Infame escrita por Apiolho


Capítulo 11
Capítulo 11 - Não se trata uma mulher como se fosse vadia


Notas iniciais do capítulo

BOOOOA NOITE! :3

Voltei queridos. Senti saudades. Tudo bem com vocês?

Agradeço a Class, karol, xLazzyta por comentar no capítulo anterior. Realmente muito significam para mim, dão-me alegria e motivação para continuar a escrever.

Estou sentindo falta dos meus outros leitores. Onde estão vocês? E quem ser leitor novo e quiser aparecer será muito bem vindo!

Muito obrigada a Lu Gobbo e NekoChan por favoritar e a LariiSilva por acompanhar. Dão uma cor a mais na parte inicial, sem falar o quanto é maravilhoso saber que tem mais pessoas lendo a minha história.



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Capítulo onze

 Não se trata uma mulher como se fosse vadia

"Eu costumava rolar os dados
Sentir o medo nos olhos dos meus inimigos
Ouvia enquanto a multidão cantava:
Agora o velho rei está morto! Vida longa ao rei!"

(Viva la vida - Coldplay)

 

Eles não vão parar de se beijar não?

Bati umas fotos e mandei para mim mesma por e-mail, até porque ninguém é mais confiável do que eu. Amo-me, adoro-me e com certeza casaria comigo se pudesse.

Mas como essa sociedade de mente fechada achariam muito estranho e me prenderiam por conta disso, até aceitaria constituir um matrimonio com um que cozinhe para mim, arrume a casa e não goste de fazer essas coisas nojentas que esses dois estão realizando neste exato momento.

Será que existe?

— Podem continuar, estava indo para a melhor parte. — gritei quando pararam e olharam-me de maneira espantada ao ouvir as minhas palmas.

Agora que o filme ia começar a virar pornô.

— Não é o que está pensando. — esse foi o professor falando.

— Acha que eu sou sua esposa para ficar me dando uma desculpa tão ultrapassada e nada criativa como essa? — retruquei.

— Não, mas... — cortei-o.

— E eu vi o necessário para saber muito bem o que estavam fazendo nessa sala, de porta aberta. Por acaso acharam que ninguém ia passar por aqui? — continuei o sermão.

Vi a outra se sentar na primeira carteira que encontrou pela frente e abaixar a cabeça.

— O que aconteceu? Quem sou eu?

— Agora vai dizer que uma pomba-gira possuiu seu corpo? Você sabe muito bem o que é certo e errado, está é fingindo para que eu não conte nada ao diretor. — esbravejei.

— Está pensando em fazer isso? Por favor, não diga nada a ele, se não vou ser despedido. — desesperou-se o educador.

— Na hora de enfiar a língua na boca dela esqueceu disso não é?

— Em que vão acreditar? Numa aluna que vive se metendo em confusão ou em nós? Sua imagem está tão estragada que nunca ia se importar com o que disser. — respondeu a Roxye.

Nada doce.

— Agora voltou ao normal não é honey*? Duas palavras apenas digo a você: tenho provas. — comentei.

— Deixa eu ver. — pelo tom poderia ser comparada a uma leoa em busca da presa agora.

Eu que não ia correr o risco dela quebrar meu precioso celular.

— Por que não volta a agarrar o professor? Quem sabe assim posso bater algumas fotos com umas poses suas mais vadias das que tenho. — retruquei.

— Do que me chamou? Você é que é a puta aqui. Ou acha que ninguém sabe do que fica fazendo atrás da escola?

Que boatos são esses? É a segunda vez que me falam disso hoje.

— Está na sua cara, nas suas roupas, no seu modo de andar e em tudo o que eu vi fazer nessa sala que essa palavra descreve perfeitamente o que é. Ou então praticamente transar com um homem que te dá aula é ser santa? — questionei.

O cara em questão estava apenas rindo da nossa discussão.

— Defende-me amor. — choramingou para ele.

O quê? Jura que ficam trocando apelidos melosos?

— Não se esqueça dos olhares que ela dá Amie, realmente são bem indiscretos e maliciosos.

