Stand Down escrita por Juu Mixer


Capítulo 12
Pool day


Notas iniciais do capítulo

HELLO... IT'S ME...
Oooooi minha genteney! Como vocês estão?? Eu estou muuuito bem, obrigada! ~ fingindo que vocês me perguntaram ~

Isso mesmo gente, um milagre! EU NÃO DEMOREI!
Yeeeeeeey!
Vocês não estão nem acreditando né? Pois é, nem eu! Deve ser por que o natal tá chegando e eu adoro essa época do ano! COMIDAAAAA! E família né gente, fala sério, não penso só em comida!

Agora o papo é sério! ~ fechando a cara ~ Eu não estou feliz com uma coisinha! Será que vocês adivinham? Com os reviews né gente! Pô galerinha! Eu nem demorei com o capítulo e estou planejando postar outro antes do ano novo é assim que vocês me ajudam? Posso falar uma coisinha? Não está ajudando não! Vocês não têm noção de como isso chateia uma autora! Não sabemos se estão gostando, se estão odiando, se querem dar opiniões que são muito bem vindas! Isso me deixa muito pra baixo, sério! Eu não recebo nem metade da metade de comentários comparados aos acompanhamentos! Custa muito escrever um " Gostei " ou um " Adorei "! Eu não ligo gente, sério, eu só preciso que vocês apareçam pra me alegrar! É assim, se querem capítulos rápidos, tem que me ajudar com os comentários! Eu odeio essa coisa de metas e bancar a autora que cobra, mas assim não está dando!

Mas vamos falar de coisas alegres! Stand Down recebeu mais uma recomendação! Falei no fim errado?? STAND DOWN RECEBEU MAIS UMA RECOMENDAÇÃO! Uhuuuuul! Muuuuuito obrigada MissMoon pelas suas lindassss palavras! Eu amei viu flor! Vocês acreditam que ela foi a primeira pessoa que comentou a fic?? Então né, to tipo muito feliz! Você é extremamente importante viu! Vocês podiam seguir o exemplo dela viu gente! ~ só comentando, só comentando ~
Também quero agradecer aqueles leitores que não abandonam a fic e comentam todo santo capítulo! E falando nisso, logo depois que postar esse capítulo eu vou responder os reviews de vocês meus lindos!

Então gente, eu sou um desastre em promessas! Eu disse que ia postar capítulos mais curtos MAS EU NÃO CONSIGO! Sorry babes! Mas pelo menos eu não demorei!

Então se deliciem com esse belo capítulo, que tá até que beeeem fofinho! É bem cheio de problemas!

Espero que gostem viu!
Até lá embaixo!!



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– Azul ou Vermelho?

– Azul.

– Vermelho.

– Vocês também não colaboram, não é? - Madge choraminga.

Vocês já imaginaram acordar às oito da manhã em um belo sábado de sol para resolver um problema de cor de roupa? Eu, sinceramente, nunca imaginaria que teria esse problema, até conhecer essas três garotas, e em especial, a Madge. Elas estão discutindo a mais de quarenta minutos a cor da saia que a menina vai usar e eu apenas estou embaixo do meu lençol, fingindo estar dormindo.

– Eu já te disse que vermelho é mais... - Clove é cortada.

– Eu sei! Vermelho é mais sensual e azul é mais comportado! Eu já entendi! Mas qual eu uso?

– Pensa assim Mad. Você quer ser beijada até o amanhecer ou quer ser a fofa do casal apaixonado? - Ann arrisca. Pelo que consigo ver na fresta do meu lençol, ela está segurando uma xícara com seu precioso chá.

– Isso também não está ajudando! - Mad resmunga chateada - Eu não vou mais! Não tenho roupa!

– Lava a boca com sabão antes de falar uma coisa dessas Madge! Seu closet é o mais lotado e o mais caro desse quarto! Eu podia ter minha aposentadoria e a dos meus filhos se eu vendesse suas belas roupinhas! - Clove salta de sua cama e vai até o banheiro.

– Não! Clove! Meu babyliss tá na tomada eu preci... Ela fechou. - Ouço a cama em baixo da minha ranger por ela ter se deitado - Eu não vou Ann.

– Você vai sim! Gale vai aparecer aqui em menos de vinte minutos e você precisa terminar de se arrumar! Então levanta essa bunda daí! - A voz de Annie se aproxima.

– Aí meu Deus! Eu não estou preparada para isso! O que eu vou conversar com ele? O que a gente vai fazer? Eu vou morrer! - Diz frustrada - E essa vaca não acorda pra me ajudar!

Dou uma risada baixa mas sei que ela ouviu. Sei por que sinto meu colchão dar um pulo, pelo chute que ela deu na parte de cima de sua cama.

– Porra! Pra que isso? Que grosseria! Não sabe acordar as pessoas de um jeito descente não? Um " acorda Kat, preciso da sua ajuda " ou um " Kat linda do meu coração, sua opinião é muito importante " ou até mesmo " Kat, estou tendo uma crise de falta-de-roupa-pra-sair-com-um-gato-australiano, me ajuda! ". Mas não! Tem que sair chutando camas alheias.

– Para de drama sua vaca! Eu estou quase tendo um colapso entre cores e você fica rindo da minha desgraça! - Sinto outro chute e eu gargalho, sendo acompanhada por Annie.

– Okay, eu ajudo. Mas não vai sair de graça. - Me levanto e pulo até o chão, sentando em uma das poltronas azuis turquesa. Tive que jogar várias roupas no chão para conseguir sentar.

