Infame escrita por Apiolho


Capítulo 23
Capítulo 23 - Se saio é para causar!


Notas iniciais do capítulo

HELLOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! :3

Tudo bom com vocês? Quanto tempo, não? Agora posso dizer, chegou o natal, porém a postagem de Infame não. Por isso desejo feliz ano novo e boas festas a todos os meus queridos leitores! Não sei adianta informar, mas esse ano foi o pior de todos em relação a compromisso, nunca vi tanta coisa acontecendo junto. Eu nem sequer previa o quão movimentado seria, mas - aleluia! - consegui finalmente publicar.

E é com esse enome mudança na fanfic, em relação a sinopse, capa e nome que eu reinicio meus projetos. Que em 2017 eu termine essa história, por favor!

Quero muito agradecer as maravilhosas Doreen e Aurora por comentarem no capítulo anterior, assim como espero mesmo poder corresponder meus leitores a autora, começando por responder a vocês - merecem mesmo pelo carinho, apoio, de coração!

Agradeço demais também a Aurora, Mayra Collins, Lilith e Banana Elefante por favoritar e a Zoe Moon, Cassiane Prado, Kyle, Thaíssa, American Girl, SouEu e Mayssa Meirelles por acompanharem. Nunca tanta gente resolveu dar crédito a fic e começar a acompanhar a história, por isso fico muito honrada, além de que da uma cor a mais!

Espero que gostem, pois faço para vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/591884/chapter/23

Capítulo vinte e três

Se saio é para causar!

"Em um minuto eu segurava a chave
No outro as paredes estavam fechadas contra mim
E eu descobri, que meus castelos se apoiavam
Sobre pilares de sal e pilares de areia"

(Viva la vida - Coldplay) 

 

Não pretendo citar que o fato de ser bela ou ter um corpo atraente o fazem me intitular de Miss. O simples motivo de estar entre as pessoas que são alvo de boatos, encontrarem meu nome em várias listas que faziam na sala de aula, também no banheiro, não me fez ser aquela popular cercada de homens e mulheres. Nem sequer aquele livro ridículo que li me mostrou o porquê de eu ser tão assediada.

Mirei aquelas quatro garotas ao meu redor, cada uma com a sua característica marcante. E esse foi o motivo de me questionar os requisitos para que entrássemos no “top 5 das mais que transaram do colégio”. Uma era mais alegre, como Valerie parecia ser, a outra mais desbocada e que só quer chamar a atenção, Lindsay, Anabelle é talvez a pessoa que mais se entrega que já conheci e, Charlotte, era sim fofa. Sem contar a aparência, como a altura, cor de cabelo, olhos e corpo.

Só que eu sabia que não estavam aqui para serem analisadas por mim enquanto a porta se fechava atrás de nós.

— Tinha certeza que era baixa, mas agora passou dos limites. — ouvi a tal de Lindsay começar a dizer algo que em nada me abalava, ela simplesmente tentava me humilhar, mas falhava miseravelmente em todas as vezes. E isso, com certeza, foi o que a fez me ajudar no plano.

— Óbvio que seria a primeira a falar, não teria graça para você se não fosse, contudo esse jeito de santa não combina contigo. E eu sou acima da média em altura, se quer saber. — revidei, fitando a todas sem abaixar a cabeça um instante sequer. Nunca servi para ser submissa ou fazer-me de coitada, e esta não seria a primeira vez.

A próxima reação foi de se aproximar de mim, com a mão em formato de punho. Pelos meus vastos conhecimentos em brigas, e não estivesse redondamente enganada, ia receber um tapa ou soco da parte dela. Quem sabe até um puxão de cabelo. Só que antes que se aproximasse vi alguém pará-la.

Em minha mente ainda havia a esperança, por mínima que seja, de que Joshua Deboni estaria impedido a Lindsay de dar o primeiro tapa. Porque assim poderia ter uma chance de não estar magoado por causa das minhas infames palavras.

Olhei para cima, apesar de não querer descobrir a realidade, e notei que o braço que agarrava a mão da outra era fino. No entanto a constatação seguinte serviu para destruir com o mais otimista pensamento: a pessoa estava usando pulseiras com pingentes de coração ao redor. Não, dessa vez não foi ele. Que na realidade estava apenas observando, sem nem sequer me olhar uma única vez.   

— Não posso deixar você fazer o trabalho que devia ser meu. — escutei-a dizer de maneira traiçoeira, empurrando a ex do George. E, digna do filme de terror com o mesmo nome, Anabelle deu-me um forte soco entre a têmpora esquerda e o nariz.

Foi tão rápido que não teve nem tempo de me defender e doído demais para não dar um gemido. Quem sabe desta maneira poderia pagar o mal que fiz ao Phil e Josh? Porém ao observar o agora colega, que ficou comigo no intervalo por causa de uma chantagem, fitando-me com decepção, fez-me baixar a guarda. Tanto por finalmente ter prestado atenção e mim quanto por captar que não poderia mais resgatar a nossa antiga relação.

