Legado de Uma Paixão escrita por BrinaBella
Notas iniciais do capítulo
Oi pessoal!!!Aí vai mais um pouquinho dessa história!!!Continuem comentando para que eu poste mais!!!!rsrsrs
— Bella, querida, ele é lindo demais! Onde o encontrou?
—Nas Páginas Amarelas, Alice — Bella respondeu à amiga de escola.
Edward estava dançando com a noiva, dando um show de graça e coordenação para um homem tão grande.
— Você não costumava ser enigmática—resmungou a amiga,os olhos fixos no movimentos de Edward. — Está até com uma aparência diferente.
Alice olhou com despeito para, o corpo esguio de Bella, que mal ouviu o comentário. Edward podia ser um grande convencido, mas tinha motivos para isso. Possuía controle, graça e habilidade suficientes para ganhar a admiração de todos os presentes. Bella lamentou por todos aqueles dotes não serem aproveitados em alguma outra profissão que não a de acompanhante. Edward possuía algo indefinível, mas potente. Bella já desistira de tentar classificá-lo nas categorias que conhecia.
Ele ainda era uma incógnita. Apesar de, durante toda a recepção, ter se comportado com charme e desembaraço, conseguira arrancar várias informações sobre a vida, o trabalho e os amigos de Bella. Enquanto isso, rebatia todas as perguntas pessoas que diziam respeito a si próprio, sem respondê-las de maneira direta. Por que o mistério?
De súbito, Edward olhou na direção dela. Em vez de desviar o olhar, Bella o manteve fixo no dele, o queixo erguido. Havia uma indagação e um desafio no olhar de Edward. Em seguida, a expressão dele mudou para evidente desejo e luxúria.
Nunca nenhum homem a fitara daquele modo. A mensagem contida nos olhos verdes era uma confissão clara de volúpia. Bella nunca experimentara até então as sensações selvagens e conflitantes que percorreram seu corpo. Permaneceu imóvel, incapaz de reagir ao calor que Edward lhe transmitia a distância. Sabia que estava sendo vítima das próprias necessidades básicas, mas sentia-se impotente para resistir.
Edward desculpou-se com a parceira de dança e seguiu em direção a Geórgia.
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Quando se deu conta, Bella já estava na pista, nos braços deles .
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Bella engoliu em seco, ciente do poder que a voz e o olhar de Edward exerciam em sua libido. O bom senso disse-lhe que seu ego magoado estava frágil e traumatizado, ansiando, com urgência, por carinho e atenção. Mas era difícil conciliar o raciocínio com o clamor febril de seu sangue.
— Muito poético .— Bella esforçou-se por colocar uma nota de desdém na voz. — Que eu me lembre, isso não estava na descrição do trabalho.
Bella resolveu concentrar-se nos passos da dança. Como estivera errada ao julgar que aquele homem não era bom o suficiente para se apresentar a seu lado! Quase se esquecia do papel que Edward desempenhava ali. Seria o cúmulo da estupidez deixar-se envolver por um olhar sensual.
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Deus, como podia ser tão tola a ponto de se deixar levar por uma conversa macia e o brilho do olhar ? Aquela atração era superficial, apenas isso. Bella desejou com ardor que não houvesse confundido seus sentidos com todo aquele vinho.
— Ficaria mais do que feliz em ser seu acompanhante sem receber pagamento, doçura.
Bella tinha quase certeza de que Edward queria provocá-la, e aquilo a ajudou a lutar contra a magia que a música, a atmosfera... e ele exerciam sobre ela.
— Sinto-me lisonjeada, mas você não é o tipo de homem com quem costumo sair.
Com habilidade, Edward evitou uma colisão com um casal que dançava ao lado deles.
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Bella notou o menosprezo nas palavras ásperas.
— Está me chamando de esnobe?— ela indagou, notando, através daquele comentário.—Você não é daqui, Edward?
O leve roçar dos dedos dele na nuca dela enviava ondas de arrepio pelo corpo dela. Com a outra mão, Edward a puxou para mais perto, e Bella teve de lutar contra a tentação de apoiar a cabeça naquele tórax sólido e musculoso.
— Diga-me com franqueza, Bella: se eu fosse um profissional respeitável como seu amado"ex", ainda assim estaria lutando contra a atração que sente por mim?
A comparação entre aquela insanidade temporária com o que sentira por Mike teria a feito sorrir em outras circunstâncias. Sempreidolatrara Mike , sem restrições, mas nunca sentira nada, nem de perto, tão arrasador e inebriante nos braços do ex-namorado.
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Quando o fitou, Bella notou algo muito poderoso no rosto bonito. Sem perceber, passou a observar os lábios carnudos, e o calor que já dominava seu ventre propagou-se para as pernas e os braços.
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Aquelas palavras tocaram fundo nas dúvidas que Bella tivera ao decidir contratar alguém para acompanhá-la ao casamento.
— Quer dizer que o único modo de eu demonstrar que sou capaz de tomar atitudes radicais será indo para a cama com você? Ou seja, escolher a opção do perigo?
