não deveria ser assim escrita por Finn the human Ghoul


Capítulo 28
O hospital


Notas iniciais do capítulo

RESUMO: Passou-se uma semana desde o dia em que tudo isso começou, como será que todos estão reagindo a tudo o que aconteceu? Com certeza não será fácil convencer os outros sobre essa história de mundo paralelo...


AVISO: para quem já leu este capítulo( do dia 22 de novembro de 2016 para trás :v) eu acrescentei umas 500 palavras que mudaram um pouco o contexto da história e aproveitei para melhorar a cena do hospital.



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...Uma semana depois, no hospital de Elmore...

(Gumball POV)

 

 

 Uma semana depois, muito tempo? Talvez, mas nada de importante aconteceu durante essa semana, só o de sempre, as nossas famílias correndo desesperadamente de um lado para o outro, indo e voltando do hospital, nos culpando por isso e aquilo, e nos enchendo de perguntas sobre o que ouve e o porquê de um de nós ainda estar de cama...

 Como eu estava dizendo, um dia “normal” como todos os outros, nada muito fora do comum. Pelo sétimo dia seguido, estou aqui, num quarto monótono de um hospital e em um tédio imenso, conversando comigo mesmo sobre o que aconteceu nessa droga de semana. Nossa, eu devo mesmo estar ficando maluco... Estou imaginando uma conversa como se alguém estivesse lendo a minha mente neste exato momento, que idiotice. Ser idiota está fazendo bem o meu estilo ultimamente...

 ...Bom, continuando, é difícil matar o tempo e ao mesmo instante disfarçar e esquecer a minha preocupação. Ficar sentado quase que o dia inteiro, ao lado de alguém desacordado, esperando que o mesmo mova sequer as sobrancelhas, é algo realmente angustiante. É engraçado eu estar sendo irônico comigo mesmo, por que na realidade, eu não estou muito no clima de brincadeiras e piadas, pois a situação daqui não me deixa muito alegre, muito pelo contrário na verdade...

 E falando nisso, eu acho que vou demorar para esquecer aquele dia quando eu entrei no hospital, na semana passada. Eu, mesmo estando com os meus pais de verdade e com o meu irmão otimista do meu lado para me apoiar, ainda foi difícil ver o médicos levarem ela pelo corredor, e voltarem mais tarde sem notícia alguma para mim, que nem sequer pode vê-la depois disso. Parecia que os médicos estavam com dificuldades para cuidar dela, já que sua raça era a mais incomum de Elmore, afinal aquela sua atual forma era um segredo de família, então, pois é, ninguém a não ser a própria família podia ajudar.

 Apenas depois de quase um dia inteiro com os médicos conversando com o pai dela, foi que finalmente puderam confirmar o estado em que ela estava. Bom, até aí tudo bem, certo? Quer dizer, se ignorar que agora eu estou a sete dias sentado nesta cadeira, vendo ela deitada nesta maca desde então, sem hora para acordar...

Gumball: (*Suspiro*)... Bom, fora isso... Está tudo bem. – digo á mim mesmo, pensando em voz alta, enquanto repouso a cabeça na cadeira.

 

 POV off

 

Do lado de Penny, estava Gumball sentado numa cadeira, olhando para o teto, imaginando algo para passar o tempo, quando escuta alguém bater na porta.

Gumball: ta aberta, pode entrar. –diz ele, sem mudar sua postura.

A porta se abre e Gumball vê Carrie entrando devagar pelo quarto, mantendo o silêncio no ambiente. Ela encosta a porta e se aproxima dos dois, ficando de frente para a maca. Ela observa a sua amiga por um momento, e então ela tenta puxar algum assunto com Gumball, para tentar amenizar aquele clima pesado que a rodeava.

Carrie: ... Como ela está?

Gumball: do mesmo jeito que ela estava quando chegou,eu acho... – diz ele, repousando a cabeça na cadeira e fechando os olhos.

Carrie: o que disseram dela?

Gumball: que não sabem como ela reagiu a tudo aquilo, mas que o efeito foi ruim de qualquer jeito.

Carrie: ruim... Como?

