não deveria ser assim escrita por Finn the human Ghoul


Capítulo 29
A criatura - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

RESUMO: Oque acontece quando uma multidão cerca uma entidade que é capaz de se transformar de acordo com suas emoções?

NOTAS: desculpem pelo hiato da Fanfic...

Sou um péssimo exemplo de escritor responsável...



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Uma criatura pequena em forma de coelho, com a pele translúcida e com uma cor cinza desbotada, recuava aflita da multidão que se formara á sua frente. O amontoado se aproximava cada vez mais movido apenas pela curiosidade, e o ser cinzento acabara por ficar encurralado no gramado entre duas casas. Uma van com a marca de uma emissora estampada nas laterais surge no final da rua, chamando a atenção do “animal” com o som do pneu rasgando o asfalto.  o veículo estaciona bruscamente no meio fio do outro lado da rua, e uma equipe de TV sai as pressas, adentrando em seguida ao amontoado de pessoas que se empurravam logo a frente com o mesmo objetivo dos repórteres, ter uma melhor visão da atração. Confusa e com um nervosismo que beirava o desespero, ela ficava cada vez mais sem espaço. Mesmo sem haver mais lugar para ceder, a criatura insistiu em recuar até tocar na varanda de uma das casas, num instinto aflito de fugir de toda aquela atenção[...]

Enquanto isso

 

O Felino estava a correr sem direção pelas ruas de Elmore, a fim de encontrar Penny que a essa altura já deveria estar bem longe do hospital. A mensagem que recebera da enfermeira foi de que Penny havia acordado horas depois dele se ausentar do quarto. “Ela também nunca havia experimentado aquela forma antes e com certeza isso era algum tipo de tabu em sua família, tanto que eles mantiveram isso como segredo até agora. será que ela se sentiu culpada por estar daquele jeito?”, deduzia ele enquanto corria. Ele ultrapassa a faixa com pressa, ignorando totalmente os carros que buzinavam para ele, e continuava a correr pelo outro lado da rua. O motivo da fuga ainda não estava claro para o garoto que se culpava por não estar no quarto dela, na hora e no momento certo de quando ela despertara, e agora ele corria loucamente pelas ruas de Elmore, sem se importar se naquela direção ele acabaria encontrando-a ou não.

Gumball não era um sinônimo de inteligência, mas ele sabia bem, ou precariamente, juntar as peças de um quebra cabeça. Ele tinha uma conversa em mente dos médicos que até então ele julgava dispensável, mas que naquele momento pareceu ser algo chave em toda aquela situação. “Então a garota tem problemas emocionais da família?”, Um médico havia murmurado à outro, lembrava ele. “sim, mas é algo da própria família mesmo, como se fosse hereditário”.

Ao lembrar desse diálogo, Gumball logo puxou outras memórias do colegial, da convivência com ela desde que aquela cena catastrófica com o Darwin havia acontecido. Realmente ela havia mudado muito, seu humor estava muito alterado, lembrava ele. Houve um dia que a garota tinha até sido expulsa de sala por um insulto que ela havia dirigido a professora Símio. E até então ele achava aquilo meio infantil da parte dela, agir daquele jeito por causa de um romance escolar que tinha dado terrivelmente errado. Mas se ela realmente estava alimentando aquele sentimento de culpa de maneira involuntária, então como será que ela estaria lidando com a forma secreta de sua família, que ela tinha de zelar e esconder?

Agora era clara a situação atual. Ele tinha que parar uma garota que não controlava suas emoções e que tinha acabado de libertar sua real forma, que se moldava e aumentava as emoções dela. Era a receita certa para o caos.

depois do felino azul já estar longe, ele decide parar e recuperar o fôlego para pensar um pouco no caminho que ele realmente deveria seguir. Parecia que sua cabeça estava finalmente funcionando naquele dia. Enquanto ele se decidia entre perder tempo no hospital juntando informações ou perder tempo nas ruas correndo feito um louco, uma televisão( de novo?) à mostra em uma loja de eletrônicos bem ao seu lado, transmitia uma notícia ao vivo de um lugar próximo. O cenário da reportagem era por coincidência, exatamente uma rua antes da casa dos Fitzgerald, o que parecia no mínimo suspeito para o gato. O Felino pausa em frente à TV e a observa, desconfiado, com as mãos apoiadas sobre a vidraça da loja, enquanto aguardava a moça da reportagem dar sentido a aquela cena que ele via. “parece que o animal  que foi visto sobrevoando a antiga fábrica de arco-íris mudou de forma e está agora cercado pelos moradores deste lugar”, dizia a repórter, que cobria a notícia enquanto apontava para um ser “hostil”, acuado no gramado entre duas casas.

Depois de respirar fundo e recuperar a calma que aquela cena lhe roubara, as similaridades começaram a saltar nos seus olhos. As semelhanças do tom da pele e da aparência daquele coelho cinza, lembravam o daquela pessoa que ele conhecia e admirava a muito tempo. Lembrava tanto a original quanto às suas contrapartes.

—P-Penny? - diz ele, extasiado, com um brilho no olhar e friccionando os dedos contra o vidro da loja.

A admiração por ela logo desaparece quando o garoto enfim recorda das coisas que ele havia aprendido e indagado agora a pouco, das conversas dos médicos. Naquela forma e Naquela situação Penny era, nada mais nada menos, que uma granada de gatilho emocional capaz de causar outra catástrofe na vida dos dois. Ele abandona a loja sem pensar duas vezes e volta a correr atrás dela, mas desta vez com um destino certo em mente: aquela tal rua que havia visto pela TV, onde ela estaria o esperando.

