Astro Fulgente. escrita por Julie098


Capítulo 2
Será o certo?


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco para escrever este capitulo .. Ufa :) Espero que gostem



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–Acho que a gente deveria sair - Vitor ainda segurava meu queixo . Toda aquela situação deixava minha respiração ofegante . - Pode ser hoje , ás 20:00Hrs ? Está passando um ótimo filme de terror.

–Sério? - disse , abrindo um sorriso esperançoso - claro .... Claro que sim.

–Te encontro no shopping ,pode ser?

–20:00Hrs ... estarei lá.

–Ok . Passa seu telefone?

Depois que ele saiu , procurei o senso de tudo aquilo . Comecei a sentir todos os sintomas de felicidade percorrer meu corpo . Sempre esperei por esse dia , mesmo achando improvável.

Voltei a observar a janela com a vista da perfeita sintonia de um dia de verão , ouvi a pequena melodia soar em minha mente e tudo parecia certo . E finalmente , percebi que iria embora . Embora para muito longe.

–Então ? - perguntou Sara , passando pela porta e indo em minha direção - Como foi?

–Eu vou embora - sussurrei para mim mesma . Continuava a observar a janela , perdi minha noção do real, eu já me encontrava longe.

–O quê ? Júlia? - Ela arrastou sua mão até o meu ombro e balançou - Alô? Terra chamando , Júlia.

–Eu vou embora - Fixei em sua fronte , tentando dispensar meu choro , mas não adiantou. - ... Ele me ... chamou para sair....

–Você gosta de meter um drama em sua vida , não é? Saia com ele e finalize seus dias aqui com grande sucesso. - Pegou um lenço no seu bolso , levou até minha bochecha para enxugar minhas lágrimas e deu um grande conforto com um sorriso. Era sempre bom ter Sara por perto , ela constantemente sabia o correto a se fazer.

–E você ? Não era para a gente fazer algo divertido para o meu ''grande final'' ?

–Júlia , Júlia , jamais irá se livrar de mim . Ficarei sempre para nossos momentos divertidos , e esse , pode ter certeza , não será o último ... Mas com o Vitor ? É a sua única chance. - Ela também , sabia o correto a se dizer - Vou na sua casa te ajudar a arrumar uma roupa , ok?

(....)

–Meu Deus , você não muda mesmo.

Faltava 2 horas para o filme e estávamos em minha casa arrumando algo para vestir . Bem , eu não fazia nada , apenas fiquei em pé vendo a Sara em frente do guarda-roupa , reclamando.

– Não tem nada aqui . Isso é lamentável! - disse batendo os pés . Voltou-se para mim e apontou o dedo - Você , Júlia Broome , é uma vergonha para a sociedade ... Vamos.

–Aonde?

–Na minha casa , é claro !

–Fazer o quê?

–Já olhou suas roupas ? - disse apontando para o armário . - Se ele te ver com qualquer coisa desse brechó , vai vomitar em você e depois ir embora . É isso quer? Não! Então vamos.

–Calma , antes eu preciso resolver como fazer minha mãe deixar eu ir.

–Não falou com sua mãe ainda?! - aproximou-se do meu rosto com a sobrancelha arqueada , mostrando o quão indignada estava. Balancei a cabeça negando , olhei para meu pés e pensei que o encontro nunca iria acontecer. - Fala que vai dormir na minha casa . Pronto resolvido , vamos logo , estou perdendo minha paciência. - Pegou minha mão e me arrastou para fora do quarto . Descemos as escadas apressadamente.

–Onde você vai? - perguntou minha mãe , saindo da cozinha para nos encontrar paradas em frente a porta.

–Era isso que eu iria falar com você - disse me soltando da Sara , que foi em direção ao corredor para fazer uma ligação. - Vou dormir na casa da Sara, tudo bem para você?

–Tudo bem , já pegou suas coisas?

–Ah ,ainda não. Vou subir para pegar..

–Ainda bem ... não, deixa que eu pego , você é muito atrapalhada. - Com isso , deixou o pano de prato na bancada da cozinha , subiu as escadas e desapareceu do meu campo de visão.

–Minha mãe está vindo . - falou Sara , retornando para a sala de estar e sentando-se no sofá.

–Porque não vamos de ônibus? É muito mais fácil - Parei de fitar a escada ,andei até o sofá e me joguei como se tivesse corrido 4 km . Aquele dia me cansou .

