Endless Love escrita por STatic


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Todos sofrendo com o sofrimento do Rick? Eu sei, e apesar de amar escrever coisas assim rs daqui a pouquinho acabo com o sofrimento u.u
Muuito obrigada todo mundo que ta lendo, acompanhando e comentando, eu to AMANDO responder todos
E um obrigada especial pra KB, Marcela Ramalho, angiecoffee e Houghton Beckett por terem favoritado.



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CASTLE POV

Seis dias. Já se passaram seis dias desde o acidente e Kate ainda não havia acordado. Dr. Ulley disse que, devido o acidente e por ter batido a cabeça com violência, poderiam demorar alguns dias ou semanas até que ela acordasse. Ou talvez meses. Meses! Eu já não suportaria um dia mais com ela nesse estado, quem dirá meses.

Menos de uma semana que eu não ouvia sua voz ou sua risada, que não via seus olhos. Parecia uma eternidade. Os olhos. Eu estava enlouquecido de saudade daqueles olhos verdes, até mesmo de quando ela os revirava quando eu dizia algo idiota.

–Não algo idiota, algo esperto- me corrijo, mas me dirigindo a ela- por que eu sou esperto e inteligente. Sem esquecer é claro, de incrivelmente bonito, e nem vamos entrar no assunto “cama”, porque sei que você se lembra- sorrio para ela, ainda segurando sua mão. Os médicos me incentivaram a falar com ela, como um estímulo, que talvez a fizesse despertar mais rápido.

Então eu faria isso, mesmo que me doesse não vê-la reagir as minhas palavras, ou apertar minha mão de volta. Geralmente falava sobre amenidades, como programas de TV e filmes, sobre alguma nova excentricidade que eu desejava experimentar na cozinha, essas coisas. Às vezes falava também sobre as pessoas, o pessoal do distrito, que sempre mandava flores e recados de melhoras, sobre seu pai e as ruivas. Sobre nós.

–Sabe Kate, - continuo a tagarelar, sempre com sua mão na minha- eu realmente espero que você não esteja aí dentro, curtindo suas férias de mim, e tenha se esquecido daquele nosso assunto. Por que, só um aviso, agora que você falou, eu não vou te deixar mudar de ideia. Você está, definitivamente, sem escolha. Eu te proíbo de mudar de ideia. Isso mesmo, proíbo. Que tal abrir os olhos e me dizer o que pensa disso?- a provoco.

Durante todos esses dias de incessantes monólogos, eu sempre esperava alguma reação dela, mas nunca pensei que fosse me sentir assim quando finalmente acontecesse. Ela apertou minha mão.

Eu nem ao menos sabia o que estava sentindo agora. Era uma mistura tão grande de emoções que me deixou confuso. Uma mistura maravilhosa de alegria, com choque e perplexidade.

Foi um movimento tão fraco e rápido que por um momento pensei se não o teria imaginado. Mas logo descartei essa hipótese. Por que, apesar de fraco e rápido, foi um apertão de Kate Beckett. Um apertão decidido, que tinha um objetivo, o de dizer que ela estava ali.

–Ela apertou minha mão!- disse para ninguém em especial, e apertei o botão que chamava a enfermeira, sem jamais soltar sua mão- Kate? Kate você pode me ouvir? Kate meu amor, pode fazer isso de novo? Eu te amo querida, aperte minha mão, pode quebrar meus dedos se quiser.

E novamente ela apertou minha mão, igualmente fraco, mas dessa vez por um tempo maior. A enfermeira entrou no quarto, eu nem lhe dei atenção.

–Isso mesmo meu amor- eu não conseguia mais controlar as lágrimas- ela apertou minha mão, duas vezes- informei a enfermeira, encantado.

–Isso é ótimo Sr. Castle, o corpo dela está começando a dar sinais de acordar.

–É ótimo, é maravilhoso- eu sorria em meio as lágrimas- eu te amo Kate. Você está indo muito bem, consegue abrir seus olhos?

Nada aconteceu. Sua mão pendia imóvel novamente.

–Não se preocupe Sr. Castle, ela precisa descansar. Vai abrir os olhos quando estiver pronta. Eu vou chamar o médico.

Ela saiu e eu voltei a me sentar na cadeira ao lado da cama, ainda com lágrimas pelo rosto e tremendo. Fiquei por um tempo ainda segurando sua mão e acariciando seu rosto e cabelos até que o médico entrou e me pediu pra esperar lá fora enquanto a examinava.

Saí ainda um pouco em choque e tremendo de felicidade, e aproveitei para ligar pra os outros e informá-los, em meio a mais lágrimas, do que havia acontecido. Ouvi muitos “graças a Deus”, gritos de alegria de Lanie e, eu posso jurar ter ouvido Jim Beckett chorar do outro lado da linha.

