Legado de Uma Paixão escrita por BrinaBella


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Pessoal!!!!Valeu pelos reviews!!!Desculpem a demora em postar mais, mas eu tive alguns probleminhas com minha net e que só consegui resolver hoje, estava quase sem cabelos e unhas pq fiquei sem net esses dias, mas ai está um novo capítulo, espero que gostem e em breve postarei mais!!!!Comentem!!!!!!!



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Bella voltou para o escritório na terça-feira. Observando a aparência no espelho da entrada, ficou feliz ao notar que nenhum traço dos eventos do final de semana apa¬reciam em seu rosto.

A saia do tailleur preto que vestia ia até o meio das pernas, e a blusa creme, de seda, es¬tava abotoada até o pescoço. Prendera os cabelos em um coque e, em vez das lentes de contato que costumava usar, optara por óculos de ar¬mação redonda que realçavam o contorno deli¬cado do rosto.

—     O novo chefe chegou — informou secretária, excitada.     „
—     Como ele é? — Bella imaginava que o fazendeiro devia estar bastante deslocado na¬quele lugar. — Acha que vai tentar ocupar o lugar de Aro?
Mary deu de ombros.
—     Digamos que conseguiu deixar todos nós elétricos. Os executivos desta empresa podem esque¬cer a ideia de que, com simples bajulação, conse¬guirão ganhar a confiança do homem.
Bella sentiu-se inquieta.
—     Quer dizer que não é um fazendeiro ingénuo com capim atrás das orelhas?
"Isso me ensinará a não fazer julgamentos pre¬cipitados. Eu deveria ter confiado mais no que disse Aro."
—     Deixe que a srta. Swan julgue por si própria. Estou pronto para recebê-la.
Mary pôs as mãos na cabeça, franzindo o cenho na direção do interfone, de onde viera a ordem autoritária.

Bella empalideceu e desejou, com todas as forças, que houvesse mantido a boca fechada. As primeiras impressões eram muito importantes, e ela acabara de cometer um erro fatal. Respirou fundo e sussurrou:
—     Deseje-me sorte, Mary.
Então bateu à porta da sala de diretoria e entrou, tentando aparentar mais confiança do que sentia.
Através da enorme janela, avistava-se parte da cidade, uma visão deslumbrante. Bella, entre¬tanto, não deu atenção ao panorama. Um rapaz alto, de costas para ela, parecia perdido em pen¬samentos. De ombros largos e quadris estreitos, tinha por volta de um metro e noventa de altura. O terno italiano não disfarçava os músculos po¬derosos e o corpo bem definido. Não precisou virar-se para Bella deduzir que devia ter uns trin¬ta anos. Ela até sabia a cor dos olhos dele.

A sala girou ao seu redor enquanto      Bella esforçava-se para respirar, vendo pequenos pontos pretos dançando a sua frente e ouvindo um ba¬rulho, como o do mar, ecoando em seus ouvidos.

Confusão, descrença e um certo terror assolaram-na. O que via era impossível. Alucinação? Será que ele tivera um impacto tão grande sobre ela que, de agora em diante, veria aquele rosto por toda a parte?
Edward virou-se para fitá-la, e o pouco de cor que ainda restava no rosto de Bella se extin¬guiu. Todos os sintomas clássicos de um choque, pensou ela, à beira da histeria.

—     Bom dia, srta. Swan . — A voz macia não era uma alucinação, tampouco o olhar brilhante e frio.
—     Quem é você, meu Deus?!
—     Sente-se. — Edward deu a volta pela enorme mesa de carvalho, colocando uma cadeira atrás dela.As pernas bambas de Bella cederam ao peso do corpo no mesmo instante, e ela sentou-se.
—     Então não foi a agência de acompanhantes que o mandou?
—     Posso ver como progrediu tão depressa, tendo ritmo de capacidade mental.
—     Deixou que eu pensasse...

Edward fizera-a de tola de tal maneira que Bella ainda não conseguia imaginar todas as impli¬cações que aquilo acarretaria. Ele sabia demais sobre ela... Seduzira-a a sangue-frio. "Caí como uma idiota!"

