Príncipe Légolas escrita por America Singer


Capítulo 17
Capítulo 17: A Chefe da Guarda


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeee
Sumi né? Não gente, suhahhusauhsuhausuah acabou água por aqui, e migrei pra casa do meu namorado por uns dias. Lá não deu pra escrever e postar, me perdoem por não ter avisado.
Sei que estão com saudades do Príncipe. Também senti falta de voces, obrigada. hahaha
Mas resolvi postar domingo à noite ainda, olha como sou boazinha :D
A revolta de vocês no capítulo anterior foi engraçado, eu ri muito com os comentários.
Boa Leitura.
Capítulo dedicado ás leitoras Malfoy Princess e Marcelle Sohan, que recomendaram a história (não sabem como estou imensamente feliz, meninas)
Já são oito recomendações, quando chegar em dez eu vou sortear um Légolas, tem muitos sobrando aqui em casa, sabem? husahushhuashuahushua quem me dera :(



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Légolas não apareceu no jantar, e de certa forma eu sabia que era a culpada. Ele estava chateado comigo depois do que disse, mas eu não era culpada por aquilo. Não queria levar uma coisa dessas adiante, sendo que eu havia deixado claro, desde o início, que não estava nessa competição para tentar conquistá-lo! E aceitei seu pedido de ajuda por ser estúpida com ele, julgando-o de forma inadequada, mas não sabia onde as coisas iriam parar. O príncipe é maravilhoso, e não sei por que ele gostaria de uma mulher simples – e a maioria das vezes, sem escrúpulos – como eu.

– Está tudo bem? – era a terceira vez que Hangar me perguntava. – Realmente, acho que está doente. A senhorita mal tocou na comida. E, normalmente, come tanto que até invejo a sua boa forma.

– Eu estou bem, mesmo. – respondi pela terceira vez, mas senti que não era suficiente. Nunca consigo mentir de fato, minha expressão fácil sempre me condena.

Hangar deu de ombros. Eu não era mesmo boa em fazer amizade, mesmo com aquelas que gostariam de ser minhas amigas. Percebi que esse era mais um tipo de comportamento que implica em eu não ser indicada como a mulher ideal, princesa da Floresta das Trevas.

– Acho que magoei o príncipe. – Disse baixinho, apenas para Hangar ouvir. Não gostaria que as outras soubessem do assunto, mas gostaria de conversar com a elfa sobre o ocorrido. – Acho não, tenho certeza. Eu costumo ser idiota ás vezes, entende?

– O que houve? – Hangar mostrou certo interesse.

– Eu disse umas coisas à ele que não deveria dizer. Eu sou estúpida demais, nunca consigo fechar a boca. Sou muito sincera, e de certa forma isso me prejudica demais. E agora, Légolas acha que eu... enfim, que eu fiz por querer.

Tentei contar da melhor maneira possível. Por mais que confiasse em Hangar, o assunto do beijo no salão deveria ser mantido em segredo.

– O que disse foi tão grave assim? Pior do que quando foi o seu primeiro encontro?

– Possivelmente. E precisaria conversar com ele essa noite, mas acho que nem veio ao jantar por minha causa. – confessei, sentindo-me completamente culpada.

– Eu sinto muito. Acho que deveria desculpar-se de alguma forma. Já tentou um bilhete? – A elfa sugeriu. - Marque um encontro, talvez ele compareça. Acho que hoje não verá ninguém, não ouvi nenhuma garota dizer que ele a convidou para o passeio.

– Acho melhor deixá-lo pensar por enquanto. Depois eu o procuro, e me desculpo com ele.

Hangar apenas concordou com a cabeça, e virou-se para conversar com Amber.

Tentei comer um pouco da comida que estava em meu prato, mas não consegui. Sentia meu estomago cheio de alguma forma, e o gosto da comida não era percebido em meu paladar, e tudo parecia não ter graça naquela imensa mesa cheia de guloseimas que eram servidas diariamente. O porquê de a comida perder a graça tão de repente, eu não sabia.

Senti um ódio crescer dentro de mim. Só porque não amava o príncipe, não significava que poderia magoá-lo daquela forma, ainda mais depois de concordar com seus beijos tão repentinos.

Enquanto olhava os detalhes dos talheres, e via as bocas das elfas e humanas mexerem em ritmo acelerado, numa conversa frenética e cheia de sorrisos, lembrava-me do gosto da boca dele.

Era doce como o néctar da mais perfeita fruta, e só pude perceber o quanto foi bom depois de deixar o momento passar.

Percebi que, no fundo, não sentia vontade de comer nada, pelo fato de que nenhum dos alimentos ali tivessem o mesmo gosto.

