Os vampiros que se mordam escrita por Gato Cinza


Capítulo 34
Planos




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Desde que ela fora visitar Damon para de despedir, uma profunda tristeza se abateu sobre ela. Com exceção de Niklaus ela não via mais ninguém, nem mesmo Q’rey o que era tão bom quanto ruim, afinal sem a presença indesejável dele não havia como ela saber o que ele estava planejando ou fazendo. Ela também não se alimentava, bebia aquela poção gosmenta trazida por Klaus por que sabia que precisava daquilo para se manter “acordada”, no mais ela simplesmente perdera o apetite, ficava fraca durante as noites ou em ambientes frios, era como se fosse movida á energia térmica. Quanto mais calor, mais forte se sentia. Descobriu para seu incomodo que suas emoções refletiam diretamente no clima da cidade, ela havia ficado triste e chorado quando se deu conta que talvez morreria, então a temperatura da cidade subiu para quase 70ºC combinando com tremores de terra e alguma coisa no ar que estava causando pesadelos nas pessoas.

— Estranho – comentou Klaus uma tarde – Devo ter ouvido a mesma história de umas vinte pessoas desde que acordei.

— Que história? – ela perguntou desinteressada, queria apenas ouvir algo que não fosse os próprios lamentos.

— Um tipo de pesadelo coletivo, a cidade pegava fogo e tinha dois monstros alados lutando no meio das chamas.

Bonnie ficou perturbada, contou ao hibrido que ela estava tendo aquele mesmo pesadelo. Depois do hibrido confirmar que apenas os humanos estavam tendo aquele pesadelo, ela concluiu que era ela quem estava causando-o. Ela tentou fazer algo para mudar aquilo e foi quando percebeu que seu humor estava afetando o clima de Mystic Falls, infelizmente para os habitantes da cidade em vez dela consertar o problema, ela causou um nevoeiro espesso que cobre quase tudo tornando o ar pesado demais para respirar, agora a cidade estava quente demais e com aquela nevoa anormal cobrindo tudo. Pelo menos ela fez os pesadelos pararem. Não tentou mais nada para reverter o problema, não queria piorar as coisas mais do que já estavam, felizmente existia a tecnologia para impedir as pessoas de morrem cozidas. Kol e a namorada Davina, foram visitá-la contra sua vontade.

Incendia— ordenou a bruxa mais jovem tentando, mas as velas não se acenderam.

— Bonnie, por que está tudo tão escuro aqui?

— Não quero ser vista – a voz da bruxa Bennett soou distante e rouca.

Os olhos dela brilhavam em um tom de verde fosforescente incomum na escuridão do quarto. Ela estava mudando de forma, tinha tão pouco de si mesma na sua aparência que preferia não ser vista.

— Por que vocês vieram?

— Queremos saber se tem algum plano de emergência – emendou Kol – Um plano C ou D.

O plano A, era Bonnie matar Q’rey morrendo junto e depois Kol a ressuscitar. O plano B, era congelar Q’rey e jogá-lo em algum mundo prisão o que possivelmente não funcionaria á longo prazo.

— Por que teríamos um plano C? O que há de errado com os planos anteriores?

— Segurança, apenas. Seu amigos não estão de acordo com nossos planos.

— Qual parte?

— A parte em que você pode ficar morta mesmo, e a parte em que talvez fosse precise ficar presa com seu marido no mundo prisão.

— Contaram para eles?

— Caroline consegue ser muito persuasiva, quando percebemos o que ela estava fazendo já tínhamos contado todos os planos para ela.

— Eu disse para ficarem longe da Caroline.

— Como se ela quisesse ficar longe da gente. Ela é mais assustadora que Klaus – disse Davina – Consegue manipular as pessoas com tanta facilidade.

— É claro que consegue, é a Caroline Forbes. Ok, vamos manter os planos A e B, se não derem certo... vamos trancar Mystic Falls.

— Trancar? Como assim?

