Capitulo 16 — Primeiro passo para ruína eminente.

POV Anna

Essa foi a coisa mais idiota que já me aconteceu.

Que decadência, como eu consegui deixar escapar isso tão facilmente?? Parece até filme mexicano!

O rosto dele parecia mais branco do que o normal, parecendo extremamente espantado, como se tivesse visto um fantasma, me precionando a contar o que eu deixara escapar. Santa boca!!

—V-você sabe? — Ele gaguejou freneticamente, não conseguindo se controlar.

Eu estava tão fudida! Como eu poderia tentar arrumar um deslize daqueles? Eu havia dito com todas as letras sobre o imprinting e ainda usara Renesmee de exemplo!! Eu poderia ter sido mais imbecil?

Comecei a suar frio ali, ficando sem saída.

Eu tinha duas opções. Falar a verdade, contar tudo — e isso incluia sobre o imprinting forçado que eu havia feito, sobre a briga inventada de Jonathan, e sobre a flor máquina — ou inventar uma mentira para encobrir todas essas mentiras e evitar qualquer reação ruim dele.

— O que? — fingi desentendimento, tentando adiar mais um pouco meu sofrimento.

— Do imprinting. — Ele se aproximava mais de mim, começando a ficar irritado com a minha demora para resposta — Aonde você ouviu sobre isso e o quanto sabe sobre?

—Você entendeu imprinting? — eu tentar soltar uma risadinha forçada. — Eu não falei imprinting. Eu disse outra coisa. Eu quis dizer... Rinite. Isso! Rinite. Sabe, Sue me disse que Renesmee tem rinite, e você... Sabe... não?

Ele me encarou, descrente.

— Giovanna. — ele me repreendeu — Diga a verdade, pare de mentir para mim. Você sabe sobre o Imprinting?

O que eu poderia fazer? Negar? E como encaixar aquela frase maldita em uma mentira melhor? Ainda mais do esculacho de mentira que tentei inventar agora. Ah, eu estava perdida!!!!!

Complemente derrotada, desejando que Jonathan aparecesse e me arranjasse uma boa desculpa, eu respirei profundamente.

Ok, eu desisto.

— Sim, eu sei o que é. — eu suspirei, deixando meus ombros cairem, junto com todas as minhas barreiras e camadas de mentira. Por um segundo me senti como se estivesse nua na frente dele. E acredite, não foi de uma maneira boa isso.

Eu pensei que o garoto morreria, pois estava tão pálido e com cara tão espantada, que eu não conseguia pensar em outra coisa que ele estivesse tendo um ataque do coração!

Uivo extremamente alto ecoou por toda a casa, parecendo raivoso e eu dei um pulo de susto, meu coração indo parar na minha boca.

Eu vi Seth abaixar os ombros, como se estivesse se curvando levemente e olhou imediatamente para a janela da frente da casa. Eu não precisei de muito mais para entender do que se tratava.

Seth começou a dar passos em direção a porta, os pés arrastando-se atrás dele e a expressão parecia de culpa ou algo assim, mas no ultimo momento ele estacou o passo e se virou para mim.

Sua expressão perplexa substituída por um brilho novo e estranho, e pareendo completamente curioso e surpreso. Com duas longas e demoradas passadas, como se estivesse forçando suas pernas contra alguma coisa que puxava para o lado ao contrario ele parou na minha frente

— Como você sabe? Eu não saio enquanto você não contar tudo.

Viu Giovanna, a onde você se meteu? Aprenda a nunca contar mentiras, sua imbecil, agora está nessa enrascada, quero só ver o que ele vai fazer quando ouvir tudo!

Não adianta ficar adiando agora. Já foi tudo pro beleleu, pensei.

— Seth, é complicado...

Outro uivo ecoou, mas forte e alto e não havia como alguém não se remexer de medo com aquele som. Olhei para Seth, que parecia mais e mais tenso. Ele estava se metendo em encrenca se não fosse até lá.

— Me conte!

— Eles estão de chamando! Vá logo antes que venham atrás de você e se meta em alguma encrenca por minha causa. Eu não vou fugir. Conto tudo quando você voltar, mas ande logo, deve ser importante!

ele arregalou os olhos totalmente chocado, como se eu tivesse dito algo muito pior do que imprinting.

Aaah, ótimo, eu estava causando o efeito contrário??

— VAI LOGO! — Eu comecei a empurrar seus ombros em direção à porta. Ele se deixou ser empurrado, ainda parecendo alheio e em outro mundo. Só quando eu já estava quase na porta, foi que eu percebi que ele murmurava baixinho.

— Ela sabe de tudo...

O uivo ficou mais perto e me ensurdecia e Seth continuava a me olhar, com um brilho novo e alucinado nos olhos. Se Jacob estava uivando que nem um maluco daquele jeito o negocio devia ser mais do que importante e a droga do Seth cotnuava que nem uma estatua parada ali! Eu dei um ultimo empurrão nele, quase derrubando-o, mas ele aparatou com a perna e usou o movimento para continuar a andar em direção à porta.

