Ikebukuro - Interativa escrita por Áron


Capítulo 13
Espião


Notas iniciais do capítulo

Bem, nada demais a declarar, boa leitura ^^



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– Facas de arremesso, eh?! - O ladrão riu alto. - É só mais uma franguinha que luta a longa distância e tem medo de se machucar. Que pena, mesmo sendo uma garota, eu esperava uma luta melhor.

Ao mesmo tempo em que falava, ele retirou um pedaço afiado de cano, que se escondia por debaixo da camisa; a mesma "arma" que ele usara para roubar as lojas, e jogou as sacolas no chão.

Antes mesmo de o ladrão terminar de retirar sua arma, Akashi já lançara uma faca em direção ao rosto dele, porém, uma leve desviada por parte do mesmo já fora o necessário para desviar.

– Tsc. - Akashi lançou outra faca, que passou apenas de raspão pela orelha dele. - Parece que não é um ladrãozinho ordinário.

– Idiota, eu nem sou um ladrão, apenas faço o correto. - Ele zombou, indo até Akashi, enquanto arrastava o cano pelo chão.

Akashi não respondeu, parecia um absurdo alguém pensar daquela maneira, mas ele claramente não estava sob o efeito de drogas ou de álcool. Ela jogara mais uma faca na direção do ladrão, que novamente esquivou.

No movimento que esquivou, jogou a perna para frente e levantou o braço direito, o que estava com o cano, na direção do pescoço de Akashi.

Um segundo depois daquilo, ambos recuaram. Akashi pois a mão no doloroso lado esquerdo do pescoço, cujo o sangue que saía dele escorria pelo seu corpo e pingava no chão. O ladrão sorria, agachado, e tentando estancar o sangramento no estômago.

Akashi havia esfaqueado aquele lugar com uma de suas adagas, mas não fora rápida o suficiente para ele soltar aquele cano, ou sequer diminuir a força.

– Are, are? Já está cansada? - Ele levantou a cabeça, como se não estivesse com um ferimento expressivo. - Assim não dá, assim não dá! Até o meu irmãozinho continuaria depois dessa.

Arrastando a barra de ferro pela chão, ele foi até Akashi, que não estava muito longe, e segurou o seu queixo.

– Sabe, você é uma linda garota... Talvez eu devesse te colocar no caminho certo. - Ele continuou.

Akashi pegou a mesma adaga, suja de sangue e tentou esfaquear o ladrão novamente, mas quando o mesmo percebeu o risco, recuou novamente; rindo. Ela não sabia dizer se ele era louco, mas Akashi estava ciente que deixa-lo ir era um risco totalmente dispensável.

Porém, o embate foi interrompido pelo barulho e luz de sirenes, que rasgaram o escuro.

– Opa, foi mal, mas eu não quero voltar para o reformatório de novo. - O ladrão falou, após olhar para as sirenes. - Resolvemos isso depois, ok? Akabane-chan.

– Como sabe meu nome, maldito? - Akashi perguntou, com mais raiva do que antes. Ela odiava ser chamada pelo primeiro nome.

– Eu tenho minhas fontes. - Falou apressado e zombou, dando de costas.

Akashi cuspiu no chão, e não tardou de perseguí-lo; tanto para acabar com aquela luta e tanto para fugir da polícia.

"Sabe, eu não gosto de ser mal-educado, por isso, vou dizer meu sobrenome... Pode me chamar de Setagaya, se quiser." - Foi a última coisa que Akashi ouviu, antes de perder o ladrão de vista.

– Sabe... - Koichi se levantou, quando viu os dois saindo. - Ás vezes é melhor não se intrometer com o que não tem nada haver com.

...

A aula de história japonesa transcorria sem problemas. Alguns sussurros de conversa aqui e ali, mas nada que realmente atrapalhasse o transcorrer da aula. Faltava não muito tempo, apenas quinze minutos para o término, quando o diretor adentrou na sala.

Depois do cumprimento por parte dos alunos, ele começou a falar.

– Olhem, provavelmente uma boa parcela dos alunos desta classe, já está ciente. Mas, para os que não sabem, fortes boatos estão correndo de que um aluno desta escola está passando informações para aquela gangue de ladrões. Aquela pessoa que estiver fazendo isto será duramente penalizada, com expulsão, além do processo judicial. - A maioria começou a trocar olhares. - Se esta pessoa está nessa sala de aula, peço que diga logo, pois assim sofrerá penas mais brandas, como continuar na escola, se o motivo apresentado for pertinente.

O silêncio tomou conta. O único baralho que se ouvia era do lápis e passar de páginas de alguns alunos, que ignoravam ao aviso. Vários trocavam olhares, como se falassem "Ei, será que esse bandido está aqui na nossa sala?".

Mas nenhuma alma penada falou qualquer coisa.

– ... Entendo. Já esperava esta reação, mas que fique claro das consequências.- O diretor se retirou, provavelmente para fazer aquele anúncio em outra sala.

A conversa em sussurros se instalou na sala. Chiba olhou para Saito, na esperança de conseguir alguma conversa, mas o colega apenas estudava, com uma inscrição na cadeira.

"Eu não tenho nada haver com isso, e não pretendo me envolver."

Mas, mesmo se retirasse sua condição de Líder dos Dólares, ele já estava envolvido há muito tempo; mesmo se não quisesse.

...

Chiba já havia se adaptado a Ikebukuro. Quando não estava com Saito, passava a maior parte do tempo junto de Kadota e sua gangue. Isso era bom para ambos os lados, tanto para o retraído Chiba, que não sabia como fazer amigos, tanto para os outros, que queriam saber de onde conheciam ele; mas sem sucesso.

– Eh, onde a Aya-chan está? - Chiba perguntou, notando a ausência dela.

– A Ayano? Deve estar com o Setagaya de novo. Depois ainda diz que são apenas amigos. - Kadota respondeu a Chiba.

– E ele vai te matar se souber que está chamando ela de Aya-chan! - Walker completou. Todos os presentes riram.

O papo furado continuou, até que eles ouviram algumas explosões ou impactos, vindo de mais longe. Apesar da curiosidade, não ligaram muito para isso.

"Pessoal! Por favor, me ajudem com uma coisa!" - Foi de repente, sem quaisquer barulho, que Celty aparecera para os cinco.

– ... Qual é o problema...? - Chiba perguntou, não era tão próximo de Celty quanto seus companheiros, mas não mais a temia como antes.

"É Heiwajima Shizuo!! Ele está fora de controle!!" - A resposta veio rápida.

A reação também. Seguindo a moto de Celty, o grupo de Kadota foi até um aglomerado de curiosos no centro de Ikebukuro.


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Notas finais do capítulo

Até o/



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