Príncipe Légolas escrita por America Singer


Capítulo 16
Capítulo 16: Elfos se Apaixonam uma Vez na Vida


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoas >.<
Vamos continuar do beijo de ontem? hushahsahushhas sei que a maioria já tá no chão em posição fetal pelo capítulo ter terminado na melhor parte.
Capítulo dedicado á leitora Potterhead Narniana (desculpa flor, não sei seu nome) que recomendou a fic. Muuuiiiiiiiito obrigada pelos comentários também :D
Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/583474/chapter/16

O príncipe carregou-me até o piano, fazendo-me sentar sobre ele sem ao menos soltar-me. O fôlego foi se perdendo aos poucos enquanto deixava-me levar por ele. Inexplicavelmente eu não queria soltá-lo, apenas continuar com aquilo sem pensar no que estava fazendo de fato.

As mãos de Légolas apertavam minha cintura, forçando-me a encostar meu corpo ainda mais no dele enquanto seus lábios dançavam nos meus de forma rápida e desejosa, de uma forma que nunca senti igual. Ele era bom naquilo, e não poderia dizer sequer que nunca havia beijado uma mulher em toda a sua vida, pois, por mais tímido que parecesse diante as garotas, naquele momento Légolas se soltava e me tomava de um jeito sem igual.

Senti meu corpo arder. Algo em meio minhas pernas esquentava-se e pulsava de uma forma que nunca imaginei que existisse, e tive uma vontade quase incontrolável de tirar toda a sua roupa ali mesmo.

O que estou pensando? Não está certo, eu não posso...

Começava a recuperar a consciência. Eu não podia ceder ao príncipe daquela forma, eu não estava preparada para ter um relacionamento do tipo com ele, mesmo sabendo que ele poderia me possuir a qualquer momento por causa das regras, eu deveria revidar.

Legolas deixou minha boca e seus lábios desceram por meu pescoço, me causando arrepios intensos e suspiros um tanto altos.

Mordeu e beijou entre minha orelha e meu colo, fazendo subidas e descidas com a língua, me deixando um pouco molhada e completamente arrepiada, quase me fazendo esquecer que a qualquer momento alguém entraria ali e poderia nos pegar de surpresa – Thranduil, talvez.

– Pare. – pedi à ele, mas minha voz falhou. Apesar de minha mente dizer não, todo o meu corpo pedia por mais.

Preciso recuperar o controle.

– Pare, alteza. – disse, dessa vez sem falhar, e empurrando Légolas para o mais longe possível.

Légolas parecia tentar recuperar os sentidos. Inspirou o ar o mais devagar possível, e o expirou com cuidado, procurando não olhar para mim.

Desci do piano e ajeitei meu vestido, agora totalmente amassado pelo corpo de Légolas. Tentei me livrar um pouco da mistura de suor e saliva que estava por todo o meu pescoço e colo, até perceber que haviam algumas manchinhas ali de mordida e algo mais. Como eu sairia do salão depois disso, eu não sabia dizer.

– Perdoe-me. – Légolas pediu momentos depois, tentando recuperar-se por completo dos minutos de loucura que se passaram. – Me sinto imensamente envergonhado por tê-la submetido à isso.

Tive vontade de rir da maneira em que ele parecia totalmente envergonhado, mas guardei para mim. Não foi nada ruim, afinal.

– Tudo bem. – respondi abafando o sorriso que formava em meu rosto. – Eu me deixei levar, não foi totalmente culpa sua.

Légolas encarou-me e sorriu. Parecia aliviado por eu não dar uma bronca nele depois de tudo.

– Realmente você se deixou levar. – O príncipe disse, parecendo querer me provocar. – Você queria me beijar também.

O sorriso dele parecia ainda maior.

– Eu não. – Respondi fechando a cara. Claro que não tinha sido ruim, mas eu não queria beijá-lo de fato. Foi um impulso, coisa de momento.

– Então poderia ter mordido meus lábios em protesto.

– Eu não queria ser rude. – inventei uma desculpa qualquer. – Eu sei que sou completamente grossa com você, então é uma maneira de compensar.

– Me deixar te beijar foi uma espécie de desculpa? – Légolas parecia confuso, e percebi que eu era realmente muito ruim com explicações esfarrapadas.

– De certa forma, eu apenas aceitei o que você fez. Então, é mesmo como... um pedido de desculpas por ser tão grosseira às vezes. Não passa disso.