– O que você quer, mercenária? - A loira levanta uma das sobrancelhas, divertida. Annie se levanta e vem atrás de mim, começando a trançar meu cabelo bagunçado.

– Preciso que você traga uma coisinha pra mim do shopping. - Estalo os dedos, relaxada.

– Que coisinha, Everdeen?

– Uma película de vidro pro meu celular, eu detonei a minha ontem na aula da Effie. - Dou os ombros.

– Sabe que vai ter que deixar seu celular comigo não é? Para o cara colocar pra você.

– Sem problemas Mad. Muito obrigada! Sempre salvando minha vida. Depois te pago.

– Por minha conta, você já fez muita coisa por mim. Agora, você só vai ganhar a película se me ajudar a escolher a roupa! Vem, agora! - Ela estende as mãos para mim, com os olhos esverdeados brilhando de antecipação.

– To quase acabando a trança, aguenta aí. - Diz Annie.

– Aqui seu babyliss, Mad, e se eu fosse você... Ah, bom dia dorminhoca! - Clove sai do banheiro com o aparelho de cachos na mão.

– Não precisa mais ser fofa comigo, Clove. Você sabe que eu não estou brava contigo. - Digo sincera, mas com um sorriso de lado.

– Fala sério! Eu não posso nem ser simpática que vocês acham que eu quero alguma coisa. Que ótimas amigas vocês são! - Resmunga, indo colocar o babyliss na tomada. Pegou uma mecha do cabelo da Madge e começou a enrola-lo - Mas então, qual cor loira?

– A Kat vai escolher pra mim. - Ela me lança uma piscadela e eu rio.

– Acabei! Vem, eu vou com você até o closet dela. - Ann dá dois tapinhas nos meus ombros e eu me levanto, indo em direção ao corredor de closets, com a ruiva em meu encalço.

O closet da Mad é o que podemos dizer de paraíso das mulheres. Tem tudo que qualquer uma precisa, não falta nada. Da vontade de matar quando ela diz que não tem roupa. E pra melhorar, ela é a pessoa mais organizada que conheço. Tudo separado por cor, joias alinhadas, sapatos por modelo. Chega até ser um pouco humilhante pra bagunça que é o meu.

Mexo em seus cabides até que encontro um vestido verde água. Um vestido tão maravilhoso, mas tão caro. Tiro o cabide e coloco sobre meu corpo, mostrando para Annie.

– Perfeito! - Ela bate palmilhas e agacha, pegando um sapato de médio salto, vermelho. - Ela vai ficar linda!

– Ela já é. - Sorrio, pegando um colar com uma borboleta prata - Vamos fazer o Gale babar.

Ela sorri abertamente e saímos em direção ao quarto. Clove finalizava o cabelo loiro de Mad e ela mexia no celular.

– Hey mané. Veste isso - Jogo a roupa em seu colo.

– Vocês não acham que esse vestido é muito...sei lá... chique? - Ela nos encara duvidosa - Não quero desmerecer ninguém... Vocês sabem...

– Madge relaxa! Gale te chamou pra sair por que gosta de você, não só seu dinheiro e das suas posses. - Clove bate o cabelo dela - Prontinho.

– Não sei se estou pronta pra isso... é tão... - Três batidas na porta nos faz virar para ela - Aí não! Eu não vou, não consigo! - Ela pega o vestido e sai correndo para o banheiro.

– Eu vou atrás dela. - Annie suspira - Kat, você abre a porta. Clove, vai trocar de roupa, em menos de meia hora você tem que estar no auditório.

– Argh! Nem me lembre! - Clove se joga na cama de Madge.

– Já vai! - Grito indo em direção à porta. Quando abro, encaro seus olhos cinzas idênticos aos meus, e sorrio. - Oi Gale! Tá um gato.

– Você acha? - Ele diz divertido, ajeitando a blusa azul escura. - Você também está... apresentável?

Rio alto - Não precisa mentir Gale, nem escovei os dentes ainda. Entra aí. Clove, ele não está um gato?

– Muito gato! - Ele cora um pouco e se mexe desconfortável - Não precisa ficar sem graça, Gale. A gente não morde.

– Não tenho tanta certeza disso - Ele diz com graça na voz e nós duas rimos. - Cadê a Annie?

– Tá no banheiro, acalmando a sua garota. Sério, ela tá pirando e... - Dou uma pequena cotovelada em sua costela - Ai!

– O que ela quis dizer é que a Mad já está terminando de se arrumar e a Ann tá ajudando ela a se... preparar? - Arrisco e ele limpa as mãos na bermuda - Gale, você está nervoso?

– O que? Nervoso? Eu? Não! Claro que não! Preocupado? Talvez sim. Tá tão na cara assim? - Ele remexe no cabelo escuro.

– Apavorado? - Clove supõe.

– Desesperado!

– Calma Gale! Vai dar tudo certo. Vocês só vão dar um passeio no shopping. Vão almoçar juntos e talvez um cinema. Nada demais! Cadê aquele garoto que estava todo cheio de coragem na festa? - Coloco minhas mãos na cintura, fechando minha expressão.

– Pode ter certeza que ele desapareceu quando eu passei por essa porta.

– Seja macho! Fala sério! - Clove pega o celular dela - Tem medo de mulher, é?

– Lógico que...

