Legado de Uma Paixão escrita por BrinaBella


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oiiii pessoal, aí vai mais um pouquinho dessa história, agora que as coisas começam a complicar de verdade...rsrsrs

Espero que gostem e comentem muito...



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Quando Bella acordou, o quarto es­tava imerso na escuridão. Sua men­te toi clareando aos poucos, à medida que seus olhos se acostumavam com a penumbra. Emitindo uma exclamação, ela se sentou, assustada. Que horas seriam? Por que Edward não a acordara?

 

Procurou o interruptor ao lado da cama. Acen­deu a pequena lâmpada de leitura, e o aposento se iluminou. Pegou o relógio na mesa-de-cabeceira e viu que eram duas e meia.Sentada na beira do leito, correu os dedos pelos cabelos desalinhados. O som de uma respiração pro­funda e regular indicava que seu companheiro ainda dormia. Descalça, caminhou, aproximando-se do sofá.

 

— Edward? — chamou-o com suavidade.

 

Tivera a intenção de culpá-lo pelo adiantado da hora, mas notara que decerto ele estava exausto. Ele permanecia na mesma posição de quando se deitara.As feições angulares dele se suavizaram pelo sono, dando-lhe uma aparência mais jovem. O paletó com que se cobrira havia escorregado para o chão.

 

Bella se aproximou um pouco mais e tropeçou nos sapatos dele. Quase caiu em cima dele, mas conseguiu se equilibrar.

 

"Acorde-o logo e pare de ficar olhando para ele como uma tola!", ordenou-se. Não poderia se dar ao luxo de sentir piedade pelo cansaço de seu acompanhante. Precisavam voltar para Londres.

 

      Edward! — Com os lábios próximos ao ouvido dele, disse seu nome com firmeza, e então afastou-se,esperando que ele se levantasse, mas, além de um leve movimento das pálpebras, não se me­ xeu.

— Edward, já é tarde!

 

Daquela vez, os decibéis de sua voz não foram tão gentis, mas, mesmo assim, por incrível que parecesse, ele apenas se virou para o lado.

      Acorde! Agora! — Bella ajoelhou-se, chacoalhando o ombro dele.

 

Se Edward não acordasse logo, iria deixá-lo ali, decidiu. Nesse momento, ele emitiu alguns gemi­dos, e Bella sé sentiu encorajada.

      Ande, são duas e meia! — ela insistiu e suspirou aliviada quando Edward se virou, os olhos se abrindo aos poucos.

 

A sensação boa de Bella acabou quando per­cebeu a expressão dele: um ardor sensual que a imobilizou como correntes de aço. Não tinha certeza se Edward a vira ou se ainda estava imerso no mun­do dos sonhos. De que tipo seriam? Sentiu o sangue latejar nas têmporas e o coração bater acelerado.

 

Só quando o olhar de Edward desceu para o decote do blazer,Bella, tarde demais, percebeu que os dois botões de cima estavam abertos, re­velando a curva dos seios macios e tentadores. Seguindo o movimento da mão de Edward,

ela ficou observando-o desabotoar os botões restantes para descobrir o que ainda se escondia. O mur­múrio dele fez com que ela o fitasse, com expressão confusa.

 

      Edward, já é tarde. Nós... dormimos demais.

As palavras foram dissolvidas em um gemido de prazer quando Edward envolveu-lhe o pescoço, puxando-a para si e pousando os lábios sobre um dos mamilos intumescidos. Com a língua e os den­tes, explorou a área sensível. O queixo áspero arranhava-a, excitando-a.

 

Aquilo era uma irresponsabilidade, e Bella sabia que se arrependeria mais tarde de sua fra­queza. Mas, naquele momento, a vontade de ter mais era muito forte para ser ignorada.

 

     Pare! — A súplica não surtiu efeito. Colo­cando as mãos nos ombros de Edward, Bella empurrou-o, tentando desvencilhar-se.

 

Quando Edward levantou a cabeça, a sensação de perda foi tão intensa que ela não conse­guiu disfarçar a frustração que a acometeu.Os olhos dele, fixos nos dela, ainda queimavam de paixão. O modo como os músculos das faces se moviam indicava que não havia sido fácil para obedecê-la.

 

     Por quê? — O tom rouco da voz de Edward fez com que ela estremecesse.

As mãos dela ainda estavam firmes nos ombros largos, e sentia o contorno dos bíceps por baixo da camisa de tecido leve. Bella sabia que devia afastar-se, mas foi incapaz de quebrar o contato.

     Por quê? — Bella repetiu, num fio de voz, confusa demais para responder.

     Por que quer que eu pare? Edward se sentou.

 

Havia vários motivos para Bella querer que Edward parasse com as carícias, mas, de algum modo, não conseguia se lembrar de nenhum. O desejo ainda se manifestava em suas veias, der­rotando cada fibra de bom senso que possuía.

      Não podemos passar a noite aqui, Edward.

   Neste exato momento, não consigo pensar em nada melhor para fazermos.

   Quer dizer: sexo — ela completou, quase con­seguindo alcançar o tom pragmático que desejava. — Você estava dormindo. Não o responsabilizarei pelo que fez.

