Together By Chance escrita por Holly Potts Stark


Capítulo 10
Chapter 9 - My family


Notas iniciais do capítulo

Heeeey galera!!!!

Mais um cap feito com carinho pra vocês ;)

Não vou poder falar muito porque to com pressa.... Mas quero agradecer a todos pelos comentários divosos que recebi, sério, vocês me surpreendem cada vez mais, e certamente me deixam muito feliz :DDDDD

JuhHonda... aí está o seu capítulo ;) Aproveite flor ;**


Divirtam-se ;D



Tradução do título: Minha família.



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Chapter 9 – My family

Abro a porta normalmente, mas adentro a casa com certa rapidez, fechando a estrutura atrás de mim logo depois, e assim que me viro, encontro Phil sentado sobre sua poltrona na pequena sala, com uma folha de jornal sendo segurada por suas mãos, porém seus olhos mantinham-se fixos em mim.

— Oi. – digo apenas, esboçando um sorriso fraco, tentando não demonstrar o quão péssima eu estava.

— Você chegou cedo. – o próprio constata, fitando-me de uma maneira desconfiada, e pude sentir o suor frio se instalar em minhas mãos – Pensei que fosse voltar só ás 21 hs. Aconteceu alguma coisa?

A primeira atitude que tomo é balançar a cabeça negativamente, um tanto imediata. Phil simplesmente arqueia as sobrancelhas, indicando que eu não havia conseguido convencê-lo.

Mas eu não queria ter que contar a ele como estava me sentindo. O fato de eu ter sido beijada pelo garoto que mais odeio, e de certa forma ter gostado disso, é algo realmente muito frustrante pra mim, ainda mais quando o sentimento de culpa resolve me dominar, a culpa que sinto por ter traído meu namorado, sem ao menos ter tido a intenção de fazer isso.

E o Rogers... Maldito Rogers! Como se não bastasse aquele idiota ter me beijado, ele fez questão de lembrar isso na frente de Bobbi e Clint, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. Bobbi deve estar bem chateada comigo, afinal de contas ela é minha melhor amiga, e eu nem sequer contei a ela o que tinha me acontecido, justamente porque eu queria de todas as formas esquecer aquele maldito beijo.

— Não Phil, não aconteceu nada. – droga, eu falei rápido de mais, e isso fez o homem sentado na poltrona me olhar ainda mais desconfiado, eu havia entregado o jogo, demonstrara na menor expressão de palavras que algo estava me incomodando, e Phil percebeu isso com certeza, afinal, ele não é nem um pouco burro.

O observo se mover, levantando-se devagar e andando em minha direção, aproximando-se de mim vagarosamente. Respiro fundo assim que ele para de andar, permanecendo a poucos centímetros de mim, sua mão repousando sobre meu ombro ternamente, enquanto ele me fitava com carinho e preocupação.

— Natasha, sabe que pode me contar tudo, não sabe? – sua pergunta automaticamente me faz balançar a cabeça em um gesto positivo, o que o fez sorrir levemente por um breve momento – Então me conta o que houve. Prometo que farei de tudo pra ajudar.

Sorrio. Phil Coulson era definitivamente um homem bom e gentil. Apesar de ser meu "pai" apenas de criação, ele certamente é muito especial pra mim.

Coulson era um amigo muito próximo de meu pai biológico, Ivan Romanoff, e de minha mãe biológica, Alexcia Alianovna-Romanoff. Até hoje lembro dos jantares entre amigos que eles costumavam fazer toda quarta-feira. Melinda May-Coulson, a esposa de Phil, sempre ajudava minha mãe na preparação do jantar, enquanto sua filha, Skye, um ano mais nova que eu apenas, me fazia companhia juntamente com a Bobbi. Eu simplesmente adorava as quartas-feiras, eram sem dúvida o meu dia favorito da semana.

Porém, bastou uma única noite trágica para mudar completamente este meu pensamento. 20 de Fevereiro de 2007, uma quarta-feira como qualquer outra, mais um jantar entre amigos. Estávamos a caminho da casa dos Coulson's, meus pais nos bancos da frente e Skye e eu nos traseiros, já que a morena havia dormido em minha casa na noite anterior. Eu mal posso descrever o que aconteceu, pois fora tudo muito rápido...