Até eu fiquei de boca aberta pelo que disse.

— Exijo respeito! — exclamou.

Batia o pé feito em protesto.

— Alguém como você nunca deveria falar algo assim. Deveria é pedir perdão e ter vergonha de si mesma por ficar se esfregando no professor. Se iam tirar a roupa ou apenas dar uns beijos deveriam pelo serem mais espertos e trancarem a porta. Não acham?

Dei meia volta para ir embora ao notar que não sabiam o que falar, porém lembrei de algo e virei na direção deles novamente.

— Um conselho: acho que é melhor o senhor parar de ficar brigando quando falam sobre ela na sala e trata-la como uma simples aluna, porque já estava desconfiando que tinham algo. E poderia, por favor, me deixar fazer sozinha o trabalho?

— Não posso, foi sorteio. E se quer que a trate como uma pessoa da qual não levo para a cama não poderei aceitar o seu pedido, porque não deixei nenhuma das pessoas trocarem de dupla.

Olhei para a garota, que se encontrava assustada, e tentei dar meu melhor sorriso macabro. Ia tentar chantageá-los com o segredo, porém tinha algo melhor em mente.

— Tudo bem. — finalizei.

Só sei que não ia perder a oportunidade de brincar um pouco com essa doida, principalmente por tudo o que as pessoas tinham que aguentar quando começava a falar.

— Não sinto uma boa energia vindo dela. — sussurrou para o parceiro.

— Fiz um pacto. — gritei enquanto estava me afastando.

Nem me virei, já sabendo que sua expressão era de horror só por falar essa palavra. É, com toda a certeza ia ser fácil enganá-la. E isso me fez pensar o que professor quis com essa garota? Será que disse que assim o demônio ia sair de dentro dela? Só de imaginar o meu corpo se agitava por dentro — de alegria.

— Posso falar contigo? — voz masculina.

Parou-me quando tentei passar por ele.

— Não! — neguei com veemência.

Tentei de novo sair, mas pegou-me pelo braço e me empurrou em direção ao banheiro masculino. De novo nele? Por quê?

— Deixa-me ver seus peitos? — sussurrou de maneira safada.

— O quê? — me encontrava surpresa.

— Por favor, eu pago um pirulito para você. — implorou.

Estou valendo tão pouco assim?

— Pergunte isso para a Lindsay. — retruquei.

— Mas disseram que você faz com qualquer um, é só pedir. Por que comigo não? Não estou exigindo uma transa, só para pegar em seus seios. — argumentou.

— Agora além de olhar quer tocar neles? — esbravejei.

— Qualquer um dos dois.

— Não sei que ficou espalhando essa idiotice, mas eu não sou fácil. Não transei atrás da escola com ninguém e nunca faria contigo. Poderia pelo menos ser mais sutil e me convidar para sair não? Ou me dar umas flores antes.

— Você não merece nada disso. Pare de enrolar e mostra logo sua puta! — partiu para a ignorância.

Dei um tapa nesse sem noção e sai correndo em direção ao portão do colégio, mas no caminho alguns me paravam pelo mesmo motivo. O que aconteceu?

O pior dia da minha vida

“Estou estudando contigo!” — Jordan.

Não, isso nem era considerado a minha sina, mesmo que contribua para ela. Sabe o que me preocupa? É hoje que eu tenho de dar a resposta para o medroso do Joshua.

Nunca vi uma semana passar tão rápido nos meus dezesseis anos, sem falar que sábado e domingo foram dias que se resumiram para mim em uma hora. Fiquei é dormindo, ouvindo minha mãe, comendo e lendo livro.

“Nossa, não tem noção do quanto estou feliz. Tanto que irei comer um sanduiche natural em sua homenagem ok?” — Amie.

E sabe o que mais? A Anabelle ficou falando direto comigo sobre isso no ônibus, no pátio, na saída e em todos os momentos que esbarrava em minha pessoa. O que significa que eu já tinha conhecimento disso muito antes dele me falar.

“Mas você odeia esse lanche.” — Jordan.

