Pura Confusão - Cobrina escrita por LabWriter


Capítulo 13
Pura Confusão - 1


Notas iniciais do capítulo

Oiie!!!
É de madrugada agora, mas, como eu fiquei muito tempo sem postar, estou tentando meio que repor alguns capítulos.
Eu sei que, há alguns capítulos, eu disse que a fic não chegaria ao capítulo 15. Bom, mudança de planos. Eu não pretendia fazer uma história detalhada ou com muitos acontecimentos, mas eu acabei gostando (e muito) de escrever para vocês. Além disso, eu tive um ótimo retorno ;)
Não sei bem até onde a fic vai. Isso será decidido com o tempo.
Gente, o capítulo anterior "rendeu" muitas visualizações, mas não teve muitos comentários (#FicaDica). Falando nisso, eu não ando podendo responder os comentários de vocês. Me desculpem, mas é que, agora que as minhas aulas começaram (e eu estudo de tarde), as coisas estão meio doidas ainda.
Bom, chega de falar (ou seria digitar?). É difícil deduzir se vocês vão gostar desse capítulo, ele é um tanto especial pra mim. Não só por quê o título dele é o mesmo que o da fic. Mas...Vamos lá!
Aproveitem o capítulo!!!



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COBRA

Eu estava no QG, observando a Karina, que estava sentada naquele banco o dia inteiro. Eu sabia o motivo daquilo. A Jade veio mais cedo me contar que ela terminou com o Pedro. Tipo... definitivamente. Aparentemente, boa parte da Fábrica já estava sabendo. Acabei me distraindo em pensamentos, e, quando percebo, o Duca está na minha frente.

— Duca?

— O Mestre está te chamando. Ele quer que você tente falar com a K. — ele avisou indo direto ao ponto.

Eu admito: até pensei em falar com ela. Mas eu ainda estava muito chateado. Além disso, eu não tinha nada a ver com a história dela e do Pedro.

— Eu não sei. Ela não quis falar com ninguém... — eu comecei, tentando inventar uma desculpa qualquer, mas ele me interrompeu.

— Olha, eu sei que vocês estão meio brigados. Mas ela não falou com ninguém, não comeu, não se mexeu o dia inteiro. Tá todo mundo preocupado, e, se você realmente é amigo dela, devia estar também.

Ele estava certo. E não custava nada tentar.

— Tudo bem. Eu tento.

Andei até a praça e parei na frente dela sem saber bem o que fazer. Eu não me sentia bem com todo mundo me olhando, com expectativa. A Dandara pareceu perceber isso.

— Gente, vamos deixar eles conversarem, né?

— Não, nem pensar. Eu vou ficar. — o Gael protestou.

— Gael. — ela disse em tom de aviso.

— Tudo bem. — ele resmungou. — Mas eu estou de olho. — ele fez sinal com as mãos.

Todos se afastaram. Eu ainda não sabia bem o que fazer, então eu lembrei do dia em que ela descobriu tudo. Ela estava do mesmo jeito. Me aproximei e coloquei a mão em seu ombro, exatamente como naquele dia.

— Me tira daqui. Por favor. — ela pediu com um olhar triste, mas não exatamente desesperado.

Eu fiquei surpreso. Ela reagiu. Olhei para trás e todos me olhavam com expressões de surpresa, indignação e, principalmente alívio.

— Espera aqui. E não... sei lá, congela de novo. — eu mandei e ela assentiu.

Corri até a “plateia” e parei na frente do Gael e da Dandara.

— Ela quer ir para algum lugar. — eu avisei e eles me olharam confusos.

— Para onde ela que ir? — O Gael perguntou.

— Eu não sei. Ela só pediu para eu tirar ela daqui.

Tive a impressão de que ele ia negar, mas a Dandara se pronunciou antes.

— Leva ela para dar uma volta.

Olhei para ele em busca de aprovação.

— Tudo bem, mas não volta muito tarde. — dessa vez ele não protestou.

— Oi? Como assim, pai? Você vai deixar ela ir com esse marginal? — a Bianca chegou perguntando. Eu preferi ignorar a ofensa.

— Vai logo, eu me resolvo com essa daqui. — ele disse e eu fui.

Ela ainda estava sentada lá. Sentei ao seu lado.

— Onde você que ir? — perguntei.

— Para qualquer lugar.

Assenti. Tranquei o QG e fui pegar a minha moto. Ela subiu e eu nós fomos para lugar nenhum.

KARINA

Eu só queria sair de lá. Nem acreditei que o meu pai concordou. Estávamos de moto, passando pela praia, quando eu tive uma ideia. Pedi para o Cobra parar.

