Se você chorar, te faço sorrir
Se você fugir, te faço voltar pra mim
Se finge não ver, te faço enxergar
E se for dormir, eu vou te acordar

_ Nossa muito obriga, fico muito lisonjada.

Uma voz falou atras de mim assim que Rose se foi de meu quarto. O que me fez dar um pulo e olhar para trás, vendo uma bela loira em cima da minha escrivaninha, me encarando com um lindo sorriso cimétrico e com os olhos brilhando em sarcasmo.

_ Você me deu um baita susto, Sofia. – Adverti.

_ Nossa me desculpa, realmente pensei que ficaria feliz em me ver. Porém pelo visto me enganei. – Fingindo estar magoada.

_ Eu estou feliz em te ver, mas ainda estou magoada!

_ Magoada??- exclamou rolando os olhos.

_ Sim, magoada! Você sumiu por meses, e quando eu realmente precisei de você, a senhorita não estava aqui!

_ Como se você tivesse sentido minha falta. – Me acusou.

_ E eu não senti?!

_ Não! Você tinha a Rose, e pelo que eu vi se divertiu bastante com ela.

Então era isso, ela estava com ciumes!

_ Você esta com ciumes Sofia. – Não consegui segurar o riso.

_ Mas é claro que não!- Cruzou os braços.

_ Isso não foi uma pergunta.

Fui ate ela a abraçando e em seguida fazendo cosquinhas. Ela ria tanto, mas tanto que dava ate pena.

_Admite que ta com ciumes.

_ Não– ela tentou parar de rir mas não conseguiu.

_ Ah é? Ta bom então! – Comecei a fazer mas cosquinhas nela, e a esse ponto ela já estava se contorcendo.

_ Ta legal, ta . Eu cinto ciumes ta bom.

_ Ta bom- parei.

_ Mas é que você parece se divertir tanto quando esta com ela. –Fez cara de coitada.

_ Não tanto quando estou com você. Entenda uma coisa. Ninguém, nunca vai te substituir. Você é única. Minha consciência fofinha – Falei a abraçando.

– Me empurrou -_ Ta legal, ta legal. Agora já pode me soltar.

Dei linguá.

_ Sabe se você não tivesse vinte anos eu te confundiria com uma criança.

_ Engraçadinha.

Me deitei na cama, me cobrindo com uma caborta cheia de carneirinhos que a minha mãe me deu quando eu tinha dez anos. Ela me disse que se eu contasse todos os carneirinhos eu não teria mas insonia. Sei que bobeira mas ainda funciona. “ Também é bobeira uma mulher da sua idade dormir com uma coberta de carneirinhos” Gritou minha consciência. Mas eu nem ligo pra isso. Se eu sou feliz assim, então é assim que vou viver.

Abaixei a cabeça e comecei a olha para aqueles carneirinhos fixamente 1,2,3...

_ Conta carneirinhos na sua cabeça, e não os da coberta. – Disse Sofia que estava sentada na ponta da cama com as pernas cruzadas.

_ Chata .

Me virei na cama, e por causa do meu movimento um pouco brusco ela foi parar no chão. Ri com isso e depois não vi mas nada.

***

Acordei estranhando a claridade do quarto, as cortinas estavam abertas?! Devo ter esquecido de fechar ontem. Você nunca esquece, deve ter sido ele. Duvido muito. Respondi minha própria consciência. Mesmo não acreditando que podia ser ele olhei pro lado, e como sempre, Nada! Perfeitamente intocado. Tomei um banho, colocando um vestidinho soltinho e florido, não marcava muito minha barriga mesmo ela já estando bem grande. Calcei meus chinelos e quando estava abrindo a porta do quarto ela volta e bate na minha cara.

_ Ai! – Coloco a mão na testa.

_ Oh My Good Elena – A voz se distancia um poco e logo ouço algo sento colocado sobre a comoda – Machucou Amor?

Essa voz... Era a voz dele! Mas ele não estava em casa, não podia ser ele. Eu só posso ter ficado louca com a pancada. Tirei a mão do rosto, e logo pude enxergar quem estava na minha frente. E sim, era ele!

–Abri um largo sorriso -_ Amor? Damon o que você esta fazendo aqui? Oi! – Falei um pouco confusa.

