Dez Desejos escrita por Gii


Capítulo 17
Sem escrúpulos


Notas iniciais do capítulo

Vocês são demais, esses comentários, olha... Não tenho o que falar, só agradecer da maneira que só uma autora pode: POSTANDO MAIS!
Já que estou de boa, estou postando e revisando o próximo, postando e revisando, e postando de novo. Com todos os esses comentários por capitulo, eu não podeira fazer outra coisa, né?
Neste capitulo, eu vou deixar as coisas mais sérias. Vamos esquecer um pouquinho plot principal, o que acham??
hehe
Boa leitura!



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Capitulo 17 — Sem escrúpulos

POV Claire

Aquilo era impossível! Quem conseguia resolver uma função dessas? Não importava quantas vezes eu fazia, cada hora dava um resultado diferente! Isso aqui é coisa de louco!

Eu tinha certeza que ia me dar tão mal nas provas. Seria impossível eu conseguir entender alguma coisa o suficiente para passar, ao menos, raspando na média final. Ainda mais do desastre das primeiras provas... Eu realmente precisava de nota.

Precisava de alguém que entendia para ao menos me dar uma explicação básica... Será que Nessie sabia? Eu quase me dei um tapa pela pergunta, era lógico que sabe. A garota é um crânio! Ela frequentava a escola mais pelas pessoas do que para aprender realmente algo.

Pena ser tão metida a ponto de nem me olhar na cara quando estamos na escola... Não que eu me importe de ficar sozinha lá, mas um "Oi, tudo bem, Claire?" não faria mal de vez em quando, ainda mais por ela conversar comigo normalmente depois que estava longe da sua turminha na escola.

Voltei para os livros na minha frente e esquecendo o assunto, me debruçando e pensando seriamente se devia rezar para ver se uma luz caia do céu e ilumine essa cabecinha minha.

Ao invés de luz, o que ganhei na verdade foi um susto.

Meu celular vibrou bem ao meu lado e me fez levantar correndo para apanhar meu celular e atender, quem eu vi na tela, ser a dita cuja que pensava antes.

— Olá Ness! — eu disse simpaticamente — Como você está amiga?

— Por que demorou em atender? — Ela berrou brava do outro lado da linha — Eu estou aqui, morrendo, me afogando em meus problemas e você nem liga, não é? Só pensa em você mesma Claire!

Eu suspirei pesamente.

— Me desculpe, eu não tinha percebido que o celular tinah tocado antes. — Eu disse me sentando na cama

— Aaah, você não percebeu que era EU ligando? Aah, muito obrigada pela consideração Claire! — Rosnou

— Me desculpe Nessie! Não é isso. — Eu suspirei — Eu vou tentar ser mais atenda da próxima, ok? Agora me diga, o que te deixou tão brava?

Ela pareceu pegar ar antes de berrar em planos pulmões para todo mundo ouvir.

— EU FUI SEQUESTRADA! — Ela berrou e eu levantei da cama com um salto muito alto — Quer dizer, quase.

Ouvi várias vozes do outro lado da linha, alguns rosnados e algo um som que não conseguir identificar.

— Renesmee, conta isso direito!

— Ta! Eu conto, mas calma! — continuou — Eu estava na loja, comprando várias roupas quando Rosalie foi ao provador. Então um grupo de arruaceiros me cercaram e começaram a falar... Coisas horríveis! Então me ameaçaram! Queria que eu entrasse em um carro estacionado em frente à loja. Mas eu não tive medo e até os enfrentei, dizendo que tenho gente me lutaria por mim (Ouvi uma exclamação afirmativa ao fundo) e fui bem forte. Acho até que desistiram de me sequestrar quando me viram resistir.

“Eles tinham uma faca e me ameaçaram mais, me chamando de vários nomes feios! Roubaram a minha bolsa e ainda por cima disseram que estavam fazendo aquilo porque eu não tinha tratado aquela tal de Giovanna, Anna, que seja, direito na casa da Sue! Disse que se eu não ficasse amiga dela eles iriam fazer algo bem pior do que apenas roubar a minha bolsa. Um deles ainda falaram que iriam me sequestrar e fazer coisas bem piores do que apenas ameaça.“

No fim, a voz dela parecia de um bebe prestes a chorar. Ela suspirou fundo, fungando pelo nariz.

— Tenho certeza que foi a Giovanna os mandou eles atrás de mim. — Sua voz saiu inocente — Mas o que eu fiz para ela? Quando encontrei ela na casa de Sue ela não parecia uma boa pessoa! Me olhou com nojo, como se tivesse inveja por eu e Sue sermos tão intimas! O que eu poderia ter feito?

Um chorinho pareceu soar pelo celular e eu desconfiei.

Tudo bem que não era uma boa hora para se desconfiar de sua amiga, mas ela nunca chorava assim. O choro dela era escandaloso, para todos prestarem atenção e não aquilo que eu ouvia.