Edward não pareceu se abalar com a acusação.
— Não me digaque chegou a pensar nessa possibilidade! — indagou ele um sorriso perturbador brincando nos cantos dos lábios.
O impulso de negar aquela indagação desapareceu quando Bella deparou com a expressão brincalhona de Edward. Percebeu que havia sido posta contra uma parede por um especialista.
A música parara e ambos haviam ficado imóveis, no meio do salão. A atenção de Bella estava tão concentrada no parceiro que não ouviu Mike na primeira vez em que a chamou.
— Dê-me o prazer da próxima dança, Bella.
Ela se virou, de olhos arregalados, as faces ainda coradas em consequência das sensações perturbadoras que o diálogo com Edward havia despertado.
— Vá em frente, querida—Edward a estimulou, com ar encorajador. Fitou Mike de um modo quase indulgente, o que abalou o noivo. — E o mínimo que posso fazer, já que você, sem querer, é responsável por eu haver conhecido Bella.
A música recomeçou, e Edward afastou-se, ficando fora do raio de visão dela.
— Vamos? — Mike a conduziu.
Bella forçou um sorriso tenso. Ficara olhando para Edward como uma idiota hipnotizada e se envergonhou ante seu comportamento bizarro.
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"Será que era mesmo?", ela pensou, ainda perturbada. A amargura e o sofrimento, a revolta contra a traição e a profunda rejeição que a mantiveram acordada por tantas noites de repente pareceram muito distantes. E o objeto de toda aquela amargura estava bem ali, à sua frente.
— Você parece diferente, Bella.
Ela o fitou com curiosidade, surpresa por estar conseguindo ser tão objetiva. Mike parecia atraído pela transformação dela, que consistia em um visual sofisticado e um ar de autoconfiança que era quase todo falso.Será que ele, algum dia, fora" capaz de penetrar em seu íntimo e vê-la como era de verdade? Tinha muito pouca idade quando o conhecera. Era muito maleável, então, o que foi bastante oportuno para Mike. A única discussão que tiveram fora quando Bella decidira que não queria trabalhar como recepcionista para o resto da vida. Quando ela insistira em ir para Londres estudar administração, voltando para casa só nos finais de semana, ele desaprovara sua decisão.
— Todos crescem um dia — observou Bella.
Lembrou-se de que todos já sabiam sobre Jéssica e Mike muito antes de ela descobrir. Sentiu um nó na garganta.
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De início, Bella desejara despertar nele a dúvida quanto à escolha que fizera e, se interpretava direito as atitudes de Mike, conseguira. Entretanto, por mais estranho que fosse, não estava sentindo prazer algum naquilo.
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— Mas Jéssica, não — observou Bella, com um leve sorriso.
"O que Jéssica quer, Jéssica consegue, incluindo meu namorado!" Ele deu de ombros.
— Casamentos são sempre ocasiões emocionantes, não é? — Bella tentou mudar de assunto.
— Sinto sua falta. Nunca imaginei o quanto...
As palavras que Bella desejara tanto ouvir despertaram-lhe um repentino pânico.
— Acho que você não deveria estar dizendo isso, Mike.
Ele conseguira conduzi-la para um canto mais calmo, e a música cessara por alguns minutos, o que significava que o comentário de Bella foi ouvido muito bem.
— Também acho.
Assustada, Bella virou-se e deparou com Edward observando-os, encostado em um pilar.
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Bella se sentia tão irritada que se parecia a ponto de explodir.
— Você não tem nada a ver com isso, Edward. Como ousa interferir? Só espero que essa sua contribuição tenha sido falsa.
Edward ergueu os ombros.
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Bella engoliu em seco, tendo de admitir que aquela possibilidade estava fora de questão.
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Bella prendeu a respiração, furiosa.
— Não me lembro de ter dito nada a respeito.Pelo visto, você não acredita que sou capaz de trabalhar.
Edward deu um longo suspiro, como se quisesse demonstrar que estava começando a ficar impaciente.
— Depende da maneira como você chegou onde está: se por mérito próprio ou por seu lindo rostinho.
Agora ela sabia, com certeza, que Edward estava sendo sarcástico. "Lindo" era um adjetivo que não poderia ser aplicado para descrever nada nela.
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Bella sabia que seu currículo não era dos mais impressionantes e duvidava que pudesse ter a oportunidade de provar seu valor ao novo patrão. Vários executivos seniores da empresa haviam se ressentido com a responsabilidade que Aro lhe delegara, e, àquela altura, já deviam ter enchido a cabeça do sobrinho de Aro com histórias venenosas sobre ambos.
No mundo da publicidade, apunhalar alguém pelas costas era uma forma de expressão artística, e Bella já sofrera muito com aquele comportamento. Havia vários comentários sobre um possível relacionamento entre ela e o patrão.
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A voz macia tinha uma nota ácida, que fez Bella encará-lo e ver algo além do interesse casual de Edward. A expressão dele era familiar, mas ela não conseguia identificá-la.
