Ikebukuro - Interativa escrita por Áron


Capítulo 2
Não perturbe os desavisados.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo saiu rápido, mas os outros provavelmente irão demorar mais. Uma pergunta, vocês preferem capítulos desse tamanho ou com mais palavras?



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Estação de metrô de Ikebukuro, a todo o momento, pessoas entravam em saiam dos trens. Era pouco depois das dez da noite, o que diminuia bastante o tráfego; mas um grupo só tinha olhos para a plataforma quatro, trens que chegavam de outro distrito. Cada jovem desacompanhado que descia era abordado por eles, que queriam achar o seu líder, cujo só viram pela internet.

– Ei, seu merdinha! - Um deles puxou um jovem, de aparentes 16 ou 17 anos, pela gola da camisa. - Qual relação você tem com os Dollars, hein?!

– E-Eu n-ão tenho nenhuma... - Aquele jovem só faltava mijar nas calças. O mais velho largou a camisa dele, fazendo o jovem sair correndo logo em seguida.

– Merda, estamos aqui o dia inteiro, mas nem sinal do nosso líder; só medroso... - Um deles acendeu um cigarro, enquanto outro se separou dos outros. - Ei, desistiu?

– Não, meu primo deve chegar de outro estado mais ou menos agora, eu prometi que iria buscar ele. - Se explicou, sem olhar para os outros.

– Ah, é? Trás o pirralho aqui para a gente...

– Meu priminho não tem nada haver com isso, porra! - O que estava saindo falou em um tom quase gritando. - Ele é um chorão de merda, e se envolverem ele nisso, eu arranco esse seu cérebro que não funciona, pelo nariz!!

Os outros membros da gangue não responderam, apenas deixaram ele ir. Toji Yukiatsu fazia o papel de líder naquele pequeno grupo, mas era só mais um na gangue inteira. Ele se dirigiu até a entrada da plataforma, e não esperou muito.

Do trem que chegou, desceram poucos passageiros, em sua maioria trabalhadores cansados, mas foi em um adolescente que se misturou aos demais. Ele podia facilmente ser confundido com um garoto da escola secundária. Tinha 1,60m mais ou menos, seu cabelo preto chegava na altura das orelhas, e uma franja comprida cobria seus olhos, mas ele ainda enxergava por entre os fios de cabelo. Usava roupas simples, carregando uma mochila e uma mala. Yukiatsu o viu saindo e o segurou.

– Há quanto tempo, pivete. - Ele falou, um pouco alegre. - Mas eu achei que ia ver seus olhos pela primeira vez sem ser em fotos de bebê!

Yukiatsu tentou retirar a franja dos olhos do primo, mas o mesmo, bateu com o braço na mão dele antes de fazer isso. O mais velho riu.

– Continua uma ervilha tímida, não é, Chiba? De qualquer jeito eu vou te...

– Eu sei onde é, eu posso ir sozinho... - Falou, e voz baixa.

– Essa hora é perigosa por causa das gangues, mas se está tão seguro assim, pode ir.

Toji Chiba, 15 anos. Ele saiu da estação de metrô, e seu primo o acompanhou até a porta do mesmo, para garantir que o priminho não fosse abordado pelo seu grupo, que interrogava a cada recém-chegado.

As ruas de Ikebukuro estavam vazias por conta do horário, poucas pessoas ainda conversavam na rua, e uma parcela dessas observavam Chiba, rindo; e se levantaram, foram até ele. Os cinco formaram uma roda ao redor dele.

– Ei, você! Estamos precisando de um dinheiro, sabe? - Um dos gangsters tentou arrancar a mochila dele, enquanto outro puxava Chiba pelo cabelo para facilitar o assalto. - Seja um bom garoto e nos ajude!

– Posso ajudá-los, rapazes? - Um jovem, de aparentemente 15 anos, chegou por trás dos gangsters. Ele era loiro-castanho, um pouco mais alto de que Chiba, pele branca, e usava roupas longas. - Há algo que esse menino fez para vocês?

– O que você quer, hein, carinha? - Um dos gangsters encarou o adolescente que havia se intrometido, com um olhar que tentava amedrontá-lo.

