Pura Confusão - Cobrina escrita por LabWriter


Capítulo 12
Isso acaba aqui.


Notas iniciais do capítulo

Oiie!!!
Gente, vamos por partes.
1: Desculpa!!! Minhas sinceras desculpas. Aconteceu muita coisa nessas (acho que) 2 semanas que eu fiquei sem postar. Uma delas foi a internet, e eu vou explicar o que aconteceu. Eu já estava terminando esse capítulo quando a internet caiu, do nada. Ficamos uns 2 dias sem saber o que tinha acontecido, então soubemos que tinha uma fatura atrasada. Mas toda vez que alguém tentava pagar, o negócio estava fora do ar. Finalmente conseguimos pagar, mas no dia seguinte ainda não tinham ligado de novo. Reiniciamos o modem várias vezes, mas nada. Então, nesse mesmo dia, a gente ligou para a empresa que fornece a nossa internet e pediu para eles ligarem, mas nada (de novo). No dia seguinte o meu pai chegou e disse que, na verdade, nós não estávamos sem internet. Era só uma configuração no modem que estava errada e ele já tinha arrumado. Fora tudo isso, as minhas aulas voltaram ontem (sim só ontem, pois estava de greve. E, sim, eu moro no Paraná.), então as coisas ficaram complicadas, mas aqui estou eu.
2: Muito obrigada a Bruna, que, além de favoritar a fic, me mandou uma MP LIN-DA! Bruna, eu quero muito te abraçar nesse momento, mas, como eu não posso: abraço mental pra você! ;)
3: Eu mudei um pouco a forma de diálogo, espero que vocês gostem. E também eu tentei escrever de uma forma mais...sentimental, assim dizendo.
4: Amo vocês!

Aproveitem o capítulo!!!



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PEDRO

Os dias estavam cada vez piores. Toda vez que eu via ela, tinha vontade abraçá-la, vontade de me explicar. Mas eu não podia. Ao mesmo tempo em que eu queria que ela viesse falar comigo logo, eu queria adiar o máximo possível o momento, pois eu tinha medo da sua decisão. E tinha uma coisa que estava me incomodando mais do que toda essa situação.

Eu não sou cego. Na verdade, qualquer cego percebe a aproximação entre o Cobra e a Karina. Eu tinha e ainda tenho medo de perder a K para ele. Afinal, eles são tão parecidos, se entendem tão bem. Mas eu não posso fazer nada. Até pensei em insistir mais nela, mas ela pediu um tempo. Um tempo para pensar. Com tudo isso, eu só posso me agarrar a esperança de que ela vai me perdoar.

Essa noite foi, mais especificamente horrível. Eu não conseguia dormir. Tudo o que estava acontecendo, tudo estava girando na minha cabeça. Eu tentava afastar as lembranças dessa última semana da minha mente, mas parecia impossível. Quando amanheceu eu desisti. Fiquei mais algumas horas deitado, até que todos acordaram e foram seguir suas vidas. Me levantei, coloquei uma roupa qualquer e saí para dar uma volta. Estava andando distraído pela praça quando eu esbarrei em alguém. Eu já estava para me desculpar, mas congelei quando eu vi quem era.

Eu não sabia se saía correndo, ou se tentava falar com ela. Mas eu não tive tempo de decidir.

— Vamos. — ela disse de repente.

Eu sabia bem do que ela estava falando. Tinha chegado a hora. Nós sentamos em um dos bancos da praça, um de frente para o outro.

— Pedro... — ela começou, mas eu interrompi.

— Me desculpa, K. Eu não queria fazer você sofrer. Eu realmente gosto de você. Eu te amo.

Eu já tinha dito isso para ela várias vezes desde que ela descobriu tudo. Por mensagem, pessoalmente. De todas as formas possíveis. Mas dessa vez ela ficou muda. Se ela tinha planejado dizer alguma coisa, bom, acho que eu tinha estragado tudo. Nós estávamos nos olhando, a espera de que alguém quebrasse aquele silêncio.

— Pedro, eu... — ela tentou retomar, sem sucesso. Resolvi ajudá-la e, de certa forma, me ajudar também.

— Só... seja sincera comigo. — eu disse com medo da sinceridade dela.

— Bom, então eu vou ser direta também. — eu assenti.

— Eu... acho que... — ela mordeu o lábio inferior. — Eu acho que já era, Pedro.

Meu mundo desabou. Senti os meus olhos cheios de lágrimas, assim como os dela.

— Como... como assim “já era”? — eu perguntei na esperança de que ela tivesse querido dizer outra coisa, mas eu entendi muito bem.

— Acabou, Pedro.

Eu não consegui encará-la. Virei para frente e coloquei as mãos no rosto. As lágrimas não se contentavam apenas com os meus olhos. Respirei, tomei coragem e olhei para ela de novo. O sofrimento era evidente em seu rosto.

— Não faz isso, K. Por favor. — eu pedi e ela olhou para baixo, deixando as lágrimas caírem em seu colo. — Me perdoa, por favor. — completei.

— Eu te perdoo. — ela disse e, por um segundo, eu fiquei esperançoso. — Eu te perdoo, mas é isso, Pedro. Acabou. — ela continuou e nós dois começamos a chorar mais ainda.

— K. Não faz isso. Nós somos o casal Perina, lembra?

