Infame escrita por Apiolho


Capítulo 19
Capítulo 19 - Uma Miss incomoda muita gente


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores,

Como estão?

Estava com tantas saudades. Ainda mais a minha felicidade foi tão grande ao entrar na página e notar que tinha uma recomendação para essa história. Não tem noção do quanto eu fiquei emocionada e grata, tudo por causa do Nuvem. Espero que não tenha demorado tanto, mas queria muito agradecer em forma de postagem. Muito emocionantes suas palavras, de coração.

Quero agradecer a Gaby Uchiha, karol, jemystarkxD por comentarem no anterior. Significa muito para mim, deixa-me mega contente.

Muito obrigada a Unicórnia Nada Mágica por favoritar e Queen B por acompanhar. Adorei demais por saber que mais pessoas estão dando crédito a minha história, mesmo.

Espero que gostem do que planejei para esse capítulo, pois faço para vocês.



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Capítulo dezenove

Uma Miss incomoda muita gente 

“De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.”

(Vinícius de Moraes)

 

No outro dia ao acordar adivinha quem eu vejo?

Ninguém menos que Charlotte Florewce.

— Filha, por que não contou que tinha uma amiga tão fofa? Quem sabe agora você aprende a ter modos de garota, não é? — comentou minha mãe.

— Quis dizer dissimulada? — retruquei ao fulminar a ruiva.

— Não fale assim dela. — reprovando a minha atitude.

A admiradora do Joshua nem sequer percebeu que eu estava a matando com os olhos, ou se notou fingiu bem, já que estava bebericando de um chá – que eu nem havia conhecimento que tinha em casa – e comendo com lerdeza o bolo que estava na mesa.

O de chocolate ainda.

— É meu. — esbravejei, pegando o pedaço antes que colocasse na boca.

Só que minha mãe atrapalhou o meu café ao pegar pelo meu braço e me obrigar a soltar o delicioso alimento.

— Foi assim que eu te ensinei a tratar uma visita? — dessa vez estava realmente braba.

— Só que para mim é uma intrusa. Eu nem sequer a convidei a vir e muito menos sei como descobriu meu endereço. — respondi de imediato.

— Roxye Honey fez o favor de contar para todo mundo onde morava. — explicou a intrometida da Charlotte.

— Irei matá-la! — declarei aos quatro ventos.

— É proibido, o padre acabou de dizer ontem sobre o quinto mandamento e você fala que vai assassinar alguém? — deu sermão.

— Para começo de conversa eu não escuto alguém que fica se consultando com vidente, taróloga, pai de santo e espiritas quase todo o dia, ok? — fui sincera.

— Mas você se confessou ontem e já quer colecionar mais pecados? — reinou.

Fiquei em silêncio, pensando se conto ou não que fui para o carro sem nem papear com o padre. E quando ia começar a contar uma fofoca quente o gnomo me atrapalhou.

— Essa cobertura está muito boa Dona Maysa. — elogiou a falsa.

— Por que ainda não saiu? Pensei que já estivesse na escola a essa hora.

— Não é assim que deve lidar com uma amiga. — defendeu-a novamente.

— Mãe, escute, ela nem colega minha é! — gritei.

Depois desse escândalo simplesmente peguei um pouco de bolo e fui em direção a saída. Nem sequer escovei os dentes, pois já estava mais que irritada com o que estava ocorrendo na cozinha.

— Espere-me, irei para a escola com você. — protestou.

— O que você está fazendo? — quis saber enquanto subia no ônibus com ela em meu encalço.

— Quero que me peça perdão. — insistiu no assunto.

Neste momento vi a Anabelle com o Jordan, sentados lado a lado. Ao me notar o meu ex pretendente deu um aceno e sorriu em minha direção, fazendo a outra fechar a cara. Já eu pisquei na direção do seu namorado para irritá-la.

— Está me ouvindo? — continuou o chaveiro de bolso.

— Não tem nada com o que me faça pedir desculpas. — retruquei.

— Se não o fizer a visitarei todos os dias. Sua mãe me adorou, sabia? — informou.

— Você é tão falsa e maligna. Pode até ter baixado o nível, mas eu posso fazer bem pior. — ameacei.

Só de imaginar o Joshua e ela me perseguindo fico enjoada.

— E o que dizer da lis-

— É o nosso ponto. — gritou a Stuart para nós.

Quem diria, salva pela ciumenta.

— Você não vai fugir. — falou a Charlotte ao me pegar pelo braço.

Não sei como ela me alcançou com essas pernas tão pequenas.

— Olá Nate. — menti ao acenar.

— Oi meu amor. — a expressão fofa ao olhar para trás após me largar.

Já eu tive a oportunidade perfeita para me afastar antes que percebesse que era mentira. Eu tinha de arranjar uma maneira de me vingar e fazê-la nunca mais querer chegar perto de mim, mas como?