Suspirei, querendo esganá-lo com minhas próprias mãos. Esse idiota realmente ficava me seguindo e observando tudo o que fazia quando gostava de mim? Sem falar das perguntas dele, como a minha cor preferida.

“Exatamente, ter-te no mesmo colégio que eu e poder ver-te com mais frequência é igual a sensação de comer algo que detesto!”— Amie.

— Não fala assim do meu namorado. — e essa é a Stuart.

— Conhece algo chamado liberdade de expressão? Posso ter a opinião que quiser sobre qualquer um. E isso quer dizer que não quero pessoas me azucrinando sobre o que é certo ou não. — retruquei.

Logo chegou o próprio, sentando-se do nosso lado.

E sabe o que mais? Rapidamente veio Charlotte e Nate, com a intenção de se juntar a nós. Eu mereço isso? Tenho cara de ser receptiva por acaso? Não meto medo em ninguém?

— E é verdade que você estava transando com o George atrás da escola? — perguntou a Charlotte.

— Quem disse isso? — agora ia saber o culpado por isso.

— Falaram-me ontem, mas foi a seguidora da Lindsay quem contou para mim, a Summer. — esclareceu.

Óbvio, tinha de ser ela.

— Só porque contei uma mentira e abri os olhos do corno resolveu espalhar esses boatos ridículos?

— O que disse para ela ficar irritada assim? — questionou.

— Que ela tinha beijado esse guri ai do seu lado, porém é claro que não é verdade. E nem que ele tem AIDS e herpes. — resolvi contar a verdade, até porque estava de saco cheio de aprontar alguma vingança para ele. Agora meu alvo era a vadia.

Sabe o que a Florewce fez depois disso? Simplesmente pareceu deixar toda a sua vergonha de lado, e que amava o Joshua, ao agarrar o Nate e começarem uma sessão de desentupidor de pias. E pelo que vi o outro casal resolveu os acompanhar.

O que me amparava é que ficar de vela é a mesma coisa que ficar excluída, então aproveitei que estavam todos ocupados e saquei um livro da mochila. Lendo-o com a maior vontade do mundo.

— É... — a voz do garoto fez-me despertar rapidamente.

— Sai daqui! Não conta o final da história novamente. Se não o que ocorreu anteriormente vai ser pouco para o que farei contigo. — exclamei em sua direção.

Assustou-se, para depois negar com a cabeça.

— Só ia perguntar se queria bala de goma. — murmurou.

— Claro que sim. — aceitei prontamente.

Peguei umas sete de uma só vez.

— Não deveria ter dito isso, ela é uma formiga em pessoa. — alertou o meu ex pretendente.

— Eu sei que me conhece muito bem ao dar uma de stalker, mas espero que não fique espalhando sobre mim por ai. — a boca cheia, fazendo-me dizer com dificuldade.

— Por acaso é aquele garoto que se transferiu por que foi rejeitado por ela? — retrucou.

Esse assunto de novo? Não!

— Mas eu já a esqueci. — explicou rapidamente.

Pegou na mão da Anabelle e a fitou com carinho no mesmo instante.

— E o que sabe dela?

Enquanto estavam distraídos aproveitei para pegar mais doces.

— Que sua cor preferida é preta, odeia desconfiados, é a mais matraca que conheci, nem chega perto de algo com alface, pão integral, não sabe dançar, quando fica nervosa morde o... — interrompi-o antes que a lista se alongasse.

— Eu tive umas aulas de salão tudo bem? E não admito que fique falando de mim sem minha permissão. — declarei.

— Mas Amie... — não ia deixar que continuasse a falar, e consequentemente me deixasse mais constrangida.

— Vê se me esquece! — gritei.

Sai rapidamente dali quando a minha paciência já estava chegando a um limite em que eu estaria a ponto de socar a primeira pessoa que visse na minha frente, então decidi por me afastar de todos e ir para um lugar mais sossegado. O que era realmente não era nada sacrificante para mim.

— Você não vai fugir. — decretou.

Pegou-me pelo braço.

Por que ele faz isso? No meio do pátio e sem nenhuma noção do que poderiam pensar? E ainda mais que sabem que ele é o Jordan e eu a vadia que o dispensou, fazendo-o se transferir da escola.

