A Origem dos Dragons Slayers escrita por Lady G


Capítulo 2
Tranças Cintilantes e a Missão Inesperada


Notas iniciais do capítulo

Obrigada ao pessoal que já começou a curtir e comentar a fic! O apoio de vocês será muito importante para mim! ;)

Abaixo, um novo capítulo!
Boa leitura!



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Semanas se passaram e a vida em Magnólia tentava-se organizar. A reconstrução de uma cidade levaria meses ou anos, mas com magia, as coisas poderiam fluir um pouco melhor. Natsu havia entrado numa espécie depressão, se isolando cada vez mais da Guilda e de seus amigos.

Em meio á bagunça, a sede da Guilda mais poderosa do continente esforçava-se para levantar do caos. Uma jovem de cabelos louros e trançados até a altura das costas de vestes douradas com exceção de sua calça de algodão preta, serpenteava entre magos e escombros até chegar em um determinado ponto, onde outrora foi o bar. Ali, estavam Makarov conversando e Mirajane e Lisanna.

– Mestre Makarov? – a voz da jovem era formal e ao mesmo tempo suave.

– Sim? – o ancião encarou a jovem de vestes douradas com curiosidade, ainda mais após esta se curvar.

– Sou Autum Alcer, mestre. Venho trazer-lhes um recado de minha Mestra, Mayuri. – a expressão curiosa de Makarov logo se mudou para preocupação. Colocou um de suas mãos no queixo, coçando a barba.

– O que Mayuri deseja minha jovem?

– Apenas disse para que eu repita estas palavras: “Está na hora”.

O silencio pairou por alguns minutos, mesmo sob barulho de construção de gargalhadas altas e conversas alheias. Mira e Lisanna se entreolharam sem entender muito. Algo está errado, pensou Lisanna ao tentar entender as intenções de Autum. Makarov respirou fundo e pediu para que procurassem por Gajeel, Natsu e Wendy o mais rápido possível para as irmãs Strauss.

– Que horas partirão? – Makarov se recompôs. Mesmo preocupado com toda os acontecimentos a sua volta e com a atual situação emocional de Natsu.

– Amanha cedo, mestre. Minha mestra não gosta de atrasos e alem do mais, está preocupada com a ausência dos dragões.

– Entendo. Por favor, aceita algo para beber ou comer?

– Não senhor. Obrigada. Sinto muito pelos caos que se estendeu. Realmente são magos poderosos que residem aqui. Afinal, lutaram contra tantos e tantos e estão... Firmes. – observou.

Autum não parecia mais velha que Lucy, mas, possuía um ar de autoridade e formalidades de Erza. Um poder mágico misterioso emanava dela e isto era nítido para qualquer mago. Demorou pouco mais de quinze minutos para que as irmãs retornassem com Gajeel e Wendy. Natsu não estava na guilda.

– Autum, este são Gajeel Redfox e Wendy Marvell, meninos esta é Autum, uma enviada de uma velha amiga minha.

– Olá! – cumprimentou gentilmente a jovem.

– Oi... – Gajeel viu Autum corar ao cumprimentá-la. Ele estava com a camisa presa á calça. Logo que percebeu o constrangimento ele vestiu sua camisa. – O que você quer de nos?

– Não vejo Natsu Dragneel. – ignorando Gajeel, Autum fez um gesto incomum, porem familiar para os Dragon Slayers á sua frente: começou a farejar discretamente.

– Natsu entrou em uma profunda depressão desde a morte de Igneel. Nos não conseguimos animá-lo. É algo realmente estranho vindo dele que não deixa se abater por nada. – disse Lisanna.

– Assim. Porem precisaremos partir em breve e é necessário a presença dele. Minha Mestra tem algo muito bom a oferecê-los.

– Que Mestra? – Gajeel já estava perdendo a paciência.

– Mayuri Tetsuya. – respondeu Makarov, dando outro suspiro. – É uma Mestra Dragon Slayer.

– O que? – Wendy arregalou os olhos e Gajeel arqueou a sobrancelha.

– Minha Mestra responderá todas as perguntas. Mas, teremos que partir em breve. Os aguardo amanha aqui mesmo. – Autum então partiu. Deixando duvidas e mais duvidas.

