Infame escrita por Apiolho


Capítulo 20
Capítulo 20 - A miss e seu medroso capacho


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! *-*

Como estão? Feliz natal atrasado, assim como um novo ano cheio de paz, amor, felicidade. Que quem estiver com o seu amor que tudo melhore e perdure, para quem não tiver que encontre ou que continue feliz sozinho - porque nem sempre precisamos de um para o ser. Que tudo de certo ocorra com a vida pessoal, na família, estudo, trabalho. Quem quiser contar-me como passou a quinta e sexta posso dizer que não fizeram piadinha, muito menos as tias perguntaram do namorado que eu não tenho.

Agradeço a karol por comentar no anterior. Muito me anima e significa para mim. Muito obrigada também a Lu Gobbo por favoritar e Joker por acompanhar. Adorei saber que dão crédito a minha fic.

Espero que gostem!.



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Capítulo vinte

A miss e seu medroso capacho

“O luto é destinado aos que amam amar. Vinga-se a pessoa que odeia amar, odeia continuar amando. É o encontro do mais extremo ódio com o mais extremo amor. A união de dois terrorismos.”

(Fabrício Carpinejar)

— Agora me diz: o que tinha na cabeça para ficar me ignorando? Além de ter um amendoim no lugar do cérebro, claro. — em um tom de ordem.

— Sabia que estava muito bom para ser verdade. — disse ao parar de comer o salgadinho no mesmo instante.

Sim, eu tinha ganhado os dez da Anabelle pela aposta.

— Você está se alimentando da minha comida, bebendo do meu suco, usando meus ombros para tentar tirar um cochilo, sendo que fui eu que te arranquei das garras daqueles interesseiros, e ainda fica reclamando? — já estava ficando irritada.

Amy, primeiro prometa-me que não vai ficar braba ou distribuir socos por ai. — iniciou dessa maneira é porque tem algo.

E ainda teve a audácia de usar aquele apelido?

— Não faço acordos. — será que só abro a boca para estragar tudo?

— Mas e-

— Desembucha logo! — então o que me restou foi causar medo.

— A Lindsay descobriu que nós lanchávamos juntos, me pressionou para saber o motivo, e contou para os meus amigos. — tão rápido me fofocou, como um cão obediente.

— É um covarde mesmo. Mas o que disse a ela? — a curiosidade me consumiu.

— Eu menti. — confessou.

— Pelo jeito foi besteira. — conclui.

Olhava-o firmemente, sem desviar um momento, percebendo que sua insegurança o fazia fitar algo que eu sabia que era apenas a árvore. Tanto que nem um casal estava ali, assim como ninguém estava fumando.

— Disse que estava contigo, pois não queria ficar sozinha no intervalo. Que na verdade era uma pessoa carente. — verbalizou tão baixo, de forma assustada, tanto que eu quase não ouvi.

No entanto ansiava era por ser surda nesse momento.

— Fala-me que isso é um pesadelo e eu não fui burra o bastante para ter dito que era sua amiga. Na verdade ainda estou em minha cama, enrolada em um cobertor quente, enquanto espero inconscientemente o despertador tocar. — pedi a mim mesma.

— Se eu pudesse teria falado outra coisa. Por isso sinto muito. — o tom arrependido.

— Como o quê? Que transava comigo atrás da escola? — questionei de forma abismada.

— Até que é uma boa ideia. — concordou com um sorriso presunçoso.

Sério?

— Se continuar a falar vai ficar com outro olho roxo! — exclamei.

— Mas você já está mal falada mesmo. Um boato a mais em nada mudaria. Não é? — propôs.

— Só que esse assunto foi esquecido, se botar mais lenha na fogueira vai demorar mais para apaga-la com água. — estar menos irada que nesse momento é impossível.

— Se estiver mais pessoas ajudando desaparecerá mais fácil. — respondeu-me.

Até comecei a comer por conta do desgosto.

— Não quando apenas eu sei que é mentira. — disse em um muxoxo.

Isso fez com o que Joshua me enlaçasse com afinco e apoiasse minha cabeça em seu peito. Portanto conseguia escutar claramente seu coração bater fortemente, assim como sentir sua respiração acelerada e o cheiro bom do seu perfume.

— Você tem a mim. — declarou depois de um tempo.

Palavras que pareciam sinceras.

— O que será da minha vida agora? Tendo apenas um medroso para me proteger? — respondi ao fita-lo, colocando a mão em minha testa e dando um sorriso fraco em sua direção.

— Está menos arisca sabia? Até me deixou continuar a abraça-la. — constatou.

Grande erro me fazer perceber, pois no momento seguinte o desgrudei de mim a força. Fazendo-o cair naquela terra e sujar a roupa. Mas sabe o que o idiota fez? Apenas tirou a blusa e ficou mostrando seus músculos de maneira espalhafatosa.

— Coloque a camisa de volta! — mandei.

— Está ficando excitada Amie? — disse ao me rodear.

Seu ato foi pegar minhas mãos e as colocar acima da minha cabeça, prendendo-me entre ele e a parede. Aquela cena tinha se repetido algumas vezes desde que nos trombamos no banheiro masculino, porém nunca o tinha visto lançar um olhar tão malicioso quanto dessa vez.

— Sinto sua respiração acelerada. — sussurrou em meu ouvido. — e sua pele se arrepiar quando me aproximo. — beijou meu pescoço com leveza antes de continuar. — se eu pudesse, se deixasse, poderia sim passar de apenas boatos e fazer amor contigo agora mesmo. — o tom tão rouco que me fez ficar confusa por um tempo.

