Ikebukuro - Interativa escrita por Áron


Capítulo 14
Grande Assalto


Notas iniciais do capítulo

Carnaval acabando, adeus feriado ;-;



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– Droga, você me deixou preocupada quando não atendeu o celular ontem a noite. - Ayano falou para Setagaya, pegando em sua mão.

Ele corou pelo gesto da amiga. Os dois estavam sentados em um banco, disfarçados no meio da multidão; era o mesmo lugar onde havia acontecido o embate dos faixas brancas e dos dólares, mas quase ninguém se lembrava daquilo, era passado.

– Foi mal, eu estava com raiva e...

– E...?

– A-Acabei quebrando o meu celular.

Um silêncio tanto constrangedor se instalou.

– Essa história está muito mal contada.

– É ele, desde que saiu, anda me perturbando... - Saito falou, meio para baixo. - Meus pais devem ter passado o número do meu celular para ele.

– Hã... Vamos mudar de assunto!! - Ayano deu um sorriso meio forçado, que Saito retribuiu com uma pequena risada.

Os dois continuaram conversando, e até mesmo fletardo um pouco, embora parassem e mudassem de assunto quando percebiam o que estavam fazendo.

– Oe, desculpe atrapalhar os dois pombinhos. - Shizuo, que estava passando pelo lugar enquanto fumava um cigarro, parou em frente aos dois. - Você. - Fixou o olhar em Saito. - Posso saber o seu nome?

– Setagaya Saito... - Se tinha uma coisa que ele sabia, era de não desafiar Shizuo. Ayano se manteve quieta, embora já conhecesse aquele homem.

– Entendo. - Shizuo, ainda tranquilo, retirou o cigarro da boca, o jogou no chão, e passou seu pé no mesmo, para apagá-lo. Em seguida, ele bruscamente puxou a gola da camisa de Saito, o levantando para acima no chão, e engrossou um pouco o tom de voz. - Só vou perguntar uma vez. Você é um daqueles ladrões?

– ... - Setagaya se calou por um momento. Ayano também, e apenas olhou para Saito, como se falasse "Minta por sua vida". - E se eu fosse, hein?

– ... Isso não vai dar certo... - Ayano sussurrou para si mesma, preocupada com o que aquilo iria gerar.

– Trocadilho, eh...? - Shizuo continuou. - Eu quero um sim ou um não.

– Eu não devo nenhuma explicação para você. E se eu for? Você não tem nada haver com isso. - Saito respondeu, agressivamente.

– Então é isso. - Shizuo largou Saito, e em seguida, levantou as mangas da camisa. A essa altura, muitos já observavam de longe. - Eu não tenho mais motivos para conversar amigávelmente com ladrõeszinhos!!

Aquele tom de voz agressivo e irritado foi o suficiente para Saito e Ayano perceberem quão a situação estava ruim para eles. Tudo pareceu que ficou em câmera lenta, quando Shizuo lançou seu punho na direção da cara de Saito.

Porém, ele não foi acertado. Se pode ouvir o barulho de ossos quebrando-se, e de alguém cair no chão. Os olhos de Saito viram, mas seu cérebro quis processar aquilo.

Foi provavelmente quando Ayano tentara puxar Saito para longe de Shizuo, mas aquele movimento, no momento em que ela ficou no meio dos dois para correr, foi quando o punho dele dolorosamente se chocou contra seu antebraço.

Os dois, Saito e Shizuo, por um momento ficaram quietos diante da situação. O primeiro a tomar uma atitude foi Saito, que passou Ayano pelo braço e a deixou deitada no banco, seguido de uma ameaça para os curiosos que viam tudo; alguns já tinham chegado a retirar o celular do bolso.

– Se algum ligarem para qualquer pessoa, eu não vou deixar passar impune. - Ele falou em voz alta, e depois se voltou para Shizuo. - Eu sei que vou me lascar, mas depois de você ter provocado o meu irmão, e machucado a minha amiga, não vou deixar um monstro como você assim.

...

– Ei. - Um jovem de cabelos pretos e lisos falou para uma outra jovem, os dois se mantinham em pé, em frente a um centro comercial.

– Hã...? - Ela respondeu, desatenta; arrancando um suspiro do outro.

– Você precisa de concentrar mais. Quer ser pega pela polícia ou o quê? Se está insegura, dê meia volta e vá embora. - A resposta foi áspera, que pegou a jovem desprevinida.

– Me desculpa, vou me concentrar mais!

– Não excitaremos em usar-lhe de bode expiatório, afinal, ainda não provou seu valor.

– Sim, entendo...

Poucos minutos depois da curta conversa, o celular do jovem recebe uma ligação atendida prontamente.

"- Aqui está tudo tranquilo, tem um segurança aqui, outro ali, mas só contamos uns três, e ela contou quatro. Barra limpa, seguimos o protocolo A, B, ou C?"

– Protocolo B. - A resposta veio rápido, a jovem apenas ouvia a do parceiro ao seu lado.

"- Beleza, vamos sair e ficar de apoio. Boa sorte."

