Letícia e Maria estavam fazendo o almoço. Lety não sabia cozinhar muito bem, mas gostava de ajudá-la. De repente ouvem alguém bater na porta. Maria pede para Lety atender pois não pode largar a comida no fogo que pode queimar. Leticia, ao atender a porta se depara com um homem alto e bonito.

–Ih, acho que errei de casa. -Diz o homem.

–Procurando alguém, senhor? -Pergunta Lety.

–Minha mãe e meu pai. Se bem que meu pai deve estar pescando.

Nesse momento Maria vem correndo e o abraça.

–Sabia que conhecia essa voz. -fala Maria enquanto continua abraçado ao homem.

–Que saudade, mãe. -Responde o homem.

–Vem, filho, vamos entrar. Diz Maria o puxando para dentro.

Lá, Maria apresenta seu filho para Lety e Lety para seu filho.

–Filho, essa aqui é Aurora. Uma grande amiga. Ela está morando aqui agora. Aurora, esse é meu filho, Aldo. -Diz Maria.

–Grande prazem em conhece-la. -Responde Aldo pegando a mão de Lety e beijando-a.

Lety por um momento fica abobalhada pelo filho de Maria, Aldo, ter beijado sua mão.

–Prazer também, senhor. -Responde Lety com a voz falhando.

Senhor não, só Aldo, por favor. -Pede ele.

Aldo e Maria começam a colocar o papo em dia na cozinha. Lety continua abobalhada na sala.

–Veio mais cedo esse ano, filho. -Afirma Maria.

–Vim, mãe. E dessa vez acho que vou ficar mais tempo. Eu e meus amigos estamos pensando em montar um restaurante no litoral. Eles ficaram lá e eu vim pra cá visitar vocês.

–Mas e o restaurante itinerante?

–O vendemos. Já não estava dando muito dinheiro. Decidimos montar um aqui no litoral porque todos somos daqui.

–Que felicidade, Aldo! Agora poderemos ficar mais perto.

–Claro que sim, mamãe. Agora deixa eu fazer esse almoço, vá descansar. -Diz Aldo tirando a colher da mão da Maria.

Mais tarde, quando o almoço fica pronto, Lety, Maria e Aldo se sentam à mesa para comer.

–Está delicioso. -Diz Lety ao provar a comida. Dessa vez a senhora caprichou, dona Maria.

–Dessa vez foi o Aldo, Aurora. -Responde Maria.

–Foi o senhor? Está delicioso. -Diz lety impressionada.

–Senhor, Aurora? Agradeço e fico lisonjeado. Mas me chame de Aldo, por favor. Nada de senhor. -Pede Aldo.

Ao longo do dia, Aldo e Aurora começam a conversar. Acabam se tornando bons amigos. Lety não diz a verdade sobre ela, mas sente que Aldo é um bom homem. Conversam sobre coisas triviais, sem muita importância.

De noite, ao chegar em casa, Fernando se depara com Aurora sentado no sofá, sorrindo, ao conversar com um homem. Quem era aquele homem e porque Aurora estava toda sorrisos para ele? Pensou. Não era possível, será que estava com ciúmes? Não poderia ser. Só amava sua Lety, mas porque o incomodava ver Aurora com outro? Fernando pensou.

Continua.