Ikebukuro - Interativa escrita por Áron


Capítulo 3
Obedeça os mais capazes - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Yo! Antes de lerem, gostaria de avisar que eu quis deixar esse capítulo meio em uma vibe de Durarara!! mesmo, por isso, aqui nesse capítulos vocês só veram o começo e o final da história; o meio, só no próximo!
Aos donos de personagem que ainda não apareceram, paciência.
Ah, e uma parte do capítulo pode ficar confusa para quem não viu ainda o Durarara!!x2, porque eu coloquei duas personagens que não aparecem na primeira temporada, mas enfim...



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Privado

[Kanra]: Espera só um pouco? Preciso te perguntar uma coisa.

[Kin]: Kanra-san? Fale rápido, tenho que dormir logo.

[Kanra]: Você disse que viu o motoqueiro negro hoje, correto?

[Kin]: Sim, por quê...?

[Kanra]: Evite completamente passar perto dele, conselho de quem já mora aqui há um tempo. O motoqueiro que anda em uma moto com faróis desligados, e sem fazer nenhum barulho... Se ele estiver em algum lugar, mude o seu trajeto. Dizem que muitas pessoas que são "pegas" por ele, sobem na moto, desaparecem.

[Kin]: Ah é...? Obrigado, Kanra-san.

–- Kin saiu.

...

Izaya fechou o chat após aquilo sorrindo pela ingênuidade daquele jovem, mas que ele ao menos o desse entreterimento. Lembrou do último passo que deveria fazer, então, retirou o celular do bolso.

– Alô, Hasegawa-san? - Izaya sorriu ao telefone. - Desculpe ligar tão tarde, mas tenho um pequeno favor para lhe pedir.

...

– Então, bem vindos a academia Raira. - Com essas palavras, o diretor encerrou o discuro de abertura do ano letivo. Calouros se conheciam, e veteranos reecontravam os colegas; até que começaram a se dispersar, indo para as suas respectivas salas de aula.

No ritmo por enquanto alegre de volta as aulas, Chiba se misturava a multidão, aparentemente no objetivo de não chamar atenção. E conseguiu, até entrar em sua sala, quando...

– Que conhecidência cara! - Chiba, já sentado em sua carteira, foi surpreendido por um jovem loiro; mas não respondeu. - Ah, qual é cara, não me diga que não se lembra mais de mim! A gente quebrou a cara de uns gangsters ontem!

– ... Toji Chiba. - Se apresentou, aparentemente olhar para o outro.

– Setagaya Saito! - Setagaya também se apresentou, e sentou ao lado do novo colega logo após. - Acho que vamos poder ser bastante amigos.

...

– Qual é o problema, Celty-chan? - Duas mulheres conversavam em um bairro quase vazio na periferia de Ikebukuro, cada uma perto de suas motos.

"É um trabalho que eu recebi, sabe? Recebi muitos poucos detalhes e me parece muito estranho. E, principalmente, foi aquele cara que encomendou." - Celty digitou.

– Aquele cara... Quer dizer o Orihara Izaya-san? - A garota que conversava com Celty perguntou.

"Sim, ele mesmo. Eu não sei o que eu faço, Ayumi-chan..."

Ayumi era uma jovem de 21 anos, com cabelos negros e lisos, com franja curta e com o comprimento dos cabelos até a metade das costas e olhos castanho-avermelhados. Conhecera Celty há pouco mais de um ano, enquanto trabalhava também de entregadora; desde então, as duas se tornaram amigas bem íntimas.

– Faz isso pelo dinheiro, ele está pagando bem, não? Assim, o trabalho não pode ser tão estranho assim.

"Tem razão... Então, estou indo!" - Celty se despediu da companheira, subiu na moto, e rapidamente se foi.

Após ter certeza que a amiga foi embora, Ayumi retirou o celular do bolso e digitou uma mensagem rapidamente, enviou-a, e foi embora daquele lugar.

"Pronto, Izaya-san. Fiz o que me pediu."

...

Depois de um cansativo primeiro dia de aula, Chiba e Setagaya saiam da escola, o plano era passarem um fliperama que Chiba recomendara, para passar o tempo. Na verdade, nenhum dos dois conhecia direito a cidade, mas pelo menos, se um se perdesse, o outro iria junto. Enquanto atravessavam o portão da escola, duas garotas pararam Chiba.

Ambas eram terceiranistas, aparentemente gêmeas, que sentaram perto de Chiba na cerimônia de a abertura horas antes. Ambas tinham cabelos e olhos castanhos, porém uma delas tinha o cabelo curto e usava roupas de educação física, e a outra usava tranças e óculos.

– Huuum.. - Uma das gêmeas que parou Chiba, a de tranças, começou a olhar fixamente para o rosto dele.

– Hã... - Ele tentava se afastar, mas a terceiranista continuava a encará-lo, parecia que procurava algo.