— Podemos? — eu perguntei apontando para a praia. Ele me olhou com os olhos semicerrados.

— Por favor. — eu pedi e ele assentiu.

Ele estacionou a moto e nós fomos caminhando até lá. Já tinha anoitecido, mas o mar estava calmo para esse horário. Eu tirei meus tênis e andei na areia molhada, onde a água que vinha com as ondas batia. Ele sentou na areia, mais ao fundo e ficou me observando.

Eu não sei o motivo. Mas era tão bom, só ficar andando de um lado para o outro, sem ninguém para atrapalhar. Quando eu me senti mais calma eu fui até ele.

— Vamos? — ele perguntou e eu neguei com a cabeça.

— Podemos ficar mais um pouco?

— Não sei... o seu pai disse que não era para você chegar tarde... — eu o interrompi.

— Para de ser chato, Cobra. Por favor.

— Parece uma criança de seis anos falando assim. “Por favor, Tio Cobra. Vamos ficar mais um pouquinho.“ — ele disse imitando uma criança e eu ri. — Tudo bem, nós podemos ficar mais um pouco. — ele cedeu e eu comemorei.

Não sei quanto tempo ficamos lá, mas foi muito bom. Eu consegui não pensar em todos os problemas que estavam rodeando a minha vida.

Quando nós voltamos, ele estacionou a moto na frente do QG e eu agradeci. Então, lembrei que eu tinha que fazer uma coisa.

— Desculpa. — eu disse e ele me olhou confuso. Fiquei meio aliviada por ele não saber, de imediato, do que eu estava falando. Então, para ele, não tinha sido uma coisa tão ruim assim.

— Eu não tenho medo de você. — expliquei.

— Eu acho que você não quer ter medo de mim, mas tem.

Uma parte do que ele falava era verdade, mas não necessariamente nesse conceito.

— Não, eu não tenho. Aquilo foi bobagem, eu... — tentei me explicar, mas ele me interrompeu.

— Karina, eu acho melhor você ir para a sua casa.

— Não. Eu quero que você acredite em mim. – eu disse e ele bufou.

— Karina, amanhã a gente conversa. — ele tentou fugir do assunto, mas eu me irritei.

Não sei bem o motivo, mas eu queria a confiança dele. Não queria que ele ficasse chateado comigo, eu queria ele por perto. Mas para isso eu precisava me desculpar, me explicar. E ele estava fugindo de mim.

— Para de fugir! Porque você não me escuta?

— Eu não estou fugindo, mas eu já falei o que eu acho e... —

Eu não sei o que deu em mim naquele momento. Eu só quis admitir pra ele, uma coisa que eu não tinha admitido nem para mim mesma. Talvez por estar com o Pedro, alguns sentimentos eram mais “suaves”, mas o Cobra vem me ajudando muito. E isso estava provocando coisas que eu não entendia. Mas eu simplesmente explodi, antes que pudesse impedir a mim mesma.

— Quer saber, Cobra? Eu não estava com medo de você. Eu estava com medo de ficar sozinha com você e que acontecesse alguma coisa que vá além da amizade. — eu quase ri da expressão de surpresa que ele fez, mas o meu desespero por estar falando aquilo tudo, sem conseguir parar, não deixava. — Eu estava e ainda estou confusa, sem saber o que... —

Então do nada ele puxou a minha cintura e me beijou. E eu retribui sem pensar duas vezes. Por impulso, instinto, intencionalmente? Bom, isso não importava. O Pedro não passou pela minha cabeça, nem nada do que estava acontecendo. A única coisa que eu conseguia (e queria) pensar era em como o Cobra beijava bem.

Nos separamos pela necessidade de ar. Ficamos nos olhando, ofegantes, por um tempo. Dei graças a Deus que a praça estava vazia. Não que eu ligasse muito para os outros, mas, certamente, pelo “histórico” do Cobra, alguém acharia que ele estava tentando me agarrar. Fora que, se o meu pai tivesse visto isso... tenho certeza de que ele não ia gostar nada.

— Desculpa, Karina. Eu... — o interrompi com outro beijo.

Eu acordei em um lugar não identificado. Olhei ao redor. Era o QG! Olhei para o lado: o Cobra estava sem camiseta, com um braço na minha cintura e o outro ao redor dos meus ombros e eu estava deitada no peito dele. Eu meio que me desesperei. Ok, “meio” não. Eu entrei em pânico, mas tentei me controlar e fazer as coisas devagar. Aparentemente, ainda não tinha amanhecido. De certa forma, eu queria ficar ali com ele, mas eu tinha que voltar para casa. Tanto por causa do meu pai, quanto pela possibilidade de ele acordar e termos de ficar cara a cara.