Senti o arrepio tomar-me pelas pernas, enquanto concentrava-me em não deixar perceber. Eu precisava esquecer daqueles beijos antes que me tomem o pensamento, e eu me apaixone por Légolas também. Não poderia admitir tal coisa.

Aceitar o príncipe seria como excluir todos os meus sonhos de uma vez. Deixar todos os planos de uma vida inteira para ser dele, perder a minha liberdade para segui-lo, e acima de tudo, tornar-me o que eu nunca quis ser: princesa.

Eu não quero ser princesa.

Eu não estou apaixonada por Légolas.

Minha mente repetia isso tantas vezes ao dia, que de certa forma reconfortava-me em saber que eu não fugia dos meus princípios. Não era fácil resistir, mas deveria seguir firme.

O jantar terminou, e segui para o meu quarto sem ao menos dar boa noite a todas as garotas. Não me importava em ser agradável com todas, sendo que a maioria ali não se importava com isso. Tudo o que queria era me isolar para – mais uma vez – botar meus pensamentos no lugar.

Quando estava me preparando para dormir, minhas criadas não quiseram tocar no assunto sobre o príncipe. Sabiam que ele não estava presente no jantar, e viram como eu estava exausta. O dia fora suficientemente grande para mim.

Mas quando me deitei, senti que meus olhos queixavam-se todas as vezes que eu tentava fechá-los.

Imagens formavam-se toda a vez que conseguia me concentrar em dormir, e todas eram compostas por Légolas sorrindo para mim, o que me incomodava grandemente. Tentei forçar em Runel, mas parece que sua face não permanecia nítida por muito tempo, e se esvaía como fumaça, dando espaço para, mais uma vez, o príncipe tomar conta.

Revirei toda a cama com a perspectiva de tentar esquecê-lo, e ao mesmo tempo me confortar enquanto tentava dormir. Mas foi tudo em vão.

Levantei-me uma, duas, três vezes para tomar água. Refleti minha imagem de sono no espelho, olhei todos os meus vestidos que pendiam perfeitamente arrumados, e retornei á cama com a esperança do cansaço me vencer. Porém, era o mesmo que pedir aos meus pensamentos que focassem outra vez na imagem do príncipe. Eu não tinha o controle de mim, algo tão estúpido.

Vi a espada em que Légolas me deu alguns dias atrás. Naquele dia, ele sugeriu algo que, talvez agora faça mais sentido. O príncipe me considerava como sua primeira escolha, e talvez já o fizesse, caso eu retribuísse esse sentimento.

Tentei afastar aquelas lembranças. Eu não queria ser consumida por algo que nunca poderia acontecer. Peguei a espada, e concentrei-me no que havia aprendido há muito tempo atrás.

Desci para os jardins por minha sacada. O ar estava relativamente gelado, mas não me impediu de desejar senti-lo enquanto tomava minhas lições, sozinha.

As luzes do jardim eram confortáveis. Seu brilho dourado fazia lembrar-me a luz do sol, e o seu calor no verão.

Não havia ninguém por ali. Os guardas estavam pelo lado de dentro da porta de vidro que dava entrada para o castelo, e pus-me a esconder deles da melhor maneira possível, tentando não fazer muito barulho enquanto desferia golpes em uma das árvores. No início com bastante cuidado, mas meu sangue fervia aos poucos, aumentando meus movimentos.

– Desse jeito, vai matar a árvore. O que ela fez para você? – Uma elfa ruiva perguntou-me enquanto olhava de longe. Não a reconheci, mesmo sabendo que a maioria delas eram absurdamente iguais, sabia que nunca a havia visto por ali.

– Talvez seja meu objetivo matá-la para não fazer o mesmo com outra pessoa. – disse, sendo um pouco sarcástica.

– O ódio não é a melhor maneira de se concentrar em um treinamento, senhorita Luzziel.

– Eu te conheço? – perguntei, ainda não identificando-a.

– Na verdade não. Mas Légolas contou-me sobre a senhorita numa carta. Acho que bate perfeitamente com a sua descrição detalhada. – A elfa sorriu recordando-se da tal carta.

– Como é? – Não entendi bem a situação.

– Meu nome é Tauriel. – a elfa identificou-se, enquanto aproximava-se de mim, e estendeu sua mão. Era alta e bem bonita, apesar de sua aparência comum das elfas da Floresta das Trevas.

– Amiga do Légolas, não é? – perguntei, recordando-me do que Ang disse sobre ela.