— Você não escapa de mim mais tarde, Anna! — Ele sorriu triunfante para mim — Eu com certeza vou saber tudo!!

E saiu correndo, como um doido desvarrido, muito rápido mais do que eu poderia esperar, sumindo entre as arvores da floresta.

E eu continuei parada com uma unico pensamento na cabeça: Eu estava completamente enrascada.

Eu precisava de Jonathan.

Algumas horas à frente...

POV Jonathan

Renesmee não parecia ser do tipo que ficaria quieta ao descobrir que Anna poderia ser uma rival formidável.

Eu sabia, pelo modo que a Vaquinha havia falado, que não tinha abaixado a cabeça para a meia-vampira nem por um segundo e eu tinha a impressão de que Renesmee havia levado aquilo pro lado pessoal.

Eu sempre fui muito protetor em relação á Anna, tanto que na escola, todos que Anna disse que a irritavam, eu fazia questão de conversar pessoalmente.

Acho que Anna sempre pensou que eles se cansavam de lhe encher o saco e simplesmente desistiam, ela nem percebia o que acontecia e como eu a protegia desde sempre.

Bom, não seria diferente o que eu faria com Renesmee. Ela precisava de uma ou duas lições para entender que não se mechia com Anna.

Ela podia até ser uma vampira, mas agora eu tinha realmente muito dinheiro e, se me lembrava bem, vampiros são inflamaveis.

Finamente a outra vampira que estava com ela tinha se distanciado o suficiente de Renesmee. Eu olhei para os outros caras e apontei para para Renesmee, e imediatamente eles entenderam.

Meu estomago estava muito agitado e eu sorri maligno. Eu havia esperado pacientemente no meu carro preto no acostamento, um pouco á frente da entrada da estradinha escondida para a casa dos Cullen por tempo suficiente assim que saí do encontro com Anna.

Eu não era estúpido o suficiente de me meter com vampiros sozinho, mas nem por isso eu ia deixar de alertar aquela garotinha ridícula que era Renesmee, então contratei pessoas para me ajudar com isso.

Eu fiquei sozinho, lembrando que havia uma vampira vidente entre os Cullen, e fiquei apenas de ligar para os caras se a garota saísse. Não havia nenhuma certeza de que eu fosse realmente agir hoje, mas eu pensei que não custava nada começar por hoje.

Quando ela fez, foi em uma Ferrari sendo dirigido por uma vampira loira.

Eu fiquei andando pela rodovia atrás dela, sem tocar no telefone pelo máximo de tempo possível, até que elas pararam em Port Angeles, rodeado de lojas e mais lojas.

Eu liguei para os caras, ainda tentando fazer a decisão ser apenas ‘fazer compras e procurar uma menina bonita’. Eu não havia dito o que exatamente iriamos fazer quando os contratei, a não ser o que eu queria que fosse dito, então não havia muitas chances de a vampira vidente saber algo. Pelo menos era o que eu estava torcendo.

A vampira loira foi ao provador com umas cinqüenta roupas ou mais, deixando a garota sozinha na loja e eles saíram do seus esconderijos e se dirigiram à ela.

— Olá garota — Disse um de meus homens com uma tatuagem de dragão no braço.

A garota virou bruscamente, com os olhos assustados por um instante, mas depois o olhar sumiu, deixando transparecer superioridade, o que me deixou um tanto quanto... Irritado.

— O que vocês querem? — ela disse raivosa, mas dando dois passos para trás e os virando levemente para a saida mais próxima, pronta para fugir.

— Nada de mais. Só dar um aviso — Disse outro dos homens contratados.

— E é melhor levar o aviso á sério. — Falou da tatuagem no rosto — Porque da próxima vez, não será nós que viremos, e com certeza não será um aviso.

— Vocês não podem fazer isso. — Ela disse com ar superior, mas não menos tenso — Vocês estão se metendo com a garota errada! Não conhecem minha família e meus amigos.

Eu revirei os olhos, dispensando a ameaça dela.

— Olha bem aqui garota, eu vou lhe avisar uma vez e não espero que não se repita. — Eu rosnei para ela — Se você irritar mais uma vez a minha Giovanna, fazendo qualquer, eu disse QUALQUER coisa, eu vou lhe causar uma dor tão grande que não terá como você faze-la parar. Vou te tirar o que há de mais precioso! E acredite, eu conheço muito bem você para saber o que irá te atingir.

Eu falei cuspindo com raiva e dei as costas para ela, antes que eu virasse um tapa em sua cara. Aquilo seria apenas um aviso e eu não uma agressão. Eu apontei o dedo na cara dela antes de sair de vez:

— E se contar para qualquer um sobre nossa conversinha, eu vou saber, e você vai se arrepender muito de ter feito isso.

Deixando a garota com um olhar descrente para trás, eu saí junto dos homens que contratei, rindo pelas minhas costas. Pelo visto eles achavam desnecessário toda aquela conversa e que esperava um pouco mais de ação para um cara tão rico como eu.

Eles não entendiam do mesmo modo que eu. Aquela ameaça era uma coisa um pouco mais séria do que parecia.