Dez Desejos escrita por Gii


Capítulo 18
Morta


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores!
Bem, temo que hoje este será o ultimo capitulo do dia. Eu digo isso pois é sexta feira, quase 17h e eu to sonhando com uma balada que vai ter hoje. Eu espero que vocês tenha curtido bastante todos os capitulos de hoje e que gostem ainda mais deste capitulo. Ele não é muito grande, mas será compensado na quantidade com os próximos, ok?
Boa leitura!



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Capitulo 18 — Morta

Pov Anna

Pisquei freneticamente tentando abrir os olhos. Minha cabeça doía e tudo parecia rodar mesmo enquanto não estava de olhos abertos. Meu corpo, inteiro dolorido, menos as pernas.

Acho que acabara de descobrir como uma roupa se sente ao ser jogado dentro em uma maquina de lavar. Cada partícula do meu corpo parecia gritar ao mesmo tempo Ai.

Finalmente consegui abrir os olhos e a primeira coisa que eu vi foi uma luz branca, que me hipnotizou por um momento. Meus olhos arderam e se encheram de lágrimas ao ficar algum tempo a mais olhando. Fria e ininterrupita.

Oh, não.

Eu estava vendo a luz.

Eu havia morrido!!!

— Não, eu não posso morrer! Saia daqui luz macabra! Eu ainda vou viver! — Eu briguei, fechando os olhos novamente e virando o rosto para ela, decidida que não, eu não iria me entregar sem lutar, quando a voz de Jonathan me chamou a atenção.

— Anna? — Ele apareceu ao meu lado — Você acordou!

Ele pulou em cima de mim e me abraçou, fazendo-me perceber, só agora, que eu estava na verdade deitada em uma cama.

— Pensamos que talvez você dormisse por mais alguns dias. — ele falou rindo — Sonífero forte, em?

Hã?

Eu olhei para a luz novamente, vendo agora que na verdade era a lâmpada e o teto. Acompanhei o teto até a parede e da parede ao chão.

No canto do quarto tinha uns sofás beges e ao lado da minha cama vários aparelhos que só agora eu percebera que faziam barulhos e bips. E na verdade, não era nem uma cama que eu estava deitada, era uma maca.

Bem que achei que a morte estava doloridade demais...

— Por que estou no hospital?

— Não se lembra de capotar aquela moto? Também, você estava dirigindo na lama, no meio daquela tempestade, falando ao telefone e com o pé quebrado... Você poderia não ter capotado??

Eu parei, tentando me lembrar de alguma coisa, mas nada realmente veio além da terrível dor de cabeça. Eu fechei os olhos.

— Você está sentindo dor? Vou chamar a enfermeira.

Concordei com um aceno de cabeça e ele saia do quarto logo em seguida. Levei minhas mãos para a nuca, onde parecia particularmente dolorido e tentei massagear a tempora. Ardeu quanto toquei sobre um corte superficial, então eu desisti de tentar aliviar qualquer coisa.

Apenas agora eu começava a notar o quão ferrada eu estava. Havia alguns arranhões e esfolados em meus braços e eu notei que tinha uma perna inteira enfaixada.

Ah, o tornozelo. Eu lembrei de ter torcido ele de uma forma terrível!

— Estranho — falei para eu mesma, ao perceber que eu não sentia nenhuma dor agora. Quando eu estava sobre a moto, doía muito e agora não tinha nenhuma dor. Eu tentei mexer para testar a dor, mas para minha surpresa, eu não consegui.

Eu continuei em silencio, tentando mexer não apenas uma, mas as duas, não obtendo sucesso algum.

Será que...

— Ah! A Srta acordou. — A enfermeira loira exibiu um sorriso assim que abriu a porta, tomando minha atenção. — Como você se sente?

— Péssima.

— Pelo menos você está sentindo algo, não é? — Jon acrescentou, fazendo uma piadinha, mas nem eu, nem a enfermeira achamos graça.

Ela se aproximou rapidamente, verificando os aparelhos ao redor, e anotando coisas na sua prancheta.

— Você já está normalizando — Ela comentou após mais alguma verificação. — Eu vou chamar o médico.

Assim que ela saiu, deixando apenas eu e Jon, eu senti a minha crescente dúvida crescer.

— Jon — Eu chamei em um sussurro.

Jon pareceu perceber meu desespero, não só pela cara de pavor que eu provavelmente agora exibia, mas pelas maquina ao meu lado que começava a apitar loucamente.

— E-eu não sinto as minhas pernas — disse em desespero e ele seu rosto se transformou em uma mascara.

— Anna...

Eu senti as lágrimas se formando nos meus olhos quando ele se aproximou pegando a minha mão.

— Eu estou...

Ele balançou a cabeça minimamente, e eu senti minha cabeça rodar.

— O médico disse que tinha quase certeza porque havia algo na medula espinhal, mas precisava você acordar para finalizar os exames. Ele não tem nenhum laudo final ainda — disse ele e eu cobri o rosto com as minhas mãos, não conseguindo acreditar.

Eu estava paraplégica!

— Ei, ei, não chore! Calma Anna, pelo amor de Deus, eu já pensei em tudo. Você não vai ficar assim, ok?

— E o que você vai fazer Jonathan? Não é só porque agora você está esbanjando dinheiro que vai achar uma cura assim!!

— Eu não disse que ia usar o meu dinheiro. — Ele sorriu de lado, aquele maldito Sorriso Flint.