– E chefe da guarda real. Mas não pretendo voltar tão cedo. – os olhos da elfa brilharam. Eram de um verde magnífico, e duvidei que Légolas não fosse apaixonado por eles. – Mas posso te ensinar um pouco do que sei.

– Seria magnífico! – respondi. Quem melhor do que a chefe da guarda real para me ensinar a usar uma espada? Talvez Légolas, mas esse esquecera-se de sua promessa, aparentemente.

– Ótimo.

– Mas posso te fazer uma pergunta antes? – tentei focá-la em meio ás luzes douradas que pendiam acima de nós. Tauriel era esguia e bem alta, e senti certa inveja disso. – O que Légolas disse sobre mim?

A elfa sorriu. Um sorriso bem largo, que me fez ter certa antipatia por ela.

– Bom... posso descrever perfeitamente sua carta. A li muitas vezes, não acreditando em seu conteúdo, sobretudo por se tratar de uma seleção para ele se casar com alguém. – Tauriel disse enquanto olhava para o alto, parecendo querer recordar-se do conteúdo da tal carta. – Vou contar apenas a parte que te interessa. Ele diz: conheci uma garota que, de certa forma, mexeu comigo. Ela é muito chata, pra falar a verdade, mas tem um coração tão grande que é capaz de caber o mundo inteiro. E como é bonita. Seus olhos são tão profundos, que ás vezes me fazem querer chorar. E seu nome condiz com a cor de sua pele dourada como o sol. Luzziel, ou Luz como eu a chamei desde o primeiro momento. Garota baixinha, de personalidade forte. Cabelos negros, ondulações mais perfeitas que o mar. Mas, diferentemente das outras, ela não gosta de mim, e já deixou claro em nosso primeiro encontro. Eu a odiei depois daquilo, e pus-me a admirá-la ainda mais. O que faço em relação a isso? Acho que estou prestes a entregar meu coração a alguém que jamais me desejaria como seu “homem”.

Tauriel terminou de dizer, surpreendendo-me com cada palavra. Não sabia que Légolas me via dessa forma, mas em suas palavras tudo saiu tão perfeito sobre mim, que até duvidava ser eu se não fossem as palavras chata, baixinha e personalidade forte. Senti meu coração disparar. Como ele podia gostar de mim, apesar de saber tudo isso?

– Acho que ele gosta de você. – Tauriel terminou de dizer momentos depois, quando percebeu que eu não havia tido nenhuma reação aparente.

– Acho que sim. – respondi, dando de ombros. Mas não convenci com aquele gesto. – Já o viu depois que chegou?

– Não. Estava rumo à Valle, pra falar a verdade. E visitaria Erebor logo após. Mas não pretendia passar por aqui, até receber a carta dele. E pus-me a rumar para a Floresta das Trevas, pois gostaria muito de conhecê-la. Na verdade, só para dizer à você uma coisa: se ele entregar seu coração à você, será tarde demais. Será seu para sempre.

– Eu sei. Elfos se apaixonam uma vez na vida, Ang me disse. – recordei-me do que minhas criadas me falaram.

– Então, se realmente não o quer, não o deixe fazer isso. – Tauriel parecia concluir com aquele assunto da mesma forma que Ang fez. – Mas, acho que deveria olhar para dentro de si primeiro, e se perguntar: vale a pena perder o amor dele assim? Eu não a conheço, e sei que provavelmente soube que ele gostaria de se casar comigo, mas não era a mesma coisa. Não é a mesma amizade, não é o mesmo desejo. Légolas nunca gostou de mim dessa forma. Sempre fomos uma espécie de irmãos.

– Eu realmente achei que pudesse ter esse tipo de relação com ele também. – suspirei, e percebi que o plano saiu totalmente errado.

– Mas acho que ele não consegue ver dessa forma. – Tauriel finalmente concluiu, enquanto pegava minha espada. – Foi ele que te deu?

– Foi sim. – respondi, já não sentindo tanta vontade de treinar.

– É muito bonita. Leve e bem trabalhada. Acho que a senhorita irá aprender rápido com ela, já tem a técnica, pude ver. Agora eu te explicarei alguns movimentos, e vou introduzi-la para o ataque. Vamos começar?

A elfa parecia empolgada em me ensinar, e não pude recusar uma aula daquelas. Maneei a cabeça em concordância, enquanto a elfa tomava posição com sua espada.


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Notas finais do capítulo

Tauriel mega fofa apareceu :O
Acho que ela será uma ótima amiga - ou não.
Tô zoando, vou fazer nada demais com ela, OK?
O Légolas tão fofo quando Maxon em suas cartas para América - spoiler hushaushuahhusa
Beijos e até o próximo.