–Você sabe muito bem por quê. - Quando ela pegou ônibus pela primeira vez , estava lotado e logo ficou em pé . Teve um cara , encontrava-se atrás dela , que passou a mão na sua bunda e a encoxou. Ele acabou apanhado e parou na cadeia , e ela? ficou com trauma. - é muito idiota mesmo. Faz isso só para me provocar.

(...)

~Cade vc? o filme já vai começar!!!

~Acabei de entrar no shopping , vai comprando a pipoca . Estarei ai em 2 min.

Corri até as escadas rolantes e fui indo o mais rápido que pude. Chegando no cinema , as filas estavam enormes . Tinha muita gente ali.

–Júlia ? - Vitor me cutucou por trás e eu virei aliviada - Nossa ... você tá linda.

A roupa da Sara ficava um pouco curta em mim . Trajava um vestido verde sem alça , e por cima , existia outro tecido , um pouco mais áspero , preto com várias estampas de flores e com alça. Calçava um salto alto preto que era lindo . Ela também me maquiou e arrumou o cabelo .

Em nenhum momento fui de me considerar bonita . Eu era pequena , um pouco magricela , tinha cabelo grande , loiro e muito escorrido . Meus olhos sempre foi a parte que eu mais gostei . Um verde - claro muito bonito.

Naquela noite , foi a primeira vez que eu me achei realmente bonita. Eu estava maior , como o busto também. Meu cabelo foi enrolado nas pontas , e o verde dos olhos , parecia como duas esmeraldas por causa da maquiagem.

–Obrig-gada ... Vamos?

Vitor parecia muito atraente . Usava uma blusa xadrez , vermelha e preta , uma calça rasgada e um all-star vermelho . O cabelo meio desarrumado , e um lindo sorriso.

Fomos á caminho da sala . Tinha uma fila para entrar e não ficamos tão no final . Quando entramos , conseguimos lugares no meio , que por sinal , era ótimo.

O filme era ''Annabelle''. Havia cenas que , simplesmente , não conseguia ver e o Vitor deixava eu ''me esconder'' nele. Toda vez na qual me assustava , ele ria . Minha reação era a melhor possível.

Ao acabar o filme , ele perguntou se queria ir na casa dele . Não pensei nas ''certas coisas '' que ele pretendia, então , eu aceitei . Saímos do shopping e fomos a pé . A casa dele era na rua de cima , assim , não foi tão cansativo chegar até lá.

–Não tem ninguém aqui? - perguntei um pouco nervosa . Tudo se encontrava escuro e silencioso. Começará a pensar nas ''certas coisas '' e não tinha como fugir , sentia -me apavorada.

–É claro que não tem ninguém , se tivesse , eu não te traria .

Entramos . A casa era bastante admirável , tanto dentro como por fora . Havia uma sala grande , com um sofá marrom- escuro e , do lado esquerdo , duas poltronas marrom-claro . No centro , tinha uma mesinha com um jornal aberto, havia uma noticia sobre o primeiro turno das eleições presidenciais , e mais para o canto , tinha um ''mini'' pub.

–Quer conhecer meu quarto? - Parou na minha frente segurando minha mão. - Eu tenho jogos.

–Acho melhor ir embora - Dei-lhe as costas e parti para a porta. Girei a maçaneta e Vitor segurou minha mão . Encarei seu rosto , e fiquei paralisada . Sentia seu corpo mais perto do meu , sua boca - O-o quê ..

Seu lábios selaram-se nos meus . O beijo era macio e único . Estava sendo o meu primeiro contanto profundo com alguém , apenas tentava acompanhar . Nós nos envolvemos um no outro , seus braços ao redor da minha cintura , e a cada minuto , tentava abaixar , e eu sempre colocava de volta , mas eu acabei cedendo.

–Vamos para o quarto , é melhor.

–Tudo bem. - falei automaticamente .Eu sabia que era errado ir tão longe , mas estava hipnotizada.

Subimos os degraus da escada nos beijando até chegarmos no quarto . Abriu a porta e me levou para a cama . Me sentei ao lado dele e ficamos nos olhando . Meu coração batia tão forte que era possível ouvi-lo a uma certa distancia. Voltamos a nos conectar com o selo. Deitei minha cabeça no travesseiro e ele ficou em cima de mim. Tirou sua atenção e foi procurar algo na gaveta da cômoda. Preservativo.

–Não - disse o empurrando , sentando novamente. - Eu não estou pronta para ir tão longe.

–Mas ... - Colocou a mão no meu rosto e começou a acaricia-lo - Eu te amo..


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