Ao ignorar o resto da reportagem ele acaba perdendo a última cena filmada, que marcaria o fim da transmissão...

Pela TV, o cinegrafista decide focar a criatura ao perceber que a pele dela estava mudando drasticamente de tom, daquele antigo cinza para um roxo mais obscuro. A postura muda e a criatura, antes intimidada, agora se portava mais agressiva e ameaçadora, fazendo todos ao redor começarem a realmente recuar, temorizados. O “monstro” se aproxima do homem que estava lhe gravando, e o cinegrafista ao perceber aquela atenção toda que estava recebendo, corre em desespero.

A filmagem fica bagunçada e desfocada. Depois da correria, se ouve um grito e uma pancada. A câmera é arremessada para longe e acerta a parede, mas continua gravando de lado, em um ângulo que captava apenas a movimentação das pessoas, correndo em desespero para sair daquele lugar. não demora muito para a rua ficar vazia e um silêncio bizarro acaba tomando conta do ambiente. Caída, mas ainda funcionando, dava para notar o chão tremendo com passos pesados se aproximando, até que finalmente a transmissão é interrompida pelo som da câmera sendo destruída...

 

 

Enquanto isso, na casa dos Krueger...

 

 

Carrie Discutia com a enfermeira de Penny, enquanto Darwin esperava aflito pela resposta final dela sobre o que realmente havia acontecido naquele momento. Carrie então desliga o telefone e Darwin se aproxima dela para lhe perguntar de uma vez o que tinha acontecido.

Darwin: O que aconteceu com ela? – diz ele, nervoso e impaciente.

Carrie: Ela disse que a Penny acordou nessa tarde depois do Gumball sair, e então fugiu do hospital. – diz ela com as mãos sob a franja, enquanto senta na cama.

Darwin: Mas como assim, porque ela faria isso?

Carrie: Ela saiu quebrando a janela, o que acha que isso significa?

Darwin: Sério? Bom, sei lá, acho que ela ficou...bem... – diz ele, imaginando o motivo.

Carrie: ... Não sei, talvez nervosa, quando percebeu onde ela estava enfiada?. – diz ela com ironia e sem paciência para esperar ele deduzir.

Darwin: Num hospital, fora da casca e toda confusa, ok, agora faz sentido. – diz ele, concluindo o raciocínio de Carrie.

Carrie: Nossa, Darwin, descobriu isso sozinho? – diz ela no mesmo tom sarcástico de antes.

Darwin: Dá um tempo, você sabe que eu não penso direito sob pressão.

Carrie: Não me lembro disso.

Darwin: Foco aqui, a Penny e o Gumball são mais importantes do que essa discussão.

Carrie: Ok... Então, atrás de quem , Gumball ou Penny? - questiona ela. - Por mim seria melhor ir atrás da Penny, não acha?

Darwin: Hum... TV.

Carrie: ... Quê? - diz confusa.

Darwin: Ué, TV.

Carrie: Certo, ou você tá zoando na hora errada, ou tá achando mesmo que isso vai dar certo outra vez. – diz ela, relembrando da última vez que a TV os ajudou a achar Masami.

Darwin: confia na sorte, vai que funciona. – diz ele, apoiando uma das mãos no ombro da Carrie e esticando o outro braço, até alcançar um controle remoto e voltar para onde estava.

 Ele aperta todos os botões do controle esperando o mesmo fazer a sua função, mas o objeto não respondia aos seus comandos. Carrie estava corada com o toque no ombro que recebera, mas continuava a observar o peixe mexer em seu controle, esperando em silêncio ele se tocar de que aquele era na verdade o controle do DVD.

Darwin: Droga, controle errado. – ele joga o controle na cama e se aproxima novamente para se apoiar nos ombros dela, a fim de testar o próximo controle.

Carrie: N-não, deixa que eu pego, eu sei qual é o certo! – diz ela, esquivando dele e flutuando para perto da TV. Aquela sensação de toque permaneceria nova por muito tempo.

Ela liga a televisão e coloca em um noticiário local.  pela tela da TV os dois veem uma cena estranha e agitada a acontecer em algum lugar por alí perto. Eles escutam um grito e assistem a câmera ser arremessada e destruída logo depois. Eles ficam assustados e preocupados, e então a reportagem se encerra subitamente com a destruição da câmera.

Darwin: Mas o que foi isso?!

Carrie: Isso foi... ela? – diz, incrédula, sem nem mesmo ver o rosto ou qualquer coisa lembrasse sua amiga.

Darwin: E como eu vou saber?

Carrie: Eu conheço aquela rua, é perto de onde a Penny mora.

Darwin: E você quer ir lá porque... Acha que ela fez aquilo? – diz ele, falando pausadamente enquanto aponta para a tela, meio cético.

Carrie: Não foi você que disse pra confiar na sorte? – ela desliga a TV e vai para a porta, onde ela o observa em aguardo.

Darwin: (suspiro) A televisão de novo, que falta de criatividade, isso vai mesmo dar certo outra vez?. – diz ele, saindo do quarto desconfiado.

Carrie: Primeiro, a ideia foi sua, e segundo, quem liga?– ela tranca a porta.

 

 

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

se eu dizer que lanço o próximo capítulo na semana que vem ninguém acredita, mas pelo menos posso garantir que o FINAL já está digitado, O.K? ( e isso se ainda tiver alguém acompanhando, porque mais um pouco e seria um ano sem postar, se é que já não faz...)



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