Infame escrita por Apiolho


Capítulo 9
Capítulo 9 - Amie, a covarde.


Notas iniciais do capítulo

Booooooooa tarde. :3

Estou sendo rápida né? Pois é, culpa de vocês. ishjauiheie

Oh my God! Por favor parem o mundo que eu quero descer. Sério que eu recebi uma recomendação? Será que mereço? Foi dificil para mim cair a ficha de que a Class tinha mandado esse presente, o primeiro da fanfic. Uma surpresa maravilhosa que muito me emocionou, as palavras com certeza ficarão em meu coração por muito tempo - reli mais que uma vez. Imagina escrever um livro e um filme? Se for com certeza é por conta de vocês, leitores queridos. Espero não decepcionar de ter me enviado essa linda homenagem.

Agradeço demais a Zabelita, Class, Mari Crolman (no primeiro), karol, AS Kiara Ogden e Puzzle por comentarem desde a postagem do oitavo capítulo. Li todos e com certeza quando tiver tempo responderei com o maior prazer. Até porque novas caras, opiniões e leitores são sempre bem vindos. Com certeza os reviews significam demais para mim.

E, claro, a Mari Crolman por favoritar a minha fic. Como disse anteriormente, saber que novas pessoas estão acompanhando a minha estória é realmente gratificamente. E com certeza eu adorei.



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Capítulo nove

 Amie, a covarde

“Um homem só encontra a mulher ideal quando olhar no seu rosto e ver um anjo e, tendo-a nos braços, ter as tentações que só os demônios provocam.”

(Pablo Neruda)

Acham que fui atrás da “Mole”? Não mesmo. Cada um é responsável pelo que faz e sente, sendo que ela sabe muito bem o que é certo e errado. Só não sei onde estava o diretor para não ter dado fim essa palhaçada antes de mim.

Passei por trás da escola, onde vão para beber, fumar e fazer coisas consideradas erradas e vi algo que me chamou atenção: um casal se brigando. Mas não qualquer um, e sim a Lindsay e o George.

— Eu nem sei quem é esse tal de Nate! — negou.

— Você me traiu com ele e nem sabe o nome? Todos me avisaram que era uma vadia, mas pensava que não tanto. Agora beijar alguém que nem conhece é demais para a minha compreensão.

Eles estão discutindo por minha causa. Fui eu que inventei aquela mentira. E descobri que uma vingança, por menor que seja, não é tão inofensiva assim, no entanto como é a Ross nem me importei demasiado — quero mais é que se ferre na verdade, me julguem.

— Da onde ouviu uma besteira dessas? — questionou.

— Se fosse por você acho que me magoaria menos, mas escutar sobre o ocorrido pela Roxye Honey foi o pior. Tem noção do que é isso? Saber pela esquisita que você anda me colocando chifres, e ainda ter de vê-la rindo e debochando de mim. — desabafou.

Coitado. Essa garota, até eu confesso, é muito over.

— Mas alguém deve ter espalhado! — gritou.

Ficou andando de um lado para o outro enquanto pensava em alguém.

— Penso que foi uma tal de Amisha, América, Amora, Amy. Só sei que o sobrenome é Young. — começou.

Que nomes são esses que ele disse? Como assim não lembra de mim? Isso é inadmissível. Por acaso nem o Joshua ou a Charlotte comentam sobre a minha pessoa?

Ela pareceu me perceber ali perto e me fulminou ardentemente. Será que isso significa que estou ralada, trucidada e aniquilada? Não antes de machucar outra vez o rosto dela pelo menos.

— Amie? — opinou de maneira incerta.

— Essa mesmo! — o tom animado.

Foi em minha direção rapidamente e me pegou pelo braço.

— Fala para ele. — a maneira rude.

— Sobre o quê?

— Que eu não beijei esse tal de Nate.