O sorriso de Légolas sumiu de seu rosto após minha confissão. Eu não queria magoá-lo dizendo isso, mas como dizer à ele que foi maravilhoso, e que ao mesmo tempo não queria que continuasse por não estar interessada nele? Não era boa com palavras.

– Obrigado então. – O príncipe disse, e se virou para sair do salão.

Como eu era estúpida! Não queria que Légolas tivesse a impressão que eu estava fazendo um favor à ele deixando-o me beijar. Mas porque ele fez isso? Com tantas garotas no castelo, ele escolheu logo à mim para beijá-lo pela primeira vez.

Foi, de fato, o seu primeiro beijo? No fundo, achava aquele beijo desejoso e perfeito demais para ser o primeiro, apesar de Légolas não precisar mentir algo assim. Não era vantagem dizer que nunca havia beijado alguém, e não me senti mais atraída por ele, ou tentada a ser a primeira.

Será?

Dúvidas pairavam à minha cabeça. Que Légolas gostava de mim eu já havia imaginado. Mas gostaria muito que, se ele realmente sente algo do tipo, venha me contar.

Se ele gosta de mim, por que simplesmente não me diz? Será que tem medo da minha resposta?

E qual seria minha resposta se ele me dissesse que me escolhe dentre todas as outras para ser sua noiva?

Certamente diria que ele estava louco. Eu não sou a garota perfeita para ele. Não sirvo pra ser princesa, nem pra acompanhá-lo nessa vida cheia de pompa que o rei Thranduil impõe sobre seu filho.

Mas se eu concordasse em ficar com ele? Tenho motivos suficientes para nunca querer tal coisa, mas tantos outros que me fariam ficar.

Sentei-me outra vez diante o piano. Aquele instrumento magnífico agora representava mais do que as tardes de música ao lado do rei.

Por um momento de pura luxúria, havia deixado me levar pelo príncipe. E como aquilo foi bom! Por mais que eu não gostasse, deveria admitir o quanto aquilo mexeu comigo.

Saí do salão às pressas, sem sequer olhar para os lados pra ver se alguém reparava no modo que eu estava.

Entrei em meu quarto, e antes mesmo de Ang e Vell perguntarem algo, tirei meu vestido e toda a roupa de baixo e entrei na banheira com água e sais que já me esperava. Mergulhei minha cabeça por completo, sentindo meus cabelos umedecerem e todo o meu corpo esfriar de uma excitação completamente nova para mim. Aquilo foi aliviador, e um tanto desestressante.

Quando voltei com a cabeça para a superfície, minhas criadas fitavam-me cheias de perguntas no olhar.

– Eu beijei o príncipe. – disse, antes mesmo de uma delas me perguntar. – Eu não devia ter feito isso.

Ang e Vell sorriram, e minha vontade era de arrancar seus lábios. A situação não era engraçada, e eu não estava a fim de comemorações.

– E como foi? – Ang perguntou com os olhos brilhando. Parecia vidrada com a notícia, pois sempre torceu para que eu deixasse de lado meu orgulho em participar dessa seleção, e disputasse o coração do príncipe como deveria.

Mergulhei outra vez na banheira e voltei. A água cumpria a função de me esfriar o corpo, que tomava arrepios de tempos em tempos ao lembrar de tudo.

– Foi inexplicavelmente bom. – confessei, tentando não esboçar qualquer emoção.

As elfas sorriram e me deixaram constrangida. Senti meu rosto arder de vergonha, mas tinha de confessar que havia sido de fato, algo incrível.

– Então vocês estão juntos agora? Vell perguntou, curiosa e cheia de emoção pelos novos acontecimentos.

– Não. Claro que não. Somos amigos ainda, nada mudou.

Minhas criadas não acreditaram no que eu disse. Por um momento realmente pareceu ridículo.

– Não pode estar falando sério. Quer dizer, ele é apaixonado pela senhorita, está mais do que claro. Não brinque assim com os sentimentos dos outros! – Ang dava-me uma bronca. – Ele pode entristecer-se, pode não acreditar mais no amor.

– Acho que a senhorita deveria pensar no que fez. Realmente não gosta do príncipe? Então porque o beijou?

– Porque eu fui tentada! Légolas é bonito e perfeito demais, ele sabe como me seduzir, ora. – disse, como se fosse algo obvio.