— Mas isso não significa que tem de fazer tudo sozinha. — propôs Ross, recebendo uma confirmação por parte da namorada, ou não mais, do Jordan. As duas sorriam enquanto se aproximavam.

O próximo soco foi em minha barriga, depois no braço. Charlotte tremia ao ver a cena, pouco sabendo o que fazer. A incompreensão, da minha parte, por não saber o motivo de não revidar também era evidente, mas talvez o garoto que me mirava com tanto rancor tinha a resposta. Dessa vez eu tinha a certeza que não moveria um musculo para me acudir, tanto que quando senti alguém se pôr a minha frente apenas fechei os olhos.

Esperava por outro tapa. Três contra um é injusto? E o que eu fiz vale essa punição? Responderia que sim para as duas perguntas, sendo tão fraca quanto nunca me senti antes. Totalmente tola, todavia no próximo movimento não ia ficar parada.

— Acham certo o que estão fazendo? Não poderei deixar, principalmente se for pela lista. — essa voz apenas fora ouvida tão de perto quando eu estava no banheiro masculino, naquele dia em que culminou em toda essa confusão. Sendo que neste momento o tom era irritado, e não apaixonado. Mais precisamente de Valerie.

— Ela roubou o Jordan de mim! — exclamou a Belle. E, de longe, parecia mesmo ser verdade.

— E você? — com a segurança de que não apanharia abri os olhos, confesso que com certa dificuldade por conta dos machucados, e vi que apontava para a fofoqueira que me ajudou.

— Porque quis. Não é o suficiente? — respondeu de maneira desbocada ao me fitar com uma satisfação que nunca tinha visto antes em sua expressão.

— Então que tal fazerem uma trégua? Pelo menos por enquanto, até porque todas nós fomos vítima daquela brincadeira feita pelos garotos. — propôs, sorrindo, não para nós, mas sim para alguém atrás dela. E eu sabia muito bem quem era.

— Concordo, porém só se a Amie me dar um abraço. — disse, abrindo os braços para que eu a obedecesse. Sua faceta demonstrava completamente o contrário de sua fala. Por isso, com toda a certeza, não me mexi. — Vem cá! — incentivou, todavia com a minha inercia tomou a iniciativa.

Vi-a continuar a caminhar, pronta para começar a segunda rodada. Sentia-me em um ringue enquanto se aproximava de maneira lenta, luvas de boxe nas mãos, tanto que desempenhei o gesto costumeiro antes de uma luta. Só que digna de um juiz a Val se pôs entre mim e ela, tendo como resposta um empurrão que causou sua queda.

 Neste instante tudo girou em câmera lenta, as engrenagens do cérebro começaram a trabalhar e fiquei de queixo caído. Possivelmente o aperto “carinhoso” que recebi de Lindsay tenha contribuído para isso, contudo o que mais me espantou foi ver o Joshua estendendo a mão para a Howers e a ajudando a levantar. Depois o que se sucedeu foi uma demorada troca de olhares.

O que eu perdi?

— Está tudo bem? — perguntou com gentileza. Escutar se dirigir desta maneira a outra pessoa, sabendo que nunca se comportaria desta forma para comigo, era cruel. Todavia em comparação comigo, a rainha infame, parecia um anjo.

— Sim, foi apenas um arranhão. — a timidez era evidente entre os dois. O clima de romance que os rodeava também.

Eu não queria atrapalhar, nem poderia. Apenas fomos “amigos”, nada mais que isso. “Repita essa frase várias vezes Amie, aceite, absorva e faça o seu melhor: retribua com indiferença” Mas por que isso está acontecendo minutos depois de se declarar para mim?

— Que cena mais linda, será que estou atrapalhando o casalzinho aí? — não fui eu que soltei, todavia depois de ver a primeira do top 5 atrapalhar a conversa comecei a achar que tive uma culpa nisso. Talvez estaria perdendo o posto de imperadora do mal para ela? É claro que essa resposta eu já tinha desde que deixei o Deboni entrar em meu mundo.

— Eu não vou aguentar ficar mais um tempo aqui, nem que seja alguns segundos ao seu lado, preciso leva-las para a enfermaria. — minha mente não parava de decifrar o porquê dele ter falado no plural, disparando teorias descabidas. Sabia que não era de mim estava falando, tinha quase certeza. Abaixei a cabeça ao ter conhecimento disso, preparando-me para o que viria a seguir quando abrisse aquele objeto de madeira que dava acesso a sala.

Porém nada me prevenia para a sensação de suas quentes e grandes mãos rodeando as minhas, seu olhar fitando o meu e aquele sorriso acalentador direcionado para mim. Como se estivesse me mostrando que tudo estaria bem. E esse simples gesto lembrou-me que nossa relação quase nunca foi apenas construída em meio a conversas, mas também de pele, olhares transmitindo tantas intenções, beijos e, devo declarar, demasiado carinho.