— Vi alguém parecido contigo ontem com ele, mas o que eu tenho certeza é que fica dando em cima de outras pessoas. Abre bem o olho Jason, porque o corno é sempre o último a saber. Se ela não te traiu é porque ninguém a quis ainda. — comentei.

Soltei-me rapidamente e comecei a me afastar.

— Volta aqui sua mentirosa! — gritou para que eu não escapasse.

— Tem algo que não sei? — questionou para ela.

— Não amor, ela é uma invejosa e está tentando de tudo para que não fiquemos juntos. Vê? Se eu não sentisse nada por ti nem estaria aqui me explicando.

— Pare de ficar inventando desculpas. Está tudo acabado e decidi isso desde do momento que te vi no intervalo com o Joshua.

— O-o quê? — se gaguejou tem algo a esconder.

Atrasei até um pouco os passos para conseguiu escutá-los.

— Claramente estava se atirando nele. Se quer tanto ficar com ele por que não termina comigo? Tem que me usar para se aproximar dele? Ou é tímida ou vagabunda demais, mas pelo que conheço tenho certeza que é a segunda.

— Não me deixe! — usou da tática “lágrimas de crocodilo”.

— Isso nem está mais em questão, namorados não somos mais. Entendeu ou tenho de desenhar? — declarou.

Sinceramente? Nunca gostei tanto de ficar nesse local como hoje.

Aplaudi o que ocorreu em um ato impulsivo por ter adorado ter visto o fora que a Ross ganhou, cominado com o fato de presenciar a sua cara de taxo quando ele se afastou dela sem nem se importar com as lamentações.

— Sou o George, não Jason. — sussurrou em meu ouvido.

— Sabia disso, mas foi para dar o troco por ter me chamado de Amisha. Como pode confundir meu nome com esse? Aqui nem é o Oriente Médio. — rebati.

Riu altamente, fazendo com que eu tentasse acompanha-lo. Tudo em vão, porque mais parecia uma galinha engasgada do que outra coisa. Se fosse parecido com a de um porquinho tudo bem, mas não, tinha de ser uma gargalhada mais horrorosa.

— Oi puta. — disse quando a vi passando por nós.

— Se falar mais alguma coisa te deixo mais feia do que já é!

Quando vi sua face notei que não precisaria nem batê-la para que ficasse ridícula, até porque o rímel estava borrado e escorria por entre sua bochecha já estava fazendo esse trabalho por mim.

— E eu nem preciso fazer algo para isso. — rebati.

— Como assim? — desesperou-se.

— Descubra sozinha. — murmurei com escarnio.

Quando olhei para o lado vi algo que me deixou realmente chocada e demasiadamente irritada. Isso seria pouco para o que estava sentindo dentro de mim, na verdade. Lá estava um dos amigos aproveitadores do Lockwood comendo um dos chocolates que a Molly me deu, e eu tinha a certeza disso por conta do embrulho ser igual aos outros.

— Da onde arranjou isso? — esbravejei.

— Foi o Josh que me deu. — respondeu com calma.

Sem nem se importar deu uma mordida no doce, fazendo com que manchasse um pouco seu rosto com ele. De tanto tempo que deve ter ficado naquela pasta mofada e quente derreteu, o que é um completo desperdício.

— Devolve! — praticamente gritei a pleno pulmões.

Pertencia somente a mim, e ninguém mais.

— Compra um, sua esfomeada. — rebateu.

Vê-lo continuar a devorar aquela comida divina fez crescer uma ira tão enorme que eu simplesmente fui em sua direção e abri a sua boca, fazendo-o cuspir tudo o que ainda se encontrava lá dentro. Ficando aquela coisa preta e gosmenta caída no pátio do colégio.

Aproveitei da distração dele para pegar o resto que tinha e comê-lo ali mesmo.

— Entenda uma coisa garoto que usa canga e fica se pendurando em galhos*: esse chocolate era meu e nenhuma pessoa tem o direito de pegar o que é do outro, se não sofrerá as consequências mais terríveis possíveis. — ameacei.