Gumball: (*suspiro*) ruim o suficiente para um coma... Eu acho.– diz ele, abrindo os olhos devagar.

Carrie: ...eu... Imaginei isso, mas, não achei que fosse acontecer... – diz ela, abaixando a cabeça.

Gumball: Não precisa ficar se culpando agora, você já ajudou bastante naquele dia quando conseguiu derrubar a Masami, lembra?. – diz ele, forçando um leve sorriso.

Carrie: eu sei, mas... Me sinto culpada por não ter alertado vocês disso tudo...

Gumball: olha... foi uma longa semana, por que você não aproveita e descansa um pouco?

Carrie: eu descansar? Mas não é você que..! – Gumball a interrompe.

Gumball: E sabe o que mais, aposto que o Darwin adoraria conhecer a sua avó novamente. – brinca ele.

Carrie: você acha? – tenta brincar ela, sem consegui esconder o pouco de valor que dera a ideia.

Gumball: ... ei, espera, que reação estranha foi essa? – ironiza ele, mudando seu semblante de cansaço para o antigo Gumball cômico.

Carrie: q- que cara? – diz ela, corando ao ser descoberta.

Gumball: essa cara feliz que você fez quando disse o nome ‘Darwin’. – continua ele, deixando Carrie mais desconfortável.

Carrie: ok, até que você conseguiu aprender alguma sobre mim, afinal. – diz ela, entregando à Gumball a resposta que ele queria.

Gumball: nem é pra tanto assim. Depois daquela cena toda no Hotel da ilha, quando vocês saíram de mãos dadas, não precisei ser uma Anaís pra sacar o que estava acontecendo.

Carrie: ...tá, você venceu, foi bem óbvio.

Gumball: então, como vocês estão? – diz ele, agora animado, esperando saber mais sobre o casal.

Carrie: como assim? – estranha ela.

Gumball: como assim o que, não estão juntos agora?

Carrie: nós... deveríamos estar juntos? – diz ela, voltando a se intimidar e a rosar suas bochechas.

Gumball: mas como assim! – diz ele, entrando na gargalhada.

Carrie: mas a gente não se falou muito desde aquele dia. – diz ela, relembrando Gumball sobre o incidente de Penny.

Gumball: uh... Bom, aquilo... Realmente deve ter quebrado o clima... – diz ele, se curvando na cadeira, cabisbaixo, quase voltando ao seu estado de que se encontrara antes da chegada da fantasma.

Carrie: ...

 O silencio volta a reinar no quarto, até que Carrie, para tentar fugir da situação, tenta sair devagar do lugar, mas não sem antes ser chamada novamente por Gumball, que nota a intenção de fuga de sua amiga.

Gumball: espera!

Carrie: o que foi? – diz ela, quase de costas para ele, pronta para sair.

Gumball: É que, sabe, eu não andei saindo muito deste quarto, então... Como que a Masami está? – diz tentando puxar assunto.

Carrie: a Masami? Ela foi liberada logo no dia seguinte pelo que me lembro.

Gumball: sério? E eu nem notei ela indo embora... – diz ele confuso e pensativo.

Carrie: (suspiro) Quer saber, eu acho você também devia relaxar um pouco, não acha?– diz ela, agora o esperando na porta.

Gumball: Mas eu estou relaxado. – ele tenta desviar do convite com uma risada disfarçada.

Carrie: Vamos, Gumball, você não pode ficar para sempre preso neste quarto.

Gumball: mas eu... – ele olha para Penny por um instante, receando sair de lá.

Carrie: então, o que acha? Aposto que a minha avó também adoraria conhecer vocês dois de uma vez só. – diz ela, com um sorriso animador.

Gumball: ok, agora você que venceu. Mas é estranho você dizer isso, já que você e eu já fomos várias vezes para lá. – brinca ele, enquanto se levanta e pega sua mochila, ao lado de sua cadeira.

Carrie: não precisa me lembrar disso... A gente nem namorou de verdade. – diz ela, um pouco constrangida, mas ainda contente por tirá-lo do quarto.

Antes de ele sair pelo corredor do hospital, ele resolve dar uma última olhada no quarto de Penny e fica ao lado da porta, vendo ela pela parte que deixara aberta de propósito para dar uma ultima olhada antes de ir. Carrie ao perceber a demora de Gumball, o chama a atenção e então, ele a acompanha pelo corredor, até a saída do Hospital.