Quando voltei ao quarto, o Dr. Ulley estava se preparando para sair, então o questionei:

–Então doutor? O que acha?

–Sr. Castle, sua esposa está obviamente lutando. Se tudo correr como esperado, ela estará acordada em pouco tempo. Apenas um pouco mais de paciência e nós poderemos ter certeza do real estado dela. - o médico disse e se despediu.

Voltei para minha cadeira e suspirei. Ainda havia essa. Com o acidente, Kate tinha batido com a cabeça com muita violência, e o médico não sabia se ou quais danos poderiam ter sido causados.

–Não importa- digo a ela- se algo estiver errado, nós passaremos por isso juntos.

*******

Algum tempo depois, enquanto ainda observo Kate atentamente, sua mão na minha, ouço uma batida na porta.

–Bom dia querido- minha mãe diz amorosamente.

Durante todos esses dias, ela tem sido minha maior fonte de apoio. Não havia se passado um único dia sem sua presença nesse hospital, sempre com flores. O quarto de Kate estava bem próximo de uma floricultura agora.

Era visível, nesses dias, a grande preocupação da minha mãe com Kate, como se fosse uma filha sua que estivesse deitada ali. Sempre me deixava feliz ao pensar em como minha família havia adotado Kate, assim como Kate os havia adotado também. Era algo que eu seria pra sempre grato.

–Bom dia mãe- sorrio para ela.

–Como Katherine está?- ela se aproxima e toca minha mão e a de Kate.

–Ainda não deu mais sinais, desde cedo.

–Ela vai ficar bem- ela tenta me tranquilizar- dê-lhe mais um tempinho e logo estará correndo atrás de assassinos novamente.

–Eu sei. Kate não desiste, ela é uma lutadora. Os médicos também estão esperançosos quanto a ela acordar.

–Viu só?- ela sorri- Então agora me diga o motivo dessa ruga na testa.

Ela não deixava passar nada, meu Deus!

–Só estou preocupado- ela espera- com o que vai acontecer... Quando ela acordar. Quer dizer, eu mal posso esperar para isso, mas é que... eu...

–Você tem medo de ela acordar com alguma sequela?- eu assinto fracamente- querido, você sabe que é uma possibilidade. E sabe também que só vai poder ter respostas quando ela acordar. Podem ter acontecido mil coisas, assim como pode não ter acontecido nenhuma!

–Eu sei, mas...

–Você tem medo. - Ela me interrompe de novo. Meu Deus o que há com essa mulher?!– Eu também tenho, todos têm. Você sabe que Katherine já é como uma filha para mim- seus olhos se enchem de lágrimas. Minha mãe amava Kate também. – Mas seja lá o que tiver acontecido, nós passaremos por isso juntos, como família. Richard, um amor como o de vocês dois, não acontece sempre, e ele é mais forte do que qualquer coisa que possa acontecer.

Essa é Martha Rodgers. Uma mulher excêntrica e até meio pirada às vezes, mas que sempre sabe o que dizer.

–Obrigado mãe- a abraço.

–Vai dar tudo certo, você vai ver.

Depois disso voltamos a conversa a temas mais leves e após algum tempo ela vai embora, mas não sem dizer, se dirigindo a Kate: -Você precisa acordar logo Katherine, vocês dois- ela me olha- fazem muita falta em casa. E esse menino está muito perto de se transformar em um zumbi, então volte pra nós querida- a beijou no rosto e saiu.

Ela tinha razão. Eu mal tinha ido ao loft desde o acidente e dormir e comer normalmente era uma tarefa quase impossível.

Entretanto, agora com essa considerável melhora de Kate, parece que um peso imenso foi tirado de mim. Ainda restavam outros, mas ainda assim era um alivio. E com esse peso tirado de mim, eu sentia como se todas as refeições incompletas e todas as noites mal dormidas caíssem sobre mim.

Então após beijar a testa de Kate, me dirigi ate a lanchonete do hospital. Pela primeira vez em dias fiz uma refeição descente. Quando terminei, voltei ao quarto e após mais um tempo observando Kate, me recostei no sofá no canto do quarto e dormi, com pensamentos esperançosos e planos para o futuro.


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Notas finais do capítulo

Alguma ideia do que pode ser "aquela conversa"? hehe
Eu amei escrever esse capitulo, e acho que vão gostar dos próximos.
Deixem sugestões, dicas, me xinguem, criticas construtivas, qualquer coisa, mas comeeeentem... Digam o que acham q possa ser esse "nosso assunto" rsrs
bjoo
ps: eu vou tentar continuar postando um capitulo por dia ;)



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