Quando enfim eu voltei a realidade pensei em tudo que eu e Klaus havíamos vivido juntos, tudo o que eu senti, tudo o que ele dizia sentir agora pra mim era mentira, porque afinal de contas tudo foi mentira.
Klaus me olhava apreensivo esperando uma resposta, e um pouco distante dele perto da porta de saída estava Marcel e seus olhos brilhavam de felicidade, aquilo me enraiveceu ele estava mesmo feliz por ter destruído boa parte de minha vida?
– Então desde o começo foi mentira... o seu interesse, você... você só me queria porque eu lembrava o seu grande amor? – eu disse em uma voz falhada e um tanto desolada.
– Não Caroline! Não – ele disse com lagrimas silenciosas escorrendo por sua face ele avançou dois passos ao meu encontro e eu levantei a mão para que ele parasse.
– Porque você mentiu?
– Eu queria te proteger meu amor...
– NÃO ME CHAMA DE AMOR! - eu berrei irada – você não queria me proteger, você queria se proteger! Você só não queria sentir aquela dor de quando ela te trocou não é? – eu vociferei e Klaus ficou quieto como se eu tivesse lhe enfiado uma adaga no coração.
– Eu só queria que seu destino não fosse igual o dela... – Klaus retribuiu minha resposta com gritos um pouco mais altos que o meu.
– EU NÃO SOU VIOLET! – eu berrei com raiva - EU SOU CAROLINE FORBES, FILHA DE LIZ FORBES, MORO EM NOVA YORK, EU NÃO IRIA TROCAR VOCÊ POR NINGUEM PORQUE DIFERENTE DE VIOLET EU TE AMO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS! – eu disse a maior verdade da minha vida, eu o amava acima de qualquer coisa, eu passei por cima de minha mãe, meus amigos, meus princípios para ama-lo.
– Eu também te amo! – Klaus disse com lagrimas nos olhos e então ele segurou minha mão e encarou meus olhos azuis – Eu te amo!
– Na verdade você sempre amou Violet, você pensa que eu sou Violet mas olhe ai uma novidade eu não sou! – eu disse encarando seus olhos também azuis e puxando minhas mãos me soltando.
– Fique Calma Caroline! – Marcel disse saindo do lugar de onde estava e vindo ao meu encontro, porque eles estavam tentando me acalmar?
– Você! – eu fui ao encontro de Marcel – aproximou-se de mim por interesse, por uma vingança idiota de um passado distante que eu simplesmente não faço parte! – eu o olhei com ódio e lhe dei um tapa na face com toda a força que eu consegui, deixando uma mancha de minhas mãos, o barulho do tapa ainda ecoava pelo café quando Marcel virou seu rosto novamente para me encarar diferente do que eu pensei sua expressão era serena e calma.
– Você é tão parecida com Violet que fiquei a ponto de me apaixonar – Marcel disse dando um sorriso de canto – só em uma coisa que você é diferente.
– E qual é? – eu perguntei curiosa e irritada ao mesmo tempo.
– Você é leal aos seus sentimentos, não se permite confundir eles! Você realmente ama Klaus, como Violet nunca chegou nem perto de amar!
– Creio que você esteja certo sobre minha lealdade, mas já o resto... – eu disse fazendo pouco caso.
– Eu peço-lhe desculpas – Marcel disse e eu olhei para ele.
– Me conte sua história com Violet – eu disse e ele arregalou os olhos em sentido de surpresa e Klaus que a pouco estava completamente calado veio em minha direção entrando em minha frente.
– Não acho que seja uma boa idéia! – ele disse a Marcel.
– Não cabe a você decidir – eu falei e sai detrás de Klaus.
– Eu lhe conto – Marcel disse e então começou a contar.