– Não Ann! Não! Eu não quero! Socorro! - Nós assustamos com os berros vindos do banheiro. Annie empurrava com todas as forças a loira que se agarrava no batente da porta - Ah... Oi... - Mad fica em uma postura descente e ajeita o vestido e o cabelo - Oi Gale!

– Oi Madge. - Ele diz rindo.

– Aqui está Gale! Minha amiga arrumada, cheirosa, e quase controlada. - Ann empurra-a em direção do grandalhão.

– Está linda! - Ele sorri sincero, segurando sua pequena mão e levando até os lábios, dando um leve beijo. Impressionantemente, nós quatro suspiramos e acabamos rindo uma da cara da outra.

– Você também está lindo. - Mad, já toda vermelha, o elogia - Vamos então, já que essas daqui tem mais coisas para fazer!

– Exatamente! Clove tem muito cenário pintar e eu e a Kat vamos nos bronzear na piscina - Ann prende o cabelo em um coque alto.

– Vamos? - Pergunto preguiçosa.

– Que injusto! Só por que eu tenho que cumprir a merda daquele castigo! - Clove cruza os braços irritada.

– Nossa vida não vai parar por causa de você, meu bem! - Vociferei brincando e ela me lança a língua, como uma criança teimosa.

– Acredite, Cato também não está feliz. Parece que hoje foi o dia de todos resolverem ir na piscina. - Gale diz - Glimmer ligou para ele ontem, avisando que iria estar na piscina hoje. Ele xingou até a última geração da família Coin. O pai do Marvel veio pra cidade e eles vão sair. Muito provavelmente vocês irão encontrar Peeta e Finnick lá.

Ah não. Não, não, não e não! Okay, foco, não mude sua expressão.

– Ótimo! Teremos companhia! - O sorriso de Annie se alargou.

– Uma ótima companhia, não acha Katniss? - Gale me lança um olhar malicioso. Eu estou a um passo de arrancar sua cabeça fora Hawthorne. Apenas nego com a cabeça, com olhar desesperado. - Quer dizer, hum, vamos logo Mad?

Okay, eu estou realmente muito encrencada. Eu sei que foi um erro não contar para as meninas que eu beijei o Peeta. Ou ele me beijo, sei lá! A atividade é recíproca! Mas eu ainda não tive a oportunidade que Peeta teve, pois ele contou para os amigos. Gale provavelmente quer me matar. Elas também querem me matar. Ou irão querer... Eu só não sei como contar, mas eu vou! Eu acho... Não! Eu vou contar.

– Tudo bem! Vamos. Se comportem meninas! Almocem direitinho, não esqueçam o protetor solar e pinte bem direitinho viu Clovinha.

– Vai tomar no cu. - Clove cantarola - Andem, juntinhos, quero tirar uma foto. Muito bem. Digam chiclete!

– Chiclete! - Os dois dizem juntos e o flash batem em seus rostos - Agora vamos. Voltamos antes das cinco.

– Sem pressa! Aproveitem! - Empurro os dois até a porta - Não esquece a minha película - Entrego meu celular para a loira - Divirtam-se e usem camisinha! - Bato a porta antes que ela possa me xingar.

– Yeey! Livres de uma! Anda Kat, vai colocar um biquíni bem lindo nesse corpo invejável e vamos pra piscina. Clove, coloque uma roupa que de para sujar. Temos só mais vinte minutos pra tomar café.

– Mas eu não quero! - Clove faz birra.

– Querer não é poder! Vai logo piriguete! - Corro até meu closet, a procura de um biquíni.

O dia seria longo! Uma voz irritante no meu subconsciente, late sem parar.

+_+_+

– Eles ainda vão se pegar.

– Se pegar? - Rio alto - Esses dois ainda vão casar!

– Clove vai atirar uma faca na sua testa se ouvir você falando isso. - Ann morde o interior da bochecha.

Depois que fomos ao refeitório e tomamos café, acompanhamos Clove até o auditório de teatro e encontramos o lindo loiro canadense esperando impaciente.

– Tá atrasada baixinha. - Resmunga se levantando do degrau que estava sentado.

– E...?

– Vamos poupar essa teimosia. Só entra e fica quieta.

– E quem você tá achando que é pra falar assim comigo? Não sou uma das suas cadelas não. Você é que vai ficar quietinho no seu canto.

– Mas eu amo tanto minha bela voz. E meu belo sotaque. Sei que você ama bastante baixinha. - Ele sorri de lado, provocando. Esses dois não prestam.

– Nossa, amo! Como adivinhou? - Ironiza fingindo uma animação.

– Sei te ler bem. Não viu nada ainda. - Vejo Clove pela primeira vez corar. Só não sei se de vergonha ou de raiva.

– Vai se foder, por favor, vai!

– Tenham um bom dia crianças! E cuidado com as facas! - Annie diz, me puxando para longe da briguinha.

– Mas estava tão divertido! - Choramingo.

Quando eu disse que o dia ia ser longo, eu quis dizer bem longo! Pelo menos Madge e Gale estão se divertindo. Também né, de tanto que eu enchi o saco do moreno pra convidar Mad para sair, não esperava menos.

Desde o dia em que Coin chamou Cato e Clove para aplicar o castigo, ou se preferirem, o dia que eu e Peeta ficamos, eu venho insistindo para Gale criar coragem e chamar a loira para sair, já que esses beijos roubados não estavam somente me irritando, mas como todas nós. Gale se rendeu e chamou Mad para sair esse sábado, no caso hoje, já que nossos planos com a música foram cortados por uma bela faca. Ela aceitou bem animada, mas logo deu um xilique parecido com o de hoje de manhã.

