Guerra dos mares escrita por KhatySeraph


Capítulo 12
Cura


Notas iniciais do capítulo

Capitulo ainda não betado(espero que não se importe)
Então, boa leitura :3



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Caminhava pelo submarino que Kiev tinha conseguido, mas parecia ser loucura não é? Aquele era apenas um pequeno submarino amarelinho que nós levaria mais rápido até onde a rainha sereia estaria. Como sou humana levaria muito nadando até lá.

Bob estava olhando alguns peixes que passavam ao lado do submarino, Kiev era quem pilotava essa coisa oval.

Kiev mesmo estando brigado com seu pai, conseguira o submarino, mas qual seria a verdadeira história de sua briga? O mesmo olhou-me por cima dos ombros sorrindo logo em seguida.

Estava parada logo atrás deles com os braços cruzados, apenas tinha aquele frasco que Bruce me dera, talvez precisasse dele agora, porém eram curiosos os objetos que a mãe de Bruce nos dera. A pequena maletinha negra que agora estava ao meu lado continha três frascos, dois verdes iguais o que tinha e um azul marinho. Não sabia para que aqueles líquidos, mas pela cor certamente seriam para respirar de baixo da água.

Peguei o único frasco de diferente ali o analisando...

— Estamos quase chegando. — Avisou Kiev.

Assentiu guardando a maletinha.

Olhei pelos vidros vendo-nos adentrar um túnel de pedra, certamente seria uma passagem com para ir à cidade de Bruce, mas agora não entrariam num território amigo...

— Já sabem o plano. — disse fazendo-os assentirem. — Varemos ela chorar a força se for preciso.

Kiev olhou-me novamente, era óbvio que ele não gostava de Bruce e fiquei surpresa por ele estar ajudando a salvá-lo.

Dei um frasco verde para cada um deles explicando para que servia e usa-los quando fosse a hora deles agirem. Os dois assistiram.

Olhei para o frasco azul, não podia arriscar dar aquele...

Tomei o meu deixando o pequeno frasco vazio ao lado da maletinha, pelo que Bruce me dissera metade daquele frasco me dava 3 horas em baixo da água, mas se eu tomasse tudo? Daria-me 6 horas?

Suspirei não gostando de saber que teria que me molhar, mas Bob se esquecera de pegar outra roupa de banho. Resmunguei abrindo a porta pequenina do submarinho, a água adentrou rapidamente, por reflexo tranquei a respiração, não sabia se era efeito rápido ou levaria alguns segundos.

Aquele tritão cérebro de peixe sempre se esquecendo das instruções.

Nadei até a porta de ferro como tinha na cidade de Bruce. As mesmas se abriram acontecendo o mesmo processo antes de abrir a segunda porta.

Dois guardas aguardavam-me curiosos e surpresos.

Os dois guardas homens se aproximaram.

— Quem é você?

— Quero falar com a rainha, vim com ordens de seu irmão.

Os dois guardas se entreolharam. Espero que eles acreditem nisso e me deixem passar logo. Mas eles apenas se entreolharam e me guiaram pelos corredores de vidros direto para a sala da rainha.

Olhei para trás, esperava que aqueles dois fizessem a parte deles. Ou pelo menos, Bob fizesse a parte dele certa!

Parei a frente de duas portas duplas onde os guardas a abriram anunciando minha chegada. Olhei em volta vendo pilares de vidros com luzes coloridas e bolhas subindo. Seu chão era branco. E perto da rainha tinha uma sereia que tocava harpa e mais três sob almofadas perto da mesma.

Deveriam ser as únicas sereias aqui, pelo que Bruce me dissera era que os homens eram levados para essa cidade e as mulheres para as outras, apenas tinham poucos do sexo oposto para procriarem e aumentarem a população, mas tinham estimativa de quantos podia ter em cada reino.

Pelo que me lembro era apenas 2 mil em cada reino.

A rainha olhou-me com um sorriso doce nos lábios. Certamente pensara que seria a nova sereia para ficar ali?

Não se engane pelas aparências, eu quero a cura para o homem que amo!

A mulher fez sinal para me aproximar-se. E fiz.

