Surreal (Klaus e Caroline) escrita por Olivers Lestrange


Capítulo 22
Preciso de um Tempo


Notas iniciais do capítulo

Oooie *0*
Capitulo dedicado a nova linda de bonita Evil Princess que esta acompanhando a fic *o*
Então gente se tratando sobre se vai ter segunda temporada ou se vou continuar aqui mesmo, a maioria votou para que tivesse uma segunda temporada :D
Porque a primeira temporada então, já esta na reta final :D
Boa Leitura ❤❤



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Quando sai correndo só parei na esquina do café, e não ousei olhar para trás senti meu cabelo molhado e minhas roupas encharcadas caia uma tempestade forte e eu nem havia percebido.

Não me importando com a chuva comecei a andar sem rumo na rua com a visão embaçada pelas águas que batiam ferozmente contra minha face. As pessoas que passavam por mim me tomavam de maluca por estar no meio da chuva.

Percebi que eu estava andando por ruas que eu nunca vi antes, só não sei o motivo pelo qual fui levada a elas se é porque estou desnorteada devido as novas revelações ou porque minha vista estava realmente embaçada. Eu sabia que estava chorando eu sentia, a dor no meu peito era mais forte do que estou acostumada a agüentar, detesto dizer isso mas eu sou sim uma pessoa frágil.

Meus pensamentos não estavam ali naquele momento, estavam em outra dimensão em outro tempo. Quem diria que a maluca Caroline Forbes, que gosta sempre de ter o controle da situação, que vê sempre o lado bom das coisas, estaria derrotada porque descobriu ser uma duplicata de uma garota do anos oitenta.

E como o destino gosta de brincar conosco faz com que eu me apaixone pelo cara que sempre amou o meu EU do passado, isso poderia ser ironia e até mesmo uma boa história engraçada em que ninguém ri.

Entendo completamente como Elena se sentiu, dói profundamente saber que Klaus se aproximou de mim porque viu ali uma oportunidade de ter Violet seu grande amor de volta.

Estava tão perdida em meus pensamentos que nem percebi que a chuva havia cessado, o mundo todo girava a minha volta num redemoinho de emoções, emoções destrutivas.

Parei de andar e olhei onde eu estava, não fazia idéia mas do outro lado da rua tinha uma placa indicando que ali era um ponto de ônibus no momento não me pareceu uma má idéia pegar um ônibus e ir para um lugar sem destino.

Havia uma mulher e uma criança com capas de chuva, a mulher de marrom e a garotinha de rosa ela era tão bonitinha tinhas os olhos verdes e os cabelos cor de mel. Quando parei ao lado delas, minhas roupas ainda pingavam e eu não iria fazer nenhum esforço para me secar, me sentei em um banco que estava com pequenas poças em cima, já estava toda molhada mesmo.

Coloquei as mãos em minha face tampando minha visão, e as lagrimas ainda saiam de meus olhos.

– Moça a senhora não sente frio? – uma voz fina e angelical disse ao meu lado e logo ouvi a mãe a censurando.

– Já estou acostumada em andar molhada – eu respondi do jeito mais simpático que eu consegui, a menininha ignorando as ordens da mãe se aproximou de mim.

– Porque você ta chorando? – ela secou minhas lagrimas e eu sorri.

– Porque me magoaram muito hoje – eu respondi com a voz fraca.

– Não ligue para esses bobos – ela falou sorrindo e me deu um abraço, ela tinha cheiro de rosas, um leve cheiro de rosas. Que era bom.

– Karie, vamos – a mãe da menina disse a puxando e fazendo uma cara feia para mim. Mães.

A mulher nem esperou o ônibus e levou a menina embora, eu não entendi se foi por minha causa ou se ela mudou de idéia. Fico com a primeira opção.

O ônibus no qual eu estava esperando virou a esquina e eu me levantei fazendo sinal para que ele parasse, e enfim eu subi no ônibus.

– Qual o ponto final desse ônibus? – perguntei ao cobrador.

– Para o píer – ele respondeu de mau grado, acho que também me tomou por maluca.

– Nada como relembrar o passado – eu sussurrei irônica e o paguei, ele deve estar me xingando mentalmente até agora porque o dinheiro que lhe dei estava todo molhado e bastava um mínimo puxãozinho para rasga-lo.

Fui andando até o fim do ônibus as pessoas me encaravam com uns olhares do tipo “ Não senta do meu lado, você vai me molhar toda eca!”, enfim me sentei em um dos últimos bancos onde não havia ninguém, o banco se molhou todo e no chão uma poça se formou da água que escorria de meu corpo.

Na parada seguinte quatro pessoas entraram no ônibus e se sentaram nos bancos da frente, só uma mulher já de idade aparentava ter no mínimo 50 anos veio para os fundos, ela estava vindo em minha direção.

– Olá querida – ela deu um sorriso radiante – lembra-se de mim? – ela perguntou ainda em pé ao meu lado e eu a encarei com a testa franzida levemente, olhei cada detalhe de seu rosto um pouco cansado devido a idade, e não conseguia me lembrar de onde.

– Me desculpe mas não.

– É claro nós só trocamos umas duas palavras – ela disse se sentando ao meu lado, corajosa ela de se molhar toda para conversar comigo. – Olhe eu tenho uma coisa que vai ajudar você a se lembrar- ela falou e começo a revirar a bolsa até pegar de lá um papel.

– O que é isso? – eu disse enquanto pegava o papel que ela segurava, não era um papel era uma foto. Era a foto que tiraram de mim e Klaus no parque naquele dia, ela era a senhora simpática, é o passado resolveu me atormentar hoje.