Um gemido de desespero escapou de seus lábios, e Bella cravou as unhas na palma das mãos. Durante as últimas quarenta e oito horas, tivera oportunidade de desprezar, mais de mil vezes, a falta de autocontrole e sua incapacidade de resis¬tir ao impulso primitivo que a lançara nos braços de Edward. Agora, também sentia-se péssima por ter sua vulnerabilidade exposta àqueles impiedosos olhos verdes. Aquilo era o que merecia por haver abandonado todo seu idealismo e todos os seus prin¬cípios por um breve interlúdio de prazer intenso.

—     Foi você quem me disse quem eu era, Bella.Na verdade, pode dizer que lhe fiz um favor. Se não houvesse aparecido, o que teria feito? Fui à sua casa desejando nada além de saber por que sabe mais sobre certas contas da empresa do que os outros executivos seniores. Pareceu-me absurdo que uma firma do porte desta pudesse ficar quase imobilizada com a ausência de uma simples assistente.

Após breve pausa, como Bella não se mani¬festasse, ele continuou:
—     A propósito, sabia que seu telefone está com problemas? Ocorreu-me que poderia conhecer me¬lhor uma pessoa tão maquiavélica, capaz de ma¬nipular uma velha raposa, como Aro, se tomas¬se parte em sua farsa.

Edward não parecia estar com remorso ou en¬vergonhado por seus atos, e Bella sentiu uma raiva imensa sacudir seu corpo.
—     E conseguiu conhecer-me bem? — perguntou em voz baixa e firme.
—     Consegui muito mais do que esperava.
Furiosa, Bella levantou-se. O sentido do que ele dissera estava claro.
—     Se quiser falar de manipulação — Bella gritou, as faces coradas e os olhos injetados de ira —, você é um profissional, sr. Cullen.
—     Então já sabe quem sou. Considerando que deixei meu chapéu de palha em casa, estou impressionado. — Sorriu. — E, já que estamos tão... como direi... íntimos, Bella, talvez deva me cha¬mar de Edward.

A degradação pareceu fundir-se em uma massa sólida no peito dela, impedindo-a de respirar.
—     Em vista das circunstâncias, sr. Cullen, te¬nho certeza de que aceitará meu pedido de de¬missão. — A voz firme e decidida parecia estar vindo de uma longa distância.
—     No futuro, Bella, talvez sim, mas nunca mis¬turo trabalho com prazer. Seu contrato exige que dê um aviso prévio de seis semanas e, se abandonar o cargo antes disso, eu a processarei. Também me certificarei de que não consiga um emprego similar. Na verdade, emprego nenhum. — A voz era lânguida e casual, mas ele falava sério.

A vontade de sair correndo produzi correntes de adrenalina nas veias dela.
—     Não posso trabalhar com você.
Caminhar sobre o fogo parecia uma ideia muito mais tentadora.
—     Claro que não, Bella. Mas trabalha e tra¬balhará para mim. — Fitou-a com ar calmo, en¬quanto ela enrubescia. — Vários dos maiorescontratos da firma, a espinha dorsal, por assim dizer,eram projetos pessoais de Aro . Pelo que notei, não há evidência física com relação às campanhas: nenhuma nota, nenhum arquivo no computador.-
Encarou-a como se a responsabilidade total por aquela situação estivesse nos ombros dela. Indig¬nada, Bella endireitou-se.

—     A confiança dos clientes parece estar se dis¬solvendo depressa — continuou Edward, seco. — Como não tenho um executivo capaz de atender às necessidades deles, não posso culpá-los. Quan¬do assinam um contrato para usar nossos serviços, têm direito a esperar algo tangível.
—     Pode ser capaz de se sentar na cadeira de Aro , mas não posso ser culpada por você não ter a mesma capacidade que ele. — Aquilo era um pesadelo, e iria acordar a qualquer momento.