— Um feitiço começado pelos viajantes á uns anos atrás, de banir a magia espiritual do mundo. Vou estudar as possibilidades e depois falo com vocês. Agora saiam daqui, eu preciso descansar.

...

Se há um modo das coisas darem erradas, darão. Bonnie estava isolada na casa dos Gilbert, no lago. Fora pra lá depois de começar com uma histeria coletiva causada por pesadelos aterrorizantes entre os humanos. Os pesadelos haviam parado depois que ela se isolou, assim como o calor diminuiu bastante, mas o nevoeiro aumentava. O céu tinha ficado cinta-tempestade e as pessoas estavam com medo de sair de suas casas. É claro que tinham “instruído” os lideres da cidade á aplicarem um toque de recolher, e bateram de porta á porta mandando as pessoas não alardearem sobre o que estava acontecendo, quem entrava na cidade era rapidamente compelido á seguir a Lei do Silêncio. Era estranho controlar as pessoas que conheciam á tanto tempo, mas era preciso. Viviam em uma cidade fantasma, não era mais segredo a existência do sobrenatural ali e todos os moradores (adultos) tinha a opção de deixarem a cidade, mas quem decidisse por esse caminho, teria a memória apagada de modo que deixariam de saber sobre qualquer coisa relacionada á magia. Surpresa, os humanos decidiram ficar na sua cidade e conviver pacificamente com os outros, contato que não servissem de refeição.

Mas isso não tirava a sensação de que tudo estava perdido. Damon se preocupava com a namorada e com as consequências do que aconteceriam se os planos dela e dos Mikaelson não funcionassem. Uma manhã, as coisas começaram a mudar. De repente o céu ficou claro, Damon estreitou os belos olhos azuis com desconfiança. Fazia duas semanas que tudo estava nublado, tudo cinza demais. Havia começado no dia em que Bonnie viera em sua casa e lhe mostrou o que havia acontecido em um distante verão, os dias cinza eram intermináveis, não chovia e o sol reluzia ofuscante em Mystic Falls.

— Isso não é bom – comentou Caroline olhando pela janela também – Parece um mau presságio, um aviso dizendo que o fim está próximo.

— Cala a boca – mandou o moreno pegando o celular e ligando para Klaus.

Fazia uma semana que ninguém além dos Mikaelson tinha notícias de Bonnie, aparentemente ela estava mesmo disposta á poupar os amigos do seu fim. Felizmente Klaus não dava muita importância ao que a bruxa Bennett queria. O hibrido demorou a atender.

— Eu não sei – ele informou antes que Damon se pronunciasse – A Bonnie não atende, nem Kol ou Davina que estão com ela.

— Vou para a cabana – decidiu o vampiro.

...

— Ele está aqui – disse a bruxa Bennett estremecendo

A claridade repentina que entrou pelas janelas acortinadas mostrou um contorno suave da jovem, Davina cobriu a boca com as mãos ao ver em que a bruxa estava se transmutando enquanto Kol não piscava olhando a meio-monstro. Não eram apenas os olhos fosforescentes, havia garras e sua pele negra estava coberta de escamas. Ela estava virando um dragão, como Q’rey.

— O que vamos fazer? – questionou o bruxo Mikaelson se recuperando do susto inicial.

— Vamos seguir com os planos – disse Bonnie já não se importando com o fato de que a viam naquela fase de sua mutação – Ele virá atrás de mim logo, vou atrasá-lo o máximo de tempo que puder para que vocês tragam a Lança.

Os dois assentiram e correram para fora. Precisavam agir logo, não queriam saber o que aconteceria se Bonnie se transformasse em um monstro de fogo de uma vez por todas. Assim que saíram, a bruxa riscou um símbolo com giz nas paredes da cabana, aquilo impediria que quaisquer outras criaturas além das bruxas entrassem nos limites da propriedade. Não era permanente, mas impediria que Damon cometesse a estupidez de tentá-la salvar.


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