No meio da pista de dança, Rangiku mostrava o que aprendeu em sua estadia na cidade de Karakura. Ela se movia sensualmente, dando dois passinhos para o lado direito e depois dois passos para o lado esquerdo, movendo os ombros e a cintura. Chamava de rebolado.

Isane tentava imitar os passos, mas falhava miseravelmente tropeçando nos próprios pés. Ao lado dela, Nanao sentia-se estúpida por não conseguir algo tão simples quanto dois passos para um lado e dois para o outro. Parecia muito fácil, embora um pouco ousado demais, preferiu não tentar o rebolado.

Rukia era a mais animada, depois de Matsumoto, mas nada coordenada. Momo não quis participar da dança, por isso aguardava sentada ao lado de Toshiro, o capitão da décima divisão que estava mais preocupado com o horário de tudo aquilo acabar.

— Qual o motivo de estarmos aqui mesmo? — ele pergunto, parecendo um velho resmungando.

— Tiramos sempre o último dia do mês para fazermos uma festa de confraternização. — respondeu Nemu.

— Anime-se, capitão Hitsugaya. — Renji tentou animá-lo, mas acabou no vácuo. Nem mesmo Matsumoto conseguiu tirá-lo do lugar.

— E você, Renji? Vai dançar ou não? — Matsumoto pegou-o pela mão. — Vou te ensinar uma coisa que aprendi nas aulas de dança que assisti com a Orihime-san. — ela levou a mão de Renji para sua cintura. — Agora conta 1, 2, 3... 1, 2, 3...

Eles foram girando pelo salão, até conseguirem se acertarem no passo.

— Renji você dança muito bem. Olha, Taichou! — Rangiku gritava e acenava para o capitão.

— Hmm. — Hitsugaya balançava a cabeça.

Renji girou Matsumoto e ela caiu em seus braço assim que a música acabou.

— Vamos fazer isso sempre. — ela bateu palmas. — Vem Isane, é bem divertido.

— Eu não sei, acho que vou pisar no pé dele. — Isane encolheu os ombros, passando a mão no braço.

— Não seja boba. Renji dança com ela. — O pedido mais pareceu uma ordem e o ruivo acatou imediatamente. E era verdade, Isana pisou no pé dele várias vezes. — Agora dança com a Nanao.

— Eu passo. — Nano ajeitou os óculos, mas quando pensou que estava livre, foi empurrada para os braços de Renji.

Aquela música parecia não ter mais fim. Abarai estava com os pés doloridos de tanto dançar. Quando pensou que estava no fim, a música começava novamente. Quando Matsumoto pareceu satisfeita, ele caiu sentado no chão, canso.

— Vamos combinar de fazer isso pelo menos uma vez por semana? — Rangiku perguntou animada para o grupo.

— Sim, é uma boa ideia.

— É, pode ser.

— Claro, se o Renji concordar. — Isane olhou para o lado. — Ué, onde ele está?

Renji pensou se não seria melhor retornar para a Terra, mesmo que tivesse que trabalhar muito para Urahara.