Os cochichos começaram.

— Que foi? Eu disse para fingir que eu não existo. — rebati.

— Qual o motivo de sempre ficar dando patada? Eu não posso falar sobre ti por acaso? Nem sequer me lembrar do passado? — o tom triste.

E tantas pessoas falaram que eu pegava uma frase de cada vez, porém tinha a certeza de que estavam achando que ele ainda me amava. E eu, de novo, estava o esnobando.

— Volta para a sua namorada. — sussurrei para que fosse antes que as coisas piorassem.

As lembranças de tudo o que falaram e fizeram voltaram a mente. As ameaças que faziam e até quase apanhei por conta dele. Por culpa da sua fraqueza. Só que eu não poderia falar nada, porque a mesma coisa acontecia com Phil.

— Só se for comigo. — praticamente mandou.

— Não! E espero que apague meu número do seu celular. — murmurei.

Tomara que ninguém tenha ouvido.

— Que vaca. — pelo jeito escutaram sim.

Vi umas pessoas se aproximando e eu pensei ser o meu fim. Praticamente implorei para que eu saísse ilesa quando alguém colocou a mão no meu ombro.

— O que está acontecendo aqui? — esbravejou.

Era o Joshua. E confesso que nunca fiquei tão aliviada por tê-lo aqui.

— A conversa é entre ela e eu. — devolveu com ira.

— E quem é você? — o desdenho em sua voz.

“Como assim não sabe?” Uma menina disse perto de nós.

— Jordan. — respondeu.

A expressão do Deboni mudou tanto, ao ponto de parecer sair raio laser dos seus olhos. Pegou o meu braço e me puxou para trás dele, para depois ficar a centímetros dele.

— Não te quero perto dela ouviu? Por tua culpa foi excluida pelos colegas, todos a odiaram por causa de uma pessoa como você. Se te ver com ela de novo isso não será apenas um aviso verbal, mas sim físico! — exclamou.

Minha boca ficou aberta com a fala dele que nem consegui balbuciar algo, o que era realmente surpreendente da minha parte.

Por que me defendeu desse jeito?

— Vamos. — falou para mim.

Passamos pelo corredor e ele me empurrou para uma sala minúscula. Parecia ser a sala do zelador, e tive a certeza ao notar os produtos de limpeza ao meu lado. A distância tão mínima entre nós me fez ficar sem graça por pouco tempo, pois logo me recuperei.

— Não se esquece que está sem camisinha. — lembrando-me naquele dia em que o salvei da Lindsay.

Escutei sua risada e o acompanhei, por dentro.

— Você sabe por que realmente estamos aqui não? — questionou com alma.

Tão, mas tão perto que senti seu hálito de encontro ao meu rosto.

— Ainda tinha esperanças de que tivesse desistido. — confessei.

O silêncio se fez entre nós naquele lugar escuro e pequeno. Aquele cubículo em forma de cômodo me deixava mais desesperada por ar.

— Sempre acabamos em lugares assim não acha? No banheiro masculino e agora aqui.

— Sim, mas ainda quer a resposta?

— É por isso que estamos nos falando Amie, para decidir se conto ou não que divulgou a lista. Então... o que me diz? — fez questão de não me deixar esquecer do que nos levava até aqui.

Phil, perdoe-me.

— Eu aceito lanchar contigo. — disse rapidamente.

E os meus dias de paz estão oficialmente acabados.


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Notas finais do capítulo

* - Querida em português, mas foi uma brincadeira com o sobrenome dela também.

E ai? O que acharam?

A imagem não é minha. Desculpem-me pelos erros de português e logo irei respondê-las (é que tenho provas e estou muito ocupada com um super projeto, então a coisa foi dificil nessas semanas).

Mandem-me reviews, por favor. Seja dizendo que tá horrível, ruim, a pior coisa que lerão, mas mandem a opinião para a autora que vos escreve. E quem quer enviar uma recomendação que nem a diva da Class fez? Deixaria-me mega feliz!

Beijos e até a próxima.