Madge nunca teve um namorado. Ela nos disse, bem envergonhada, que só tinha beijado dois garotos na vida. Como justificativa, disse que os seguranças de seu pai nunca largavam do seu pé e que foi um verdadeiro sacrifício ficar sozinha com o menino. Para conforta-la, eu disse que tinha beijado somente três garotos antes do meu ex, e que depois dele, não tinha mais ficado com ninguém, o que foi uma bela mentira, já que eu tinha beijado Peeta um dia antes. Annie não quis comentar nada, por que não sabia quantos caras já tinha ficado, já que na maioria das vezes estava bêbada em uma festa. Clove também era do tipo que não ficava com muitos. Ela era bem restrita por causa de seu pai super protetor. Nossa conversa rendeu a madrugada quase inteira, nos fazendo acordar atrasadas no dia seguinte.

– Aah! Piscina, doce, linda e cristalina piscina! - A voz doce de Annie me acorda de meus pensamentos.

– E lotada né... - Comento, um pouco frustrada.

– Relaxa gata. Só segue o fluxo. - Ann prende a bolça no ombro e solta os cabelos ruivos e começa a andar entre a piscina e as espreguiçadeiras já ocupadas.

– Você é maluca garota. - Confesso rindo e ela solta uma risadinha, continuando a desfilar - Estão olhando pra gente Ann.

– É claro que estão! Estão babando amiga, isso sim. - Ela abaixa um pouco os óculos de sol e um de seus olhos verdes pisca para mim.

– Sei lá, não me sinto confortável com tantas pessoas me olhando - Vago meu olhar pela piscina.

Há uma grande ilha bar no meio do imenso azul do campus. Várias pessoas jogando bola ou se pegando nos cantos. Várias garotas ocupando as espreguiçadeiras e queimando suas peles esbranquiçadas. Garotos secando garotas e outras pessoas fazendo coisas que não me interessavam.

– Você irá cantar na frente de milhares de pessoas e está com vergonha de ficar em uma piscina? Eu não te entendo Kat! - Ann ri da minha cara, enquanto coloca sua bolsa em uma mesa vazia, coberta por um grande guarda sol azul. Há duas espreguiçadeiras, uma de cada lado da mesa e quatro cadeiras rodeando.

– Eu não vou cantar na frente de milhares de pessoas de biquíni! - Pontuo dando os ombros, pegando minha toalha e estendendo-a.

– Iria ser tentador - Os pelos da minha nuca se arrepiam. Ah não. Essa voz não.

– Ah, oi Peeta! - Ann sorri simpática e eu me viro para encara-lo. Má ideia.

Puta que paril. Puta que paril. Puta que paril. Por que você faz isso comigo senhor? Eu sempre fui uma menina tão boa. Sempre dei dinheiro para os mendigos na rua. Sempre ajudei os velhinhos. Não há necessidade de isso acontecer! Por que justo comigo?

O meu xilique estilo Madge Undersee acontece por que na minha frente nesse instante está um belo loiro, muito belo por sinal, com o cabelo bagunçado e molhado do jeito mais sexy que você conseguir imaginar, e olhos tão claros que dá de dez a zero nessa piscina. Esses belos olhos estão cobertos por um par de óculos escuros no estilo aviador e seu belo sorriso está em um formato de lado, dando atenção somente para uma de suas covinhas.

Mas o pior, ou melhor né, não parou por aí. Esse ser está sem camisa. Lógico né Katniss, é assim que as pessoas ficam quando entram na piscina. Mas parece que seu corpo foi esculpido por deuses da perfeição. Eu podia contar um, dois, três... seis quadradinhos em seu abdômen! Alguém só pode estar de sacanagem! Tentei não descer tanto o olhar para não aparecer abusada, mas consegui chegar até uma pequena linha de pelos loiros que desciam até a barra de sua bermuda verde e branca.

Por que tão perfeito? Eu não mereço isso!

– Okay... estou me sentindo um pouco excluída aqui... Vou pegar alguma coisa pra beber! Querem alguma coisa? - Ann pergunta, voltando aprender o cabelo em um rabo alto.

Depois dessa afirmação indiscreta da Ann, percebo que não era só eu não era a única secando alguém. O loiro não tirava os olhos de mim até Annie se pronunciar. Parece que o jogo virou, não é mesmo?

– Obrigado Annie, talvez mais tarde - Peeta sorri simpático para a ruiva.

– Kat?

– Não, obrigada Ann. Não demore! - Grito pra que ela escute.

– Pode deixar! - Ela berra de volta. Mas ela se vira e consigo ler seus lábios dizendo " Eu vou demorar muito! ". Grunho por dentro.

Me viro novamente para minha bolça e a toalha, que pareciam muito mais interessante. Procuro meu celular na bolça mas não encontro. Merda! Esqueci que deixei com a Mad. Agora o que me resta é enfrentar essa dia.

– Katniss, você pode me explicar por que eu recebi essa mensagem do Gale? - Sua voz rouca se pronuncia relaxada, e vejo ele sentar em uma das cadeiras, me passando o celular pela mesa.

" Ela não contou para as meninas. "

Ah, ótimo Gale! Ganhou o troféu de amigo do ano.

– Por que não? - O encaro por cima dos meus óculos de sol.

– Eu ainda não tive a oportunidade, só isso - Dou os ombros, pegando o protetor solar - Passa nas minhas costas?