– Ele balançou a cabeça rindo -_ Machucou muto? – Neguei – Ótimo, aceita um pedido de desculpas? – Disse colocando um buque na minha frente, que eu sei lá da onde ele tirou.

Era um buque de copos roxas. Simplesmente lindas. Tinha um bilhetinho no meio delas, peguei e abri. Nele tinha escrito...

_ Eu te amo! – Sorriu me olhando.

_ Eu também te amo! – Falei pulando em cima dele.

– Ele se desequilibrou um poco e deu alguns passos pra trás – Elena amor, calma eu não te aguento – Disse rindo.

_ Como é Damon?? – Saindo do abraço/colo dele.

_ Você esta mais pesadinha amor.

_ Você ta me chamando de gorda Damon?! – Fociferei.

_ Oque? Mas é claro que não! Só não esqueça que você tem dentro de você uma mini pessoinha, então alem do seu peso você também tem o dela.

_ Isso não é desculpa. – Me virei cruzando os braços.

Senti ele se distanciando um poco e pegando algo em cima da comoda.

_ Elena?

Me virei encontrando o meu lindo marido com uma bandeja cheia de comida. Jogo baixo, se não podia ficar comigo pela cabeça então ficaria com o estomago.

_ Jogo sujo.

_ Se você não quer eu...- Disse se virando.

_ Não, pera ai Damon. Eu quero. – Me joguei nas costas dele.

_ Então vai pra cama.

Fui ate a cama me acomodando no meio das cobertas, ele colocou a bandeja no meu colo e se sentou ao meu lado.

_ Está realmente muito bom – Falei assim que acabei de comer – Agradeça a Rose por mim. – Abri um largo sorriso.

_ Elena .

_ O que foi? Não me diga que foi você que fez? Por que se for você, por favor me diga que eu marco uma lavagem estomacal pra mim. – rindo. Damon não sabia cozinhar

_ Ah engraçadinha você neh?!

Fiz um bico e balancei a cabeça em negação, ele chegou mas perto de mim e mordeu o bico.

_ Damon!

_ Que foi? – Disse olhando para minha boca, não esperando eu responder e selando nossos lábios.

Não tenho palavras para descrever o beijo, e mesmo que tivesse, não conseguiria. Por que, o beijo do Damon não da pra se descrever, você simplesmente sente e se deleita. Ele era pura magia, nada feroz e super romântico.

Eu poderia ter beijado vários homens, mas o beijo do Damon sempre será o melhor. Sabem por que? Por que é dele. Do amor da minha vida! Eu o amo com toda a minha alma, eu morreria por ele. E ele por mim também, eu sei disso. Ele nunca deixaria que nada de mal aconteceria comigo, ele sempre me protegeria. Sempre e para sempre!

Acabamos o beijo com três selinhos. Sim, eu contei.

_ Chegou muito cedo?

Sei que o certo a se perguntar seria tarde, mas ele provavelmente tinha chegado de manha, então...

_ Cinco da manhã.

_ E a Rose ainda tava acordada? – Ele fez cara de confuso –Ela brigou contigo não brigou?

_ Brigou- Balançou a cabeça.

– Sorri- Sabia! Conheço minha cunhada.

_ Escuta eu prometo que nunca mas fico longe de casa...

_ Até por que se você ficar a Rose vai te bater – O cortei.

_ Isso, e quando é a sua ultima consulta mesmo?

_ Semana que vem – Sorri.

_ E eu vou na consulta contigo ta? – Concordei – Mas agora, o que acha da gente namorar um pouco em? – Cara de safado.

_ Damon! – ralhei.

_ E depois você toca pra mim? – Fingiu que nem me ouviu.

Sofia começou a se mexer dentro de mim no mesmo momento. Comecei a rir.

_ O que foi?

_ A Sofia ta mexendo.

_ Posso – Apontou pra minha barriga – posso sentir?

_ Claro. – O olhei desconfiada – Você não parece surpreso.

Peguei em sua mão e a coloquei em cima de minha barriga, enquanto a Sofia dava chutes.

_ Com o que? – Me olhou.

_ Sofia.

_ Ata, a Rose me contou. – Me explicou.

_ E o que você achou do nome? – Perguntei indecisa.

_ Achei perfeito – Sorriu – Igual a sofia do livro.

Sorri- Igual a Sofia do Livro.

Com flores e as cores que combinam com a paixão
E um verso rabiscado, eu te amo num cartão.

Continua...