Infame escrita por Apiolho


Capítulo 12
Capítulo 12 - A lenda urbana da miss que ficou sem palavras


Notas iniciais do capítulo

BOOOOOOOOOOOA NOITE!

Não, não é miragem. É quase dia 17 de maio e eu aqui. Confesso que estava com saudades de vocês e de continuar a escrever essa fanfic.

Praticamente dois meses sem eu postar. Sabe o que eu mereço? Vais e algo como um tapa na cara. Gente, eu estou fazendo trabalho de conclusão de curso e a coisa está muito esquisita! Sem falar que estou preocupada com mais pessoas que não conseguiram nem um tema para o projeto e já estamos quase no final. Sem falar em outros problemas e compromissos.

Perdoem-me desde já! E EU TENHO DE TER VERGONHA NA CARA E RESPONDÊ-LAS, PORQUE EU ESTOU PRATICAMENTE ME MATANDO POR NÃO DAR UMA SATISFAÇÃO. ESTOU INDIGNADA COMIGO MESMA!

Quero agradecer a AS Kiara Ogden, Class, Zabelita, karol e xLazzyta por comentar no anterior. Realmente me deixa a pessoa mais realizada e feliz em meio a pressão que estou nesse dia a dia. É tipo comer chocolate quando estou de TPM! É tipo mágico galeeeeera, a vontade de escrever cresce quando vejo o quanto me motivam com suas palavras maravilhosas.

Muito obrigada a Setsuque e Garota Jane Austen por acompanhar. Como digo, saber que tem leitores novos me acompanhando muito me deixa honrada. Realmente dá uma cor a mais.



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Capítulo doze

 A lenda urbana da Miss que ficou sem palavras

 "Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor"

(Manuel Bandeira)

 

“Eu amo você.

Você me ama.

Somos uma família feliz”

E é com essa maravilhosa canção do grande pensador das crianças do mundo todo, Barney, que eu inicio comunicando que isso é realmente impossível. Uma completa mentira dizer que existe aquele lar de comercial de margarina, até porque tem de ter alguma briga para ter graça.

Isso me faz achar que as adolescentes como a Mole são assim por não cumprirem o objetivo da música, sentindo-se infelizes por serem tão mal amadas.

Sinta a pressão dinossauro roxo, porque a culpa é toda sua.

— O que você está ouvindo? — sussurrou o Joshua.

Estava entrando na sala e escutando aquela letra "satânica". Só que eu não ia dizer isso. Sabe o que mais imaginei agora? Que estou pegando a loucura da Honey só por ser dupla dela, mesmo que ainda nem tenha se reunido com ela para isso.

Falando nisso, será que compactuaria com minha ideia? Algo me diz que sim.

— Barney. — e novamente a minha boca vence.

Ficou tão surpreso que pensei que ia cair duro ali mesmo. O que infelizmente não ocorreu, significando que tenho até o intervalo para conseguir arranjar uma desculpa para não lanchar com ele.

— Isso é verdade? — finalmente balbuciou algo depois de algumas tentativas.

— Sim. — nem enrolei muito para responde-lo.

— Duvido. — devolveu.

Neste instante o som acabou, fazendo-me coloca-lo para tocar de novo. Peguei um dos fones e coloquei em seu ouvido. E qual a necessidade de praticamente se encostar em mim para escutar? Nenhuma, só se for para me provocar ao ponto de me fazer estapeá-lo novamente.

— Afasta! — gritei.

Foi quando percebi que já era tarde demais e algumas garotas estavam na sala para presenciar a cena, fazendo com que me fitassem de uma maneira que dava a entender que eu era a maior megera do mundo.

— O que eles veem nela? — sussurrou.

Só que eu não perdi uma única palavra citada por ela.

— Além de humilhar o lindo do Jordan ainda quer roubar o Josh da gente? Essa ai é uma vadia mesmo, não sei nem porque vem a aula. Deveria era estar atrás da escola agora.

Tirei o aparato da minha orelha rapidamente e deixei o Deboni sozinho para ir em direção das duas fofoqueiras. Não ia deixar isso passar, não mesmo.

— Posso participar da conversa? — o sarcasmo acabou de dar um olá.

— Não! — respondeu de maneira grosseira.

— É? Então por que estão falando de mim pelas costas e não na minha frente? Eu, ao contrário de vocês, não teria a menor vergonha de proferir aos quatro ventos que a minha vida não interessa a ninguém. Na verdade eu não aparecia na escola se fosse hipócrita, vulgar e que nem sequer conseguisse passar maquiagem igual as pessoas que vejo na minha frente. — já tinha perdido a paciência faz tempo.