Meu pai dirigia, em velocidade segura. A rua não estava tão movimentada como de costume, e nós quatro sorriamos e cantávamos animadamente We Will Rock You. Quando virei meu rosto para fitar Skye que estava a minha esquerda, pude ver nitidamente a hora exata em que o carro dirigido por um motorista bêbado nos atingiu em grande velocidade. Após o impacto, eu apaguei completamente.

De acordo com os médicos, fiquei em estado de coma por três dias, e confesso que preferiria não ter mais acordado, pois foi quando acordei que meu verdadeiro pesadelo começou. Meus pais haviam morrido, juntamente com Skye. Eu fui a única que sobreviveu á aquele acidente. May e Coulson me ajudaram bastante, ficaram do meu lado o tempo todo, estávamos os três sofrendo... Eu pela perda dos meus pais e de uma quase irmã, e eles pela perda de sua única filha e de dois amigos queridos.

Eu me tornei órfã de pai e mãe com apenas nove anos de idade, e não tinha para onde ir. Melinda e Phil então decidiram me adotar, levando-me para morar em sua casa e dando-me assim uma nova família. Embora eles não sejam os meus pais verdadeiros, eu sou muito grata a eles por tudo que fizeram por mim, por não me abandonarem quando mais precisei de ajuda, por se tornarem, de certa forma, minha segunda mãe e meu segundo pai.

— Obrigada Phil. – agradeço com sinceridade, o vendo sorrir singelamente – Mas é sério, não aconteceu nada, eu estou bem.

Coulson suspira frustrado, porém assente em compreensão, percebendo que eu realmente não queria conversar, pelo menos não naquele momento.

— Natasha! – a voz súbita de Melinda assustou tanto a mim quanto ao Phil, e nós rapidamente olhamos para a porta de entrada da cozinha, encontrando a esposa do homem ao meu lado, que mantinha nos lábios um sorriso divertido, vestida com seu habitual avental de cozinheira – Que bom que chegou querida, acabei de fazer seu prato favorito para o jantar. – a mesma pisca, tirando-me um sorriso animado.

— Macarrão com almondegas?! – indago na expectativa, embora já soubesse a resposta.

— Macarrão com almondegas. – a própria confirma, e não penso dois segundos, simplesmente largo minha mochila de qualquer jeito sobre o sofá, e corro rumo a cozinha com rapidez, como se provar daquela comida fosse a única forma de me manter viva, o que pra mim era simplesmente verdadeiro.

No percurso pude ouvir as risadas de Phil e Melinda, mas nem dei muita importância a isso, estava ocupada demais desfrutando do cheiro gostoso que o jantar que May preparara espalhava pelo ambiente. Eu realmente estava faminta.

[...]

Ouço batidas insistentes na porta do meu quarto, enquanto eu ainda terminava de me arrumar. Sigo rumo a porta saltitando apenas em um pé só (que estava dentro do tênis All-Star) enquanto eu tentava colocar o bendito calçado no outro, ao mesmo tempo que ia atender a porta.

Abro a estrutura branca de madeira a minha frente, encontrando Bobbi com uma expressão nada paciente, a mesma observando-me terminar de calçar meu outro pé com o tênis.

— Você está atrasada. – a mesma pronuncia, com um tom de voz nenhum pouco amigável.

Reviro os olhos.

— Me diz algo que eu não saiba. – murmuro também com meu humor nem um pouco agradável, a fazendo arquear as sobrancelhas enquanto eu ando até o espelho para dar uma arrumada em meu cabelo que estava um horror, ao mesmo tempo que Bobbi adentrava meu quarto sem ser convidada pra isso – E eu ainda tenho que ir naquela porra de museu com o Rogers. – reclamo, o "castigo" que o diretor Fury nos dera poderia não ser considerado uma punição para muitas pessoas, mas só o fato de ter que aturar o Rogers por uma hora inteira dentro de um museu, tornava esse, na minha humilde e sincera opinião, o pior castigo do mundo – Essa expedição tinha que ser justo em uma segunda-feira?! – indago inconformada.