– Não teve oportunidade? Katniss, pelo que eu sei, vocês dormem no mesmo quarto e ficam quase vinte quatro horas por dia juntas. Oportunidade eu posso ter certeza que não faltou. - Jogo a embalagem para ele.

– Eu vou contar, não precisa de tanto escândalo! Foi só um beijo, não matei o presidente! – Prendo uma mecha do cabelo atrás da orelha e o vejo por cima do ombro.

– Você sabe que não foi só um beijo. - Sinto o creme sendo espalhado pelas minhas costas - Niss, você é importante pra mim.

Sempre assim. Ele sempre diz coisas desse tipo e eu não sei o que dizer. Me sinto na maioria das vezes a pessoa mais fria do mundo. Apenas olho pra frente e respiro fundo.

– Obrigada... - Me viro para ele depois que termina de passar - Sua vez.

– Não, valeu. - Ele olha pro protetor com nojo.

– Nada disso! Você vai fritar que nem camarão se não passar. Vira de costas vai. - Implico e sua cara de desgosto aumenta.

– Mas é grudento! - Faz birra.

– Peeta, quantos anos você tem? - Coloco minhas mãos na cintura. Vejo ele prender o ar.

– Dezessete? - Soou como uma pergunta.

– Já está bem grandinho então pra saber que se não passar protetor nesse calor vai ficar ardendo por dias.

– Com uma condição - Ele sorri de lado. Maldito sorriso!

Somos mais parecidos do que imaginava. Consciência, calada!

– Que seria...? - Digo já temendo a resposta.

– Um beijo. - Sorri divertido.

– Nos seus sonhos. - Dou uma risada alta.

– Qual é Kat! Não vai doer nada, prometo. - Ele chega perto de mim e me abraça pela cintura, me fazendo encostar completamente em seu peitoral musculoso. Detalhe, com somente um dos braços conseguiu atravessar minha cintura. Sinto meu rosto fever.

– Peeta! Para! As pessoas estão olhando. Meu Deus, que vergonha. - consigo colocar uma das minhas mãos no rosto. Ouço sua risada gostosa.

– Eles só estão inveja. - Ele sussurra, me fazendo arrepiar até o último fio de cabelo - E adivinha... - Ele tira minha mão do meu rosto e seus olhos brilham de ansiedade - Eu nem ligo.

Não consigo responder por que seus lábios finos já estavam sobre os meus. Seus braços me apertam mais forte e eu apenas desisto. Cedo o leve toque de nossas bocas e coloco uma das minhas mãos em seu peito e a outra em sua nuca, enrolando alguns dos seus fios loiros. Novamente, não foi um beijo profundo. Apenas um beijo casto mas nada discreto. Sei que há várias pessoas olhando e isso me preocupa muito. Não quero que minhas amigas saibam por alguém além de mim.

Me afasto, com um certo sacrifício, e escondo meu rosto no vão do seu pescoço.

– Eu quero te matar sabia? - Murmuro e sinto seu peito vibrar em uma risada.

– Que nada. Se nós não estivéssemos em público você já teria arrancado minhas roupas. - Ele se solta de mim e me dá o protetor, já se virando de costas.

Meu senhor. Que costas são essas?!?

– Já te falaram que você é o exagero em pessoa? - Comento espalhando o creme por suas costas definidas. Pare de babar, Katniss.

– Acho que não, mas já me falaram que sou muito bonito, acredita nisso?

– Sério? - Ironizo fingindo surpresa - Essa pessoa que te disse isso deve ter problemas mentais. Esse beijinho aí não foi algo que me fizesse querer entrar nas suas calças.

– Tá dizendo que eu não sou bonito e que eu não beijo bem, é isso? - Ele pergunta surpreso, mas com graça na voz.

– Não coloque palavras na minha boca, Mellark.

– Não coloco. Prefiro colocar a minha boca nela. E quem sabe, quando estivermos sozinhos, minha língua.

– Tá querendo um beijo de verdade Peeta? - Cantarolo sorrindo.

– Desesperadamente, pequena -Ele sorri de lado, se virando pra mim.

– Vem cá - Faço um sinal com o dedo indicador para que ele se aproxime. Ele vem sorrindo desconfiado. Quando chega bem perto sussurro - Pede pra Delly.

– Sério mesmo? De novo isso? - Diz frustrado.

– Sempre meu amor, sempre lembrarei disso. - Me deito na espreguiçadeira, afim de me bronzear. Ele se senta na cadeira próxima a mim e fica rindo pro nada.

– Você é inacreditável, sabia? - Sorrio com a afirmação e concordo com a cabeça.

– A Ann está demorando demais... - Comento - Onde está o Finnick?

– Não faço a menor ideia... Porra! Vou matar aquele filho de uma puta! - Procuro o ponto onde seu olhar está fixo.

– Merda! Por que ele ainda está com ela? - Pergunto com um pouco de raiva na voz.

O motivo de nós estarmos um pouco putos seria por que Cashmere está grudada no pescoço de Finnick na piscina. Essa vadia não desiste.

– Não sei, mas que ele não está feliz, posso ter certeza que não está. - Me sento e tento enxergar melhor as coisas - Ali, olha.

Peeta aponta para Annie, que está conversando animadamente com um garoto moreno dentro da piscina. Ela não está somente conversando com o garoto como está lançando vários olhares desafiadores para Finnick, que não estava muito longe deles, e observava toda a cena com cara de poucos amigos.

– Qual é o problema deles, hein? - Suspiro - A Annie não é assim.