 

...enquanto isso, na casa dos wattersons...

 

Nicole e Ricardo estavam na sala, conversando com os Fitzgerald sobre os seus filhos, enquanto Darwin estava deitado no sofá, mexendo em seu celular para tentar ignorar o que estava acontecendo por ali.

— como que a minha filha ficou daquele jeito? – diz a mãe de Penny, nos braços de Patrick, o pai dela.

Ricardo: Nós também não sabemos o que aconteceu. – diz ele, inconformado, tentando evitar falar alguma bobagem como de costume.

Patrick: Sem querer ofender, mas sempre que o filho de vocês se aproxima dela, algo ruim acontece! – acusa ele.

Nicole: Ei, não culpe o Gumball por isso, a Carrie e o Darwin já explicaram o que ouve!

Patrick: Qual é, você é mãe, vai me dizer agora que acreditou mesmo naquela história de possessão e mundos paralelos?

Ricardo: parecia verdade pra mim...

Nicole: Então agora eu sou a única que acha Elmore um lugar estranho? –defende ela sem calar Ricardo, que receava por uma bronca por seu manifesto.

Patrick: Elmore pode não ser o lugar mais normal do mundo, mas enquanto eu não tiver provas de que essa história é verdade, eu vou continuar culpando eles por isso.

 Darwin continuava a mexer em seu celular, ignorando a discussão que ouvia da mesa de jantar, enquanto olhava em sua rede social para passar o tempo. Ele estava até que entretido em seu passatempo, pelo menos até alguém estranho tocar em seus pés e chamar a sua atenção. Era a irmã mais nova de Penny que tocara o sapato de Darwin, ela parecia querer conversar com o garoto.

Darwin: uhh... o que foi, quer alguma coisa? – diz ele, tentando ser gentil.

—... minha irmã vai ficar bem? – diz a menina, com o rosto aflito.

Darwin: bom... He-he... Eu... ANAÍS, VEM CÁ! –grita ele, pedindo ajuda para sua irmã mais nova.

Anaís: o que foi agora? – diz ela, descendo as escadas.

Darwin: por que não brinca um pouco com ela? – diz ele, com um olhar de alguém que estava implorando por ajuda.

—... Esquece, você é igual a eles. – diz ela com repúdio de Darwin, indo de encontro a Anaís.

O garoto fica ressentido com a resposta da menina, que sobe as escadas para o quarto de Anaís. Ele até se levanta do sofá para tentar dizer algo que a reconfortasse, mas uma notificação de uma mensagem privada em seu celular o desvia a atenção. Ele então vê um recado de Carrie na tela, o convidando para sair naquele instante:

—“q tal uma saida agr? consegui tirar o seu irmão do hospital, ele tava precisando sair um pouco daquele quarto :v .”

 Ele pareceu surpreso com o convite, já que seu irmão estava enfurnado naquele lugar há quase uma semana sem dar uma notícia sequer. Ele então levanta com ânimo do sofá e corre para a porta da sala, pronto para sair, mas sua mãe o chama antes de ele sequer destrancar a fechadura.

Nicole: Darwin, aonde você vai?

Darwin: A Carrie me chamou par dar uma volta.

Nicole: Ela foi visitar a Penny hoje, não foi? Ela disse para você como o Gumball está? – diz ela, preocupada com seu filho que não dera resposta.

Darwin: ela não me disse, mas pode deixar que eu mesmo digo, assim que eu voltar. – diz ele, saindo e trancando a porta por fora, sem dar tempo de Nicole formular outra pergunta.

Nicole: assim que voltar, como assim? – diz ela, depois de Darwin partir.

 

...naquele mesmo dia, à noite...