— Obrigada por tudo. — as duas últimas palavras foram sussurradas, quase não sendo ouvidas até por mim. Engoli em seco, mal pensando qual discurso farei em minha defesa para o diretor e a todos. Muito menos quando ele me fitava tão intensamente, como se quisesse fugir comigo para longe e apagar esse dia ne nossas memórias.

— Nunca deixaria uma dama desamparada, porém quando passarmos por aquela porta farei o que mandou. — em sua face refletia o meu sentimento, eu não queria isso no fundo de minha alma, todavia sabia que a partir de agora continuarmos “amigos” cabia a duas pessoas, eu e Josh, nunca somente a mim.

Não, eu vim aqui para te dizer adeus. Porque a partir de agora você não vai precisar mais andar comigo ou lanchar, já que fui, Amie Young, que coloquei a lista das mais gostosas naquele mural. Desde que eu pronunciei essa frase tinha a certeza de que voltar atrás seria enganá-lo. Principalmente feri-lo ao acompanha-lo, mesmo sabendo que nunca o corresponderia seus sentimentos.

— Então fique, por nós! — sim, eu disse com todas as letras. Comportando-me como uma garota indefesa, digna de pena. No segundo seguinte me arrependi, no entanto Deboni fez o favor de destruir todas as chances de ter meu pedido aceito.

— Sinto muito. — respondeu-me, voltando seu rosto em direção a garota ao seu lado. Que parecia cansada, todavia sorria ao receber a atenção devida por parte do amado.

E eu só poderia ter me esquecido mesmo delas para ter falado aquilo!

Segurei sua mão o mais firme possível, demonstrando em apenas um gesto o que se passava pela minha mente. E ele com certeza tinha me decifrado, apesar de não ser o bastante. Caminhamos bem devagar para a frente da porta, sendo que Joshua teve de abri-la por eu não conseguir nem girar a maçaneta.

Respirei e inspirei antes de dar um passo rumo ao caos.

Nervosismo, tremedeira e arrependimento deixei para trás com a claridade que queimou minha íris. O sinal pareceu me recordar quem eu realmente era, alguém que não simbolizava apenas um rosto bonito. Muito menos um ser indefeso.

Se tenho de sair é para causar!

— Desculpa atrapalhar o possível comentário infame de sua parte, mas precisamos ter uma conversa e tanto no meu gabinete. — comentou antes mesmo de eu abrir a boca, deixando-me segura o bastante para levantar a cabeça e ver a enorme multidão que se encontrava na frente da entrada.

— Vejo que me conhece muito bem diretor. — revidei, dando uma piscadela em sua direção.

Não tinha certeza que experimentar o calor que o toque de Joshua me proporcionava faria tanta falta quanto agora, no instante em que suas mãos se afastaram da minha. Era o nosso fim.

“Que seja feliz.” — Amie.

Foi o que enviei para o Deboni, decretando também o encerramento de tudo o que vivemos e a minha mudança. Porém quer saber? Igualmente estava com saudades daquela Amie que amedrontava, pisava em cima dos outros e ria de tudo isso enquanto tomava um maravilhoso suco com salgadinho velho sozinha.

— Por acaso ouviu o que disse? — questionou o chefão dessa instituição.

— E desde quando eu presto atenção em algo vindo de ti? — provoquei ao colocar a mão na cintura e levantar uma das sobrancelhas, tendo como reação a expressão mais irritada que já vi da parte dele.

Se eu ouvi aquilo grito costumeiro nessas horas? Não, nem sequer a nova música de quando alguém dá patada na outra. Eu deveria era ter levado os meus óculos de sol comigo, apesar de ser estranho usar em um ambiente fechado, caberia colocar no momento.

— Lembrarei muito bem dessas palavras quando estivermos na sala.  — e essa foi a última frase ouvida antes de me puxar pelo braço, praticamente me arrastando por conta da minha rebeldia em tentar parar seu ato ao segurar todo o meu peso nos pés.

Olhei para o lado e estavam ao lado do corredor. Sendo que se antes era para admirar meus passos, agora suas faces transmitiam a zombaria. E foi está a última que vi a presença do meu ex amigo do intervalo, principalmente Phil, que fitou-me com extrema decepção.

E realmente cumpriu o que prometeu ao me dar três dias de suspensão por ter invadido aquele lugar, porém bem sabia que não era apenas por esse motivo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram da nova capa, sinopse, título e dos personagens da fic? O que acharam do encontro das gurias do ranking? Louco né? A Amie vai sair mesmo para causar, aguardem. ♥

A imagem não é minha. E se tiver algum erro podem me avisar.

Quem deseja comentar? Sério, muuuuuito me faz feliz receber review dos meus leitores. E alguém quer recomendar que nem os maravilhosos da Melodia Enlouquecida, Nuvem e Maze Queen e me darem outro presente belissimo. As autoras que vos escreve com certeza ficaram mega contentes se ocorrer! Por favor.

Obrigada e até a próxima.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Infame" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.