Nenhum homem a usaria... Não após a traição de Mike . Como pudera ser tão tola? Edward Cullen a manipulara do pior modo imaginável. Os olhos de Bella brilharam com desprezo, e ela jurou a si mesma que nunca deixaria que ele per¬cebesse o quanto a abalara.

Edward sentou-se na cadeira atrás da mesa im¬ponente, uma mesa que faria muitos homens pa¬recerem insignificantes, mas era ele quem cha¬mava a atenção ali.
—     Aro e eu não nos conhecíamos muito bem.Era irmão de minha mãe. Fico feliz em saber que você gostava muito de titio — acrescentou em tom sarcástico. — E Aro também de você. Conseguiu pular de um emprego de simples escrevente para a posição de indispensável braço direito do próprio dono da empresa. Belo trabalho...

Bella levantou-se, o queixo erguido.
—     Não preciso ouvir suas indiretas desagradá¬veis. Sempre mereci o salário que recebia.
—     Não precisa se vender para mim. Já descobri seus talentos.
—     Não tive de dormir com ninguém para con¬seguir minha posição, apesar do que os fofoqueiros gostam de insinuar.

Aro a entrevistara por pura curiosidade, pois o fato de uma mera escrevente estar se candida¬tando a um cargo de assistente pessoal aguçara os instintos empreendedores do dono da compa¬nhia. Ela se vendera, mas não do modo como todos imaginavam.

—     Pena que você não conhecesse minha verda¬deira identidade antes de se insinuar em minha cama, Bella .
—     Para ser mais exato, era a minha cama.
—     Deve estar lamentando o fato de haver cedido com tanta facilidade a meus galanteios, quando po¬deria ter lucrado com o encontro. Se soubesse que eu não era um pobrezinho, garanto que eu teria tido muito mais trabalho em persuadi-la. Você dificultaria ao máximo a aproximação, extraindo, no entremeio, tudo o que pudesse lhe oferecer.

Edward se levantou e, quando se moveu, desa¬pareceu a ilusão de segurança que a mesa trans¬mitia. Bella precisou usar de toda a determi¬nação que possuía para não se afastar quando ele se aproximou.
—     É o tipo de mulher que manipula os homens, não concedendo seus favores sexuais até conseguir o que quer, não é, Bella? É toda promessas, mas não as leva a cabo em circunstâncias normais.
—     Você é revoltante! — exclamou, furiosa. Não devia explicações àquele idiota, sobretudo ante as conclusões precipitadas a que ele chegara.
—     Seu namorado se cansou de vê-la tentar subir na vida dormindo com seus superiores? Ou será que aprovava seus métodos?
—     Odeio você!
—     Porque sei quem é. Por trás dessa fachada inocente é movida por pura ambição, não é? Relacionamentos pessoais não têm lugar em sua vida. Sacrificou seu próprio casamento por isso.
—     Meu possível casamento e minha vida pessoal não são de sua conta!
—     Era isso o que esperava quando contratou os serviços de um profissional? Terminar a noite em um quarto de hotel para saciar os apetites que homens com idade para serem seu pai não conseguem satisfazer?

Edward estava tendo dificuldades para conter a fúria que sentia. Planejara conduzir aquela en¬trevista com frio desdém, mas tornar a vê-la fizera-o esquecer tudo, exceto o fato de que permitira que uma paixão desenfreada dominasse sua regra número um: nunca ser levado pelas emoções. Chegara ao absurdo de convencer a si mesmo de que ela não era a interesseira merce¬nária que imaginara a princípio.

Em retrospecto, notava que só acreditara no que lhe era conveniente para justificar a própria fra¬queza. Ao acordar e encontrar a cama vazia a seu lado, entendera o quão superficial o envolvimento fora para ela. Edward deixara sua libido do¬minar a lógica, e nunca se perdoaria por aquela fraqueza, nem a causa dela.

Planejara despedi-la da empresa, mas, no mo¬mento em que Bella sugerira o pedido de de¬missão, decidira fazer o oposto. Tornaria a vida dela um inferno. Na próxima vez, seria ele quem a abandonaria, sozinha, na cama.