– Eu gostei tanto dessa foto... mas me parece que você precisa mais dela do que eu – ela sorriu e segurou minha mão.

– Creio que ele é a ultima pessoa que quero ver – eu disse bufando de tristeza.

– Já sei o que aconteceu, vocês brigaram? – ela me perguntou irreverente.

– É – apenas respondi, não iria contar detalhes da minha vida a uma estranha.

– Olhe a foto – ela disse e eu olhei a foto – olhe o olhar dele para você... tem encantamento, paixão e amor, creio que você não vai encontrar outra pessoa que mantenha esse mesmo olhar para você! – eu continuei por um instante olhando a foto e quando eu abri a boca para responder ela deu um gritinho baixo.

– Oh, esse é meu ponto – ela disse se levantando – meu nome é Margaret – ela disse se encaminhando para a frente e antes de sair ela falou – Não esqueça do que eu te disse... você não vai encontrar alguém com o mesmo olhar!

E então ela se foi, não consegui ver ela lá fora porque o vidro estava totalmente embaçado, as pessoas de dentro do ônibus me olhavam curiosas devido ao que a velha gritou.

– Que maluca! – eu disse baixo e voltei a olhar a foto, nesse dia estava tudo tão... normal, meu relacionamento com Klaus, um romance escondido que tinha um futuro promissor se tivesse se mantido assim, estava tudo bem e agora tudo desabou.

Enfim o ônibus deu sua ultima parada e eu desci, o restaurante que ficava no píer estava fechado, e uma placa de perigo perto da plataforma indicava que não era para ninguém se aproximar sempre colocavam isso em noites de tempestade.

Fui até o corrimão que ia para a plataforma e fiquei observando o mar, o vento pós chuva batia contra meu rosto secando o pouco de lagrimas que ainda sobravam.

Neste momento a unica coisa que eu podia fazer é chorar, não aguentava as coisas sem isso era como um alivio, afinal com essa verdade que eu descobri quem não choraria?

As lembranças do meu encontro com Klaus retornaram a minha mente mais rápido do que uma bala.

Que tal uma dança?– Klaus me perguntou e se levantou pegando minha mão e me conduzindo ao centro do veleiro.

Você é perfeito!- eu disse, ali foi o primeiro momento que eu me permiti dizer coisas que eu havia escondido até de mim mesma.

– Eu te acho perfeita desde o primeiro momento – ele disse... agora eu sei que aquilo não era de todo verdade, ele me achava perfeita porque eu era a continuação daquilo que para ele havia morrido.

– Eu sei que mexo com você, do mesmo modo que você mexe comigo! – uma das maiores verdades ditas naquela noite.

E então aquele beijo que a tanto tempo eu esperei, o toque doce de seus lábios no meu sentir o gosto que me fascinou e que me fizesse querer ainda mais.

E então quando eu pude fechar meus olhos e apenas sentir o vento contra meu rosto, e o corpo de Klaus atrás de mim segurando meus braços e beijando meu pescoço.

– Você foi a coisa mais real para mim mesmo sendo uma mentira – eu sussurrei ainda de olhos fechados sentindo o vento que parecia ser o mesmo daquela noite – tão real que sinto até seu cheiro....

– Você também foi... – uma voz disse atrás de mim, eu conhecia aquela voz o que me fez ter a segurança de manter os olhos ainda fechados.

– Porque você esta aqui? – eu perguntei já sentindo meus olhos marejarem, ele não deveria estar aqui, eu não estou consigo enfrentar aqueles olhos azuis cor de céu.

– Você sabe que eu não vou te deixar sozinha - sua voz transparecia que ele estava abalado com a situação - por favor... olhe para mim!

– Eu... Eu... - eu gaguejava agora abrindo os olhos - eu não consigo! - abaixei a cabeça olhando para minha mão que estava sobre o corrimão.

– Eu sei que você esta magoada mas... - ele tinha a voz tremula e se aproximou de mim rapidamente me fazendo soltar um suspiro ele me abraçou por trás e pousou sua mão sobre a minha - Eu Te amo!

Eu fechei meus olhos, estava me entregando ao desejo de ter seus beijos novamente para mim. Aquela não era eu, eu não aceitaria perdoa-lo tão facilmente.

Eu Não Vou Perdoa-Lo Facilmente!

– Para! - eu disse me virando para que ele parasse, porem nossos corpos ficaram ainda mais unidos, eu estava encurralada porque seus dois braços me prendiam a ele e atras de mim se encontrava o corrimão.

– Não fuja de seus sentimentos - ele falou ao meu ouvido e beijou meu pescoço.

– Para! - minha voz saiu fraca e até mesmo desejosa, eu estava fraquejando.

– Não fuja - ele falou novamente e pude sentir seus lábios ainda em meus pescoços formarem um sorriso, para ele aquilo era só um joguinho?

– ME SOLTA! - eu o empurrei e consegui faze-lo se afastar o suficiente para que eu saísse dali - EU PRECISO FICAR SOZINHA! EU PRECISO PENSAR E TOMAR DECISÕES ME ENTENDA!

Klaus engoliu a seco e depois de um bom tempo me encarando, assim como eu ele mantinha os olhos marejados e vez ou outra uma lagrima escapava no canto dos olhos.

– Eu te deixo sozinha – ele disse colocando uma mecha de meu cabelo solto atrás da orelha me fazendo um carinho na face, e eu fechei meus olhos para sentir seu toque – mas não se sinta sozinha, porque eu sempre estarei com você!


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Notas finais do capítulo

E ai gente?
A Car deve perdoar o Klaus pelas mentiras? afinal ele ama ela de verdade!
Mandem Reviews, favorite, recomendem e bla bla bla :D
Até o próximo capitulo