– Me perdoe senhorita. – Vell continuava. – Mas vossa alteza jamais namorou alguém, como pode dizer que ele sabe seduzir? Você é a única, que nós sabemos, que já teve algo do tipo com ele.

– Como podem ter certeza? Légolas é relativamente bom pra ter beijado uma pessoa só em toda a sua vida! – disse, e mostrei à minhas criadas as marcas que ainda estavam perto do meu colo.

Ang e Vell olharam para as marcas de boca aberta, e sorriram logo em seguida. Só elas mesmas pra achar a situação tão engraçada assim.

– Porque elfos se apaixonam uma vez em toda a sua vida. – Vell disse, ainda sorrindo.

– Como é? O que quer dizer com uma vez na vida?

– Quer dizer que, se Légolas determinou dentro de si que é você, é você. Ele te amará pelo resto de sua longa vida, mesmo que se case com outra pessoa. Não haverá ninguém na terra que o faça te esquecer, por mais que ele tente. Há uma alma gêmea para todos aqui, e se ele achar que a dele é você, ele permanecerá apaixonado pela senhorita, não importa o que faça.

– Isso é um absurdo! Como podem ser assim tão complicados? Não é possível, então, que eu seja a primeira por quem ele se apaixonou. Ele é velho, teve muitas elfas e mulheres para conquistá-lo durante sua vida.

Ang olhava-me como se eu fosse tola, e parecia sentir certa dó do meu desespero.

– O príncipe nunca teve ninguém. – Ang disse. – Eu sou a mais velha das criadas, e quando Légolas perdeu a mãe, eu ajudei a criá-lo. Eu o conheço bem, e posso afirmar: ele não se apaixonou por ninguém.

– Mas e a garota que ele tentou beijar há uns anos atrás? – perguntei, recordando-me do que o príncipe havia me confessado dias atrás.

– Tauriel? É, eles eram muito amigos. E como o príncipe nunca havia se apaixonado, cogitou casar-se com ela, já que a relação dos dois parecia ser muito especial. Mas Tauriel se apaixonou por Kili, o anão, sobrinho de Thorin e futuro herdeiro de Erebor. Tauriel fez sua escolha, mas Kili morreu na Batalha dos Cinco Exércitos. E, desde aquele momento, ela nunca mais o esqueceu. O anão é o amor dela, e ninguém tira isso. Nem mesmo Légolas, que até tentou casar-se com ela, vendo o quanto sua amiga sofria. Mas em vão. Então Tauriel partiu para Rivendell por uns tempos, e foi abrigada por Elrond.

– Então a história da elfa e do anão é real? – perguntei incrédula, e tentando imaginar como seria a vida de casados entre os dois.

– Se acha que não pode haver amor entre um homem e um elfo, está muito enganada. Há elfos que preferem viver esse amor, por mais que dure pouco tempo, do que permanecer sozinho pelo resto de sua vida. – Vell ia dizendo enquanto ajudava-me a sair da banheira.

– Não que ache que amor entre as raças não exista, mas é triste ver alguém perder o amor de sua vida tão cedo assim. Sou humana, e o máximo que conseguiria ao seu lado são cem anos.

– Ou ele pode escolher uma vida mortal ao seu lado. – Ang respondeu, como se eu cogitasse deixar Légolas fazer uma loucura dessas só para ficar ao meu lado.

– Eu não permitiria isso! Légolas tem um reino para cuidar, não vou tirar sua vida dessa forma!

Minhas criadas suspiraram. Se por um lado eu defendia que não deveria ficar com Légolas, por outro elas insistiam que sim.

– De qualquer forma, a senhorita deve conversar com ele. Essa noite, se possível. Tente entender o que ele sente por você, e se caso for amor... – Ang sorriu sob a perspectiva. – então é tarde demais. Ele pode até escolher outra, mas será infeliz pro resto de sua vida.

Assenti com a cabeça. Eu procuraria Légolas o mais rápido que pudesse para esclarecer as coisas. Tinha plena certeza que ele não havia cometido a loucura de entregar seu coração a mim de imediato, e eu pediria que não o fizesse.

Não poderia ser a responsável por essa loucura.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Luzziel é complicada demais u.u como ela pode ainda desprezar Légolas? Ela realmente precisa de uns tapas na cara, uns saculejos e mais umas pegadas do príncipe pra aprender a ser gente husuahshuauhsha
Será que ele já entregou seu coração para ela? quer dizer, ele está, de fato, apaixonado?
Se estiver, já era...
Beijos e até o próximo.