– Situações desesperadas precisam de medidas desesperadas. - Peeta tira o celular do bolso.

– Foi isso que você fez? Apelou para medidas desesperadas? - Questiono vacilante.

– Eu não precisei. - Ele sorri de lado, ainda não olhando pra mim - Eu só apelei nas estratégias.

– Então foi tudo um plano seu, bad boy?

– Te salvar do valentão, te servir o suco, conquistar sua irmã, dançar com você, te levar para o nosso lugar... E você caiu como um patinho. - Agora ele olha pra mim e seus olhos brincam.

– Muito esperto da sua parte, mas, agora que já sei os seus objetivos, irei me afastar de você. - Olho pra frente.

– Você não conseguiria. - Ele cantarola.

– É um desafio?

– É uma afirmação. Tanto que eu não iria conseguir, preciso de você. - Ele parece que se dá conta do que disse quando me vê paralisar - Que estranho...

– O que? - Questiono vendo sua feição mudar.

– Minhas redes sociais... O Twitter e o Instagram. - Tento decifrar o que está dizendo - Estou com mais de vinte e quatro mil seguidores em cada.

– Como conseguiu isso? - Pego o celular de suas mãos - Essa semana mesmo você estava com oitocentos. Quer dizer, não que eu estivesse te stalkeando.

Ele ri baixo - Não faço a menor ideia. É estranho... Os caras também estão! Marvel com vinte mil, Cato e Finnick com vinte e cinco mil e Gale com vinte e dois. Não pode ser, ninguém sabe da banda fora da escola, só os familiares. Eles são proibidos de fazer qualquer tipo de divulgação. Será que poderia ver o seu também?

– Meu celular está com a Mad, pedi para ela comprar uma película para mim. Vê pelo seu.

@Kat_Everdeen... Adoro esse nome sabia? - Faz graça e eu fecho a cara.

– Tudo bem então @P.Mellark!

– Qual é! É criativo. - Ele ri sozinho - Katniss, quantos seguidores você tinha antes?

– Acho que quatrocentos ou quinhentos... Por que?

– Bem você agora tem vinte e sete mil.

O que?!? – Grito e acabo atraindo alguns olhares curiosos. - Como assim? Eu tenho mais seguidores que você? Meu Jesus amado, vai chover canivete aberto!

– Há há há há há. Engraçada você. A Annie está com vinte e quatro mil, Madge com vinte e cinco e Clove com vinte e três.

– Como isso pode ter acontecido?

– Eu não faço a menor ideia mas se alguém está nos divulgando, pode ter certeza que não é coisa boa.

– O que faremos? - Apoio o cotovelo no braço da espreguiçadeira e apoio o queixo na mão.

– Eu não sei você, mas eu estou morrendo de calor e quero dar um pulo nessa piscina. Você vem. - Ele se levanta e estende a mão para mim.

– Estou bem aqui, obrigada.

– Ah Niss. Não foi uma pergunta. - Arregalo os olhos quando vejo seu sorriso sapeca.

Não tenho tempo nem de me mexer por que já estou em seus braços. Começo a estapear suas costas e gritar, mas ele apenas gargalha. Quando menos espero, já estou submersa na água gelada. Merda, meu óculos. Abro os olhos e começo a procurar em baixo d'Água, em meio a alguns pés que estavam perto. Não o encontro em lugar nenhum e meus pulmões já imploram por oxigênio. Até que sinto uma mão me puxar para a superfície. Puxo o ar com rapidez pela falta de fôlego e encaro duas lindas orbes azuis me olhando preocupadas.

– Você não sabe nadar? - Sua voz está carregada de medo. Seus braços me apertavam como se eu fosse sumir a qualquer instante.

– O que? Eu sei! É que meu óculos... Merda! Eu perdi meu óculos!

– Eu juro que compro outro pra você mas por favor, não me assuste assim de novo! - Me aperta mais forte e eu, como não conseguia colocar meus pés no chão, entrelacei minhas pernas em sua cintura e passei meus braços sobre seus ombros.

– Me desculpa. Não foi minha intenção te assustar. - Abaixo o rosto, olhando para água. Sinto um leve beijo no ombro.

– Tudo bem... Eu também exagerei um pouco. Me desculpe pelo seu óculos.

– É, ele já era. - Suspiro olhando pros lados.

– Toma, coloca o meu. - Ele coloca a armação sobre meus olhos - Está linda. Apesar de eu gostar mais quando está sem nada. Eu adoro a cor dos seus olhos.

Ah não! Não venha falar de cor de olho! - Fingi irritação e me solto dos seus braços. Saio nadando até encontrar uma parte que meus pés tocassem o fundo.

– Você é muito estranha sabia? - Ele me segue com seu lindo sorriso gentil.

– Já me disseram isso. Posso trazer até estranha mas mesmo assim você não larga do meu pé.

– E não vou largar tão fácil. - Ele joga água na minha cara.

– Filho de uma...

Começamos a fazer uma pequena guerra de água, sem parar de rir. Peeta sempre dava um jeito de me abraçar ou de me afundar. É essa foi a primeira vez que eu não liguei para o que os outros iriam achar ou que estavam vendo nós dois juntos e tirando suas próprias conclusões. Eu não queria mais ser aquela garota que pensa antes de fazer qualquer coisa. Quero fazer besteira, quero me apaixonar de novo, quero sair e curtir minha vida. Quero ser aquela garota que não pude ser quando meu pai morreu e minha irmã ficou doente. Não que eu não me preocupe com ela, mas Prim briga comigo todos os dias, dizendo que não vai ficar atendendo todas as ligações por que eu tenho que viver minha vida. Minha irmã é tão nova mas tão boa. Quero aproveitar esse tempo com meus amigos, com minha nova família.