Odeio segundas feiras tanto quanto odeio as noites de quarta-feira. Felizmente o beijo que rolou entre mim e Rogers aconteceu na sexta-feira, o que pra mim foi um alívio, pois felizmente aos fins de semana eu nem sequer ouço o nome daquela criatura, quem dirá o vejo. Mas esse fim de semana passou tão rápido que chega a ser frustrante, e agora eu estou prestes a passar uma hora na companhia daquela peste loira contra a minha vontade.

— Pelo menos vai ganhar alguns pontos extras em seu histórico. – a loira argumenta, e olhando por esse lado não seria tão ruim quanto eu imaginava – Se quer mesmo entrar pra Royal Academy of Dance, isso deve ajudar um pouco. – balanço a cabeça em concordância, Bárbara, como minha melhor amiga, certamente tinha conhecimento do meu maior sonho: me tornar uma bailarina profissional, e a Real Academia de Dança de Londres era um ótimo lugar para começar – A propósito, você já se inscreveu?

— Sim. – respondo com um sorriso estampado no rosto, o que a fez sorrir também – Agora só me resta esperar eles mandarem alguma carta ou ligarem para marcar uma audição. – explico, a observando assentir em compreensão – Bobbi, eu estou muito ansiosa e nervosa também. Será que eu tenho alguma chance de conseguir entrar?

Bobbi se aproxima de mim e coloca suas mãos sobre meus ombros, tentando me tranquilizar um pouco, e sorrindo amigavelmente.

— É claro que você vai conseguir Natasha. Você tem um talento incrível pra dança, e se eles não reconhecerem isso, pode me matar e me enterrar bem fundo, pois não quero estar viva quando o apocalipse começar. – rio de seu otimismo demonstrado de uma maneira bem... Estranha. Mas o que eu esperaria? É a Bobbi, minha melhor amiga maluca que sempre me apoia não importando como o faça – Agora vamos, ou perderemos o ônibus.

Assinto, pegando minha mochila, logo saindo do quarto juntamente com Bárbara.

[...]

Dez minutos! Aquele loiro dos infernos me deixou plantada em frente ao museu o esperando dez minutos. Todos os outros alunos já estavam lá dentro fazendo um rápido tour pelo local antes da expedição começar, enquanto eu, na minha impaciência, aguardava a chegada de Rogers exposta ao ar gélido de New York.

Eu estava vestida com roupas não muito chiques e nem muito desleixadas, apenas uma calça jeans e um casaco cinza escuro que me protegia do frio que estava fazendo, cobrindo a blusa de mangas compridas que eu usava. Em meus pés, os tênis All-Star pretos não haviam sido uma boa escolha, eu certamente deveria ter optado por uma bota quente e confortável.

Até poderia estar o esperando lá dentro, mas o infelizmente Rogers havia ficado com os papéis assinados pelo diretor indicando que era permitida a nossa entrada no local para a expedição sem ter que pagar por isso e tudo mais. Por que mesmo eu permiti que ele ficasse com esses malditos papéis?!
Bufo. Não fazia a minima ideia.

— Hey... O que está fazendo aqui fora? – a voz do segurança do museu me desperta de meus pensamentos irrelevantes, fazendo-me fitá-lo parado a porta do lugar.

— Estou esperando meu... meu... – penso por alguns instantes. Rogers não era meu amigo, nem meu namorado, e eu não poderia dizer: "o garoto que eu mais odeio no planeta, mas que pela injustiça da vida me acompanhará na expedição". Então, apenas disse o que era mais verdadeiro – Meu colega.

— Torça para ele chegar logo, a expedição começará em alguns minutos. – o homem de aparência meio rígida, mas estranhamente simpático, informa, fazendo-me assentir veementemente antes de observá-lo entrar no museu, deixando-me sozinha naquele frio cortante.

Eu juro que quando Rogers chegar aqui – isso se ele vier realmente – eu vou estrangulá-lo até a morte por me deixar plantada o esperando tanto tempo, aguentando o frio congelante que fazia meus dentes tremerem e minhas bochechas ficarem levemente roxas.

Tenho certeza de que o dia hoje vai ser longo e muito, muito cansativo mesmo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^

E Juh... Obrigada novamente ;****

COMENTEM, ACOMPANHEM, FAVORITEM E RECOMENDEM!!!!


ATMV!!!


Kisses ;***