– Para vocês também. - Após essa resposta, o telefone foi desligado. O jovem se virou para a garota ao seu lado. - Vamos, lembra do Protocolo B, certo?

– Sim.

...

Celty e Kadota seguiam, o mais rápido possível, até o lugar onde estava ocorrendo a briga de Shizuo. Na aproximação, já era possível ver a poeira de impactos e alguns curioso; mas não foi isso que chamou a atenção do grupo, embora fosse o objetivo dos mesmos. Enquanto dirigiam, um alta e estridente sirene soou.

– Deve ser o alarme daquela galeria comercial que tem aqui perto!! - Kadota falou, antes de Celty perguntar. - Será que são aqueles ladrões??

"Eu vou ir ver o que é, por favor, tentem dispersar aquela briga de Shizuo!" - Celty escreveu; Kadota respondeu com um positivo com a mão, e a motoqueira desviou o caminho, indo em direção a galeria. Kadota e seus companheiros continuaram em direção a Shizuo.

Chegando lá, pode-se dizer que a cena, era esperada. Tanto Saito quanto Shizuo, estavam destruídos, sendo que o primeiro obviamente levava a pior, mas o segundo também não estava ileso. Os cinco apenas ficaram olhando, até encontrarem uma brecha. Foi quando Saito fora lançado a cinco metros de distância, Kadota rapidamente puxou Saito pela roupa, enquanto Walker e Erika ajudavam a Ayano.

Shizuo não voltou atrás deles, por alguns ferimentos que tinha, e também porque toda sua raiva, apesar de ainda latente, havia sido controlada. Foi de manhã cedo, um pouco depois do amanhecer. Ele estava caminhando na rua, quando encontrou Akashi, desfalecida e quase perdendo a consciência, não conseguiu ouvir muito, apenas sobre a briga e o nome do ladrão; no qual foi atrás com as próprias mãos.

E acabou indo parar em Saito.

...

Quanto mais aquela jovem andava pela imensa galeria, onde se estenderia por alguns dias um grande evento de tecnologia das grandes empresas, mais ela achava aquele plano genial.

A mesma andava, se expremendo entre centenas de outras pessoas, na direção do grande cofre; onde estavam sendo guardado todo o capital arrecadado pelo evento. Ela não teria que fazer praticamente nada, já que isto já fora cuidado por seus colegas que sequer vira o rosto, apenas teria de por o máximo de dinheiro em uma mochila, e sair pela saída; como qualquer outro visitante.

Com a mochila nas costas, foi apenas ela se aproximar cerca de sete metros do lugar, que o portão explodiu, o alarme soou, e houve o som de um vidro se quebrando. Ela recuou um pouco, temendo ser pega pelos homens que ali estavam; a porta estava arrombada, mas todos os seguranças saíram de lá, e dezenas de pessoas também, ao som de um grito e do vidro quebrado.

– O ladrão saiu pela janela!! Rápido, ele está lá fora!! - A multidão foi em direção a "saída" por onde se espalhavam cacos de vidro.

A jovem simplesmente adentrou no cofre, socou tudo o possível na mochila, vários maços de notas, e saiu sem problemas, durante a evacuação da polícia. Era incrível como um plano tão simplório se saira tão perfeito. Enquanto ela roubara, o seu companheiro, com quem estava mais cedo, serviu de isca para os seguranças. Mas, apareceu uma peça imprevista.

Foi quando ela já estava na rua, carregando a volumosa mochila nas costas, indo até o ponto de encontro, foi quando o farol de uma moto silenciosa se apresentou; o motoqueiro negro. Ela não sabia o que fazer, e aparentemente Celty também não.

– Opa!! O cavalo moveu para B-06!! - Foi uma voz alta, quando Celty fora surpreendida por uma lâmina, que se cravou no pneu traseiro de sua moto; impedindo da mesma andar.

– E um, dois, três, sobe!! - Foi a vez de uma garota, que gritou a quase 500m de distância, da parte de trás de uma picapi.

A jovem surpreendida por Celty pulou em direção da rua, bateu o tornozelo, e quase iria dando de cara na calçada, mas dois pares de mão a seguraram e a puxaram para dentro da caçamba do carro, que saía a mais de 60 por hora.

– Seu pé está bem? - A outra garota, que já estava na caçamba, perguntou.

– Sim... - A outra respondeu. - Estar aqui, quer dizer que eu estou dentro?

– Claro! Essa mochila cheinha, e não chamou a polícia, já é da família brô! - O jovem que estava falou, dando tapinhas no pescoço da "novata".

– Yuuji! Se apresente direito!! - A garota deu a bronca. - Hideki Keiko, 16 anos. Prazer.

– Setagaya Yuuji, 18 anos. - O jovem loiro se apresentou, olhando para a rua que rapidamente passava.

– Setagaya...? - A garota se perguntou baixo. - Hasegawa Ayumi, 21 anos.

E assim, os três foram, pelas ruas turbulentas de Ikebukuro, por causa do assalto.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido!
Até! o/



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