E assim passamos quase todo o dia. Brincando. Zoando algumas pessoas que ali estavam. Comemos na ilha que havia no meio da piscina. Planejamos várias maneiras de fazer Annie e Finnick ficarem sozinhos. Imaginamos quantos palavrões já teriam sido ditos no auditório de teatro com Clove e Cato. Pensamos no quão bom o dia de Madge e Gale estava sendo. Apenas agimos como grandes amigos e nos conhecemos cada vez mais. Posso dizer que foi um dos dias mais divertidos da minha vida. Peeta conseguia ser uma companhia ótima. Ele era educado, brincalhão e um bobão também. Tudo que dizia parecia me agradar mais e mais. Se Mad estivesse aqui, provavelmente diria é digno de um príncipe.

– Quer dizer que você só fez sua audição por que sua mãe lhe prometeu um IPhone? Eu não acredito nisso! - Ele gargalha quando termino de contar a história de como resolvi fazer a audição.

– Acredite! E ela quase teve que me arrastar para entrar no palco. Acho que nunca fiquei tão envergonhada na minha vida! - Admito acompanhando sua risada.

– Sério, é difícil de acreditar. Você é tão confiante e determinada. - Inclina um pouco a cabeça. Que merda de charme!

– Eu aprendi a ser mas bem lá no fundo sou uma pessoa bem insegura. Tenho esse grande problema de achar que devo agradar a todos.

– Todos temos inseguranças, Niss. - Ele pega no final da minha trança. - Eu posso te ajudar com as suas... se você me ajudar com as minhas.

– Quais são as suas?

– Você vai descobrir com o tempo, prometo. - Ele sorri e eu apenas balaço a cabeça.

– Kat! Kat, Kat, Kat! - Fecho os olhos e rio.

– Ann, Ann, Ann! - Me viro e vejo a ruiva nadar até nós. - Que foi?

– Clove... ela... Ah meu Deus! - Colocou a mão no peito, ofegante - Você estava certa, preciso de mais exercícios físicos.

– O que tem a Clove? Alguma coisa com o Cato? - Peeta entra no meio.

– Tá preocupadinho com o amiguinho? - Provoco.

– Claro, tenho que proteger meus machos de vocês, bruxas. - Dou um tapa em seu braço - Aí cacete! Que tapa ardido!

– Não é nada demais, ela só pediu pra levar um lanche de almoço pra ela. Eu esqueci minha carteira no quarto, você trouxe não é?

– Trouxe sim, tá na minha bolça. Quer que eu leve pra ela?

– Não precisa, eu não to curtindo muito essa piscina mesmo. Aproveita seu dia. - Ela pisca para mim e sai rebolando até a mesa onde estavam nossas coisas.

– Eu amo você Ann! - Peeta grita e consigo ouvir a risada da ruiva.

– Você é um bocó.

– Você me chamou de pamonha e de bocó! De onde você tira esses elogios maravilhosos? - Gargalho jogando a cabeça para trás - Mas é sério, você não sai dessa piscina sem mim.

– E eu posso saber por que? - Levanto uma das sobrancelhas.

– Por que eu não vou tolerar mais nenhum cara te secando. - Cruza os braços, marcando mais seus bíceps.

– Estou na água Peeta, não tem como me secarem - Provoco e ele fecha mais a cara.

– Engraçadinha. Vem, quero te levar em um lugar.

– Da última vez que você disse isso, você me levou para o meio do nada em um vagão de trem abandonado.

– Não confia em mim? - Seu tom parece ofendido.

– Tenho minhas dúvidas...

– Você acabou de destruir minha autoconfiança, Katniss. Não foi legal, não foi. - Rio sozinha e ele começa a andar até a borda da piscina. Ele sobe com facilidade e me estende a mão. Me tira da piscina como se eu tivesse o peso de uma pena. Pego minha toalha e me enrolo e ele sussurra um " obrigado " e eu lhe mostro a língua.

Peeta pega na minha mão e me encara, esperando que eu permitisse. Balanço a cabeça e ele começa a me levar para esse tal lugar. Não andamos muito, ficamos na área da piscina mas em uma parte um pouco afastada, onde várias redes largas estavam presas em árvores altas. Eu não sei como ele encontra essas coisas! Continua me guiando até uma das redes que estavam vazias. Ele se solta de mim e se joga na rede.

– Venha babe! - Ele bate no lugar ao lado dele e eu apenas reviro os olhos. Me sento mas seus braços me puxam para o encontro aconchegante de seu corpo. Solto um gritinho e nós caímos na risada.

Me aconchego em seus braços e recolho minhas pernas para cima da rede. Seu polegar fazia um carinho em meu ombro e eu ouvia as batidas ritmadas de seu coração. Esse era um lugar que eu queria viver para sempre.

– Eu podia ficar aqui para sempre, sabia? - Peeta tira as palavras da minha mente.

– Eu também... -Sussurro - Posso te perguntar uma coisa?

– Acabou de perguntar - Lhe dou um leve belisco na barriga - Você é muito agressiva!

– É sério!

– Claro que pode perguntar, mané.

Respiro fundo - Por que está fazendo tudo isso? Por que está querendo alguma coisa comigo?

