa, ela ainda não podia se lembrar de todas aquelas lembranças novas

O curso do tempo tinha mudado, de novo.

— beijou sim! E vamos parar com isso, é nojento falar de quem você beijou ou não.

— venha cá, pirralho, deixa eu te dar um beijinho de boa noite- ela tentou abraçar o irmão que a olhou incrédulo

— quem disse que eu vou dormir aqui?

— eu, você não vai me deixar sozinha.

— sinto muito, maninha, hoje vou pra casa da tia Luna

— como assim? Eu não quero ficar aqui sozinha!

— a casa não pode ficar sozinha, Rose, ta com medo de ficar sozinha? -o jovem fez beicinho e levou um tapa na testa

— não, quer saber? Eu posso ficar muito bem aqui!

— Então pronto, fica com Deus, não esqueça de fechar as janelas, e a porta obviamente.

— como se eu tivesse cinco anos.

— amanhã você vai estar com aquelas loucas mesmo, seja feliz.

Hugo nem a esperou dizer nada, deu as costas e saiu porta a fora, Rose encarou a parede a sua frente, ela não tinha medo de ficar sozinha, ela passara tanto tempo sozinha que aquele virara seu único conforto, a solidão.

A tarde passou voando quando ela fechou a porta do quintal com um sorriso no rosto, o cheiro da comida invadia toda a casa, ela podia não saber fazer muita coisa, mas bolos eram sua especialidade, Rose se agachou para tirar o bolo de chocolate do forno. Um vento forte atingiu a cozinha e ela franziu o cenho, a ruiva fechou o forno e pôs o bolo em cima da mesa.

Ela procurava pelo causador do vento no corredor, a janela aberta se auto denunciou, ela sorriu e se aproximou da janela, fechando a mesma contentemente, antes de de virar ela sentiu o pano fino encostar em seu rosto, ela reconheceu o cheiro, sonífero, mas não teve tempo para pensar em nada, adormeceu nos braços do desconhecido.

***

Rebeca sorriu de canto ao empurrar a porta dos fundos, Rose sempre a deixava aberta, se não fosse Hermione para fecha-la... O cheiro agradável de bolo recém tirado do forno invadiu suas narinas.

— Rose! -Rebeca cantarolou adentrando a cozinha, mas não havia ninguém ali.

Rebeca percebeu o silêncio da casa, ela procurou com os olhos e encontrou o faqueiro, andando o mais rápido possível para pegar a faca maior.

A morena caminhou pela casa com cautela, mas não havia nada ali, nada nem ninguém, Rose deveria estar ali, logo ela se tocou em uma das janelas entre aberta, parecia prestes a ser fechada. Rose não havia realmente saído dali, Rose havia sido levada.

[...]

James olhava atentamente para folha a sua frente, pela manhã quando acordara, a ideia simplesmente fluíra, ele não saberia responder se era de algum sonho. O moreno batucou com o lápis na mesa entretido, prendeu a respiração quando braços finos o envolveram de forma carinhosa.

— o que você ta fazendo aí? -ela perguntou, a voz no tom monótono

— tentando desenhar

— pensei que quem desenhava era o Alvo, "desenhar é coisa do Al" -Ela imitou com a voz grossa

— eu também posso fazer isso -ele sorriu de canto se inclinando sobre a mesa, a garota foi forçada a solta-lo

Ele desenhou os traços velozmente no papel, formando um grande símbolo, ele sorriu vitorioso ao finalizar o desenho, girou a folha para cima, para mostrar a Clarie, quando a mesma viu ficou pálida.

— você não gostou?

— por quê não?

— porque você ficou branca de repente

— eu gostei sim, deve ser só o frio- ela deu de ombros, então seus olhos baixaram, e ela se ajoelhou perto da cadeira do jovem

— você ta bem mesmo né?

— to, eu quero que você saiba que eu te amo muito, certo?

— eu sei disso

— mas eu te amo muito, muito mesmo, não importa o que aconteça

— do que você está falando?

— só peço que acredite, eu nunca mentiria para você

— tudo bem, eu também amo você

— eu sei que sim, mas não é como... Eu amo você, mas não vamos discutir isso agora

— Clarie, o que está acontecendo?

— nada, eu só estou carente- ela sorriu, um sorriso claramente triste.

James se levantou e a ergueu, envolvendo a garota em um abraço, ela suspirou. Clarie o encarou e subiu na ponta dos pés, ele riu um pouco, mas ao invés de se inclinar e beija-la, ele depositou um doce beijo no topo de sua cabeça e deu as costas, pegando o desenho e saindo dali animadamente. Clarie observou-o partir, ele estava indo, estava tudo errado, ela podia sentir, precisava fazer alguma coisa.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Acalmem os corações! Sem matar a autora, muito obrigado...

Até o próximo :*