Amor? Conta outra! — falei ao fita-lo com a maior seriedade possível.

Talvez estivesse tremendo um pouco, mas nada tão indiscreto.

— Sim, quando dou um beijo no seu rosto com delicadeza, as respirações se chocando, enquanto nossos corpos se unem em meio a um intenso selo. Tudo isso é mais que paixão, não? — cada palavra foi dita sem desviar seus olhos do meu.

— Mas não é esse o caso Joshua! — respondi-o.

Ele pareceu despertar de algo, o que me fez notar que sua pupila não estava mais tão dilatada quando me mirou novamente. Em seus traços a única coisa que restou foi uma tristeza profunda.

— Tem razão. Desculpe-me. — murmurou.

Já estava se afastando sem nem sequer ouvir o que tinha a dizer, porém em uma reação inesperada da minha parte peguei-o pelo braço até que chegasse a centímetros de mim.

— Está escondendo algo. — conclui.

— Não, você já sabe. — disse.

— O quê? — quis saber.

— Só não deu a devida importância. — deu uma pista.

— Quando foi que me contou? — quis saber.

— Pense, e quando souber a resposta talvez dê um voto de confiança e segredo-lhe o que ocorreu. — declarou ao soltar-se do meu fraco aperto de sair em direção ao pátio.

Eu fiquei inerte que nem uma tola, no entanto, felizmente, o meu celular interrompeu o meu momento em que fico sem palavras – o que antes era raro, porém agora parecia acontecer frequentemente.

“Traga-me o lanche serva!” – Emo.

Se não estivesse fazendo tão mal a ele já teria o abandonando há dias. Só que no instante seguinte já estava correndo até o nosso canto, para depois dar um dos pacotes de salgado e a garrafa com suco – que inesperadamente estava gelado ainda.

— Quase não te vi no meio desse matagal. — brinquei com a sua nova cor de cabelo.

Antes roxo, depois verde.

— E eu por acaso a fiz perder um cliente para me humilhar assim? — fingiu-se de chateado, contudo fui eu a ofendida.

— Não, é porque agora não poderei te chamar de cabeça de berinjela. — fui sincera dessa vez.

— Pelo menos alguma coisa não mudou por aqui, já que você ainda é uma baita de uma puta. — como se tivesse jogado ácido na minha cara.

— Se continuar considere-se sem café! — esbravejei.

— E tem? Só estou vendo um liquido feito com corante amarelo e um chips que eu odeio. — satirizou.

Neste instante sentei do seu lado e o empurrei com força moderada.

— Cospe, cospe no prato que comeu. — revidei.

— Querida, nem se fosse de graça eu transaria com alguém como você. — ironizou, imitando uma voz feminina.

— Você acredita mesmo que eu sou prostituta? — realmente estava curiosa para saber a sua opinião.

— Não, apenas dou o troco por ficar me chamando de emo, punk ou gótico, sendo que na verdade eu sou apenas um gay que gosta de pintar o cabelo e as unhas. — confessou.

— Falando nisso, tenho de trocar seu nome de contato. — comentei.

— Minhas preces foram atendidas! — disse ao levantar os braços.

— Vou colocar “tomate gay”. — expliquei.

— Deixe como está então! — implorou.

Neste instante já estávamos embaixo da passarela, onde tinha sombra, encostados na parede e comendo da maneira mais esfomeada possível. Porque depois do que passei com o Joshua nem tive tempo de saborear o meu lanche.

— Tudo bem. — decidi por fim.

— Obrigado. — como se eu tivesse o salvado.

— De nada. — fui simples, até porque estava ocupada com aquele salgado maravilhoso.

Quando meu celular tocou e eu vi que era uma mensagem de um número desconhecido tratei de esconder do Phil, até porque sabia muito bem que estaria me espionando.

“Se não fizer o que quero amanhã todos saberão que quem colocou a lista foi você. E não me subestime!” – Estranho.

Estava em dúvida. Muito.

“Isso é mentira!” – Amie.

Tentei a todo o custo que a pessoa desistisse daquilo.

“Quem manda não fechar a boca? Agora sofrerá as consequências.” – Estranho.

Será Charlotte? Lindsay? Roxye? Anabelle? Jordan? Nate?

Tantas pessoas que desejavam meu mal que nem tinha certeza.

“O que quer?” – Amie.

Confesso que sou mesmo uma linguaruda.

“Encontre-me hoje, às 16h, em frente ao cinema do shopping. Se não vir já sabe.” – Estranho.

Estou ferrada!

Não, não se eu puder impedir.


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Notas finais do capítulo

E ai? Quem acham que é? Qual a opinião sobre a conversa entre Joshua e a Amie? O que acharam do Phil ter pintado o cabelo? Quero muito saber o que pensam da minha fic e esse capítulo.

Nada contra gays, prostitutas ou medrosos. Até porque o início - vulgo caput - do artigo 5° da constituição fala por si só e por mim!

A imagem não é minha. E se tiver algum erro podem me avisar.

Quem deseja comentar? Sério, muuuuuito me faz feliz receber review dos meus leitores. E alguém quer recomendar que nem os maravilhosos da Melodia Enlouquecida, Nuvem e Maze Queen e me darem outro presente belissimo antes do ano novo ou fazer meu dia no começo de 2016? As autoras que vos escreve com certeza ficaram mega contentes se ocorrer! Por favor.

Obrigada e até a próxima.