 

Reunindo todas as forças, Bella conseguiu afastar as mãos dos ombros de Edward, mas, como se desejasse prolongar o contato, desceu-as pelos braços dele. Edward, atento, segurou-a, entrelaçando os  seus de­dos aos delicados dedos de Geórgia.

 

   Despertei de um sono profundo para deparar-me com curvas suaves e convidativas bem ao alcance de minhas mãos. Agi como a maioria dos homens saudáveis agiria, mas não estava dormin­do. Muito menos agora.:.

   O fato de conseguirmos controlar nossos im­pulsos é o que nos separa... pelo menos na maio­ria... dos animais irracionais.

   Não confunda o instinto básico com algo vul­gar ou sórdido, Bella. — Com firmeza, Edward impediu que ela se soltasse para cobrir os seios expostos. — Às vezes, deve-se confiar na vontade. Seu corpo está implorando para entregar-se ao prazer das minhas carícias.

   Está tarde, é melhor partirmos — tentou argumentar, procurando, desesperada, acreditar no que dizia.

 

Bella  nunca sentira aquela paixão profunda e primitiva quando estivera com Mike. Mas aquele estranho, que não significava nada para ela, con­seguira enlouquecer seus sentidos. Um leve som de angústia e confusão escapou-lhe da garganta.

 

      No minuto em que vi seus cabelos caírem em suas costas, tão suaves, desejei vê-los contra seu corpo nu.

 

Bella umedeceu os lábios com a ponta da língua ao ouvir a confissão. A vitalidade de Edward era quase contagiante, era como se tivesse mais vida do que as outras pessoas.Devagar, sem deixar de fitá-la, ele deslizou o blazer dos ombros dela.Ela fechou os olhos, arrepiada. Edward o tirou, solene, como se estivesse participando de algum ritual sagrado, como se Bella fosse uma deusa.

 

     Quer que eu pare? Quer? — insistiu, segurando-a pelo queixo, para observar o brilho de seu olhar.

O apelo sexual de Edward tinha uma insolência que Bella, em seu estado normal, repeliria, mas, naquele momento, era como se estivesse sen­do desafiada e desejasse enfrentar o desafio.

  Não, não quero. — Ao dizer aquelas palavras, sentiu um profundo alívio percorrê-la.

  É melhor ter certeza disso. — Era um aviso, e Bella estremeceu.

  Tenho certeza. — Estranho, mas tinha mes­mo. Nunca se sentira tão segura em toda sua vida.

  Não está me usando para se vingar de seu "ex"?

Bella corou. Não porque ele tivesse ra­zão, mas porque sabia que, um dia, fora capaz de pensar em tal futilidade.

      Isso mudaria algo? — perguntou, irritada porque, agora que tomara uma decisão, não queria que seus motivos fossem questionados. Tampouco sabia quais eram seus motivos, para ser franca. Só estava certa de uma coisa: aquilo nada tinha a ver com vingança.

     Mais tarde, talvez. Mas não agora. — Os lábios dele se curvaram num sorriso estranho.

Edward se levantou, puxando-a. As pernas dela estavam fracas e incapazes de suportar o peso do corpo. A enormidade do que fazia blo­queava todos os outros pensamentos. Levantou o rosto para fitá-lo.

 

Edward gemeu e pegou-a no colo com a mesma facilidade com que se pega uma criança.Bella estava quebrando todas as regras que sempre haviam governado sua vida, mas era de­licioso envolvê-lo nos braços e aconchegar a cabeça no peito protetor, até deitarem-se na cama.

 

A intensidade da paixão que os envolvia crescia a cada momento, até um ponto onde ambos não conseguiram mais adiar a consumação daquele ato de amor, o instante em que se uniriam e se fundi­riam em uma só explosão de sentidos e emoções.

 

Bella se entregou por completo, fechando os olhos para melhor desfrutar aquelas sensações ar­rebatadoras. Acompanhou os movimentos rítmicos de Edward , subindo cada vez mais alto, sentindo-se como parte daquele homem que a possuía.

 

A primeira contração de prazer absoluto atingiu-a quase ao mesmo tempo que Edward emitiu um grito rouco. Juntos chegaram ao clímax, exaustos e ofegantes, mas satisfeitos com a jor­nada que lhes proporcionara aquele delírio.

 

Nem uma palavra foi dita. Permaneceram em silêncio até Edward adormecer, ainda acariciando os cabelos dela.Ela estava muito tensa. Não se arrependia do que fizera. Fora tudo tão perfeito e gratificante! Nunca imaginara que fazer amor pudesse ser algo tão puro e maravilhoso.

 

Mas o que representara para Edward? Ele a amara com sensibilidade e generosidade, mas aquilo não significava que não a considerasse apenas uma aventura passageira.Bella tinha de encarar a verdade. O embaraço da manhã seguinte arruinaria brutalmente aquela memória doce e mágica.

 

Procurando não fazer barulho, saiu da cama e apanhou suas roupas. Vestiu-se no banheiro, os olhos banhados de lágrimas.Bella tentava conter o pranto enquanto dirigia pelas estradas escuras e desertas. O que Edward pen­saria quando acordasse e não a encontrasse a seu lado? Ficaria aliviado? Irritado? Talvez, uma mistura de ambos, decidiu, inconsolável. Fizera questão de pagar a conta do hotel, apesar de saber que a despesa pesaria em seu orçamento do mês seguinte.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

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bJS