— Não. Não existe mais Perina.

Essa foi a frase que mais doeu. Mais do que o “Acabou, Pedro”. Mais do que qualquer outra dita até aquele momento. Foi aí que a ficha caiu.

Não existia mais Perina.

— Porque? — eu perguntei com a voz embargada.

— Eu não confio mais em você. — ela disse tentando limpar as lágrimas com as mãos.

— Mas. Você já me perdoou, você pode voltar a confiar em mim... — ela me interrompeu.

— Não. É melhor a gente acabar isso aqui. Vai ser melhor para todo mundo.

Eu não podia acreditar que isso estava realmente acontecendo. Há 1 semana atrás estava tudo bem. E o pior, não havia nada que eu pudesse fazer. No fundo, eu sabia que ela tinha razão. Razão em se sentir assim, razão em não confiar mais em mim. Ela simplesmente tomou uma decisão. E ela não queria mais estar ao meu lado.

— Você foi muito importante pra mim, mas eu não confio mais em você. E... é por isso, Pedro... que eu vou seguir por um caminho diferente. Sem você. — ela disse entre soluços.

— Por favor. Não faz isso. — eu pedi pela terceira vez.

— Você também vai seguir o seu caminho. Vai fazer sucesso com a banda, vai conhecer outras garotas. — ela se levantou e eu a acompanhei.

Não. Eu não queria nada daquilo, eu trocaria tudo por ela.

— Você tem um futuro pela frente, tem um sonho. A sua vida não vai acabar por causa de mim. — ela continuou. Eu tentava me convencer de que as coisas que ela falava eram verdade.

— K, vai ser muito difícil sem você. Fica comigo. — eu tentei convencê-la a mudar de ideia.

— Eu entendo, Pedro. Eu não estou dizendo que vai ser fácil, mas é assim que vai ser. Eu te desejo toda a felicidade do mundo. Mas eu não faço parte dela.

Eu estava sem chão, prestes a desabar. Nós dois estávamos chorando. Então eu saí andando. Não sei para onde. Eu só andei. Eu não queria aceitar, mas essa era a verdade.

Não existia mais Perina.

KARINA

Eu não aguentei nem mais um segundo. Desabei ali mesmo. Eu não me sentia culpada. Aliviada? Sim. Mas ainda doía muito. Não foi fácil, mas ele queria sinceridade. E eu também. Eu nunca vou esquecer como ele ficou desolado, a expressão no rosto dele. Mas foi a coisa certa.

Naquele momento eu não me preocupei com as pessoas na praça, nem com o fato de que eu devia estar na academia com o meu pai. Não me preocupei com nada. Só sentei no banco e deixei as lágrimas caírem, enquanto eu olhava para o nada.

Fiquei assim o dia inteiro, não me mexi. Várias pessoas tentaram falar comigo, mas eu só as ignorava. Estava quase anoitecendo e eu estava ali ainda. Alguns alunos da fábrica me observavam preocupados. Assim como a Bianca, o meu pai e a Dandara. Discrição não era o forte deles. Eu podia ouvir o que eles estavam conversando sem nem precisar prestar atenção.

— A quanto tempo ela está assim? — a Dandara perguntou.

— O dia inteiro. — O Duca respondeu. — Não comeu, não quis falar com ninguém. Resumidamente, ela não se mexeu. — completou.

— Nossa. Mas... o que aconteceu? — reconheci a voz da Bianca.

— Alguns alunos disseram que ela estava falando com o Pedro mais cedo. — meu pai disse irritado.

— Ok, deixa eu ver se entendi. Ela não quis falar com ninguém. Ninguém mesmo. — o Zé disse. Eu nem tinha percebido que ele estava ali. Todos afirmaram. — E.... vocês tentaram o Cobra? —

Meu coração bateu mais forte quando eu ouvi o nome dele. Não sei o motivo. Ele não veio falar comigo, na verdade, eu nem o vi hoje. Esqueci completamente dos meus planos depois que encontrei o Pedro. Todos olharam para o Zé como se ele estivesse louco e ele ergueu as mãos em sinal de rendição.

— Não. Não precisa do Cobra. — meu pai quase gritou.

Eu fiquei aliviada e decepcionada ao mesmo tempo. Não seria ruim ter um amigo do meu lado agora, mas eu não tinha certeza de que ele ainda era meu amigo.

Eu queria levantar e sair correndo dali, mas eu não conseguia. Parecia que alguma coisa estava me impedindo de me mexer.

— Mestre, eu achei que nunca ia dizer isso. Mas o Cobra pode ajudar. Não custa nada chamar ele. — o Duca disse.

Nesse momento, eu comecei a lembrar como o Cobra estava me ajudando nessa última semana. De todas as horas que ele passou me ouvindo falar em como eu estava me sentindo. E eu estraguei tudo.

Fui tirada dos meus devaneios por uma mão no meu ombro.

— K? — era o Cobra.

— Me tira daqui. Por favor.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Comentem aí, que eu quero saber o que vocês acharam.
Mais uma vez, desculpa por ter ficado tanto tempo sem postar. Eu tenho mais uns 2 capítulos que eu só preciso "ajeitar" que daí, quando eu puder, posto.
Detalhe: Muitas vezes eu confundo porque, por que e por quê. Então, se eu errar, me perdoem.

Beijos e até o próximo capítulo!!!