— Tudo bem. — deu de ombros.

Nem um pedido de desculpas? É isso mesmo?

— Agora come. — apontando para o que tinha cuspido a força na grama.

Olhou para mim e para o local, repetindo esse ato diversas vezes. Sem falar do tanto que abria e fechava os lábios até balbuciar alguma junção de palavras que dava de compreender.

— Está louca por acaso? — devolveu.

— Eu? Nem viu nada então. Mas se não fazer o que eu mando nunca mais terá um dia de sossego, porque eu farei questão de tornar a tua vida e dos teus amigos um inferno.

Abaixou-se para pegar com a mão, mas eu o interrompi.

— Com a boca! — exclamei.

A única plateia que continha ali era a Lindsay, mas acho que era o bastante para deixa-lo constrangido. Nada pior do que ser humilhado na frente de uma ex namorada que o corneou não é verdade?

— Está falando sério? — sussurrou em tom de suplica.

— Mais que isso impossível. — insisti no “pedido”.

Então quando se aproximou do alimento, a expressão em nojo, eu ia deixa-lo comer. Só que ver a Ross com um semblante de vitória, o que para mim é degradante e inadmissível que por minha causa ela tivesse algum momento de felicidade, fez-me ir até ele e levantá-lo antes que cometesse tal loucura.

— Estava brincando. — declarei quando se levantou.

Ver que a vadia ficou emburrada pelo meu ato não tinha preço, era muito melhor do que presenciar a cena dele se lambulanzando com o chocolate mastigado. Mas para não ter feito aquele show em vão apenas o empurrei para que pisasse na gosma antes de eu ir embora.

— Então vai tornar nossa vida um inferno? — gritou.

— Se entrar no meu caminho sim. — devolvi.

Também fiz isso por ser um aproveitador e ficar pegando dinheiro do “amigo”.

E ao olhar ao redor, quando entrei no centro do pátio, notei que nunca ia me arrepender por ter mostrado aquele papel. Tudo por conta do que constatei em relação as quatro da lista de gostosas, que era:

“1 – Lindsay é uma vadia sem coração, cérebro e noção;

2 – Anabelle era uma escandalosa, brigona e super insegura;

3 – Valerie com certeza tinha um pé no funk e é muito vagabunda ao ponto de ficar se engraçando para o Lockwood no banheiro;

4 – Charlotte = uma fresca, perseguidora e puxa saco do Joshua.”

A única que não gostava do de olhos verdes azulados, cabelo preto e corpo atlético era a Stuart. Só que ainda acho que deve ter alguma queda por ele, pois um dia a vi fitando-o constantemente. Só que o que realmente me importava era: ainda não achei uma qualidade nessas “beldades”. E com certeza não estava com a mínima vontade de ficar procurando.

— Te achei! — berrou o Nate.

— Que foi dessa vez? Não estou lendo nenhum livro para ficar contando o final. Então faça o favor de me deixar em paz que eu esqueço que veio falar comigo. — respondi.

— Foi bom para você? — perguntou.

— Nunca fui ótima em adivinhações, por isso seja direto e me diga logo o que deseja. — rolei os olhos no mesmo instante, até porque tinha desistido de tentar fazê-lo se afastar para ir atrás da Charlotte.

— Escrever nas minhas costas e espalhar esses boatos maléficos sobre mim. — explicou.

— Claro que foi, isso é para aprender que ninguém dá spoiler de uma história que estou lendo sem sair impune. — rebati.

— Isso não é certo! — repreendeu-me.

— E o que fez menos ainda.

— Dizer que tenho AIDS foi pior.

Vamos ficar nesse bate e volta o dia todo?

— Deixa de ser preconceituoso, isso é feio sabia? Por ser um soropositivo deveria entender que há maneiras de tratar e não passar para os parceiros, e não é ficar transando sem camisinha. — impliquei.