“Violet havia acabado de chegar a Nova Orleans, eu a conheci no mesmo dia de sua chegada andava sozinha olhando as vitrines, quando trocamos os primeiros olhares percebemos um no outro um sentimento digamos assim apaixonado.
Mas naquele momento não iria passar disso porque ela mesmo sem saber estava comprometida com Niklaus Mikaelson, o vampiro que ameaçava a vida humana em Nova Orleans, quando vi que Klaus estava na cidade me escondi para que não soubesse de minha presença eu ainda o odiava por ter me separado de Rebekah mesmo não mantendo o mesmo sentimento por ela que eu tinha antes.
O tempo foi passando e pelo que vi o amor de Violet por Klaus foi crescendo cada dia mais, como uma flor que ao passar do tempo vai se abrindo.
Na noite em que Klaus e Violet foram a boate eu vi ali uma oportunidade de me aproximar dela, pelo menos por um momento, quando Klaus saiu de seu lado por um momento eu vi ali uma oportunidade única de conversar com ela e então ela se revelou uma pessoa encantadora que acabou me fazendo quere-la ainda mais, quando Klaus chegou começamos uma discussão horrível a fazendo ficar confusa sobre o porque daquilo, Klaus a arrastou para fora da boate aos gritos marcando um grande escândalo que foi lembrado por muito tempo.
Eu estava realmente apaixonado por Violet e comecei a arquitetar um plano para tira-lo de Nova Orleans, e usaria das minhas melhores e piores armas para isso.
Achei a oportunidade perfeita quando Rebekah me procurou dizendo ainda me amar, mal sabia ela que eu não a amava mais, e então tivemos o plano de chamar Mikael que apareceu quase que imediatamente em Nova Orleans espantando Klaus para longe.
Mil desculpas foram inventadas por seu sumiço, confundindo ainda mais a cabeça de Violet eu não esperei muito tempo para me reaproximar dela.
Ela se mostrou uma pessoa fechada e triste, machucada pela ausência de Klaus haviam feito tantas promessas e tantos planos juntos.
Com o passar do tempo consegui conquistar sua confiança, e aquele sentimentos que haviam em nossos olhares desde o primeiro instante em que nos vimos se aflorou dentro de seu peito até ela finalmente ceder a essa paixão incontrolável.
Eu então a revelei sobre ser um vampiro, ela realmente enlouqueceu com a idéia alegando ser uma história fantasiosa da minha cabeça e para mim parar de brincar desse jeito com ela.
Então lhe mostrei meus poderes e ela ficou abismada, mas em seu olhar tinha um toque de desejo, desejo de poder. Ser poderosa.
Ela aceitou tornar-se uma vampira, um erro que eu cometi e me arrependo até hoje se eu tivesse ficado de boca fechada nada do que aconteceu teria acontecido e ela teria tido uma vida feliz e segura.
Quando a transformei em vampira ela teve uma sede incontrolável, e num dia só massacrou metade da cidade de Nova Orleans ela dizia que se sentia mais forte e poderosa quando se alimentava, e adorava o sabor do medo das vitimas em seus lábios.
Eu disse a ela para parar mas ela nunca me ouvia, apenas continuava com sua matança incontrolável, sua sede insaciável. Eu disse que iria a abandonar caso ela continuasse, iludido pela possibilidade de que ela iria parar pelo amor que sentia por mim.
Me enganei tanto com isso, quando ela soube que Klaus havia retornado ela sumiu, e retornou dias depois agora com uma idéia de vingança na cabeça, se envolveu com lobos que queriam vingança também porque Klaus havia os expulsado de Nova Orleans.
Porem ela não contava que a vingança deles consistia na morte da própria, eles mataram o pai dela em sua frente ignorando os gritos de misericórdia que ela pedia e logo em seguida mataram ela arrancando lhe o coração.
Eu não consegui salva-la e me culpo sempre por isso, nem mesmo me vingar por ela eu pude porque quando cheguei ao local Klaus já os tinha exterminado.

Quando Marcel terminou de contar, eu o olhava com pena eu não deveria estar com pena dele mas eu estava, um amor mal sucedido é sempre digno de pena.
Eles eram um novo triangulo amoroso, onde envolvia-se uma duplicata eram como Stefan, Damon e Elena.
Eu não iria participar disso, como Marcel mesmo disse eu era leal aos meus sentimentos e mesmo querendo nesse momento ignora-los ou até mesmo esquece-los eu sabia que mesmo com a raiva, decepção e magoa que explodia em meu peito eu ainda amava Klaus, e faria tudo por ele.
Cheguei a real conclusão de que Violet era uma vadia dos anos 80 que não sabia se decidir e só manipular e fingir, quando se tornou vampira achou ali uma forma mais forte de se vingar, porque afinal Klaus mentiu sempre, seu pai mentiu sempre, todos sempre mentiram.
Sua sede de poder cresceu tanto que ela não conseguiu controlar, ela queria destruir Klaus e construir um império em Nova Orleans, mais forte do que o de Klaus e seu pai um que os destruiria com um piscar de olhos, porem seu erro foi confiar em seus aparentes “aliados”, coisa que desencadeou sua morte.

– Ela só não queria que mentisse pra ela – eu disse aversiva.

– Caroline me desculpe por mentir eu só...
– Queria me proteger não é? – eu disse irônica a Klaus – amor eu acho que não deu certo!
– Eu amo você mais do que amei qualquer um no mundo – Klaus veio em minha direção segurando meus braços com força para que eu não fugisse, apesar de todas as mentiras eu sabia que o que ele me dizia era a mais pura verdade, ele estava sendo sincero de coração eu via em seu olhar.
– Fica Longe de mim – eu disse olhando para Klaus tentando ser o mais seca e durona possível, eu não iria perdoa-lo tão facilmente, não agora eu precisava pensar, eu disse aquilo fazendo força para não chorar e me soltei dos braços dele.
– Me perdoa! – foi a ultima coisa que ouvi até sair correndo no mesmo instante de lá.