– Por que você está perguntando isso, Katniss? - Sua voz se eleva um pouco.

– Eu não estou brincando Peeta. Há tantas garotas nesse lugar, garotas muito lindas, muito mais do que eu. Com corpos maravilhosos e são muito menos complicadas que eu. E você é muito bonito, não posso negar - Rio nervosa - Peeta, eu... eu não...

– Katniss, olha pra mim. - Me levando e me sento, vendo-o fazer o mesmo - Não ouse falar isso de novo.

– Mas...

– Não. - Ele coloca suas mãos em meu rosto - Você é linda! Sim, há várias garotas bonitas por aqui, suas colegas de quarto são um exemplo, mas você é perfeita. Sim, não importa o que passe na sua cabeça e o quanto mais você negue, não vai mudar o que eu acho e o que eu sinto, okay? Seu corpo é maravilhoso e você não tem noção de quantos olhares de inveja você recebeu nesse lugar. Você é especial. É talentosa, bondosa e tem um coração enorme. Não é só beleza que forma uma pessoa Niss, por que se fosse, você seria vazia. Por que é tão bonita quanto qualquer uma aqui. Então por favor, pare de pensar não é o suficiente. Eu não me sinto o bastante pra você, por que Katniss, você é a pessoa mais guerreira e determinada que eu já conheci. - Meus olhos já estavam cheios de lágrimas e seu polegar se livrou de uma que escapou. Ele beija minha testa demoradamente - Você não tem noção do efeito que causa.

E aí está o Peeta, o garoto das palavras. O garoto que consegue dizer o que precisa ser dito sem que ninguém peça. O garoto que me deixa sem palavras mas não vê problema nisso por que as suas já são suficientes. O garoto que está fazendo meus muros caírem. O garoto que eu estou caindo, e nada pode me segurar ou amortecer a queda.

– Obrigada, Peeta. - Tento sorrir, mas o resto das lágrimas invadem meu rosto.

– Você sabe que não precisa agradecer. - Sua testa cola na minha e ambos fechamos os olhos.

– Obrigada por existir. - Sussurro para mim mesma, mas sei que ele ouviu.

Ficamos assim por um tempo, mas como momentos assim, especialmente quando estamos em público, acabam num piscar de olhos.

Kat! Katniss!– Ouço a voz de Gloss me chamar de longe.

– Era só o que faltava... - Ouço Peeta murmurar mas ignoro. Sinto sua mão ficar firme na minha cintura quando o loiro de olhos verdes se aproxima.

– Oi Gloss. - Sorrio e ele recupera o fôlego depois da corrida.

– Onde você estava? Tentei te ligar várias vezes e você não respondia nenhuma das mensagens. É urgente!

– Eu fiquei aqui o dia todo, por que? Meu telefone ficou com a Mad, ela provavelmente desligou. Você está me assustando. - Prendo um pouco o ar, exasperada.

– Eu acho que vou deixar vocês dois sozinhos - A voz de Peeta é firme, mas eu seguro sua mão e o encaro suplicante.

– Seria bom se você ficasse Peeta. - Não sou eu que digo isso, e sim a voz um pouco alterada de Gloss. - Isso afeta você tanto quanto ela.

– Da pra você falar logo o que é, porra? - Me desespero.

– É melhor você ver. - O grandão me passa o celular com uma página aberta.

Eu não sei como surgiu, não sei como foi criada, mas sei que isso é um problemão. Um problemão maior que um problemão. E é um problema que todos nós temos que resolver juntos. E juntos vamos enfrentar mais uma vez as consequências da nossa existência.

Olho desesperada para Peeta que parecia tão espantado quanto eu. Levanto o olhar para Gloss que nos encarava preocupado. Olhei mais uma vez para o celular e li até que entrasse na minha mente e comprovasse que era real.

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Notas finais do capítulo

Voooltei!
Eae?!? O que acharam desse capítulo cheio de bam bam bam...?

Se alguém não entendeu esse problema que está vindo a surgir, é assim!
O mundo lá fora da AMA não conhece os artistas, então, eles ainda não podem fazer sucesso enquanto estiverem dentro da AMA! É isso que eu posso dizer, mas que vai dar trabalho, vai!

Mas eaeeee...
A Katniss é uma chata complicada né? Tá de boas uma hora e na outra tá toda amedrontada!
Ela foi uma vaca de não contar para as meninas né? Que bostinha!
E o Peeta não perde oportunidade né? Kkkkkkk ele é um verdadeiro pamonha!
Gloss ganhou prêmio de interruptor de momentos bonitinhos! Muito bem grandão!
Finnick e Annie são um verdadeiro vai e vem! Mas o Finnick vai dar um pouco de trabalho daqui pra frente!
Gale e Mad, nhommmmm, tão bonitinhos!
Cato e Clove... o que será que eles aprontaram naquele auditório hein? Talvez vocês descubram no próximo capítulo!
Quem vocês acham que criou esse FanClube?? Será que essa pessoa odeia a nossa galerinha? Ou será que ela ama? Descobriremos em breve!

Então é isso pessoal! Eu espero voltar antes do Ano Novo e tals! Então já desejo um feliz natal para todos e muuuita alegria viu!

Quero encontrar vocês nos comentários! Preciso saber urgentemente a opinião de vocês! É mega hiper super blaster importante! E se quiserem o próximo mais rápido, já sabem como conseguem!

Até a próxima viu!

Bjoookas da Juu