Guerra dos mares escrita por KhatySeraph


Capítulo 11
Meu único tritão


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas cheguei com o novo capitulo :3
muita fic para atualizar, mais faculdade e uma cadeira que to mal :/ Dai não ajuda.

Boa leitura a todos;



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Dias se passaram e nenhum sinal de Bruce. Desde aquele dia não sabia o que tinha acontecido com ele. Kiev me procurou e eu falei o que Bruce era; não se abalou tanto como no aquário, mas foi uma surpresa saber que existia criaturas assim. Contei sobre o que tinha acontecido naquele mesmo dia.

Agora estava sozinha em meu apartamento, olhando a cidade pela janela. Era realmente linda à noite, enquanto as estrelas no céu, queriam fazer seu trabalho. Suspirei, olhando em direção ao mar. Seria perigoso de mais ir até lá? Talvez.

Apenas queria saber como ele estava, se fora proibido de sair de seu mundo, ou estava doente. Apenas queria uma resposta: Saber se aquele tritão sem cabeça estava bem. Meus dias estavam se tornando novamente entediantes e cansativos; sempre ele estava comigo me animando e aprontando, isso me fazia sorrir.

Desvencilhei-me da janela, indo rumo ao banheiro, me deparando com a grande banheira de hidromassagem que em poucos segundos vi a imagem de Bruce balançando aquela imensa cauda derrubando tudo. Sorri.

Ele era que me fazia me sentir assim...

— Só mais um dia... — disse-me, mesmo sabendo que minha cabeça ou coração não iria se acalmar.

Deitei-me, pedindo que no dia seguinte, acordasse e Bruce estaria na minha banheira ou na minha cozinha, aprontando com sempre e eu tentando descobrir como ele entrava. Fechei meus olhos, tentando esperar o sono, talvez isso me acalmasse um pouco. Era isso que eu acreditava.

Um barulho soou fazendo-me abrir os olhos rapidamente. Olhei em direção a porta, saltando da cama para ir atrás do som. No banheiro estava normal, mas o barulho soou novamente, revelando-se na cozinha.

Sorria enquanto corria. Ele tinha voltado? Ele teria sérias complicações agora. Não se faz isso: me deixar preocupada!

Cheguei na cozinha, vendo Milk derrubar outro pote de plástico para tentar alcançar o que estava com sua ração. Suspirei não sabendo se queria matar a ele ou ao Bruce por não ter aparecido. Onde ele estaria?

Olhei para o pequeno frasco verde que Bruce me dera naquela vez, falando que era para usar na hora certa, mas seria agora? Milk miou, pulando na minha cabeça e me arranhando. Aquele gato tinha algum problema; estava seriamente pensando em trocá-lo por um cachorro de porte pequeno.

— Preciso ir, Milk. — disse, derramando um pouco da ração dele em seu pote vermelho. — Se comporte.

Peguei o frasco, colocando no bolso; por ter já dormido com um jeans e uma camiseta sem graça, só precisava arrumar o cabelo, mas estava com pressa. Peguei as chaves do carro, indo ao estacionamento. Talvez tivesse alguém que poderia me ajudar.

A loja de surf de Bob estava com suas portas abertas e dois clientes olhando tudo. Parei no meio, enquanto olhava para o carro que estacionei de qualquer jeito; estava com presa. Bob me olhou de cima a baixo como fizera naquela vez. Odiava homens assim... Mas precisava da ajuda dele agora.

Ele atendeu as duas pessoas e logo em seguida fechou as portas da loja para deixar sua atenção apenas em mim.

— No que precisa? E cadê Bruce? — perguntou estranhando o fato de aquele tritão, que eu amava, não estar ao meu lado.

E era isso que eu também queria saber.

— Bruce esta sumido há dias, quero ir até o mundo dele.

— É normal ele sumir assim.

— Sumir assim? Bruce esta desaparecido fazem cinco dias! — gritei. — Ele nunca me abandonaria. — Sussurrei, desviando o olhar.

Isso era verdade, não era? Bruce não me abandonaria.

— Tudo bem. Venha. Vamos ir atrás dele.

Sorri.

Finalmente conseguiria vê-lo novamente.

Segui Bob até as roupas de banho; ele me estendeu um par enquanto também pegava um para si. Não sabia se ele tinha visto o mundo de Bruce, mas apostava que se encantaria, como eu me encantei. Seguimos para uma área sem muitas pessoas; não seria muito bom passar por elas.

— Você sabe onde fica exatamente? — perguntou.

Assenti, enquanto subia no barco de pesca dele. Teríamos que passar um pouco aquelas ondas para pular.

Eu sabia onde Bruce estava, e iria vê-lo mesmo que o rei dos tritões não deixasse; apenas sairia dali quando visse que Bruce estava bem. Pulamos em algum local distante; o mundo aquático ficava escondido depois de uma entrada de túneis de pedra. Parei na entrada, olhando tudo em volta, esperando Bob nadar até o local. Ele tentava falar algo, entretanto não tinha tempo para esperar e entender. Segui em frente, naquela escuridão; poderia estar sem Bruce, mas sentia como se ele estive me puxando pela mão como fizera naquela vez. A sensação de sua mão quente e macia na minha que me guiava.

No final do túnel, uma luz que começava a iluminar tudo. Parei na saída, fazendo Bob bater em mim. Ele tentou sorrir, pedindo desculpas e logo depois arregalou os olhos, vendo aquela cidade subaquática protegida por... Vidros!