Vários múrmuros voltaram a soar, sobrepondo o choro de Nessie no telefone e até alguns rosnados. Poucas coisas eu entendi antes da ligação cair. Ouvi algo como “Calma Renesmee” e “Vamos atrás agora mesmo...”

E eu senti meu coração gelar enquanto arregalava os olhos, percebendo só então o quanto os Cullens estavam bravos com Anna. E bem... Aquela não era uma boa noticia.

Vários vampiros correndo loucamente em cima de uma humana querendo vingança pela ameaça com certeza não era uma coisa saudável. Eu olhei para o meu celular, tentando decidir o que fazer.

Anna realmente tinha ameaçado Renesmee? Eu sequer sabia que elas tinham realmente se conhecido. O sol já tinha se posto e era madrugada, e eu não conseguia pensar em alguma maneira de descobrir qual parte eu confiava.

Renesmee era minha amiga e Anna eu apenas conhecera ela hoje, por poucos minutos depois do almoço.

Mas o que pesava era que Renesmee eu conhecia tão bem que sabia que com certeza metade daquilo podia ser coisa de sua cabecinha e que ela gostava de atenção.

E afinal, porque Anna faria aquilo? Ela morava de favor na casa de Sue, como ela iria ter dinheiro para tal ameaça? Todo o papo de Renesmee parecia cada vez menos improvável e sua origem, duvidável.

No fim, de qualquer forma, quem pagaria seria a Anna, que não tinha como se proteger de vampiros.

Claro que ela tinha Seth mas ele era apenas um lobo. Apesar de que ele daria a sua vida para salvar seu imprinting, então ele valeria um pouco mais e não desistiria. Provavelmente isso iria atrair o bando para separar ou não sei, ajudar a defender Seth dos Cullen.

E se não fosse controlado, levaria à uma guerra entre os Cullen e a matilha, com toda certeza.

Deus!

Peguei meu celular procurando loucamente o numero de Anna, que atendeu apenas no quarto toque.

— Alô? — ela atendeu, com a voz sonolenta.

— Anna, sou eu, Claire — Eu disse rápido — Onde você está?

— Dormindo... Claire, são duas da manhã...

— Na casa da Sue?

— Aonde mais? Claire, sério, eu sei que nos conhecemos hoje e tudo mais, foi legal, mas as coisas não tem sido muito fácil hoje e eu realmente queria dormir em paz...

— Não dá para você ficar dormindo! — Eu exclamei em desespero — Como eu posso falar isso? O Seth está aí? Se ao menos ele estiver vai ser mais fácil. Eu preciso falar com ele.

— Não, ele não voltou ainda. — A voz dela parecia magoada.

Santo Deus! O que eu iria fazer??

— Você está sozinha?? Meu Deus!

— Claire, você está me assustando. Por que você está fazendo todas essas perguntas?

Eu passei a mão pelos cabelos, nervosa, tentando pensar o que ela poderia fazer. Se ao menos tivesse um humano perto dela, talvez eles se segurassem...

— Olha, Anna, eu sei que você não vai entender nada, mas você precisa fazer o que eu estou dizendo. Você precisa sair daí agora mesmo. Venha para minha casa, pegue a moto e dirija o mais rápido que puder!

— O que? Por que isso? Claire...

— Droga, não tem como explicar tudo! Sabe, a neta de Charlie? Ela armou para você, você não pode estar sozinha agora, sabe Deus o que a família dela pode fazer! Por favor, não faça mais perguntas, só venha para minha casa!

— Renesmee armou para mim? Ah, pelo amor de Deus, é hoje que eu não vou dormir direito mesmo...

— Anna, apenas venha logo! — Eu exclamei, andando de um lado para o outro no quarto preocupada — Se você demorar, tenho certeza que eles estão indo atrás de você agora!!

— Ok, eu entendi. Eu estou indo. — Ela falou depressa, agora parecendo também desesperada — Obrigada Claire.

Ouvi o som de pés batendo sobre o chão de madeira antes de ela finalmente desligar.

Eu respirei fundo, tentando me acalmar, mas foi completamente em vão. Toda aquela agitação e o medo por Anna não conseguir chegar, ao menos, na parte mais populosa de La Push estava me comendo viva. Ainda havia aquela descrença por Renesmee ter realmente feito algo naquela proporção. Fiquei pensando o que Anna teria dito em seu primeiro encontro para ter conseguido o ódio tão ardente de Ness.

Pensando melhor, talvez Renesmee só tinha inventado algo quem Anna tenha feito para sua própria diversão. E envolvido sua própria família nisso. Será que ela não tinha escrúpulos suficientes para entender que alguns membros de sua família não eram exatamente muito racionais quando se tratava dela?