Quando o crepúsculo deu ao céu suas ultimas cores, Gajeel bateu pelo menos um cinco vezes na porta da casa de Natsu e de Happy. Na sexta quase quebrou a porta e na sétima vez, deu um chute que a quebrou totalmente. Entrou berrando pelo Salamander e nada. A casa – que estava abarrotada de bagunça – estava tão sem vida quanto um deserto. Até Happy aparecer voando e pousando aos pés do Dragon Slayer de Ferro.

Ao indicar o caminho, Gajeel foi para o lado de fora e viu Natsu sentado na grama encarando um pequeno lago nas proximidades de sua casa. Estava com o cachecol nas mãos e não parou de encarar o lago, mesmo com a aproximação do mago.

– Vamos, arrume suas malas.

– Me deixa... – murmurou ainda com seus olhos cor castanho, fixados no lago que ganhava as cores da noite refletindo o céu.

– Uma estranha chegou à Guilda dizendo que teríamos que partir amanha cedo para um tal treinamento. O Mestre autorizou e soou mais como uma ordem. Então, temos que ir. Eu, você e a Pirralinha.

– Não to afim. – respondeu rispidamente. Levantando-se.

– Olha aqui seu monte de merda, não me irrita. – e o puxou pela gola da camisa de Natsu, o mesmo não esboçou nenhum tipo de emoção.

Gajeel suspirou e o soltou sem dizer mais nada. Apenas alertou-o que era algo importante. Que era sobre a ausência dos Dragões em seus corpos. O moreno deu de ombros, e pediu de forma indireta desculpas pela porta ao Happy. Que apenas acenou com a cabeça. “Vai mesmo ajudá-lo?”, perguntou o felpudo. “Acho que sim”, havia respondido Gajeel solenemente. E depois, partiu.

O dia seguinte estava mais agitado que antes. Como prometera, Autum estava na entrada da destruída sede aguardando os três Dragon Slayers. Aos poucos, magos da Fairy Tail se encontraram na entrada, sendo eles Wendy e Gajeel, nada de Natsu. Autum pareceu mudar seu humor ao perceber que Gajeel parecia bem próximo de outra maga. Um pouco mais baixa que ela e que estava sendo seguida por mais dois magos, um magro e outro... Fortinho.

– Onde esta Natsu?

– Eu tentei convencê-lo, mas, ele não quis vir. – respondeu Gajeel, dando de ombros.

– Não é simplesmente decisão dele. Ele deve ir. Os cinco devem estar juntos! – e bateu o pé direito dando um leve tremor no chão. Após perceber vários olhos em sua direção, ela se recompôs e ajeitou os cabelos trançados. – Desculpem-me, Natsu é necessário para o que está por vir.

– Estou aqui. – o grupo de magos olhou espantado para Natsu – bem abatido por sinal – segurando uma mala e Happy segurando uma melhor. Onde claramente cheirava a peixe. – Voce me queria e estou aqui.

– Natsu... – Lucy apareceu entre a multidão e o abraçou. – Por favor, não suma mais assim de nós.

– Luce... Eu ficarei bem... – e a afastou do abraço de forma gentil, forçando um sorriso, logo após foi se juntar ao Gajeel e Wendy e com seus respectivos Exceeds.

– Sou Autum Alcer. Enviada de vossa Mestra Mayuri Tetsuya. Vamos, ou perderemos nosso trem. A viagem será longa e explicarei tudo no caminho.

Sem mais delongas, Autum seguiu em frente apressada, enquanto os magos se despediam do caminho incerto que estavam para prosseguir. Sentiam confiança em Autum mesmo não tê-la a conhecido direito. Natsu não estava em seu melhor estado, entretanto, parecia mais comunicativo do que antes. Chegaram á estação e logo Wendy se prontificou de usar sua magia Troia em Natsu. Aos poucos, Autum foi revelando seu real propósito para com seus convidados. Disse que esta era uma missão especialmente dada por sua Mestra. E que era importante tanto para eles, quanto para si própria.

– Bom, pode ser uma historia e tanto. Porém, ainda não tenho total confiança em voce. – Charlie cruzou os pequenos braços e esperou a resposta de Autum. A mesma apenas sorriu e acenou com cabeça positivamente. Como os orientais costumam fazer.