Após o estalo da bofetada sonora que Bella deu na face de Edward, houve apenas silêncio e a respiração ofegante dela.Depois de um segundo, Edward ergueu a mão, passando-a na face ardente.
—     Não ouse fazer isso de novo. — As palavras continham a óbvia mensagem de que haveria retribuição.
—     Espero nunca mais ter de ficar na mesma sala que você. Portanto, se tiver sorte, não haverá outra oportunidade.
—     Então, sua dedicação ferrenha à Cullen acaba assim que o chefe não está mais cego por seus encantos. É interessante saber que a con¬fiança que Aro depositou em você foi inútil. Dentro de sua cabeça — continuou, aproximando-se ainda mais dela e segurando-lhe a cabeça com as duas mãos — existem detalhes que po¬dem significar a diferença entre a prosperidade e a falência da empresa.

Bella estava hipnotizada e perdera a capa¬cidade de raciocinar com clareza.
—     Não acredito que esteja apelando para meu lado generoso e humano. Pensei que eu não tivesse um.
Com olhar sardónico, Edward a soltou e pegou um envelope sobre a mesa, balançando-o diante do rosto de Bella.
—     Se você nos abandonar, estará, na verdade, fazendo este pequeno lote valer uma pequena fração de seu valor real. Ela o encarou, confusa.- Suponho que desconheça o conteúdo. Como sabe, você não foi mencionada no testamento.
—     Nunca esperei que fosse.
—     Entretanto, fui encarregado de entregar-lhe este legado pessoalmente. Bem típico de Aro .
—     Não sei...
—     Aro valorizava seus serviços a ponto de beneficiá-la com cem mil dólares em ações.
—     Isso... Isso não é possível!
—     Você é uma atriz de primeira!
Ainda imobilizada pela surpresa, ela olhou do en¬velope para o rosto de Edward, transtornado pelo desprezo que parecia mais dirigido a si próprio do que a ela. Aquilo a deixou ainda mais confusa.
—     Se quiser isto, venha pegá-lo — disse ele, em tom menos autoritário do que o que usara durante toda a reunião. Havia desafio e um certo apelo na voz rouca.
—     Não quero.
—     Mas eu quero você.

As palavras emergiram através de uma nuvem de fúria. Para Bella, ele pareceu mover-se em câmera lenta quando estendeu uma das mãos para segurar a dela. Não tentou resistir à pressão que a conduziu para mais perto, para junto dele.Estavam frente à frente, e ela não conse¬guiu permanecer impassível ante as reações físi¬cas que aquela proximidade despertava.

Memórias que ela passara os últimos dois dias tentando esquecer vieram à tona. O desejo que jurara nunca mais experimentar dominou-a por completo. Seu corpo doía e pulsava. Mas aquele homem não era mais apenas um desconhecido atraente. Era perigoso, um monstro cruel e sem princípios morais. Não podia esquecer-se disso.

O movimento dos cílios espessos pareceu sombrear o rosto dele, e Bella sentiu uma von¬tade imensa de tocar-lhe a face, traçar seu contorno.
—     Na verdade, você também fica muito sensual nesses trajes de executiva. — Edward removeu os óculos dela. Parecia calmo. — Minha única objeção é quanto aos cabelos: não podem ficar presos.
—     Você não pode fazer isso!

Sorrindo, Edward começou a soltar-lhe as me¬chas, ajeitando-as sobre as costas dela.
" Edward, faça alguma coisa!", furiosa, ela re¬clamou consigo mesma. Mas o máximo que con¬seguiu foi desfrutar a sensação deliciosa dos dedos dele tocando seu pescoço.

—     Tenho certeza de que poderemos ter satis¬fação mútua enquanto nossos caminhos estiverem cruzados,Bella.

As palavras pragmáticas tiveram o efeito de um tapa no rosto e, com um gemido de horror, ela se afastou.
—     Será por pouco tempo, Edward Cullen. — Pro¬nunciou as palavras com confiança e determinação.
—     Então, irá salvaguardar seu investimento. — Edward levantou-se.