Voltando à realidade, peguei meu celular e disquei, pensando que seria bom mais ajuda naquilo. Eu precisa de mais alguém entendendo a situação e não existia alguém melhor do que Quil.

—Alô? — a voz masculina ecoou nos meus ouvidos e eu senti meu coração acelerar.

— Quil, preciso de sua ajuda, rápido.

POV Anna

Que merda será que aquela garota tinha aprontado? E por que raios para cima da minha pessoa ainda? Eu sequer a vi mais do que uma vez e ainda, na ocasião, fora ela que não foi com a minha cara. Eu sequer fui mal educada!!

Pela voz de Claire pelo telefone, eu podia esperar realmente algo muito sério. Ela tinha armado algo contra mim e agora tinha um bando de vampiros vindo atrás de mim.

Argh, que vontade de pegar uma bazuca e explodir a cabeça dela!

Eu agarrei o vaso com a flor que realiza desejos, pensando que não podia mante-la longe das minhas vistas enquanto eu corria.

Desci pela escada correndo, pulando tantos degraus que eu tropecei e quase cai de cara no chão. Só me faltava eu cair e quebrar ainda o vaso! Eu saí da casa, correndo em direção à garagem. Com grande dificuldade eu consegui abrir-la, e ganhei em troca uma dor aguda no tornozelo quando eu torci na pressa de empurrar a moto vermelha para fora.

Estava tudo escuro e o chão estava enlameado por conta da chuva de mais cedo. A moto escorregava mais do andava e eu própria tinha os tenes atolados enquanto andava tentando carregar a moto e a flor ao mesmo tempo.

Enquanto eu tentava tirar o meu celular do bolso para ligar para Jonathan, eu consegui fazer a flor cair e a moto atolar em um buraco.

Eu escorreguei na lama e bati o pé na moto, sentindo uma dor alucinante no mesmo tornozelo de antes. A moto, apoiada em mim pesadamente, continuava atolada em um buraco cheio de barro vermelho e eu tive que liga-la e acelerar para verse conseguia tira-la do lugar.

Entrando em desespero que a cada segundo que eu estava ainda ali, era um minuto a menos que eu poderia chegar à tempo na casa de Claire. O medo começou a se enraizar com facilidade em mim naquela momento, com o que qualquer um dos Cullen poderia querer fazer comigo, sem saber o que Renesmee poderia ter inventado de mim para que tivessem tanta raiva.

Quase com falta de ar, eu empurrei com toda minha força a moto, acelerando e finalmente vendo ela desatolar. Abaixando o mais rápido que pude, pegue novamente a flor que tinha caído no chão, saindo do meio da terra e encontrando o asfalto.

Eu subi em cima da moto com rapidez, desesperada, colocando o vaso de flor entre as cochas.

Quando a moto empinou em meu desespero, eu gritei morrendo de medo. A moto bambeou mais um pouco quando voltou ao normal e eu finalmente consegui acelerar sem esforço pela estrada, o máximo que a moto suportava.

Desejando uma coisa mais rápida, sabendo que ela não seria nada perto da velocidade vampírica, eu dirigi, com o vento açoitando meus cabelos e meu rosto junto com aquelas gotas grandes de chuva que começaram a cair e pareciam penetrar na minha pele e chegar aos ossos, me fazendo tremer tanto que mal podia enxergar direito.

Eu comecei a xingar quando a chuva começou a aumentar e eu não sabia se eu diminua a velocidade ou arriscava continuar correndo.

No meio daquela adrenalina toda, eu não tinha realmente notado a dor que vinha do meu tornozelo, mas agora ela fazia-se cada segundo mais presente, com pontadas alucinantes sem que o movia.

A dor foi insuportável em um momento e eu comecei a considerar que a minha situação não era a mais vantajosa, e que eu provavelmente, seria alcançada logo.

Sem conseguir usar um pé, com o vaso entre as pernas e tremendo tanto que não via nada, segurei o celular discando o numero do Jon, que no momento era o único que eu conseguia pensar enquanto eu via que minhas chances se encurtavam a cada segundo. Ao menos tinha que avisar alguém, isso era tudo que eu pensava.

Eu já estava na metade do caminho para a casa de Claire, mas não era o suficiente. Sentia em meu estomago que eu estava sendo seguida da perto agora.

Não fui rápida o suficiente.

— Alô? Anna? — Ouvi a voz soar através do aparelho e eu suspirei, feliz por ele ter atendido.

— Jonathan! Eu preciso de ajuda, eu acho que não vou conseguir-

E realmente não consegui. Nem terminar a frase, nem chegar à casa de Claire.

Um som ensurdecedor se fez me interrompendo durante a ligação e me assustou o suficiente para eu perder o equilíbrio. Antes mesmo que pudesse ver, estava virando a moto, capotando pela estrada.


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Notas finais do capítulo

Vou deixar o spoiler para vocês: O nome do próximo capitulo é "Morta".



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