– Claro, claro. Não espero que sejam totalmente crentes as minhas palavras. Eu tenho como garantir que isto é real.

– Como? – inquiriu Lily.

– Sou uma Dragon Slayer também. – os seis a olharam espantados. O som das peças metálicas do trem ecoou sobre o vagão quase vazio.

Tinham-se pequenos grupos de pessoas e os acentos podiam-se caber três pessoas em cada poltrona feita de couro tingido de vermelho – uma de frente para outro - contendo uma pequena mesa entre elas. O vagão era simples, todo feito de madeira – as tabuas rangiam conforme o movimento do trem – mostrando tamanha velocidade que o maquinário seguia.

– Parecem espantados. – divertiu-se a jovem, ao mostrar um lado diferente de sua personalidade.

– Uma Dragon Slayer de que? – questionou Happy. Mordiscando um pedaço de peixe.

– Ouro. Sou a Dragon Slayer do Ouro, porém, sem dragão. Sou da segunda geração, e fui descoberta quando nova por minha Mestra. Quem tenho admiração e respeito.

– Interessante. – observou Gajeel, este que parecia bem mais “simpático”. Prometeu a si mesmo que cederia um pouco. Que não ficaria sempre na defensiva com os seus amigos. Mas, obviamente, sem perder sua personalidade. – Somos parecidos então!

– Oras, por que acha isso?

– Acho Charlie, que pelo falo de que o ouro ser uma forma de metal precioso. – Wendy tentou analisar desta forma, e ao que parece. Concordaram com isto.

– Oh... De fato. – Autum corou novamente com este fato. – Somos então parecidos. – e sorriu.

Natsu passou quase todo o percurso quieto, olhando as paisagens borradas pela janela. Ele respondia em murmúrios e monossílabas. Estava indo por ser algo importante e que imaginara que seu pai, Igneel, gostaria que o fizesse. Autum explicara onde ficava o local exato do treinamento, um lugar mítico chamado Monte dos Dragões. Onde outros Dragon Slayers ficavam também. Isso levantou ainda mais a curiosidade dos seis Fairy Tails. Lily questionou por que Laxus, Rogue e,ou, Sting também não os acompanharam. Pacientemente, Autum explicou que isto era especialmente para os DS – como assim quis chamá-los – da primeira geração, que tinha em seus corpos os Cinco Dragões-Reis. Assim como o fato de que os Dragon Slayers da Terra e da Água estarão lá para o treinamento. Natsu pareceu um pouco mais interessado, mas não empolgado. Logo, desceram numa estação bem abandonada, tendo apenas alguns bancos – maioria desgastada pelo tempo – e o chão de madeiras pregadas parecia mais um campo minado, onde não se sabia qual madeira agüentaria o peso de seus corpos e malas. Autum explicou que esta estação não era utilizada há anos, e que fora construída apenas para viajantes encurtar alguns caminhos desnecessários.

Logo que desembarcaram, avistaram um monte há pelo menos uns quinhentos metros de onde estavam. Carregando suas malas, os magos seguiram Autum que se silenciou, e falava apenas para mostrar o caminho. Conforme andava pelo caminho íngreme – quanto mais andavam, mais subiam – Foram percebendo estatuas dos dragões que eram facilmente reconhecidos e outros nem tanto. Ao chegar um pouco mais próximo de escadas que os levariam ao Monte dos Dragões, um arco feito de pedra desenhado chamou a atenção de todos ali, com exceção de Autum, que apenas observou os olhares.

– Esta é uma homenagem do Dragao de Pedra, Amatshe, para os Cinco Dragões-Rei. – Autum parou seus olhos cor mel diretamente em Natsu, quando este reconheceu o desenho de um dragão que ficava ao centro dos demais. Mostrando sua liderança. – Os Dragões-Reis são seus pais. – disse por fim, os apressando para subir as escadas de mármore cor ônix. Assim como os olhos de Natsu que ainda pairavam sobre o monumento.

– Vamos...? – perguntou Happy pousando sob sua cabeça.

– Sim...


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Notas finais do capítulo

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