Nadei até a entrada que Bruce me levara. Não sabia se seria fácil passar por ela sem ele, mas não desistiria. Parei nas imensas portas metálicas que se abriram, Bob me olhou enquanto eu adentrava. Ele fez o mesmo e a porta se fechou logo atrás, fazendo a água sumir.

As segundas portas se abriram e dessa vez foi a minha vez de arregalar os olhos.

A mãe de Bruce estava parada à minha frente. Sua pele estava mais pálida que o normal, seus cabelos estavam amarrados, mas dava para ver que não os escovara a dias.

— Que bom que você veio. — Seu sorriso era verdadeiro.

— Cadê Bruce? Aonde ele está?

Seus olhos se desviaram dos meus, numa demorada resposta. Algo tinha acontecido não é?

— Ele está no quarto dele, mas cuidado que o pai dele esta lá.

Assenti e sai correndo, deixando Bob para trás que não sabia o que faria. Não parei nem para reparar que a rainha sorria, vendo-me correr rumo ao seu filho. Parei em frente à porta de Bruce que se abriu, mas a imagem que vi não era do meu tritão saudável e brincalhão que via sempre.

O rei me olhou com censura, não gostando de uma humana estar ali, mas a única coisa que eu queria realmente agora era saber do meu tritão que estava naquela cama, muito fraco. Aproximei-me, não me importando com o rei que apenas parou de andar até mim quando a rainha chegou.

— Bruce... — sussurrei, vendo a imagem de seu corpo pálido e muito magro.

Bruce respirava com aparelhos, mas mal conseguia ver seu peito contraindo ar. Nada se mexia nele. Apenas estava imóvel com um lençol branco tampando até sua cintura.

Seus olhos se abriram devagar. Sorri em vê-lo olhar em minha direção e logo em seguida, sorrir. Nenhuma palavra poderia descrever o que estava sentindo agora. Joguei-me na cama abraçando-o.

— Por que me deixou preocupada? Seu tritão idiota. — choramingava enquanto ele sorria. — Eu fiquei preocupada. Sempre acordava e te procurava, vendo se você tinha voltado.

— Katy... — sussurrou ele, fazendo-me ficar quieta. — Desculpe-me, eu tentei... — dizia com dificuldade.

Não sabia o que tinha acontecido, mas ele estava muito fraco. Não queria perdê-lo...

— O que aconteceu?

Ele não me respondeu, apenas fechou os olhos, segurando minha mão.

Virei-me. Queria saber o que estava acontecendo com ele, não podia deixá-lo nesse estado, mas o rei apenas desviou o olhar, não querendo dirigir a palavra para mim, fazendo sua esposa balançar a cabeça em negativa. Ela se aproximou, olhando para nós dois.

— Bruce está muito doente. Não sei como ele está conseguindo resistir nesses cinco dias... — Olhei para ele, vendo-o relaxar. — Ele está com um parasita que apenas nossa raça pega. Ele é mortal.

Um parasita? Aonde ele teria pegado isso? Na piscina do aquário?

— Esse parasita vive nos chão do mar, e se alimenta de algas ou outros alimentos para os seres aquáticos. Uma vez que ele entra e se reproduz lá, não conseguindo eliminar todo.

— Isso não tem cura? Não podem deixá-lo morrer! — Berrei.

— A única fonte de cura, está além de nossos esforços. Tentamos, mas... — Ela suspirou não completando a frase.

Tentaram? Se realmente tentaram por que não obtiveram a cura? Tentar significa ir até o fim. Não apenas desistir no meio do caminho! Não deixaria Bruce morrer! Eu mesma iria pegar a cura.

— Onde fica essa cura? Eu mesma irei pegá-la.

A rainha arregalou os olhos, mas quem deu a palavra for o rei.

— Você? É apenas uma humana que não conhece nada do nosso mundo. Como vai pegar a cura? Além do mais, a cura é uma lágrima da rainha dos mares, ou seja, minha irmã que tem o coração de pedra! Impossível!

— Impossível é eu ver o próprio pai deixá-lo morrer aos poucos numa cama! — berrei, fazendo-o desviar o olhar. — Você é o fraco aqui! Nunca tentou pegar a cura!

O rei olhou para mim, mas eu sabia que ele não tinha como se defender, tudo que fora dito era apenas verdade. Desistindo, ele apenas optou por desviar o olhar. Nem mesmo para seu filho olhava.

— Pode-me dizer como vai pegar a cura? Pelo que eu saiba, minha irmã não quer dar a cura por culpa sua! — Arregalei os olhos. — Ela soube que meu filho estava se relacionando com uma humana. Graças a isso, ela não quer dar a cura. A culpa é sua!

— Ela está fazendo isso só porque ele quis ser feliz! — Certamente iria ter problema com essa sereia. — Veremos se ela falará isso para mim. Pessoalmente. — Sorri.

Ela não conhecia os humanos, não sabia o que um deles era capaz. Ainda mais com aliados.

— Eu irei pegar a cura, espere aqui. — Provoquei. — Bob, preciso voltar a superfície. Preciso de sua ajuda e de Kiev. — Disse me retirando do quarto sob o olhar do rei.

Ele veria do que uma humana era capaz. Não deixaria o tritão que me fazia sorrir morrer assim... Eu mesma faria-a chorar com meus punhos se fosse preciso.


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Notas finais do capítulo

ahahahhahahahah Agora essa sereia vai ver do que a Katy é capaz, que todos se preparem pq o jogo vai começar.
Parece que alguém vai perder o couro :v kkkkkkkkk
Gostaram?



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