— Mas eu não tenho. — negou.

— Por acaso já fez o exame para ter certeza?

— Não, porém... — interrompi-o.

— É tão simples não? Apenas faça e prove que não é.

Pareci clarear sua mente ao ponto de abrir a boca em descrença, para depois dar o maior sorriso que podia.

— E quanto ao beijo? — neste instante toda a sua alegria tinha se dissipado com essa constatação.

— Não posso fazer tudo sozinha né? Pense um pouco pelo menos. — finalizei.

Sim, nem eu tinha algo em mente sobre isso. Só que não precisa saber disso não é? Por isso sai rapidamente de perto dele e fui em direção a um local sossegado para lanchar, sentando-me ao encostar na parede. Até porque o pão de queijo e o suco ainda estavam me esperando.

Abrindo o saco notei que a comida se encontrava bem fria e um pouco dura e o liquido quente. Por acaso, algum dia, conseguirei algo descente para pôr no estomago? Pois se continuarem a me azucrinar esse sonho de tornará cada vez mais distante.

— Perdeu! Vai passando o embrulho mocinha. — gritou alguém.

Reconheceria aquele cabelo roxo em qualquer local. Era o Phil.

— Não, esse é meu e...

No entanto ao olhar seu estado não consegui mais balbuciar uma letra sequer. Seu rosto estava todo machucado, estava com hemorragia nasal, assim como a roupa rasgada em algumas partes.

Quem será que fez isso e por quê?

— Toma. — sussurrei.

A lata ficou toda para si ao se posicionar ao meu lado, mas dividiu o alimento. E quanto mais via-o morder um pedaço a curiosidade corroía dentro de mim. Nem fome sentia mais, dando o resto do meu para ele.

— O que ocorreu? — comecei.

— Isso? Foi porque acham que eu coloquei aquela maldita lista no mural, porém quando achar quem realmente espalhou sobre aquilo vai pagar por ter me deixado sem lanche esses dias e por me fazer apanhar. Por que não aparece de uma vez? — suplicou.

O choro dele veio silencioso, para que depois começasse a aumentar ao ponto de soluçar. Às vezes também encostava no rosto por conta da dor e gemia. Se soubessem a verdade era eu que estaria em seu lugar neste instante, com fome, machucada e humilhada.

A vez que eu quebrei meu nariz, que agora não doi mais tanto, parece tão insignificante em comparação ao que ocorreu ao Phil que senti um bolo se formar em minha garganta.

— O sinal bateu. — dei uma desculpa.

— Mas...

O que eu queria era sumir o mais rápido possível e por conta disso corri sem nem saber para onde iria até me sentir ofegante e quase sem forças, fazendo-me entrar no primeiro banheiro feminino que encontrei pelo caminho. Olhava-me no espelho, contudo é como se não me enxergasse ali.

Que farei agora? Enfrentar a todos e sofrer as consequencias ou ficar quieta e ver outra pessoa se tornar culpada em meu lugar? Só que infelizmente sou muito medrosa para por um ponto final nisso.


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Notas finais do capítulo

* - Por ter o mesmo nome do George, o rei da floresta

E ai? Será que ela vai contar? O que Phil fará quando souber? E dirá "sim" a proposta do Joshua quando chegar o momento?

Perceberam algo? O Lockwood não esteve entre nós nesse capítulo, mas foi bastante citado. Até porque essas "gostosas" são apaixonadas por ele. E também porque falou com o "amigo" dele.

O titulo é um oferecimento de: "Coragem, o cão covarde" auiaehjiuah

A imagem não é minha. Desculpem-se se houver algum erro. Quando puder irei respondê-las o mais rapidamente. Quem quiser mandar uma recomendação que nem a maravilhosa da Class com certeza será bem vindo e ficarei mega feliz. E quem dirá dos comentários não é? Seja o que for, podem mandar que significa mesmo para uma autora como eu.

Beijos e até a próxima.



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