— Se acha a gostosa e melhor que todos por acaso? Você só é uma mal comida sem cérebro. Esteja avisada, querida, que só estão correndo atrás de ti por causa da aparência e por ser fácil, pois se não tivesse corpo ninguém te perceberia. — rebateu.

Blá, blá, blá.

— Sabe por que eles me notam ao invés de vocês? Não é por conta disso não. Porque sou dessas que não perco tempo fazendo futrica e tenho atitude. Acho que deveriam é parar de comentar sobre outras mulheres e tentarem é arranjar alguma maneira de fazer com que eles as olhassem, porque se não vou pensar que são mal amadas e fracassadas. Tenho a total impressão também é de que ficam falando de quem está na lista, entretanto queriam estar no nosso lugar. Possivelmente ficam chorando e esperando o príncipe chegar ao comer doces e ver filmes enquanto a única coisa que conseguem é mais peso. — finalizei o meu discurso.

Neste instante o meu celular apitou.

“Amie, ainda quero falar contigo.” — Jordan

Virei para trás e nem sequer me importei para as gurias que me chamavam, possivelmente querendo dizer que eu não tinha moral para falar daquilo porque eu era quenga.

— Você gosta de Queen? — o de olhos azuis esverdeados questionou.

Não tenho um minuto de paz?

— Sim! — exclamei.

A expressão dele de tristeza fez-me rir, mesmo que por dentro.

— Jurei que ia cair na pegadinha e dizer por quem é apaixonada. — confessou.

Dei um mini sorriso ao perceber a situação.

— Dessa não sabia, pensei que tinha escutado a música na minha playlist. E dou graças por nunca ter amado alguém. — declarei.

— Em que mundo vive? Essa piada é do ano retrasado. — espantou-se.

Dei de ombros e prestei a devida atenção a mensagem que recebi do meu ex pretendente. Ele ficou me lembrando disso praticamente a noite inteira e pela manhã.

“Qual a parte do “vê se me esquece” não entendeu ainda?” — Amie.

— Aquele cara anda te incomodando? — esbravejou.

Privacidade, está ai uma coisa que não estou tendo agora.

— É apenas mais um encosto, que nem você. — devolvi com ira.

— Eu não... — o tom aumentando.

— E fale mais baixo porque não somos nada, nem sequer amigos. Aproveite esse tempo para estudar ou qualquer outras coisa que não seja ficar me espionando.

Sai dali o mais rápido possível e segui em direção ao toalete feminino. O que vinha em meu pensamento era que eu tinha de conseguir escapar na hora do intervalo. Mas como?

“Vi você entrando no banheiro. Minha namorada está ai para conversar contigo, então espero que não fuja.” — Jordan.

Se eu fosse ela nem sequer aceitava uma coisa dessas. Eu além de recusar ia dar um tapa na cara dele, porque ficar mandando os outros falar com uma pessoa que você já gostou era falta de respeito e noção.

— Amie? Está ai? — o tom suave.

Essa era a Anabelle tentando falar comigo.

— Vou demorar. — respondi.

Vim me esconder na cabine e isso que me ocorre. Era nesse momento que até ser uma daquelas faladoras da minha sala ia ser melhor do que estar aqui.

— E-eu sinto ciúmes. — ouvi-a murmurar.

— De quem? — incentivei-a.

Desse jeito talvez ela me deixe em paz mais rápido.

— Da maneira como ele te trata, fala de ti e do que gosta e odeia. Do quanto sofreu por ter te amado tanto, mas mesmo que tenha o humilhado ainda quer te ajudar e ser seu amigo. Eu não... consigo lidar com isso. — a voz embargada, como se estivesse para chorar a qualquer momento.

Isso fez-me ter uma solução para não encontrar o Joshua.

— Tem alguém nos ouvindo? — quis saber antes de continuar.

— Não que eu saiba. — respondeu rapidamente.

— Então podemos nos encontrar no terraço na hora do intervalo?

— Mas o Jor... — interrompi-a.

— Ele pode vir também.

Neste instante sai do box e a vi com o rosto vermelho e as lágrimas correndo por entre sua bochecha. Se eu dissesse que senti pena seria mentira, porém teria de pelo menos me livrar deles.

— Até depois. — foi a última coisa que eu disse de maneira fria antes de sair dali.

Nem um “oi” dei para o Jordan ao vê-lo na parede perto de nós. Também não o olhei para ver qual era a sua expressão ou se tinha ouvido a nossa pequena discussão.