Me levantei sem acordar ele. E foi só aí que eu percebi que eu estava apenas de calcinha e sutiã. Haviam várias roupas espalhadas pelo chão. Corei no mesmo segundo. Vesti as minhas, agradeci que no “calor do momento” ele não tinha trancado a porta e saí o mais silenciosamente possível. Subi pelo poste, torcendo para que a porta da sacada estivesse aberta. Estava. Entrei em silêncio e, simplesmente me joguei na cama. As memórias da “noite” dominavam a minha mente.

FLASHBACK ON

Nós tentávamos andar sem cair. Meio tropeçando nos pés um do outro, enfim chegamos a porta do QG. Ele me encostou minhas costas contra o vidro frio, fazendo um arrepio percorrer meu corpo. Nós ainda nos beijávamos enquanto ele tentava destrancar a porta. Ele finalmente conseguiu e nós entramos, ainda sem querer largar um do outro. Ele não se preocupou em trancar a porta de novo, apenas a empurrou com o pé. Antes que eu percebesse nós já estávamos nos fundos, vulgo quarto do Cobra. Em poucos segundos a camiseta dele já estava no chão e...

FLASHBACK OFF

Meus pensamentos foram interrompidos por barulhos de passos no corredor. Puxei o cobertor e fingi que estava dormindo.

— Ai, meu saco. Duca. — meu pai falou sussurrando assim que abriu a porta do quarto.

— O que? — o Duca chegou perguntando.

— Ela tá aqui.

— Mas... quando a gente saiu ela não estava. E pelo o que você me disse ela estava sem chave. Então como é que ela entrou? — o Duca questionou com uma lógica incrivelmente rápida.

— Elementar, meu caro Watson! Eu subi pelo poste. Agora, será que você e o Sherlock podem investigar em outro lugar? Eu estou querendo dormir aqui. — eu disse fingindo voz de sono, ainda de olhos fechados.

— Desculpa, filha. A gente já tá indo. — meu pai disse e eu pude ouvir eles saindo. Suspirei aliviada.

Só quando o meu coração desacelerou, o pânico foi embora e o silêncio dominou o quarto, que eu percebi... a grande cagada que havia acontecido.

O que eu tinha feito? Eu estava confusa. E mais ainda por não estar exatamente arrependida. Como eu posso dizer? Não tinha sido nada mal, mas eu não queria, mesmo sem querer, estar usando o Cobra para esquecer do Pedro. Pedro, até agora essa criatura não estava na minha cabeça. Como eu ia encarar o Cobra depois disso?

Procurei não pensar mais nisso e acabei adormecendo pouco depois.

COBRA

Acordei sozinho e não pude evitar um sorriso ao me lembrar de tudo o que tinha acontecido. Mas eu já estava atrasado, então levantei, tomei um banho e fui abrir o QG. Depois de um tempo, quando movimento baixou, eu resolvi dar uma pausa. Peguei uma garrafa de água na geladeira e estava abrindo quando eu escuto passos. Me viro e vejo a Jade. “Tente ser indiferente”, pensei. Mesmo que eu não tenha nada com a K, me sentiria culpado em ficar com a Jade. E eu não sei bem o motivo. Ok, talvez eu saiba, mas, por enquanto, é melhor seguir o plano. Que é não dar corda para a criatura que vinha com uma expressão meio raivosa no rosto. Abro a garrafa de água e tomo um gole, na tentativa falha de me acalmar.

— Então, Vagabundo. Eu vou ser bem direta. — ela disse se encostando no balcão. Assenti e bebi outro gole.

— Eu vi você e a Karina se pegando ontem.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??? Comentem!! Pois eu leio todos os comentários, mesmo que eu não tenha tempo de responde-los.
Eu vou tentar atualizar a fic, pelo menos, 2 vezes por semana (sem dias definidos). E, se eu ficar muito tempo sem postar, vocês podem puxar as minhas orelhas por MP. Falando em MP... me perguntaram se eu tenho redes sociais e etc. Sim, eu tenho. Mas, eu sou tímida e, por isso, eu não uso o meu verdadeiro nome aqui Nyah!, então não faria sentido eu passar o meu Facebook aqui. Porém. Eu, ou melhor, a LabWriter tem um Tumblr. http://labwri.tumblr.com/
Última coisa: se vocês tiverem alguma pergunta sobre a fic, ou até sobre a minha pessoa, pode perguntar por mensagem privada, que, quando possível, eu respondo ;)
Beijos e até o próximo capítulo!!!



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