A ansiedade inibiu qualquer seja o sentimento de cansaço, sono ou fome do grupo. Logo chegaram a um enorme portal feito de madeira rústica – ao estilo de um templo oriental que uma vez Gajeel vira – e abriu-se mostrando o interior da construção milenar que continha do velho e do moderno ao mesmo tempo. Sentindo-se em casa, Autum disse para deixar as malas de seus convidados onde estavam que logo os deixariam em seus respectivos quartos, e a tão esperada hora de conhecer sua Mestra chegara. Indo á um salão principal, uma parede estava coberta de desenhos – parecidos com o aro – que contavam a historia do primeiro dragão até os dias atuais, contendo até mesmo a transformação de Acnologia, o humano que virou dragão.

O piso de mármore cor ônix e ao centro um desenho de uma enorme árvore feito por alto relevo, onde seus galhos se estendiam por todo o comodo. No final do salão, havia-se uma espécie de trono feito de ferro com vários desenhos, onde uma mulher estava sentada conversando com outra pessoa, ao vê-los, ela esboçou um sorriso e pediu para que a pessoa com quem estivesse conversando também se virasse.

– Mestra!

– Autum, seja bem-vinda de volta! – a voz da mulher era tão serena e reconfortante, ao mesmo tempo em que mostrava um lado serio e de muito poder. Levantou-se e estendeu os braços e abraçou Autum de forma maternal.

– Olá minha Irmã! Como está! – perguntou o outro rapaz. Ele tinha veste esverdeadas assim como seu cabelo verde escuro. Seu rosto era tão branco quanto a pele da Mestra e tinha olhos negro de pupila fina, assim como de qualquer DS.

– Concluiu perfeitamente sua missão. – observou Mayuri ao olhá-los novamente. Com os dedos, os chamou até onde estava. – Venham.

Os três Dragon Slayers ficaram um do lado do outro, Natsu no meio, e se curvaram rapidamente em forma de respeito ao ser diante deles. Podiam sentir tamanho poder mágico, sabedoria e experiência de uma mulher que parecia ter pouco mais de trinta e poucos anos. De cabelos longos escuros como a noite e olhos castanhos claros – do mesmo estilo que os de Wendy – mostravam a beleza e poder juntos em uma só pessoa.

– Sejam bem-vindos meus caros familiarizados. Sou Mayuri Tetsuya. Sou a Mestra Dragon Slayer. Logo aviso que o motivo de estarem aqui é para aprimorar seus poderes de Dragon Slayer e que não se tornem um mau desnecessário, isto é, não transformem-se em dragões como aquela beste enfurecida.

– É um prazer enorme estarmos aqui. – disse Wendy, sem tirar os olhos de Mayuri. – Sou Wendy Marvell... E esta é Charlie – fez uma nova reverencia assim como Charlie.

– Sim eu sei quem são e não há mais necessidade de se apresentar, porém, fico deslumbrada com o tempo. Cresceram tanto desde os incidentes de X777.

– Provavelmente sabe de muita coisa. – Gajeel parecia não se importar com os olhos ameaçadores do jovem de cabelos verdes. E também, como falou com Mayuri.

– Sei sim. E por isso estão aqui! Para saber tanto quanto eu. Zygos, por favor, chame os outros.

– Sim, Mestra. – e desapareceu em uma das enormes portas.

– Natsu, é lamentável ter perdido alguém como Igneel. Ele era de fato um rei, mostrando sua capacidade de amar, sacrificou-se por você e por todos os humanos.

– Eu... Agradeço... – e baixou a cabeça.

– Historias me disseram que é uma pessoa bem animada e divertida. Vejo que seu calor se extinguiu ao ver a morte de seu pai-dragão. Este treinamento lhe dará algo de volta, meu jovem. Seu entusiasmo voltará e dará orgulho para Igneel.

– Que seja. – e deu de ombros. Seu estomago fez-se barulho e ecoou por todo salão. – Não é por nada Mestra, mas, tem comida? Eu e o Happy estamos com muita fome. - Gajeel rangeu os dentes de raiva, e, Wendy bateu a palma da mão na testa envergonhada. Mayuri abriu um belíssimo sorriso.

– Claro que temos e... – passos dispersaram sua resposta quando se virou e viu o grupo com, três pessoas. Zygos, e mais duas, um rapaz e uma jovem.

– Mestra. Aqui estão seus convidados.

– Estes são Kamona Chiharu, Dragon Slayer da Água – apontou para o rapaz robusto que vestia uma simples regata branca, um short e chinelo, com uma corda trançado no braço esquerdo. Seu cabelo era louro e preço num rabo de cavalo, podendo ver seus dreadlocks. E sua pele era particularmente mais escura, um moreno bem queimado do Sol. – E esta Hedera Eileen, Dragon Slayer da Terra. – a jovem tinha a mesma essência de Levy. Baixa, porém com o gênio forte, o lado esquerdo de seu cabelo castanho claro estava totalmente trançado com algumas pequenas flores como margaridas, cravinas e delfínio azul. Seus olhos eram verdes como a folha de arvore e com pupila finas assim como os seus semelhantes. Usava um vestido marrom desenhado com varias flor de cerejeira até os joelhos e nos pés, usava sandálias onde suas tiras trançavam até o tornozelo. Wendy se perguntava como ela conseguirá usar tal coisa, pois parecia estar bem apertadas.

– Oh! Finalmente nos encontramos! – disse a jovem ao se aproximar repentinamente dos magos Fairy Tail. Seu aroma era adocicado com lírios. – Ansiava por este dia!

– E ai? Como foram de viagem? – perguntou Kamona, olhando para os três.

– Bem. Obrigada. – respondeu Wendy, estupefata pela presença dos dois. – Meninos finalmente conhecemos outros Dragon Slayers da primeira geração! Isso não é maravilhoso?

Duas criaturas felpudas chegaram voando desajeitados até a cabeça de Hedera e um no ombro de Kamona. O que pousou em Hedera era preto com uma mancha branca na barriga, o Exceed tinha olhos serenos como os da dona, provando ser fêmea. Hedera a apresentou como Ross e o de Kamona de aparência de um tigre branco. Seu nome era Wild.

Finalizando as apresentações, Mayuri ordenou todos a se deitar e descansar em seus respectivos quartos. Cada um tinha um quarto com formas e cores que assemelhavam seus atributos. Natsu, mesmo emocionado com a presença de tantas pessoas novas, sentia-se ainda muito vazio e o sentimento de culpa e remorso o inundava cada vez mais. Tentou dormir por diversas vezes e nada o fazia pegar no sono. Levantou com cuidado para não acordar Happy e abriu a porta oriental, feito de fios de tecido da melhor qualidade. Foi até uma varanda e sentiu a brisa fresca conforta-lhe. Passou minutos contemplando a luz da Lua que estava simplesmente perfeita.