(Gumball POV)

 

 E lá estava eu, na casa da Carrie com dois, vendo o filme de terror preferido dela, que era inédito para o meu irmão e ao mesmo tempo apenas uma reprise para mim, que já assistira a aquilo milhões de vezes com ela. Embora eu estivesse me sentindo como alguém que estava apenas segurando vela naquele quarto, ainda assim estava sendo divertido estar lá com os dois, que ao contrário de mim, pareciam estar desconfortáveis com a presença um do outro. Sim, é estranho, mas esses dois que se divertiram tanto numa gruta e que saíram de mãos dadas pela praia, ou quase isso, agora se comportam como dois bobos que ficam envergonhados com qualquer coisa, como simplesmente olhar para a cara um do outro. Que decepção desses dois. Me mantive entretido até então, pelo menos o suficiente para esquecer-se do hospital por mais alguns minutos... ou até o filme acabar, que ironicamente, foi o que aconteceu.

Carrie: Que pena que já acabou. – diz ela enquanto retira o disco de DVD para guardá-lo em sua caixa.

Darwin: você disse que esse era o seu favorito, né?

Carrie: sim, o cara que fez o personagem principal atuou bem como Fred, o meu Tataravô ficaria orgulhoso dele. – diz ela sem olhar para Darwin, pois sabia que travaria no meio da frase. Não são ciúmes, mas... Ela não foi assim comigo no começo.

Gumball: Ainda bem que ninguém além de você conhece esse filme, já imaginou se a Teri acaba assistindo? – digo para aliviar o clima, ao me lembrar do pânico que foi quando a Carrie contou essa história naquele fim de semana na praia.

Darwin: coitada, só de ouvir essa história naquele dia ela já ficou maluca. – diz ele, rindo ao se lembrar da cena.

 Nós três caímos na risada juntos, ao recordar do fim de semana na praia quando ganhamos o desafio de melhor história de terror. Enquanto nos divertíamos em nossas lembranças, os dois me observavam com alívio, a me ver mais descontraído do que mais cedo, quando eu ainda insistia em me lembrar da semana passada. E eu realmente estava me sentindo melhor em deixar essa preocupação de lado por um tempo, quer dizer, pelo menos até eu escutar o meu celular tocar repentinamente, mudando a expressão dos dois de alívio para apreensão, assim como a minha.

Gumball: É do hospital, por que estão me ligando? – digo inquieto, ao identificar o número do telefone, que pertencia à enfermeira responsável por Penny, da qual eu tinha em meu contato.

Carrie: T-tenha calma Gumball, não deve ser nada de mais. - diz ela, aflita.

Atendo com pressa a ligação, escuto uma voz nervosa e tremula falando comigo ligeiramente, tropeçando em suas próprias palavras, enquanto tentava ser breve e ao mesmo tempo culta em seu recado...

 

POV off

 

Gumball escutava atentamente ao seu celular, preocupado, enquanto Carrie e Darwin apenas o observavam com aflição ao ver o olhar alegre de Gumball desvanecer em poucos segundos após atender ao telefone. O semblante do felino muda subitamente, do nervosismo ao desespero, e então ele desliga o telefone, se levantando desnorteado e estático do chão do quarto, deixando Carrie e Darwin apavorados com a tal notícia que Gumball escutara.

Darwin: cara, o que ouve, por que está assim? – diz ele se levantando também, já prevendo alguma ação “irracional” de seu irmão.

Gumball se mantém de cabeça baixa por alguns segundos até tomar uma decisão, para enfim dar as costas e sair abruptamente do quarto sem nem sequer dar explicações para os dois, que se desesperam ao ver a reação repentina dele. Darwin corre para a porta do quarto e ainda consegue ver seu irmão descer as escadas em direção à saída. Mesmo sabendo que ele iria ignorá-lo se tentasse, Darwin ainda arrisca chamar sua atenção, mas Carrie acaba por roubar a concentração do Darwin ao iniciar uma discussão confusa com a enfermeira que mandara a mensagem. E julgando pela reação de Carrie, vejo que a notícia não aparentava ser algo trágico como imaginávamos, mas infelizmente, ainda não parecia se tratar de algo acalentador...

 

CONTINUA...

 


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Notas finais do capítulo

o que a enfermeira do hospital disse para o Gumball e para Carrie?

"ps: se quiser puxar meu saco no privado pq parei de digitar... PFVR FAZ ISSO, EU QUERO MSM TERMINAR ESSA HISTÓRIA! ; - ;"



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