Como resposta, recebeu um soco no rosto, que o derrubou na rua; onde por sorte nenhum carro passava. Os outros quatro soltaram Chiba e partiram para cima do adolescente. Em golpes de jiu-jitsu e muay-thai, o adolescente sorriu, acabando com os outros três; porém, foi surpreendido por uma arma que rapidamente encostou em sua nuca, era uma coronhada. O golpe, porém, foi apenas de raspão. Chiba estava com uma parte de encanamento na mão, e a usou de arma contra aquele último gangster.

– Valeu carinha, salvou minha nuca, literalmente. - O loiro deu uma risada escondida por conta do ambiente pesado em que estavam.

– ...Eu que digo obrigado... - Chiba respondeu, ainda em sua voz tímida.

– Sabe como pode expressar sua gratidão? Não andando cheio de coisas a essa hora aqui pela cidade, ok? - O loiro nem esperou a resposta, deslizou as mãos para os bolsos e se retirou; deixando Chiba sozinho.

Ele se voltou para a rua, e mesmo com os olhos tampados pelo próprio cabelo, conseguiu ver uma imagem que nunca mais irá sair de sua mente. Um motoqueiro, que andava em uma moto negra e que não fazia qualquer barulho, senão o estranho relinchar de cavalos. Com seu capacete amarelo, passou por ele no intervalo de um segundo.

Chiba viu uma lenda urbana, que só havia ouvido rumores, mas agora sabia que era verdadeira.

...

–- Kin entrou.

[Kin]: Yooooooo, minna!!!!!

[Karma]: Kin-kun exagerado, como sempre!

[Kin]: Ei, isso foi maldade ;-;

[Karma]: Ei, isso foi brincadeira.

[Setton]: Vocês dois dariam um belo casal :)

[Kin]: Você é muito má, Setton-chan ;-;

–- Kanra entrou.

[Kanra]: Boa noite, pessoal!

[Kin]: E aí!

[Setton]: Boa noite.

[Karma]: Tudo bem?

[Kanra]: A propósito, como foi seu primeiro dia aqui em Ikeburuko, KK?

[Kin]: Achei que essa cidade era mais tranquila, esmurrei uns caras que tentaram me assaltar, encontrei uma maid café na rua, salvei um garoto de ser assaltado por gangues, e vi o motoqueiro negro!

[Karma]: Eh, quanta coisa.

[Kin]: Chegar cedo é melhor, fácil de conhecer a cidade.

[Setton]: kkkkk. Boa sorte aqui, Kin-kun.

[Kanra]: Vocês dois aqui nesse chat me lembra de dois companheiros que eu já tive, um deles também se mudou para Ikebukuro. Bons tempos!

[Karma]: Eh, você já está aqui há tanto tempo assim?

[Kin]: Você e o Setton devem ser idosos!

Privado

[Setton]: Nem tente se atrever a fazer qualquer coisa a esses dois, deixem eles livres desses seus joguinhos, Izaya; como fez com o Mikado e a Anri-chan há dois anos.

[Kanra]: Brava como sempre, Celty ^^. Nem se preocupe, mas antes, quero que você pense em algo, só para ter certeza.

[Setton]: O que foi?

[Setton]: Responda logo!

[Kanra]: Você tem certeza que não está envolvida já?

–- Kanra saiu.

Saindo do Privado

[Kanra]: Kin, você não tem aula amanhã, naquela Academia Raira?
[Kin]: Me esqueci completamente, cara!! Vou sair gente, até amanhã!

[Setton]: Tchau.

[Karma]: Até amanhã, irresponsável ;)

–- Kin saiu.

[Setton]: Está realmente tarde. Estou indo também.

–- Setton saiu.

...

Celty não conseguia retirar aquilo da mente. Ela sabia que tudo que havia acontecido com seus amigos, com Mikado, Anri e seus amigos, fora culpa daquele demônio chamado Orihara Izaya. Conversando com os membros que haviam entrado naquele site a pouco menos de um ano, ela sentia o mesmo ar dos antigos amigos, nos quais nunca mais teve notícia. Ela queria, de certa forma, protegê-los de Izaya, principalmente Kin, que sabia que estava em Ikebukuro, nas mãos de Izaya. Mas ela não tinha como saber quem era ele na vida real.

Mas ela sabia, que se dependesse de Izaya, cedo ou tarde iria encontrá-lo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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