O melhor seria deixá-lo pensar o que quisesse. Bella estava disposta a fazer de tudo por Aro e pela companhia que ele amara como ao filho que nunca tivera. Edward era um tolo.
—     Trabalharei aqui, mas tenho algumas exigências.
—     Imagino que sim. — A secura na voz dele fê-la estremecer.
—     Deve ser muito agradável ser onipotente. Va¬mos deixar bem claro que, enquanto eu trabalhar com você, não tolerarei nenhum tipo de assédio.—     ela enrubesceu ao perceber que os olhos verdes estavam faiscantes. — Só conseguiu ir para minha cama porque fingiu qúe era o que não era. Estava muito carente e achei que você fosse um companheiro gentil e caloroso. Agora sei que é inescrupuloso, malicioso e desonesto. Por isso, não agirei mais como aquela idiota vulnerável!
—     Acho que você é incapaz de manter uma re¬lação emocional, que poderíamos ter, visto que há muito em comum entre nós. Talvez seja esse o motivo por que me deixou enfurecido. Tudo o que vejo em você são características que já rejeitei em mim mesmo. Entretanto, em vista das circuns¬tâncias, parece um desperdício não explorarmos a chama que, parece, acendemos.
—     Rejeitou, é?! Que estranho! Tinha a impres¬são de que sempre esteve muito satisfeito com seu ego gigantesco. Afinal, exala auto-satisfação.—     Recuou um passo. — Se quiser me manter dócil, sr. Cullen, será melhor se comportar. Contarlhe-ei tudo o que sei sobre as contas de Aro. Em troca, quero que se mantenha distante.
Ele deu de ombros, com abnegação.
—     Será melhor assim, mas convém que se lembre que a nossa é uma relação de conve¬niência mútua.

O ressentimento que tomou conta de Bella fê-la morder o lábio enquanto se esforçava para manter no rosto uma expressão de desinteresse.
—     Quero deixar a Inglaterra o mais rápido possível, e distrações, com certeza, irão atrasar meus planos.
—     Voltará para a Austrália?
—     Não já. Adquiri uma propriedade na França. Um vinhedo, para ser mais exato.
—     Uma fazenda? — Bella arregalou os olhos, surpresa.
"Não sei nada sobre ele", lamentou. "Pode até ser casado!" O pensamento a deixou gelada de horror.
—     Meu irmão é fazendeiro, ou melhor, criador de gado. Eu produzo vinho.
—     Ah, é?! — Ela conhecia os vinhos australianos que estavam invadindo o mercado. — Pretende ir à França para aprender a técnica deles?
Edward passou por Bella em direção à porta com um jeito desdenhoso que a magoou.
—     Vou ensinar a eles a nossa técnica, apresen¬tando novas variedades de uva e a combinação delas para se chegar a produtos de primeira. — Apesar do ar severo, ela percebeu um tom de entusiasmo na voz dele.
—     Tenho certeza de que suas ideias serão muito apreciadas. Passe bem. — Virou-lhe as costas e saiu do escritório.

Ela ignorou o olhar surpreso de Mary, e estava quase atravessando a outra porta quando Edward apareceu, apressado.
—     Acho que isto é seu. — Ele estendeu o envelope na direção dela. — E isto também.
Os grampos que tirara dos cabelos dela estavam todos reunidos na palma da mão dele.
Uma forte indignação se agigantou dentro dela ao se dar conta de que sentira aquela já conhecida atração indómita. Estremeceu sob o impacto bru¬tal de seus sentidos. E, para piorar as coisas, viu o brilho de compreensão nos olhos dele, como se soubesse muito bem o que ela estava pensando. Ela sentiu-se terrivelmente humilhada ao saber que sua fraqueza fora reconhecida por ele.

Emitindo um som incompreensível, se retirou, imaginando o que Mary deveria ter pensado ao vê-la com os cabelos soltos.

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Notas finais do capítulo

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bJS