— Não tenho a mínima intenção de segurar a mão de quem quer que seja, e isso inclui você, Edward. Não posso, de modo algum, passar a noite a sua companhia.
— Então,façamos um trato.Você dorme até se recuperar do excesso de bebida,e então poderá guiar mais tarde.
Aquela proposta simples fez com que todas as preocupações de Bella com relação a um assédio de Edward parecessem tolas. Ela amaldiçoou sua reação precipitada. Aquele era o serviço dele: fazer com que mulheres solitárias se sentissem atraentes. Mortificada, sentiu-se enrijecer em uma atitude defensiva. Ele, é claro, era o maior interessado em que voltassem à cidade o mais cedo possível. Afinal, Bella era apenas mais um serviço, como qualquer outra solteirona.
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Ele assentiu com um gesto de cabeça, e uma mecha de cabelo caiu-lhe sobre a fronte.
"Engraçado...", pensou Bella. O hemisfério sul parecia estar desempenhando um grande papel em sua vida. O sobrinho de Aro também era australiano.
— O que acha de me trazer uma xícara de café? — pediu Geórgia, suspirando. — Assim, me sentirei melhor.
Edward fitou-a com olhar sardónico e, então, afastou-se para atender a seu pedido.
Ainda observando-o, Bella mal se deu conta da presença de Jássica a seu lado. A noiva foi direto ao assunto, os lábios trémulos de raiva:
— Eu deveria ter imaginado que você tentaria arruinar meu dia por puro despeito. Bella não soube o que dizer ante uma acusação tão absurda.
— Por que eu faria uma coisa dessas, Jéssica?— A última coisa que queria, naquele momento, era uma cena desagradável.
— Como se não soubesse! Imagino que não tenha notado que Mike não tira os olhos de você.-Percorreu o traje de Bella com ar superior.
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Com um sorriso triunfante, Jessica se afastou, as longas saias de seda farfalhando no piso de mármore.
Bella surpreendeu-se com seu autocontrole. Cada flecha de maldade lançada pela prima atingira direto o alvo, mas não a deixara que percebesse.
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Edward não pôde deixar de admirar a linha determinada do maxilar que se destacava no rosto delicado. Fosse quem fosse Isabella Swan, era uma mulher de muita coragem.A noiva estava pronta para partir.
Depois de haver tomado duas xícaras de café, Bella sentia uma horrível dor de cabeça. Todos os convidados estavam reunidos no hall para o ritual da despedida dos noivos, quando Jéssica encarou a prima com olhar de triunfo e malícia. Lembrando-se de sua conversa com Mike durante a recepção, Bella quase sentia pena dela, com ênfase para o "quase". Bella não desviou o olhar, ao contrário, manteve-o fixo no rosto maldoso da prima.
Ela não sabia o que havia feito para merecer tanto menosprezo da parte de Jéssica . Com jeito distante, enquanto refletia, foi surpreendida pelo arremesso certeiro da prima, que jogou, de propósito, o buque em sua direção. Segurando o ramalhete, Bella teve de fazer força para não chorar, sobretudo quando notou que os outros convidados riam e comentavam em voz baixa.
— Bella, vocês querem uma carona para algum lugar? Para a casa de sua mãe, talvez? — Tio George incluíra Edward na gentileza.
— Nós reservamos um quarto, mas obrigado pela oferta — agradeceu Edward, falando por ambos.
Bella sentiu que ele a enlaçava pelos ombros, segurando-a com força.
— Acho que agora já podemos deixar de representar — ela sibilou quando o tio se afastou. — Cumpriu muito bem suas obrigações. Pensando melhor, há uma última coisa que gostaria que fizesse: livre-se disto.
Franziu o nariz, desgostosa, ao colocar o buque nas mãos de Edward.
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— É verdade, mas se você se conforma e ainda representa para não contrariar o preconceito delas, então a culpa é sua. Vamos apenas agradecer aos anfitriões e partiremos em seguida.
O quarto era parecido com qualquer outro dormitório de hotel de categoria: luxuoso e impessoal. Bella tirou os sapatos e deitou-se, pretendendo descansar por algum tempo. Através dos olhos semicerrados, notou que Edward se esticara no sofá, que, por sinal, era pequeno demais para acomodá-lo. Ela sabia que devia oferecer-lhe a cama para que ele descansasse, mas manteve a boca fechada. Um pouco de desconforto não faria mal a ele, pensou, ainda abalada pelos comentários que fizera.
— Só vou cochilar um pouco, Edward. — Bella fingiu um bocejo. O dia fora mais estressante do que antecipara, e as pálpebras estavam pesadas. Resolveu relaxar.
De repente, ocorreu-lhe que estava sendo muito incauta, trancando-se num aposento com um homem que mal conhecia e em quem não confiava. Mas, de algum modo, sabia que Edward não tiraria proveito da situação. Sem notar, caiu em sono profundo e não percebeu quando uma coberta foi estendida por cima dela.
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O que acharam?
É O seguinte
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Bjs