– Assim não dá! Eu me lembro do seu rosto, mas com essa franja nos olhos, não consigo se lembrar de quem é!! - A terceiranista tentou avançar sobre Chiba para tirar sua franja, mas foi interrompida por sua irmã gêmea, que estava ao seu lado. - Ei, Kuru-nee!

– Me desculpe por ela. - A tal garota que foi chamada de "Kuru-nee" se afastou, levando a irmã consigo.

– Sério cara, você é muito sortudo! - Setagaya foi até Chiba e bateu nas costas dele. - Duas terceiranistas gatas já caindo em cima de você, e tu fica aí com essa cara de gato assustado? Eu vou te matar, cara.

– ... Vamos embora... - Foram as únicas palavras que Chiba falou, seguido de risadas de Setagaya.

...

Setagaya e Chiba voltavam tranquilamente da escola, o primeiro falando muito, e o segundo, apenas ouvindo quieto, respondendo com poucas palavras e com gestos; definitivamente não gostava de falar. Enquanto caminhavam na calçada, ao passar por uma rua quase deserta, em um piscar de olhos, uma moto negra derrapou e se pôs na frente dos dois; bloqueando a passagem. O motoqueiro usava um capacete amarelo.

– É-É o motoqueiro negro!! - Chiba viu, pela primeira vez, Setagaya assustado. Estranhamente assustado, para um cara que se mostrou tão corajoso. Setagaya agarrou a mão de colega. - Rápido!!

O loiro até tentou correr, escapar de Celty, enquanto arrastava Chiba junto. O garoto de franja não entendia. Por que tanto desespero? Principalmente, de um cara que tinha se mostrado despreocupado e relaxado até então. Setagaya tentou fugir, mas Celty jogou uma espécie de teias negras que o grudou na parede. Antes de esboçar qualquer reação, Chiba por puxado por Celty para a moto, desfez as "teias", e em um segundo acelerou a moto, para evitar que curiosos ou policias se aglomerassem.

Celty não acreditava muito sobre o trabalho que havia recebido, mas depois daquela cena, tudo fez sentido. Talvez, se Setagaya não tivesse tentado correr, Celty teria desistido do trabalho. Mas, agora ela teria que tentar acalmar ou explicar a situação para Chiba; chocado e assustado na garupa da moto.

"Acalme-se! Eu vou levar você para um lugar, mas saiba que está mais seguro aqui!" - Celty digitou com uma mão, enquato guiava a moto com outra, e passou o celular para Chiba ler a mensagem.

Mas, o jovem estava completamente paralisado pelo medo, e seu reflexo foi se jogar para fora da moto; para tentar fugir. Porém Celty foi mais rápida, e inibiu o ato quase suicida daquele garoto amedrontado, ela acabou o prendendo na moto, e aumentou a velocidade para chegar logo no lugar.

Celty não era um monstro, em uma situação daquelas, ela conseguia sentir a angústia do adolescente, que já deveria ter passado por mais algo para chegar ao ponto de tentar sair de uma moto em movimento.

Quando Celty chegou no endereço indicado, o soltou. Era o endereço de uma casa; bonita e bem cuidada. Chiba nem sequer teve tempo de correr, antes de um jovem, que deveria ter seus 25 anos, colocou a mão em seu ombro.

"Por favor, ele está morrendo de medo, por isso, explique tudo a ele." - Celty digitou no celular, o homem fez um sinal de "ok" com a mão. - "Bem, estou indo, tenho outro trabalho a fazer."

...

O sol já estava quase se pondo, a luz que iluminava Ikeburuko era alaranjada. Cada um estava fazendo suas próprias coisas. Pessoas que caminhavam pelas ruas sequer faziam idéia do que acontecia na internet naquele exato momento.

[ADM: Precisamos nos impor, mas essa cidade tem muitos empecilhos. Creio que vocês viram hoje na internet sobre o Motoqueiro Negro e Heiwajima Shizuo, eles são nada mais que estorvos. Por isso, anulo a regra número 2 até segunda ordem, e decreto uma caça oficial a esses dois encostos. Essa cidade será nossa.]

Foi a mensagem que chegára no antigo fórum dos Dollars, utilizado agora por uma minoria de pessoas. Acompanhado da mensagem, uma mão segurando uma faixa branca, o que seria o símbolo daquela gangue.

Sem saber do que acontecia, na beira de um rio na periferia de Ikebukuro, Chiba soprava uma planta, fazendo sementes voarem. Ele tinha dúvidas, queria a abandonar aquela cidade, ao passo de que queria dar mais uma chance. Mas, ele é apenas um medroso, no final.

Retirou um papel pequeno do bolso, e o leu de novo.

"Akabane Akashi - XXXX-YYYY"

No final, Chiba pegou o celular, e digitou o número indicado.


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Notas finais do capítulo

As gêmeas, para quem não sabe ou não se tocou, são Mairu e Kururi Orihara.
Bem, espero que tenham gostado o/