— Você é a nova sereia que ficara aqui? — falava animada.

— Na verdade não. — a mulher me olhava confusa. — Sou a garota que veio pedir a cura para o parasita que esta no corpo do príncipe do outro reino.

As sereias ali presentes cochicharam alguma coisa que não entendia. Poderia ser que elas não soubessem sobre o que estava acontecendo com Bruce? Além do mais ele era noivo querendo ou não da sereia que mais odiava; Shaunne.

— Você então é a humana que esta roubando o noivo de minha filha. — falou ela mudando o tom da voz.

Até parece que iria me intimidar por isso. Melhorar isso.

— Sou a humana que ama aquele tritão não se importando como ele ou o que ele é! É crime alguém amar outro por vontade livre?

As sereias se entreolhavam, por suas expressões concordavam com aquilo.

— Saia daqui! Não darei cura nenhuma.

Olhei em volta, onde estaria Bob? Era para ele agir agora!

— Esta me mandando embora por que não quer dar a escolha de seu próprio povo escolher quem quer amar! — berrei. — Você é uma péssima rainha, não entendo como eles ainda não se rebelaram.

A rainha gargalhou se levantando. As três garotas baixaram o olhar se escorando uma na outra. Ate mesmo os dois guardas tremiam de medo. Então era por isso que eles não se rebelaram? Por medo?

Povo idiota.

Não pensam? Não agem?

— Você governa colocando medo neles. — ri sem a menor graça. — Tem medo que eles sejam superiores que você? Não querem que eles tenham seus próprios passos... Você não pode ser chamada de rainha.

— Você não entende de nada sob nosso povo!

— Entendo que eles têm sentimentos! E devem fazer as próprias escolhas. Tudo é possível dentro de um reino, você governa com monarquia, mas isso não justifica que deva proibi-los de amar e procriar com qualquer pessoa.

A mulher me olhou enfurecida.

Mas algo estava mudando no local, aquelas quatro mulheres e os dois guardas começavam a concordar com o que eu dizia. Eu sabia que isso não ajudaria Bruce, mas pelo menos ajudaria aquele povo.

Será que Shaunne era apenas marionete dela também? Mesmo ela sendo sua mãe faria sua filha de marionete? Para se casar com um homem que nunca virá e ter filhos que seriam separados deles?

Shaunne quebrou as regras quando fugiu para o outro reino conhecer seu futuro marido que apenas ouvira boatos. E como não se apaixonaria por aquele cabeça de vento? Era tão bom se lembrar dele...

Se lembrar de suas brincadeiras, de suas bagunças no banheiro.

— Eu amo aquele tritão do jeito que ele é! E aposto que deveria deixar até mesmo sua filha escolher o homem que deseja.

— Ela deseja o que sua mãe escolher para ela.

— Esta enganada! Todos devem escolher o que é melhor para si. Você nunca vai entender.

A mulher desceu as escadas brancas arrastando seu vestido da mesma cor. Estava com uma expressão de raiva por aquela revolta minha, porém era apenas a verdade.

Bob não aparecia, o que ele estaria fazendo? Esperava que Kiev fizesse sua parte pelo menos...

— Você vai tirar a vida dele apenas por que ele se apaixonou! — berrei com lagrimas nos olhos.

Ele não podia morrer... Eu o amava tanto...

— Saia daqui. Não me importo se ele morrer ou não!

Senti como se meu coração tivesse parado de bater por alguns momentos com aquelas palavras... Era um pesadelo se isso acontecesse, precisava salvá-lo.

Balancei a cabeça.

Não podia deixar isso.

A mesma se aproximou de mim pegando uma faca grande da armadura do soldado. Não perderia para ela... Não sairia dali sem a cura... Mas como faria ela chorar?

A cura é uma lágrima da rainha dos mares, ou seja, minha irmã que tem o coração de pedra! Impossível!

Não será impossível.

— Não em importo que você tenha um coração de pedra... Eu pegarei a cura pelo home que amo. — berrei.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capitulo? Bruce não apareceu ne?
Não prometo nada como será a saudade dele.... :p