Cheguei na sala e tirei todos os bilhetes com as palavras “vaca”, “puta”, “sem coração” e outras ameaças da cadeira e me sentei. Suspirei em seguida e coloquei o meu semblante de indiferença na face.

— Aqui está. — o rosto sério e impassível.

— Obrigada. — respondi por mera educação ao devolver o tocador de mp3.

— Passa o seu número. — mandou como se estivesse anunciando um assalto.

— Eu irei.

Peguei um pedaço de papel e escrevi os números, entregando-o em seguida. O silêncio que seguiu foi no mínimo estranho. Só que eu, mesmo que o que desejasse era um momento sozinha, segui a conversa.

— Não irá encontrar os seus “amigos”? — disse fazendo as aspas mesmo.

— Não é porque brigou comigo que ainda não iremos lanchar juntos, isso quer dizer que te quero me esperando quando o sinal para o recreio tocar. — a voz rouca, no entanto raivosa.

E sim, ignorou a minha pergunta.

— Infelizmente tenho um compromisso. — rebati.

— Isso é desculpa! — gritou.

— Pense o que quiser. — dei de ombros.

O ser nem sequer se mexeu, ficando ali de maneira estática e surpresa.

“Você realmente decidiu que vai conversar comigo no intervalo?” — Jordan.

Eu tenho de repetir mesmo?

“Sim, e será definitiva!” — Amie.

Era o que eu ansiava, poder não vê-los mais depois de hoje.

“Estarei esperando ansiosamente. ;)” — Jordan.

Rolei os olhos e fiquei aliviada quando a aula se iniciou e o Deboni pode finalmente se afastar de mim. Pelo que vi os seus companheiros não tinham vindo pra classe, o que poderia explicar o porquê de ter ficado ao meu lado.

No meio da aprendizagem uma bola de papel foi lançada em minha carteira e ao abrir a minha vontade era de rasgar o recado em mil pedaços.

“Não fale nada sobre o que viu ontem naquela sala. Espero que esteja pensando em me obedecer, por que ninguém quer uma nota vermelha no trabalho não é? E não esqueça que ainda temos de nos reunir para fazermos a atividade sobre automutilação.

Com carinho,

— Roxye Honey

É? E o que você acha de fazer uma aula prática sobre o assunto contigo em? Imagino que irá gostar e se maravilhar com isso.

“Tudo bem, porém o flagra ocorreu anteontem.

Será na minha casa, sábado, às 15h.

Com todo o ódio,

— Amie

A hora em que os alunos ficam fazendo nada estava por começar e a garota nem sequer mandou uma mensagem de volta pedindo o endereço. Isso quer dizer que eu teria de falar com ela para isso.

Meu contato é que não ia dar.

— Aleluia, o intervalo se iniciou! — berrou um guri.

— Mas... — tentou contra-argumentar em vão a educadora.

E então aquele som irritante foi anunciado.

Eu ia ter um diálogo com a garota que acredita em tudo antes de ir me encontrar com os dois quando uma pessoa me parou rapidamente. O olhar determinado do Joshua fez-me não reagir, esperando-o para falar algo.

Os que passavam por nós ficavam nos mirando de maneira acusadora, principalmente para mim. O aparelho telefônico soou informando de um novo recado, todavia nem fui olhar o que era. Resolvi então quando praticamente todos saíram, não dando mais também de papear com a paquera do professor, eu resolvi abrir a boca.

— Já expliquei que... — mas fui cortada bruscamente.

— Não vá. — sussurrou.

— Do que está falando? — nem sequer estava o entendendo.

— Se encontrar com o Jordan. Fique comigo ao invés de ir vê-lo.

Finalmente alguma coisa fazia sentido.

Só que, milagrosamente, eu nem conseguia dizer uma simples palavra. Recusá-lo ou sequer dizer “não” e correr como fiz naquela vez em que o encontrei no sanitário masculino.

Como se eu ficasse muda de repente.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Podem me matar e tudo o mais, nem sei se ainda estão me acompanhando, mas realmente eu estou muito envergonhada.

Nada contra Barney. Eu ouvia a beça quando criança e tenho várias fitas e CD dele. Me julguem! jauahaha

A imagem não é minha. Desculpem-me pelos erros de português e logo irei respondê-las (é que tenho provas e estou muito ocupada com um super projeto, então a coisa foi dificil nessas semanas).

Mandem-me reviews, por favor. Seja dizendo que tá horrível, ruim, a pior coisa que leram, mas mandem a opinião para a autora que vos escreve. E quem quer enviar uma recomendação que nem a diva da Class fez? Deixaria-me mega feliz!

Beijos e até a próxima.