“Lindsay me contou que acordou. É verdade?” — Joshua.

Acabei por rir ao descobrir a maneira perfeita de como fazer com que o namoro daquela ruiva mais falsa que nota de três reais e do contador de finais de histórias ficar por um fio.

— Não acredito que me manda uma mensagem para saber se sai do coma. E se eu deixasse de responder? Seria mais fácil se fosse confirmar com o hospital. — disse ao vê-lo quando cheguei na sala, estando apenas ele no local.

— É que eu pensei que fosse uma desculpa dela para falar comigo. — explicou.

— Tem como emprestar seu caderno? É que eu preciso saber qual matéria foi passada no dia em que estava desacordada. — pedi.

Matei dois coelhos com uma cajadada só.

— Sorte sua que eu prestei atenção na aula. Ainda mais que não teve você na classe para me incomodar. — brincou.

Fiquei surpresa ao perceber algo.

— Sentiu minha falta. — foi uma confirmação.

Ele se aproximou de mim e pegou-me pela mão. Quando levantei rapidamente enlaçou-me, encostando minha cabeça em seu peito, no entanto não reagi por conta do susto.

— Por que não me abraça? — sussurrou em meu ouvido.

Nem negou ou confirmou o que constatei anteriormente.

Como dizia minha mãe: “quem cala consente”.

— Se alguém nos flagra vão interpretar errado novamente. — dei um sermão.

— O que tem de ruim nesse gesto quando é apenas para comemorar a sua volta? Eu fiquei realmente preocupado. — confessou.

— Sei que sim, ainda mais quando ficou brigando com outro pela escola! — esbravejei ao levantar o rosto e fita-lo intensamente, em momento algum desviei meus olhos dos seus.

— É que eu não gostei que ele tenha te beijado a força Amie. Não poderia ter feito isso, não tinha o direito. Mesmo que tenha apanhado meu punho ainda está comichando para bater com força nele. — parecia realmente irritado.

Prestei atenção em seus atos, vendo que tinha um corte na bochecha e o olho inchado passei a mão no local com delicadeza e sorri fraco em sua direção.

— Obrigada. — não sei o porquê do agradecimento sair de minha boca tão facilmente, todavia senti que tinha de fazê-lo.

Na verdade era como se não fosse o suficiente.

— Considere como uma troca por ter te tratado tão mal naquele dia apenas por achar que estava apaixonada pelo Jordan, quando não é a verdade. — declarou.

— Sim, pois não tem como eu gostar daquele stalker covarde. — concordei.

Apesar de suas palavras o sentimento de que eu tinha de fazer algo por ele, já que tinha dado em meu lugar o soco que o James merecia, tanto que eu tinha saído daquele velório com uma vontade de imensa de voltar e dar mais uns tapas nele.

— Eu fiquei com raiva de você e dele. Por imaginar que estava amando uma pessoa que se transferiu quando foi apenas rejeitado, deixando-a para os leões sem nem te defender. — tentou esclarecer o seu ataque naquele dia.

— Joshua, você não sabe pelo que eu passei por conta disso, mas para mim é passado. — informei.

— Não é, pois se fosse não tentaria fugir dele e tentar a todo o custo afastá-lo. Só que quando ele for se aproximar enquanto eu estiver ao seu lado não hesitarei em cumprir minha promessa.

Não te quero perto dela ouviu? Por tua culpa foi excluída pelos colegas, todos a odiaram por causa de uma pessoa como você. Se te ver com ela de novo isso não será apenas um aviso verbal, mas sim físico!”

— Mas pelo menos eu posso provocar a Anabelle? — pedi.

— Quem é ela? A boneca assassina? — quis saber aos risos.

— Namorada do Jordan. Ela sente muito ciúmes só por me ver no mesmo ambiente que os dois que parece mesmo ser a do filme. — entrei na sua brincadeira.

O silêncio se tornou presente entre nós.

— Tem alguma foto dela? — parecia realmente curioso.

— Por quê? Por acaso está interessado nela? — abri a minha boca para escancarar o meu pensamento de que ele realmente tinha alguém de quem talvez gostasse.

— Não, é para saber que não precisarei agredir aquela idiota quando te ver com ele e a guria. — explicou.

Por isso mesmo eu peguei o celular e mostrei a página dela, notando que o seu sorriso ficou murcho na hora. Ele não parava de olhar para as fotos enquanto mostrava uma expressão perplexa.

— Que foi? — quis saber.

— Nada, é que acho que a conheço de algum lugar. — hesitando no começo.

Muito esquisito.

— Já que está tudo resolvido, será que poderia me dar o caderno? — relembrei.

Ao me dar e tentar revisar notei que uma pessoa entrava na sala, sendo um garoto magro, com os olhos escondidos pelos óculos, o rosto continha algumas espinhas.