Eu encarei o vaso de planta com a Flor Solitária nas mãos dele e o seu rosto por alguns segundos antes de entender o que se passava naquela cabeça dele. Fiquei imaginando quanto tempo ele teve para ele pensar naquilo.

Imediatamente toda a pressão que se formava em meu peito sumiu e tudo que eu conseguia falar foi um aliviante:

— Ah!

Ele riu, olhando para minha reação.

— Eu não tenho certeza se funcionará com isso, mas pelo que nós vimos, são havia restrições nenhuma. — Ele comentou — Eu teria feito antes de você acordar, mas eu queria ter certeza antes de gastar o desejo. Da ultima vez você foi tão regulada com eles que eu achei prudente apenas esperar mesmo.

— Bom que aprendeu a lição — Eu tentei rir, tentando relaxar o corpo dolorido. — Mas realmente, não faria mal se você acabar logo com isso. É uma sensação terrível não conseguir mexe-las.

Ele bateu continência para mim antes de puxar uma das sete pétalas restantes da flor e fechou os olhos. Fiquei olhando para ele, esperando uma daquelas distorções que aconteceram d aultima vez que fizemos algum desejo, mas pelo contrário, a única coisa que mudou foi a expressão estranha que Jonathan agora exibia.

Então, houve uma leve formigação pelo meu corpo, como um sopro quente e aconchegante e então Jonthan já abrira os olhos, sorrindo para mim.

Eu fiquei temerosa de não ter funcionado.

— O que está esperando? — perguntou — Teste logo!

Joguei as pernas para fora da cama, soltando uma risada leve e encarei-as. Testei mexer os dedos dos pés, sentido cosquinhas e uma pontada de dor no pé esquerdo.

— Quero ver o que os médicos vão dizer quando ver você curada — Jon disse começando a rir — Apesar de que o médico que está tratando de você talvez até adivinhe o que aconteceu de verdade, já que é um vampiro.

Eu parei com a minha brincadeira de pés e o encarei perplexa.

— Vampiro? — eu perguntei surpresa — Carlisle me atendeu?

Jon pareceu se lembrar de algo no mesmo instante e fechou a cara.

— Logo que cheguei com você e Quil, Carlisle veio te atender — ele disse — Sabe, Seth não queria me deixar ficar aqui. Na verdade nenhum dos lobos queria. Graças ao vampiro que eu fiquei pelo menos uma hora por dia.

— Então, até agora era só Seth e os lobos que ficaram aqui e não deixaram você entrar? — eu perguntei — E você só ficou agora aqui?

— Eu tenho uma baita sorte, não é? Você acordou na minha vez.

Eu não pude continuar com as perguntas que formaram na minha cabeça imediatamente, pois a porta se abrir e um homem de jaleco branco com uma pele extremamente pálida, interrompendo minha linha de raciocínio.

— Então, a Srta Scavattine finalmente acordou? — Falou o Doutor chegando perto de mim e olhando em uma prancheta em sua mão — E então? Como se sente?

Eu sorri, completamente deleitada com a visão de Carlisles. Nunca pensei que um dia diria isso, mas... Caralho, como um ser pode ser tão bonito assim? Agora eu entendia Bella.

— Meu tornozelo esquerdo realmente dói e minha cabeça lateja um pouco também, mas fora isso, acho que nem devia estar aqui.

Carlisle me olhou por cima da prancheta por um minuto inteiro antes de falar alguma coisa.

— Você está sentindo as pernas? — Ele perguntou, parecendo descrente.

Troquei um olhar longo com Jonathan antes de voltar a encara Carlisle. Eu demonstrei para ele que conseguia mexer muito bem as pernas e que o único problema seria realmente no o tornozelo.

Durante todo o tempo, ele não disse nada, com a testa franzida e olhando alguma coisa em sua prancheta. Definitivamente, surpreso.

Eu decidi que, se eu fosse mesmo contar para Seth a verdade, talvez fosse melhor que eu contasse à todos sobre o meu pequeno segredo. E tamém porque eu estava cansada de mentiras e seria hilário ver a cara dele.

— Qual o problema, Doutor? — perguntei, com uma cara de inocente.

— Oh, não. Não é nada realmente. Você teve muita sorte em sair quase ilesa do acidente, srta. Scavattine.

Eu sorri genuinamente.

— Na verdade não, Doutor. Eu realmente fiquei paraplégica. Jonathan aqui é testemunha que fiquei.

— Você vai contar para ele?! — Jonathan exclamou, surpreso e parecendo não gostar daquilo.

— E mentir para que? Não há ponto nisso.

— Eu acabei de falar que eu queria saber o que ele iria tentar falar para justificar a sua cura! Ia ser hilário!

— Só fique quieto aí. De qualquer forma ele vai descobrir logo, Seth já sabe que eu sei tudo sobre o imprinting. Duvido que vai demorar para cair nos ouvidos do próprio Carlisle aqui sobre nós.

— Mas como ele descobriu? — Jonathan me olhou horrorizado!

— Depois eu te conto, ok? — Eu finalizei a conversa, me voltando para o vampiro, que tinha um olhar crítico sobre nós — Carlisle, antes de qualquer coisa, eu vou ter que pedir para você não contar para ninguém o que eu vou te dizer.

— Se você disse que logo todos vão saber, por que o segredo? — Disse esperto e eu sorri.

— Eu mesma quero contar.

Ele me encarou mais um momento, parecendo procurar algo em meus olhos. Eu não sei o que foi que ele achou, mas logo em seguida disse:

— Tudo bem. Eu prometo.


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Notas finais do capítulo

Bom fim de semana e vejo vocês logo mais!! ;)



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