— Amie, quero falar contigo. — iniciou a conversa.

— Desembucha. — incentivei-o da minha maneira.

— Vamos para fora da sala? — disse.

— Tudo bem. — concordei com dificuldade.

Quando estávamos passando pela porta vi uma garota entrar na sala, era nada menos que Lindsay Ross. O que eu não sabia era o porquê, contudo antes que fosse lá interroga-la a pessoa que estava ao meu lado me puxou para perto do bebedouro.

— Eu... é que... — se enrolava mais do que se fosse gago.

— Se você não falar eu irei voltar para a classe! — dei um ultimato.

— Te amo. — disse tão rápido que quase não entendi.

— E o que tem? — fui o mais indiferente possível.

— Quero sair contigo. — despejou o resto sem animação.

— Nem te conheço, mas vejo que não vamos ter muito o que conversar. Adeus. — despedi-me e voltei para onde me encontrava, mesmo que ele tenha tentado me parar.

Ao pisar no local vi os dois rindo de uma forma que nunca tinha observado antes, como se fossem amigos há anos.

— O que está fazendo aqui? — gritei para a falsa loira.

— Eu estudo nessa escola, não sabia? — satirizou a situação.

— Bem sei q-

— Ela veio pedir desculpa. — cortou-me o Josh.

— E acreditou nela? Essa aí só quer uma oportunidade para dar em cima de ti. — intervi.

— Tudo bem. Você já estava de saída, não é? — disse ao olhar para a ex do seu “amigo”.

— Até depois. E você vai se ver comigo. — despediu-se ao dar um beijo perto da boca dele.

Senti um nojo só por ter presenciado essa cena ridícula.

— Nem vou falar nada. — comentei.

Neste momento eu sentei-me na carteira e o olhei.

— Muito menos estou aqui para aturar cena de ciúmes. — queixou-se, mas com um tom de superioridade, com um ego maior do que previa.

— Eu nunc-

Sim, as pessoas começaram a vir e eu tive de parar.

Devolvi o bloco para que ele anotasse o que o professor ia falar, pedindo para que me emprestasse no final da aula. Quando a parte de ciências e física passou o intervalo felizmente chegou.

Estava já preparada para dar o lanche ao Lockwood, no entanto percebi que havia sumido. Logo passei em direção ao pátio e vê-lo com as pessoas que tinham sua “amizade”.

“O que aconteceu?” — Amie.

Observava-o de longe apenas.

“Não preciso mais de você, eu tenho a eles!” — Joshua.

Percebi que me olhava, tentando me mostrar algo que em nada condizia com sua mensagem grosseira. Portanto eu levantei a cabeça e fui na direção deles sem nem sequer fitar os outros rapazes, apenas o cutuquei.

— Josh, vem comigo. — ordenei.

— Não está vendo que já tenho companhia? — disse sem vontade.

— Para que vai querer ficar contigo quando tem a nós? Ainda mais alguém que nem sequer sabe o que é educação, brigando até com os professo-

— Cala a sua maldita boca! — exclamei, dando um tapa nele em seguida.

— Viu? Só tem um rosto bonito mesmo. — desobedeceu-me.

— E você que fica com ele só por causa de dinheiro? Tenho certeza que nunca perguntaram como está ou realmente se divertiram sem querer algo em troca. O que vocês fazem com ele é imundo. — desabafei.

— Amie... — começou o de olhos azuis esverdeados.

— Eu que sou amiga dele, não vocês. Então se me derem licença eu vou lanchar. Vem comigo? — disse ao estender o braço em sua direção.

Aceitou de bom grado e antes de nos afastarmos completamente me virei em direção a eles, que estavam inertes desde da minha revelação.

— Espero não vê-lo mais com ele. — declarei.

Estava ainda segurando em sua mão quando sentamos no concreto de trás da escola.

— Não deveria ter feito isso, agora todos vão descobrir. — sussurrou perto de mim.

— Você tem a mim agora. — essas palavras soaram verdadeiras para mim.

— Sem acordos ou ameaças? — declarou.

— Sim. — respondi.

Talvez possa me arrepender do que tenha feito, mas eu não poderia negar que Joshua era meu amigo bem antes, quando brigou com o James por minha causa, no momento em que ficou do meu lado ao discutir com o Jordan e quis conhecer mais sobre mim sem nem se importa


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Notas finais do capítulo

E ai? Que acharam da parte final? Das ameaças da Charlotte? Da reação do Joshua e da Lindsay?

A imagem não é minha. E se tiver algum erro podem me avisar.

Quem deseja comentar? Sério, muuuuuito me faz feliz receber review dos meus leitores. E alguém quer recomendar que nem os maravilhosos da Melodia Enlouquecida, Nuvem e Maze Queen? As autoras que vos escreve com certeza ficaram mega contentes se ocorrer! Por favor.

Obrigada e até a próxima.